quinta-feira, 29 de abril de 2010

Depois da Tempestade



Depois das grandes tempestades em nossas vidas,
às vezes, ao invés da bonança esperada,
costumamos fechar a alma para balanço.

E, por mais que digamos estar disponíveis ao diálogo,
bem no fundo do nosso coração colocamos uma porta.
E esta porta fica tão trancada que,
se nós mesmos não a abrirmos,
tornar-se-á quase que intransponível.
Como se nossa casa tivesse sido saqueada
e o medo de que fosse arrombada de novo
não nos deixasse viver sossegados.

Visitantes cadastrados até poderiam chegar ao jardim...
Mas passar da soleira, quem disse?

E ficamos tantas vezes nos perguntando
o porquê de ninguém se aproximar muito de nós
se pensamos, numa atitude de bloqueio à verdade,
que estamos dando espaço para que todos nos visitem.

Fingimos não enxergar o letreiro luminoso
de "passagem proibida"
ou os cadeados enormes
que colocamos nos portões
e nos muros que erguemos ao redor de nós,
porque é duro admitir que temos medo
de mais experiências depois que
uma, duas, três ou mil delas não deram certo.

Mas se só as pessoas sensíveis enxergam esse bloqueio,
e elas são cada vez em número menor,
as não tão persistentes se afastam
com medo de que soltemos os cães bravos em cima delas
e as ponhamos para correr.

Assim acabamos, por comodismo,
ficando com as pessoas menos perigosas;
com aquelas com quem sabemos
que nunca chegaremos a ter envolvimento maior,
até porque sua percepção não é tão aguçada
para penetrar no nosso interior.

Ficamos com aquelas
com quem temos menos afinidade e pouco cumplicidade,
principalmente aquela que vem do fundo da alma,
porque não queremos que ninguém invada
a fortaleza inexpugnável dos nossos segredos,
onde guardamos as mágoas,
os ódios não passados a limpo
e os amores mal sucedidos.

Não queremos saber de quem nos leia pensamentos
e não pretendemos nos prender a nada,
embora digamos sempre o contrário
e saibamos que a falta das amarras
num porto onde poderemos atracar quando estamos
à deriva pode constituir uma bela teoria de liberdade,
mas não nos gratifica,
pois o ser humano não nasceu para ficar só.

Nós, hoje, mal ou bem
podemos escolher nossos amores e amigos.
E que possamos escolher os melhores,
e não os mais cômodos.

E que possamos, também, ter alguns inimigos e,
entre os nossos conhecidos,
pessoas incompatíveis conosco,
porque são eles que nos ajudam
a superar os nossos limites
e nos botam para frente,
nem que seja para que lhes mostremos
do que e o quanto somos capazes.

Precisamos ter histórias para contar,
sejam elas com finais tristes ou felizes.
Precisamos passar por experiências
que nem sempre são gratificantes,
pois uma existência passada em brancas nuvens
é uma existência sem frutos.

Um dia, talvez,
venhamos a entender melhor os
mistérios da vida e,
para chegarmos a um determinado ponto,
muitas vezes teremos que passar por
vários obstáculos.

Talvez entendamos que precisamos nos purificar
sofrendo várias provações até conseguir nossos
objetivos e receber alguma recompensa.

Algumas doutrinas religiosas e filosóficas
tentam explicar porque algumas pessoas sofrem
e outras são poupadas
e porque alguns de nós encontram suas metades
e outros passem a vida inteira a procurá-las.

Mas são explicações que talvez nós leigos,
não consigamos facilmente entender.
A única coisa que podemos arriscar,
é que nada acontece por acaso
(ou será que acontece?).

Talvez, quando sofremos,
estejamos passando por um processo de purificação
que nunca será entendido ou aceito por nós
enquanto estivermos vivendo a experiência.

Talvez,
quando procuramos alguém ou alguma coisa,
estejamos nos informando;
talvez,
quando encontramos
tanta gente incompatível conosco,
é porque, de alguma maneira,
somos ou fomos as pessoas determinadas
a surgir em suas vidas,
seja para suportá-la, ajudá-las
ou para que, através delas,
aprendamos alguma lição importante:
da serenidade à perseverança,
da paciência à fé.

Mas, por mais que apanhemos,
que nos escondamos para fugirmos da vida,
de nós mesmos, dos machucados e rejeições...
Tudo passa.

O desespero nunca foi solução para nada,
pois, afinal,
não há mal que sempre dure e nem bem
que nunca acabe.

A vida sempre seguirá dando voltas.
Tomara que saibamos aproveitar as ascensões
para levantar quem estiver próximo de nós
e as quedas para aprendermos a ser humildes.

( Desconheço Autoria )

sábado, 24 de abril de 2010

Leis Herméticas - Observação

Os textos aqui postados anteriores sobre as Sete Leis Herméticas foram retirados do site Somos Todos Um e são de autoria da Graziella Marraccini.
http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/categoria3.asp?categoria=108

Sétima Lei Hermética

A Sétima Lei Hermética, a Lei do Gênero.
Diz o Caibalion: O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino; o gênero se manifesta em todos os planos da criação.

Este princípio lembra e complementa a Lei da Polaridade, Quarta Lei Hermética. Ele nos explica que tudo o que é manifestado na natureza está sujeito ao gênero, no seu sentido hermético. A palavra Gênero é derivada da raiz latina generare que significa gerar, procriar, produzir. Assim podemos compreender que, se esta Lei nos explica algo sobre o sexo, ela nos explica também toda a vida orgânica do jeito que a conhecemos, mas também nos explica toda a manifestação criativa, ou seja, relativa à criação. A base da matéria, como a ciência a conhece, também está sujeita a este princípio hermético: ao estudarmos as combinações entre os corpúsculos, íons e elétrons, compreendemos que para que uns girem em torno dos outros eles precisam ser de alguma forma de dois gêneros: alguns negativos e outros positivos. Assim, o pólo negativo é identificado com o feminino e o positivo é identificado com o masculino. O primeiro atrai e o segundo repele. É assim com os pólos terrestres.

Os termos positivos e negativos não podem ser entendidos de maneira errada: numa bateria elétrica o pólo negativo é aquele que na realidade gera e produz as novas formas de energia. É importante salientar que não devemos a princípio considerar que o negativo tenha um sentido pejorativo. Os termos positivo e negativo nada têm de bom ou de ruim, pois sua manifestação é de igual necessidade para a criação. Por essa razão os cientistas usam a palavra catódico, para que não aja um subentendido de valor negativo nesta ação de gerar. O pólo catódico ou negativo é o Princípio Materno dos fenômenos elétricos e das formas sutis da matéria, assim como o pólo negativo do sexo, o feminino, é o princípio gerador da forma. O pólo negativo possui o impulso natural de buscar a união com o pólo positivo para poder criar novas formas. Nenhum dos dois pólos é capaz de criar sem o outro. É de suas uniões e combinações que se manifestam os diversos fenômenos da luz, do calor, da eletricidade, do magnetismo, da atração e repulsão, da afinidade ou inversão química, e outros fenômenos semelhantes. Esta é a Lei. E ela pode e deve ser aplicada ao sexo, ao gênero humano, mas não somente a ele.

O Gênero está em ação constante e se manifesta através da matéria inorgânica e através da matéria orgânica. Através da Teoria Elétrica do Universo explicamos como as partículas se atraem e repelem constantemente criando novos fenômenos da eletricidade. Da mesma forma que os princípios de atração e repulsão não existem por si só, mas somente um em relação ao outro, podemos concluir que o amor e o ódio também não podem existir um sem o outro. Várias são as formas de manifestação dessas energias, mas elas são sempre duplas e complementares.

Vamos examinar como esta Lei Hermética funciona no Plano Mental. A antiga filosofia hermética conhecia os fenômenos da mente dual. No princípio masculino da mente temos a mente consciente, a mente voluntária, a mente ativa, ou seja, todas as manifestações mentais relacionadas com o lado Yin da nossa atividade mental. No princípio feminino temos a mente subjetiva, a mente subconsciente, a mente involuntária, a mente passiva, etc., ou seja, todas as manifestações relacionadas com o lado Yang de nossa atividade mental.

Se considerarmos este princípio no plano mental, podemos deduzir que os pensamentos também podem ser negativos ou positivos: sabemos que o cérebro possui dois lados, um mais positivo e ativo e outro mais feminino e receptivo, e por esta razão precisamos mudar a polaridade de nossos pensamentos para atrair as coisas que precisamos. Na realidade, vocês podem observar que a lei do gênero faz com que o gênero feminino atraia o masculino, mas todos nós sabemos que não existe feminino absoluto ou masculino absoluto. Dentro do feminino (Yin) existe uma pequena parcela de masculino (Yang) e vice-versa. Assim, aquela pequena parcela de masculino contida no feminino irá atrair o masculino por similaridade, ao mesmo tempo em que o feminino irá atrair o feminino pela mesma razão. Em muitas manifestações orgânicas o masculino e o feminino existem, coabitam e se manifestam ao mesmo tempo.

Vamos então considerar que no Plano Mental, (lembrem-se do Primeiro Princípio Hermético) podemos usar sempre essas duas forças: isto é, podemos aplicar a Lei do Gênero para encontrar dentro de nós aquela parcela que está em menor quantidade, e através dela, atrair uma energia similar. Este princípio é muito aplicado nas cerimônias mágicas e cabalísticas para neutralizar as energias indesejadas e atrair as desejadas.

Vamos então começar a controlar nossos pensamentos, dirigindo-os conscientemente para as energias que desejamos atrair em nosso dia a dia. Por outro lado, controlemos também as palavras, que nada mais são que energia manifestada através do verbo e que exercem um poder de atração enorme através da Lei do Gênero.

Sexta Lei Hermética

A Sexta Lei Hermética, a Lei de Causa e Efeito. Essa Lei é também chamada de Lei do Carma.

A Lei diz:
Toda Causa tem seu Efeito; todo o Efeito tem sua Causa; todas as coisas acontecem de acordo com a Lei: o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida. Existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei.

Este princípio hermético contém uma grande verdade que torna possível a compreensão de todas as leis que regem o nosso Universo: ele explica que nada acontece por acaso, que não existe o acaso, e que acaso é simplesmente um termo dado a um fenômeno existente e do qual não conhecemos a origem e portanto não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica. Este Princípio Hermético é um dos mais polêmicos, pois também implica no fato de sermos responsáveis por todos os nossos atos. No entanto, este princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Não reconhecer esta Lei torna nulos os pensamentos filosóficos antigos ou atuais que subtraem os fenômenos do universo de uma Ordem cósmica imutável. A ciência às vezes não explica um determinado fenômeno, pois não sabe em que Lei ele se aplica, mas reconhece, no entanto, que precisa existir uma ordem para ele.
Não reconhecer a Lei de Causa e Efeito é como dizer que algo (qualquer coisa materializada e existente) pode ser independente, pode ser subtraída de forma inexplicável desse universo fenomenal, pode não ser submetido à Lei Universal.
Tal coisa seria então superior ao TODO? Ou seria o próprio TODO que se subtrairia a esta Lei? A existência de tal coisa tornaria então sem efeito todas as Leis Naturais e mergulharia o universo na desordem e no caos.

Mas vamos falar do ACASO. Esta palavra tem em sua raiz a palavra ‘cair’, (do latim ad-cado, verbo cadere=cair) que dá a idéia de que um acontecimento fruto do acaso ‘cai’ de repente, assim do nada, sem nexo nem ordem. É nesse sentido que normalmente empregamos este termo. Assim, podemos dizer que se você jogar os dados ao ‘acaso’ eles caem de qualquer maneira, sem nexo nem ordem. Mas sabemos que jogadores experientes (e mesmo matemáticos) conseguem prever com uma certa lógica a seqüência na própria queda dos dados. Existe uma espécie de seqüência que faz que eles caiam de uma determinada maneira. Difícil de se compreendida, mas existente. Então, não existe acaso. Tudo obedece à Lei. Sempre há uma Causa e um Porquê para todos os acontecimentos.

Assim, nada acontece sem uma Causa, ou mesmo sem uma cadeia de causas. Nossos atos ordenam a eventualidade dos futuros acontecimentos, assim como eles são o fruto dos acontecimentos precedentes. Nenhum evento cria outro; ele faz parte simplesmente de um elo precedente na grande cadeia ordenada de eventos procedentes da energia criativa do TODO (O Caibalion).
Vamos raciocinar, nenhum evento cria outro quer dizer que há uma continuidade em todos os acontecimentos (anteriores e posteriores) mesmo não diretamente ligados a um determinado ato. Exemplo: Uma pedra cai de um lugar montanhoso elevado e quebra o teto de uma cabana lá no vale. A principio podemos considerar este acontecimento como um fato casual, mas podemos, com um pouco de raciocínio, perceber que ele é fruto de uma cadeia de fatos: a chuva que amoleceu a terra, que deslocou a pedra, a falta de arvores para sustentar a terra, a erosão, etc. etc. É uma cadeia de acontecimentos ou não?

Se cuidarmos de nossa palavras, de nossos atos e de nossos pensamentos, se nos tornarmos Senhores de nosso Destino, podemos tomar as rédeas de nossa vida para não nos tornar simples peões ou dados jogados ao acaso pela Lei de Causa e Efeito. Os Mestres não escapam à Causalidade dos planos mais elevados, mas concordam com as Leis Superiores, as reconhecem e agem de acordo, dominando assim as circunstâncias nos planos inferiores. Eles, os Mestres, conhecem as regras do jogo e não procuram se esquivar (nem o Cristo se esquivou de seu martírio na cruz!) e se propõem a seguir o Grande Plano sem fugir às conseqüências como simples instrumentos do TODO. Quando servimos o Plano Superior podemos atuar e governar o Plano Inferior ou Material.

Quinta Lei Hermética

A Quinta Lei Hermética, a Lei do Ritmo, nos ensina que:

Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação - O Caibalion

Este princípio nos revela uma grande verdade: um movimento num sentido terá um outro movimento proporcional no outro sentido. O principio do Ritmo está em relação direta com o princípio da Polaridade, explicado na Quarta Lei Hermética. O ritmo se manifesta entre os dois pólos, de um lado para outro e seu movimento oscilatório é sempre proporcional. Vocês já ouviram falar do Pendulo de Foucault? Esse enorme pêndulo (uma esfera de cobre dependurada num fio, na experiência do físico francês Foucault e descrita no romance homônimo do italiano Umberto Eco) foi dependurado na voluta de uma igreja e sua ponta inferior desenhava um movimento oscilatório sobre uma base de areia: isso demonstrava claramente o movimento rítmico do nosso globo terrestre. O Pêndulo Universal sempre está em movimento; ele vibra dia após dia, para frente e para trás, num sentido do outono e inverno e no sentido inverso na primavera e verão.
E o principio do Ritmo é também compreendido e explicado pela ciência considerando-se essa lei universal aplicada às coisas materiais.

Os hermetistas porém levam o princípio muito além, e conhecem as manifestações dessa Lei, não somente nas coisas físicas, mas também nos estados emocionais e mentais do Homem. Isso explica a sucessão de contínuas mudanças nas condições, estados e emoções que podemos observar em nós mesmos. Se hoje nos encontramos num enorme estado de euforia, podemos esperar uma grande depressão amanhã. Se um dia cometemos um exagero, qualquer que ele seja, no dia seguinte estaremos sentindo o resultado desse exagero! Um enorme esforço, causa um enorme cansaço, etc. etc.

Analisando este princípio podemos compreender que ele se manifesta na criação e destruição dos mundos, na elevação e queda de regimes políticos, no poder e destruição de ditadores e de nações poderosas. Tudo tem fluxo e refluxo, seja no Macrocosmo que no Microcosmo. Na manifestação do Espírito Puro que chamamos O TODO, existem a Efusão e a Infusão, ou a Expiração e a Inspiração de Brahma como dizem os hindus. Os Universos são criados, se expandem até chegar no seu ponto máximo, e depois que atingem sua maior força, se tornam massa inerte, esperando outro impulso para começar novamente um novo ciclo, dessa vez no sentido inverso. Da mesma forma faz o ser humano que ao nascer enche os pulmões de ar começando o eterno fluxo e refluxo da respiração. Este é um reflexo instintivo, não comandado pelo cérebro, porque ele é submetido à Lei Natural do Ritmo.

Os hermetistas conhecem a Lei do Ritmo e a neutralizam no plano mental para poder escapar à vibração constante desse Pêndulo rítmico que se manifesta nos planos inferiores. Eles usam a Lei da Neutralização para conseguir chegar a um estado de não vibração, de neutralidade. Esse é um estado mental que é conseguido através de exercícios de meditação e harmonização, controle da respiração e outras técnicas. A Ioga, por exemplo, nos oferece uma ótima ferramenta para alcançar essa harmonia, não realmente neutralizando o ritmo, mas compreendendo seu fluxo e refluxo e controlando os estados alterados mais importantes para procurar alcançar a harmonia. Mantendo a mente acima da vibração inferior (a vibração mais grosseira), podemos neutralizar as forças negativas que nos influenciam. Para que isso ocorra é necessário o uso da Vontade, do Equilíbrio e da Firmeza, e isso não se consegue num só dia! A compreensão deste controle dará à pessoa uma ferramenta magnífica para poder neutralizar os efeitos negativos dos ritmos emocionais extremos, levando ao domínio das emoções e a um conseqüente equilíbrio interior.

Tento à direita é a medida do movimento à esquerda: o ritmo é a compensação. Vemos isso no movimento das marés, na mudança das estações, e em outros fenômenos da natureza: um inverno rigoroso anuncia um verão ardente, uma árvore que dá muitos frutos num ano, no ano seguinte não dará nenhum! A Lei do Ritmo é sempre seguida pela Lei da Compensação.

Quarta Lei Hermética

Quarta Lei Hermética: O Princípio da Polaridade

A Lei da Polaridade declara:
Tudo é duplo, tudo tem dois pólos; tudo tem seu oposto; o semelhante e o dessemelhante são uma só coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em graus; os extremos se tocam, todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados – O Caibalion

Esta lei transmite noções bastante variadas e complexas, mas todas elas facilmente compreensíveis e verificáveis. Primeiramente devemos compreender que tudo o que é manifestado possui dois lados, dois aspectos, dois pólos opostos com muitos graus de diferença entre os dois extremos. No hermetismo se considera que a diferença entre coisas que se parecem diametralmente opostas é simplesmente uma questão de graus de vibração (Ver a Lei da Vibração). Todos nós sabemos que, para que a eletricidade se manifeste, ela precisa ter dois pólos, um negativo e o outro positivo. Assim é para a natureza, que se manifesta em feminino e masculino, nos reinos animal e vegetal, e, creia-me, até no reino mineral. A escala de cores que é perceptível aos nossos olhos é uma vibração em diferentes graus da emissão da luz, e suas manifestações vão desde o violeta superior até o vermelho inferior. O termômetro marca os graus da temperatura, chamando-se o pólo mais baixo de frio e o pólo mais elevado de calor. Entre estes dois pólos existem muitos graus de vibração que nós oferecem a sensação de calor ou frio. Mas é interessante notar que não há uma demarcação absoluta (mesmo se existe uma convenção que indica o 0º como linha de demarcação - e de congelamento - da água). De fato, se para nós a sensação de frio pode ser sentida quando o termômetro alcança os 10º, para os esquimós a mesma temperatura pode representar Um quente dia de verão, não é?

A Luz e a Obscuridade também são manifestações da mesma realidade com muitos graus entre elas. A escala musical também, e também o ruído e o silêncio, o duro e o flexível, o doce e o amargo. No plano mental podemos afirmar que o Amor e o Ódio são simplesmente manifestações de uma mesma essência, pois são manifestações diferentes em graus de um mesmo sentimento.
Com este fato em mente, e sabendo que podemos aplicar o Princípio da Vibração, é possível transmutar um estado mental de um plano inferior para um plano superior conforme as linhas de Polarização. Elevando sua vibração na linha do medo, pode-se alcançar a coragem, e elevando sua vibração na linha do sentimento, pode-se alcançar o amor universal. No plano físico também é possível modificar o frio em calor, a inquietude em tranqüilidade, com algumas técnicas especiais que foram desenvolvidas especialmente pelos orientais. Conheci pessoalmente um mestre Zen que podia até mudar a freqüência cardíaca deixando pasmados os médicos ocidentais!

Podemos também acrescentar que podemos mudar a freqüência mental de outra pessoa através da Influência Mental. Talvez seja dessa forma que age O poder da oração quando, mesmo a distância, pode curar uma pessoa que desconhece completamente que existem outras pessoas que estão orando (E vibrando positivamente) em seu favor. Dessa mesma forma pode se obter a cura física e mental através da cromoterapia, por exemplo, pois sabemos que as cores são vibrações em diferentes graus. Uma inflamação (que se manifesta no vermelho e tem analogia com o planeta Marte) pode ser curada com a imposição de uma luz azul (mais fria e com vibração superior em graus), ou verde ou violeta, dependendo do órgão atingido. Assim acontece na escala dos chakras onde sabemos que o vermelho tem correspondência com o chakra básico (cuja vibração é inferior) e o violeta com o chakra coronário (cuja vibração é superior).

Terceira Lei Hermética

Terceira Lei Hermética: O Princípio da Vibração

Este princípio hermético declara:
Nada está parado, tudo se move, tudo vibra.

O movimento que é manifestado em todo o Universo é um movimento vibratório. A ciência já no século IX fazia suas primeiras descobertas a respeito desse princípio de vibração, somente corroborado pelas descobertas mais recentes do século XX. O século XXI trará ainda mais confirmação daquilo que o Grande Hermes já afirmara e que está explicado nas Leis Herméticas. A Telepatia será desenvolvida na Era de Aquário como ferramenta de comunicação através da vibração da mente. Agora nós ainda precisamos de um celular (matéria física) para nos comunicarmos à distância. E quem sabe chegará um dia em que poderemos mudar a vibração do nosso corpo até podermos nos desmaterializar num lugar e nos materializar em outro. Mas isso está ainda muito longe de nossa realidade, pelo menos da grande maioria da humanidade.

Para compreendermos o Princípio da Vibração precisamos entender que O TODO se manifesta através de vibração. Mas esta vibração acontece em escala tão sutil e rápida que nos é praticamente imperceptível. Assim podemos concluir que o Espírito se manifesta através da vibração mais rápida e sutil e se propaga através do Éter (O Quinto Elemento). Consequentemente a Matéria possui uma vibração mais lenta e mais grosseira. Entre esses dois pólos de vibração, existem outros modos de vibração, numa escala com milhões e milhões de graus.

Diz o Caibálion: A ciência moderna já descobriu que o que chamamos de Matéria e Energia é simplesmente um modo de movimento vibratório, e já se estudam os fenômenos da Mente como sendo fenômenos vibratórios. Se lembrarmos que o Primeiro Princípio Hermético é o Princípio do Mentalismo - Tudo é Mente, o Universo é Mental - podemos concluir que a Mente se manifesta através da vibração, desde a mais sutil e rápida, até a mais densa e lenta.

Outra coisa que a ciência nos ensina é que as vibrações são procedentes da temperatura ou calor. Não importa se um objeto é quente ou frio, ao vibrar ele manifesta calor. O movimento vibratório é circular, ou seja, gira em volta de um núcleo central. Assim é com o átomo e assim é com os planetas. As moléculas das quais são compostas as espécies particulares da matéria se encontram em constante vibração e movimento, umas ao redor das outras.
Nós já vimos um desenho ou representação do átomo, não é? E ele não é parecido com um sistema solar? O Micro não é igual ao Macro? Aqui podemos então aplicar o Princípio da Correspondência: O que está em cima é como o que está em baixo.
Portanto, podemos aplicar este princípio em nossa própria vibração energética, na vibração de nossa mente e de nosso corpo físico.

A ciência moderna explica que a luz, o calor, o magnetismo e a eletricidade são formas de movimento vibratório, provavelmente emanadas do éter. Mas ela ainda não consegue explicar o princípio da coesão, ou seja, o princípio da atração molecular, e nem a afinidade química que é o princípio da atração atômica. E nem ela explica o principio da gravitação que é o princípio de atração pela qual uma partícula ou massa de matéria é atraída por outra partícula.

Vimos que a vibração se propaga através do éter, e os ensinamentos dos ocultistas e das filosofias orientais principalmente, nos ensinam a mudar e purificar essa substância, através de cerimônias: externas, com velas, incensos e aromas, cores suaves, ambientes harmônicos e em contato com a natureza; e internas, como meditações e vibrações de tranqüilidade, florais e aromaterapia, alinhamentos de chakras, mantras, e orações. Mesmo a homeopatia funciona através deste princípio. Os movimentos vibratórios mais rápidos sempre correspondem a energias mais sutis.

Vocês já viram uma roda ou um pião girando? Quando ele gira muito rápido ele parece até estar parado, mas à medida que sua rotação diminui, podemos ver sua rotação, notar seu movimento. Da mesma forma acontece com os sons: os sons mais agudos são dificilmente ouvidos por seres humanos, mas são perceptíveis aos ouvidos de certos animais. A mesma coisa acontece com os graus ascendentes de calor. Vocês sabem como funciona o forno de Microondas que vocês têm em casa? Já pararam para pensar como ele esquenta? Com ondas que vibram de forma muito rápida!

O Hermetismo nos ensina que a manifestação de pensamento, raciocínio, vontade, desejo não é nada mais que uma vibração manifestada: ela pode assim afetar a mente de outras pessoas! Por esta razão devemos ter muita cautela com nossos pensamentos pois, mesmo involuntariamente, estaremos espalhando vibrações similares àquelas que estão em nossa mente. Vibremos amor, receberemos amor, vibremos harmonia e estaremos em harmonia.

Os Hermetistas, em seu estágio mais evoluído, tornam-se Magos, por ter adquirido o domínio das Vibrações através da Vontade. A Arte da Transmutação Mental é chamada de Alquimia Mental.

Vamos terminar esse artigo com uma frase para reflexão:

“Aquele que compreende o Princípio da Vibração alcançou o Cetro do poder”.

Segunda Lei Hermética

Segunda Lei Hermética: O Princípio da Correspondência
O princípio da Correspondência nos ensina que:

É verdadeiro, completo, claro e certo.
O que está em cima é como o que está embaixo,
e o que está embaixo é como o que está em cima,
e por estas coisas fazem-se os milagres de uma coisa só.
E como todas as coisas são e provém de UM,
pela mediação do UM,
todas as coisas são nascidas dessa única coisa por adaptação.
O Sol é seu Pai, a Lua é sua Mãe, o Vento a trouxe em seu ventre e a Terra é sua nutriz e receptáculo.

Essa é somente uma parte do princípio que na realidade é bem mais complexo e serve de base para o estudo do Hermetismo e da Alquimia. Mas aqui queremos somente compreender como fazer dessa Lei Hermética uma ferramenta para nosso dia-a-dia. Este Segundo Princípio explica a verdade que existe na correlação e correspondência dos diferentes planos de Manifestação, Vida e Existência. Tudo o que está incluído no Universo emana de uma mesma fonte (SOMOS TODOS UM) e está sujeito às mesmas leis, princípios e características que, aplicadas à cada unidade, nos mostram a manifestação dos fenômenos que existem em cada plano.

A Filosofia Hermética considera o Universo dividido em três Grandes Planos de Manifestação:

1º - O Grande Plano Espiritual.
2º - O Grande Plano Mental.
3º - O Grande Plano Físico.

É claro que essas divisões são bastante arbitrárias, e os hermetistas consideram que existem, entre esses três Planos maiores, mais sete outros sub-planos entre cada um. Mas para nosso estudo basta compreender que, para se manifestar na matéria, uma energia primordial primeiro precisa ser gerada no plano Espiritual, ser forjada no plano Mental e se materializar no plano Físico. Quando falamos de plano também devemos compreender que não é uma dimensão ordinária de espaço, mas sim uma mudança de densidade no princípio de Vibração (Terceiro Princípio Hermético). Desde as manifestações mais elevadas até as mais baixas, todas as coisas vibram em diferentes coeficientes de movimento em diferentes direções e de diferentes maneiras. Os graus de medição na Escala de Vibração constituem a Quarta Dimensão. Nós já ouvimos alguém dizer (a sabedoria popular nunca erra) aquela pessoa tem uma vibração ruim, ou já nos aconteceu dizer: Esse lugar está carregado, sinto uma vibração ruim. Ruim quer dizer ‘inferior’.
O mais elevado grau de vibração constitui a mais elevada manifestação da Vida que ocupa um determinado plano. O átomo da matéria, a unidade de força, a mente do homem e a existência do arcanjo são ‘graus’ de escala e fundamentalmente a mesma coisa em diferentes planos: a diferença está somente no grau e no coeficiente de vibração. Afinal, todas são manifestação da Mente do Todo.

No Grande Plano Físico temos sete manifestações menores de energia: o mais sutil têm analogia com os fenômenos mentais, os mais densos são aqueles físicos visíveis a olho nu.

O que podemos fazer para ‘evitar’ ou ‘minimizar’ estas manifestações negativas no plano físico onde vivemos?

Primeiro: compreender sua natureza e suas correspondências nos vários planos
Segundo: mudar de vibração sempre em sua correspondência em cada um dos planos

Parece fácil, mas não é. Podemos aplicar o Princípio de que Tudo é Mente e usar nossa mente para fazê-lo. Mas isso requer muito estudo, muita compreensão e muita força de vontade. Ao compreender em que energia você está inserido neste momento de sua vida, você poderá mais facilmente fazer a analogia da Correspondência (sozinho ou com a ajuda de um bom astrólogo ou hermetista); depois você aprenderá a aplicar o Princípio da Vibração, mudando essa energia – se negativa – de plano e plano, de estado em estado, do mais denso ao mais sutil. Pelo contrário, se ela for positiva, aprenderá a usá-la a seu favor aproveitando em tudo e por tudo aquilo que o TODO está lhe proporcionando.

A correspondência, correlação e harmonia que existe entre os planos de manifestação da energia da Mente do Todo se manifesta através da Lei da Vibração.

Primeira Lei do Hermetismo

A Primeira Lei revela o Principio do Mentalismo:

O TODO é MENTE; o Universo é Mental

Este é sem dúvida o mais importante de todos os princípios, já que nele estão contidos todos os outros. O TODO (ou seja a realidade que se oculta em todas as manifestações de nosso universo material) é Espírito, Incognoscível e Indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como uma Mente Vivente Infinita Universal. Compreendendo a verdade da Natureza Mental do nosso Universo o discípulo estará bem avançado no Caminho do Domínio, escreveu um velho mestre do Hermetismo. Estas palavras continuam atuais e verdadeiras e são a chave para a nossa compreensão das regras e Leis que regem nosso universo material.

Observaremos que, se o Universo é Mental e nós existimos na Mente do Todo, como tais, nós somos seres mentais e criamos com a nossa mente, à imagem e semelhança do Todo, conforme explica o Segundo Princípio. A mente nada mais é que um complexo aglomerado de impulsos energéticos, capazes de enviar mensagens, não somente ao nosso próprio corpo, mas também fora dele. Todos já experimentamos aquela sensação de ‘sermos observados’ mesmo se nada podemos ver com nossos olhos físicos. É bem possível que essa sensação seja a conseqüência de um olhar mental (de impulsos energéticos) enviado por outra pessoa que naquele momento desconhecemos.

Podemos então compreender que nossa mente, feita à imagem e semelhança do TODO, pode também criar, coisas positivas e coisas negativas. A criação de uma imagem gerada por nossa mente, é captada pelo cérebro físico como sendo “REAL”. È dessa forma que funcionam as imagens mentais que são elaboradas para auxiliar as pessoas que desejam superar alguma dificuldade num sistema de auto-ajuda. A imagem positiva criada precisa de uma repetição até que ela seja ‘fixada’ pelo cérebro que afinal precisa reconhecê-la como real. A partir daí (normalmente os exercícios são feitos em 21 dias) o cérebro já reconhecendo a imagem mental como real, começa a modificar a estrutura energética ao redor da pessoa “atraindo o similar” ou seja, atraindo aquilo que foi criado por nossa mente. O similar atrai o similar, assim como o amor atrai o amor, o ódio atrai o ódio, o dinheiro atrai o dinheiro, etc... É claro que entre a criação da imagem e a materialização existe um lapso de tempo (tempo esse que existe somente na matéria) e muitas vezes é justamente esse lapso de tempo que faz as pessoas desistirem de sua criação.

Leis Herméticas

Hermes Trismegisto, o Três Vezes Grande, era considerado pelos Egípcios o Mensageiro dos Deuses, por ter transmitido os ensinamentos a este grande povo da antigüidade e ter implantado a tradição sagrada, os rituais sagrados, e os ensinamentos das artes e ciências em suas Escolas da Sabedoria. A medicina, a astronomia, a astrologia, a botânica, a agricultura, a geologia, a matemática, a música, a arquitetura, a ciência política, tudo isso era ensinado nessas Escolas e em seus livros, que segundo os gregos somavam 42. Entre eles se encontra O Livro dos Mortos que é também chamado de O Livro da Saída da Luz. A Ciência Hermética é baseada em seus ensinamentos e comprova com seus preceitos, que o Grande Hermes veio transmitir para a humanidade uma Sabedoria Divina, até hoje mal compreendida apesar de amplamente comprovada.

A Filosofia Hermética se baseia nos Princípios Herméticos incluídos no livro O Caibalion, (Três Iniciados – Livraria Pensamento) e parece destinada a plantar uma semente de Verdade no coração dos sábios, que perpetuam e transmitem os seus ensinamentos. Em todas as civilizações sempre existiram ouvidos atentos a estes preceitos. Como diz o próprio Caibalion:

Em qualquer lugar que se achem os vestígios do Mestre,
Os ouvidos daqueles que estiverem preparados para receber
O seu Ensinamento, se abrirão completamente.
Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir,
Então vêm os lábios para enchê-los de sabedoria.

Porém o Caibalion nos ensina também que:
Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento.

O Caibalion nos foi transmitido pela Tradição Hermética e reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Qabala (Cabala), ou Qibul, ou Qibal, que em hebraico, significa tradição.

Em nossos dias o termo ‘hermético’ significa secreto, fechado de tal maneira que nada escapa, significando que os discípulos de Hermes sempre observavam o princípio do segredo nos seus preceitos. Os antigos instrutores pediam este segredo, mas nunca desejaram que os ensinamentos não fossem transmitidos. Não instituíram uma religião, de forma que estes princípios pudessem ser aproveitados por todos mas não pertencessem a nenhum credo. De fato, os ‘Princípios Herméticos’ são baseados nas Leis da Natureza, e como tais pertencem somente à Ordem Divina.

As doutrinas sempre foram transmitidas de ‘Mestre à Discípulo’, de Iniciado à Hierofante, dos lábios aos ouvidos. Ainda que esteja escrita em toda parte, sua verdade foi propositadamente velada com os termos da alquimia e da astrologia, de modo que só os que possuem a chave podem-na ler bem. (O Caibálion).

Os Sete Princípios (ou Sete Leis) em que se baseia a Filosofia Hermética são os seguintes:

I – O princípio de Mentalismo
II – O princípio de Correspondência
III – O princípio de Vibração
IV – O princípio de Polaridade
V – O princípio de Ritmo
VI – O princípio de Causa e Efeito
VII – O princípio de Gênero

As palavras são poderosas! :: Graziella Marraccini ::



As palavras têm um imenso poder, seja de causar benefícios ou de causar malefícios. Esse pensamento deve nortear cada palavra que sai de nossa boca se quisermos atrair para nós as benesses que o cosmo nos disponibiliza. Parece fácil? Não o é.
Costumamos jogar palavras ao vento, sem nos darmos conta que com essa energia moldamos nossa realidade, a em que nós vivemos.

Uma das coisas que mais me chama atenção é que a maioria das pessoas costuma procurar a causa de sua infelicidade no mundo exterior, seja em fatos que em pessoas. De fato, costumamos procurar 'os culpados' de nossos fracassos, seja por nossos problemas de saúde, de dinheiro, ou problemas emocionais, para não assumirmos a responsabilidade de nossas escolhas. Com isso emitimos 'ondas de negatividade' desgastando nossa energia pessoal.

No entanto, deveríamos lembrar que para conseguir atrair para nós aquilo que desejamos, as palavras pronunciadas ou simplesmente elaboradas em pensamentos, possuem uma vibração e que essa vibração cria algo em ressonância no mundo real. Como a Terceira Lei Hermética explica, no universo "Nada está parado, tudo se move, tudo vibra". Esta Lei afirma que existe uma vibração em tudo o que existe no nosso universo, tudo o que é materializado, desde a forma mais sutil até a forma mais densa.

No artigo sobre esse assunto e sobre as outras Leis Herméticas publicadas na seção de Cabala do meu site, afirmo: "A ciência moderna explica que a luz, o calor, o magnetismo e a eletricidade são formas de movimento vibratório, provavelmente emanadas do éter. Mas ela ainda não consegue explicar o princípio da coesão, ou seja, o princípio da atração molecular e nem a afinidade química que é o princípio da atração atômica. E nem explica o princípio da gravitação que é o princípio de atração pela qual uma partícula ou massa de matéria é atraída por outra partícula."

Apesar de ainda não ter explicação científica, podemos comprovar que esta 'Lei', existe ao constatar que atraímos coisas inerentes aos nossos pensamentos ou ainda às nossas vibrações verbais (palavras) e, final e conseqüentemente, aos nossos atos. Ou seja, se eu levantar de manhã e encher minha cabeça com pensamentos de inveja contra meu vizinho porque ele conseguiu comprar um carro melhor do que o meu, certamente estarei atraindo para mim também a inveja de outra pessoa e não conseguirei o dinheiro para comprar o carro desejado! Ódio atrai ódio, inveja atrai inveja, raiva atrai raiva, violência atrai violência!
Se sua vibração abrir seu campo vibracional para atrair algo negativo, esta negatividade irá se materializar em sua vida, tenha certeza disso! Citando Deepak Chopra: "Lei é o processo pelo qual o não manifesto torna-se manifesto"... "Toda a criação, tudo o que existe no mundo físico é resultado do não manifesto transformando-se em manifesto".

Portanto, como faremos para afastar da mente estes pensamentos negativos e, especialmente, como atrairemos aquilo que desejamos? Todos devem se lembrar do sucesso que fez o livro "O Segredo", não é? Eu mesma já publiquei um artigo sobre esse assunto.
Bem, caros internautas, esse segredo é simplesmente a compreensão da Lei da Atração. O objetivo do uso dessa Lei é atrair para nós as melhores vibrações possíveis, de maneira a que elas se materializam em benesse. Porém, (há um porém) não podemos pensar nesta benesse de maneira egoísta, ou seja, numa benesse que seja 'bom para mim e ruim para os outros'! Isso não funciona assim! A vibração emanada de nossas palavras ou de nossos pensamentos precisa ser 'para o bem de todos os envolvidos'.
Aliás, essa é uma frase usada na invocação daqueles que utilizam seus dons para ajudar as outras pessoas, interpretando oráculos ou aplicando terapias energéticas. Se não for para 'o bem de todos os envolvidos' o que você receberá não lhe trará a felicidade!

Lembrando que nas semanas anteriores refletimos sobre o Ecossistema Espiritual, saliento que o propósito da vida é a evolução espiritual e que, portanto, não podemos usar nossos dons, nossos talentos, sem os compartilharmos. No entanto, quando estamos sob o domínio do Ego (em astrologia eu costumo associá-lo à Lua e também ao Ascendente da pessoa) não pensamos em compartilhar.
Essa é a principal razão de nosso fracasso em alcançar a felicidade, mesmo quando conseguimos muitos bens materiais. Experimentamos a plenitude e a satisfação interior somente quando compartilhamos generosamente aquilo que possuímos e que nos foi dado 'de graça'! É isso que eu considero a verdadeira felicidade.

Porém, devemos aceitar que é realmente muito, muito difícil passar um dia inteiro sem emitir nenhuma opinião negativa sobre alguém! Julgamos o tempo todo, apesar de sabermos que não cabe a nós julgar nosso próximo. Esse julgamento, verbal ou não, emite uma vibração que afasta de nós a felicidade. Por essa razão, devemos começar nosso dia com vibrações e palavras positivas.
Quando criança, estudei num colégio de freiras, onde era costume levantar de manhã agradecendo a Deus pelo dia que iríamos viver. Hoje em dia, já é muito quando lembramos de agradecer a Deus pelo dia que acabamos de viver, pelas graças que recebemos, pela saúde, pelo conforto, pelo amor que nos cerca! No entanto, recorremos a Deus quando estamos doentes, quando temos um problema financeiro, quando nos sentimos desprezados ou mal-amados!

Bem, mas é sempre possível mudar, não é mesmo? O autoconhecimento nos abre o caminho para que isso aconteça. Uma das técnicas que eu uso para afastar essas vibrações negativas, que muito atrapalham nossas vidas é a técnica da EFT*, Técnica de Libertação Emocional.

Termino hoje citando novamente o meu artigo sobre a Lei da Vibração:
"Com esforço e vontade podemos mudar nossas vibrações negativas, compreendendo quão poderoso é esse instrumento chamado de Mente: aplicar o Princípio da Vibração para atrair prosperidade, paz, bem-estar, harmonia requer domínio da mente e disposição mental. Os Hermetistas, em seu estágio mais evoluído, tornam-se Magos, por terem adquirido o domínio das Vibrações através da Vontade. A Arte da Transmutação Mental é chamada de Alquimia Mental".

Encerro com uma frase de Hermes que servirá para nossa reflexão:
"Aquele que compreende o Princípio da Vibração alcançou o Cetro do poder".

Desejo a todos uma semana repleta de vibrações positivas!
São Paulo, 14 de abril de 2010

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Saber Negar é uma arte


Gentileza e medo

Todo limite precisa de uma potência, de uma força para ser exercido. Um não fraco, frouxo, sem energia, seja na voz, seja na emoção, não dá resultado. E onde podemos encontrar esse vigor? Vamos voltar lá para o comecinho de nossa existência. Já nos primeiros dias de vida, uma inteligência instintiva se dava conta de que nascemos inteiramente dependentes. Levamos anos e anos sendo alimentados, cuidados e educados até alcançar um pouco de autonomia. Portanto, lá no fundo de nossa mente há uma luz de néon que pisca com os dizeres “sou incapaz de sobreviver sozinho”. “Dependo de alguém, e se perder esse vínculo que me mantém vivo – no caso, minha mãe – posso morrer”. Para continuarmos com esse vínculo, somos capazes de fazer tudo. Inclusive sempre dizer sim e obedecer, se for necessário.

“Manter vínculos é a mais fundamental estratégia de sobrevivência do começo da vida”, diz Denise Passos, terapeuta somática e pesquisadora do Laboratório do Pensamento Formativo, que segue a linha do psicólogo Stanley Keleman. De acordo com essa linha da psicologia (que analisa o poder de várias influências em nossas respostas comportamentais), temos dificuldade em dizer não porque morremos de pavor de perder nossos vínculos e ter nossa sobrevivência ameaçada. É um medo inconsciente e ancestral. Uma criança que tem pais agressivos, por exemplo, e que por temperamento é mais doce, aprende rapidamente que pode ser mais protegida ou aceita quando é boazinha. E ser boazinha e prematuramente madura é uma estratégia eficaz de sobrevivência. “O problema não é ser doce e gentil, o problema é só agir assim, como se não houvesse outra possibilidade diante das situações”, diz Denise.

Um dia crescemos, nos tornamos seres autônomos e não mais tão dependentes dos vínculos. Mas a frase de néon pode continuar a piscar no cérebro: somos fracos, dependentes, e precisamos ceder para sobreviver. Como o patinho feio que virou cisne, não percebemos que nos tornamos fortes e adultos. E que não dependemos tanto dos vínculos, a ponto de aceitar e cultivar até aqueles que podem nos causar muita dor e sofrimento na vida.

A força do treino

Para Stanley Keleman, temos três heranças: a biológica, a genética e a cultural. A biológica revela que o ser humano tem a agressividade dentro de si. A genética dá forma a essa agressividade, que depende do nosso temperamento. Portanto, ela a individualiza: podemos ser mais assertivos, ou mais passivos e obedientes, por natureza. A terceira vertente, social e cultural, vai condicionar mais ainda a maneira de expressá-la. Uma pessoa que diz sim quando queria dizer não vai chegar a um ponto em que seu cérebro emocional (o sistema límbico) e o racional (o córtex cerebral) vão entrar em colapso.Vai responder com fúria, com seu cérebro instintivo (reptiliano) ligado à agressividade.

E como sair dessa?

Treinando pequenos nãos, só para sentir nossa força, em situações menos importantes. E, como numa ginástica, torná-lo forte e resistente. “É preciso um corpo mais tônico, uma emoção mais clara, um raciocínio mais eficaz”, diz Denise. Aprender que crescemos, que não somos mais crianças e que não precisamos nos sentir ameaçados como elas é um bom começo. Perceber que assumir a força, o próprio poder, não significa ser agressivo.

Aventuras e oportunidades

O não pode não ser necessariamente negativo. Já pensou nisso? Na verdade, ele pode se revelar como um portão escancarado para um mundo de aventuras e bem-aventuranças. Ele pode ser, ao contrário, imensamente positivo, pois significa uma recusa ao que é proposto, seja por uma pessoa, seja por uma circunstância, e uma abertura a novas situações. Nas culturas tribais, como a dos índios norteamericanos, o não faz parte do vocabulário de um guerreiro, pois é capaz de expressar, tanto quanto o sim, o que seu coração diz. Segundo o mitólogo Joseph Campbell, nas culturas indígenas os mitos geralmente se apresentam com dois motivos principais: ou a bela moça se recusa a casar com seus pretendentes, dizendo não, não e não a cada um que aparece, ou o guerreiro infringe um limite. Se, por exemplo, a região ao norte é a proibida pela tribo pelos mais variados motivos, sem dúvida é para lá, contrariando tudo e todos, que ele se dirige. Sua aventura começa ao se negar a aceitar o não dos outros.

A cada recusa de pretendentes ou ultrapassagem de um limite, você se coloca num nível mais alto, de perigo maior. A questão é: você está preparado para esse desafio? “A aventura vai ser a recompensa, mas ela é necessariamente perigosa, incluindo possibilidades, tanto positivas quanto negativas, umas e outras fora de controle”, afirma Campbell. Afinal, se você for imprudente demais, pode perder a vida.

Mas há uma grande vantagem nessa escolha. “Estaremos seguindo nosso próprio caminho e não mais o caminho do papai e da mamãe. Com isso estamos sem proteção, num campo de poderes superiores aos que conhecemos”, diz Campbell. É para isso que as histórias e os mitos existem. De certa forma, eles nos preparam para o que há de vir depois da recusa. Isto é, o não abre portas para riscos, mudança, conflitos, aventuras e realidades diferentes. O mestre tibetano Chögyam Trungpa falava desse não visceral como o “BIG NO”, o grande não, aquele que é capaz de transformar vidas e destinos. É por isso, também, que o tememos. Mas a mitologia insiste que o caminho do coração é protegido por forças que não conhecemos, que não é preciso temer demais e que nele desenvolveremos novas habilidades e valores. Uma coisa é certa: depois desse não frontal diante da realidade, nada do que foi será do mesmo do jeito que já foi um dia.

Fizemos uma seleção de dicas a partir de livros que falam sobre a melhor maneira de sustentar uma negação. Aqui estão alguns dos conselhos básicos:

. Ser muito legal pode não ser legal. Experimente ser egoísta de vez em quando.
. Se discordar, discorde logo de cara, no começo da conversa
. O não precisa ter força. Boa alimentação, exercícios vocais e vitalidade auxiliam.
. Se não tiver certeza do seu sim, enrole. Ou peça tempo para pensar.
. Não sorria quando estiver aponto de explodir. Aprenda a fechar a cara.
. Mude de opinião quantas vezes quiser.
. Diga como se sente e não acuse o outro, colocando-o na defensiva.
. Não abra muito espaço para contra-argumentos. Reafirme o seu não.
. A negação precisa ser firme. Mas não precisa ser agressiva
. Imagine sempre que tudo vai dar certo. Costuma funcionar.

LIVROS
O Livro do Não, Susan Newman, Cultrix

A INFLUÊNCIA DA AUTOESTIMA


por Willes S. Geaquinto - willesterapeuta@bol.com.br


I

A autoestima é uma necessidade humana fundamental e, independente do conhecimento que tenhamos dela ou do nosso consentimento, ela está sempre presente em nossa existência. Definida de maneira sucinta e clara, a autoestima é o conceito íntimo de valor que possuímos a respeito de nós mesmos e que expressamos a todo tempo e lugar.
Destarte, quer estejamos conscientes ou não da qualidade de nossa autoestima, ela afeta sobremaneira o nosso modo de viver; motivando nosso sucesso quando positiva e fomentando nossos fracassos e sofrimentos quando negativa.
Portanto, a essencialidade da autoestima está intimamente ligada ao nosso grau de autosatisfação, isto é, se aspiramos uma existência onde paulatinamente possamos atingir um grau elevado de satisfação ou realização pessoal, não podemos prescindir de conscientemente investir em seu aprimoramento.

Lembrando ainda, que a autoestima possui uma via de mão dupla, ou seja, se por um lado ela influencia nossas atitudes, do outro, ela se nutre destas mesmas atitudes; o que equivale dizer que, reciprocamente, quando melhoramos o patamar da nossa autoestima damos qualidade às nossas posturas e vice-versa.
Nathaniel Branden, psicólogo americano, autor de estudos e livros sobre o assunto, diz o seguinte a respeito da influência da auto-estima: “A autoestima, quando plenamente realizada, é a vivência de que somos adequados para a vida e suas exigências.

Especificamente, auto-estima é: confiança em nossa capacidade de pensar; confiança em nosso direito de vencer e sermos felizes; a sensação de que temos valor, e que merecemos e podemos afirmar as nossas necessidades e aquilo que queremos alcançar nossas metas e colher os frutos dos nossos esforços”.

Em sendo assim, quando não realizamos nossa autoestima, ou seja, quando não a valorizamos e deixamos que ela permaneça em desequilíbrio, menos desejamos e menos conseguimos, pois, a falta de clareza daquilo que realmente é bom e satisfatório para nossa vida será sempre um obstáculo ao nosso crescimento.
Portanto, com a autoestima baixa a probabilidade de que desistamos dos nossos objetivos é praticamente certa, pois, nos faltará a confiança necessária para desprendermos todo o esforço que poderíamos dar em prol daquilo que almejamos; os desafios tornam-se assustadores quando nossa auto-estima está em desequilíbrio. Porém, se ela for positiva maior será nosso grau de coragem e persistência diante das dificuldades, maior será também nossa autoconfiança para dar o nosso melhor para realizarmos os nossos propósitos na vida.
Boa Reflexão e viva consciente.


II

“Confiar nas próprias idéias e
saber-se merecedor da felicidade
é a essência da auto-estima”
Nathaniel Branden

Certa vez, tive um cliente dependente químico que, durante algum tempo, ao fim de cada sessão, me dizia: “... o que é que eu tenho que mentalizar para mudar minha autoestima?”. E eu sempre lhe respondia: “Não basta apenas mudar o pensamento, é preciso também realizar mudanças, mesmo que pequenas, em suas atitudes diárias visando manter o seu bem-estar”. Quando passou a agir assim, abandonando gradativamente os pensamentos e as posturas que não lhe eram saudáveis, ele resgatou, juntamente com a sobriedade, o seu equilíbrio existencial.
Às vezes, autoestima é compreendida pelas pessoas sob diversas formas, algumas a vêem como um dom ou valor que uns poucos possuem, outras acreditam poder obtê-la através de mudanças superficiais, ou que ela possa ser conquistada apenas através da mentalização de sentenças positivas, etc. É até possível que esta última prática ajude, mas, efetivamente a autoestima se realiza, num primeiro momento, pela transformação interior onde a elaboração mental consciente é fundamental, e, depois, pela prática de ações afirmativas que demonstrem, por exemplo, consciência, autoconfiança e, sobretudo, amor e respeito pela própria vida.

A autoconfiança é um importante elemento da autoestima; não possuí-la significa viver sob a influência do derrotismo, do fracasso antecipado. Daí que para se instituir autoconfiante, antes é necessário confiar realisticamente em seus próprios valores e idéias, além de estar convicto de sua competência pessoal, pois, só assim haverá motivação suficiente obter conquistas e mantê-las. Demonstrar confiança em si próprio é fundamental para que as pessoas também confiem em você. Da mesma forma, é necessário respeitar-se a si mesmo, para que os outros também o respeitem. Os que estão à sua volta, na maioria das vezes, tratam-no da maneira como você se trata.

Em síntese, não há como negar que qualidade da autoestima tem profunda influência em todos os setores da existência humana, seja na família, no trabalho, no trato com as pessoas em sociedade, nas relações íntimas e pessoais, enfim, em todo tempo e lugar. Observe: quando sua autoestima está baixa você tende a ser pouco exigente com o que dá para si mesmo e com o que recebe dos outros; contenta-se com pouco e não se sente merecedor de algo mais. Por outro lado, quando sua autoestima está em equilíbrio você se sente estimulado a buscar novos desafios, a ser mais exigente, a estabelecer objetivos mais elevados e de maior relevância, a valorizar e cuidar melhor de você.

Enfim, a autoestima, além de ser determinante para o equilíbrio psíquico-emocional e físico, está intimamente ligada ao grau de satisfação das mais diversas necessidades humanas. Então, se o seu propósito é obter da vida o maior grau de auto-satisfação, renove e qualifique o conceito que tem de si próprio, deixe fluir suas qualidades e realize ações produtivas e edificantes que reforcem sua autoestima todos os dias. Isto não é receita pronta, mas é um bom princípio.

Boa Reflexão e viva consciente

terça-feira, 20 de abril de 2010

SOBRE O PERDÃO Jean-Yves Leloup



O perdão, quando bem compreendido, é um instrumento de cura. Freqüentemente ficamos doentes porque não perdoamos e o rancor e a cólera nos corroem o fígado e os rins. A questão é como manter juntos o perdão e a justiça, (...) o olho da verdade e o olho da misericórdia.

Creio que não devemos perdoar muito rápido. É necessário, antes de perdoarmos, que expressemos o sofrimento pelo que nos foi feito e a isso chamo justiça. O sinal-da-cruz, tal como era feito nos doze primeiros séculos de nossa era, expressava bem esse sentimento. Começava-se por uma linha vertical, da testa ao peito, em seguida levava-se a mão ao ombro direito e depois ao esquerdo (atualmente faz-se o contrário), simbolizando a passagem da justiça para a misericórdia. Começando sempre pela justiça, exigindo que fosse reconhecido o mal que foi feito, o inaceitável de certas situações e de certas violências. Portanto, o pedido de justiça é essencial. Mas é essencial, também, ir além da justiça, em direção à misericórdia, em direção ao perdão, em direção ao lado que é o lado do coração.

O que é o perdão? O perdão é não aprisionar o outro nas conseqüências negativas de seus atos. É não nos aprisionarmos ou aprisionarmos o outro no carma. O perdão é a própria condição para que nossa vida continue a ser vivível. Se não perdoarmos uns aos outros, a vida vai se tornar impossível de ser vivida.

(...) Como fazer para que este perdão se torne algo verdadeiro? Platão dizia: “Aquele que tudo compreende, tudo perdoa”. Aquele que se conhece a si mesmo, com suas ambigüidades, pode compreender o outro em suas sombras. Portanto, inicialmente, o perdão pode ser uma questão de inteligência, de compreensão. Perdoar você significa que eu o compreendo, mas não quer dizer que (...) o que você fez é bom. Compreendo que você é um ser humano, que é capaz de me enganar como eu próprio faria se, provavelmente, estivesse nas mesmas condições.

A atitude de Cristo aos que queriam lapidar a mulher adúltera é: “Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra”. Lembrem-se como aos poucos todos se retiram, do mais velho ao mais jovem. Nesse caso Jesus se serve da Sagrada Escritura, não para mostrar aos outros como eles são pecadores, mas para fazê-la de espelho onde eles podem ver suas fraquezas, suas falhas e compreender as dos outros, não os aprisionando nas conseqüências negativas de seus atos.

Além de perdoar com a cabeça é preciso perdoar com o coração e, vocês sabem, o corpo é o último que perdoa. Se alguém lhes fez mal, se lhes causou sofrimento, vocês podem tê-lo perdoado com a “cabeça”, tê-lo compreendido com o coração, pensar que o passado passou. Entretanto, quando essa pessoa se aproxima, seu corpo se crispa e se enrijece mostrando bem que ele ainda não perdoou, que muitas memórias estão ainda bem guardadas.

Creio que é verdadeiramente uma graça quando nos encontramos perto de alguém que nos tenha feito mal e sentimos nosso corpo calmo, nosso coração límpido. Podemos dizer que, verdadeiramente, estamos curados. Por isso, creio que o perdão é uma prática de cura.

No Pai-nosso se diz: Perdoai-nos do mesmo modo como perdoamos. Como se o dom da vida só pudesse circular em nós dependendo de nossa capacidade de perdão. Se não perdoamos ficamos prisioneiros, bloqueados em uma situação, em um rancor, e a vida não pode circular.

Perdoar não é fácil...

Quando eu era jovem padre e morava no interior da França, todos os domingos levava uma senhora paralítica à missa. Ela era portadora de esclerose em placas. Um dia contou-me do ódio que nutria pela mãe porque a tinha impedido de casar-se com o homem que amava, e, apesar disso, passara a vida inteira cuidando da mãe, ocupando-se dela. Apesar de exteriormente comportar-se como uma mulher respeitável e admirável, dizia-me que em seu interior só havia raiva. A dureza de seu coração impregnara seu corpo, transformando-o em corpo rígido e paralisado. Assim, as doenças psicossomáticas têm, às vezes, uma origem espiritual.

Disse a esta senhora: “Já que você é cristã pode perdoar sua mãe”. Tornou-se encolerizada e, com uma raiva muito densa e muito íntima, respondeu-me: “Não, não, jamais a perdoarei. Minha mãe impediu-me de viver, o que sinto por ela é um veneno que levarei ao túmulo”. Neste momento compreendi o meu erro e lhe disse: “Você tem razão. O que você viveu é imperdoável. Você não pode perdoar quem a impediu de viver. Mas pense, creia, o Cristo que existe em você pode perdoá-la”. Atualmente eu lhe diria: “O ego não pode perdoar: Não se deve tentar perdoar com o ego. Entretanto, talvez o self possa perdoar. Talvez haja dentro de nós uma dimensão maior que nós mesmos, que pode compreender e perdoar”. Passaram-se cinco longos minutos. Em dado momento vi uma lágrima correr pela face daquela senhora. Ela chorou, chorou muito. Levantou-se da cadeira de rodas e saiu andando de seu quarto. Há mais de quarenta anos não chorava, há mais de dez anos não andava. Esse é o milagre do perdão.

Muitas vezes, está acima de nossas forças perdoarmos a partir de nosso pequeno ego. Se disséssemos “eu te perdoo”, seríamos hipócritas, pois nosso corpo e nosso coração não conseguem perdoar. Porém, podemos abrir-nos a uma dimensão mais vasta que nós mesmos e então o perdão pode chegar.

O perdão não é humano, é um ato divino. Quando Jesus perdoa, seja a mulher adúltera, seja Míriam de Magdala, seja um “colaborador” como Zaqueu, os fariseus que o cercam se perguntam: “Quem é este homem que perdoa? Pois só Deus pode perdoar”.

Assim, é preciso lembrar que, cada vez que perdoamos depois de termos pedido justiça, acordamos para uma dimensão divina de nós mesmos. O perdão é um exercício de divinização onde o humano se torna divino. Continuando humano, temos que reclamar justiça e, quando for possível, dizer o que foi mau ou destrutivo para nós e pedir uma reparação. Também somos capazes de misericórdia e de perdão. Portanto, é preciso que mantenhamos juntas a justiça e a misericórdia. São dois olhos, às vezes, estrábicos. Podemos esquecer a justiça e nosso perdão ser superficial, podemos esquecer o perdão e partimos para uma justiça inquisitorial.

Do livro O Corpo e seus símbolos, 1998

Jean-Yves Leloup, doutor em Psicologia, Filosofia e Teologia, escritor, conferencista, dominicano e depois padre ortodoxo, oferece através dos seus livros, conferências e seminários um aprofundamento dos textos sagrados, assim como uma abordagem e uma reflexão extremamente ricas sobre a espiritualidade no quotidiano graças à uma formação pluridisciplinar de rara complementaridade. Membro da organização das Tradições Unidas, doutor honoris causa e ciências da Universidade de Colombo (Sri Lanka), Jean-Yves Leloup ensina na Europa, nos Estados Unidos e na América do Sul em diferentes universidades e institutos de pesquisa em antropologia fundamental. É autor de mais de cinqüenta obras, além de ter comentado e traduzido os evangelhos de Tomé, Maria de Magdala, Felipe e João. Ele participa igualmente de vários encontros entre as diversas tradições.

domingo, 18 de abril de 2010

Lei do Caminhão de Lixo



Um dia peguei um taxi para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa, quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente.

O taxista pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!

O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente. Mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo. E ele o fez de maneira bastante amigável.
Indignado lhe perguntei: 'Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!'

Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo de "A Lei do Caminhão de Lixo."

Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e de desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente. Isto não é problema seu!

Apenas sorria, acene, deseje-lhes o bem, e vá em frente. Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas.

Fique tranqüilo... Respire e DEIXE O LIXEIRO PASSAR..

O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta, não leve lixo. Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustrações.
Ame as pessoas que te tratam bem. E trate bem as que não o fazem.

A vida é 10% o que você faz dela e 90% a maneira como você a recebe!

sábado, 17 de abril de 2010

Liberdade sem sabedoria é poder sem direção




por El Morya Luz da Consciência - nucleo.elmorya@terra.com.br

"Os sensitivos do mundo estão aumentando em número cada vez maior e essa crescente sensibilidade é uma causa de regozijo e de perigo, pois, no mundo inteiro essas pessoas estão registrando contatos, até então, desconhecidos, estão vendo um mundo fenomênico até então oculto àqueles, e estão geralmente ganhando a percepção de uma expansão de consciência. Mas, o mundo dos fenômenos, também tem várias moradas, muitas vezes podem ser do astral, algumas vezes mental, e ocasionalmente da alma, que de fato, nos inicia em uma nova dimensão de consciência e num diferente estado de ser. Esta crescente sensibilidade é universal; daí o rápido crescimento das ciências psíquicas; e também entre os homens o aumento da tensão nervosa, das condições neuróticas, dos problemas psíquicos grandemente aumentados; também o aumento de novas doenças nervosas, mentais, do sono, emocional desequilibrado, etc. Esta sensibilidade, é a resposta do mecanismo do homem aos desenvolvimentos que se aproximam, e à humanidade como um todo, está sendo posta numa condição em que ela está pronta para ver e ouvir aquilo que esteve até o presente sem ser revelado". Ficamos expostos também à consciência das massas. (Mestre Djhal Khul)

Ao longo dos tempos, o homem sempre buscou algo transcendente que o levasse a níveis de consciência superiores; sempre buscou Deus e a comunicação com as divindades manifestadas de diversas formas e com os mais variados nomes e símbolos. Por mais que desconhecesse a razão de seus questionamentos, algo o levou a despertar para o sentido de sua existência e a buscar o caminho através da purificação e transcender todos os obstáculos para unificar com as Leis Universais.

Muitos mensageiros do Criador surgiram na Terra ao longo de todas as eras e ciclos, trazendo ensinamentos preciosos para encaminhar o ser humano a níveis superiores de evolução, que o levassem à verdadeira paz interior, a unificar-se, a transcender-se e a encontrar o Caminho da Luz para a Ascensão Divina. Só a união -sentir e saber- é que realmente nos faz encontrar Deus e Mestre Jesus disse isso há mais de 2000 anos: Conheça a verdade e ela vos libertará! Mas Liberdade sem Sabedoria, é Poder sem Direção.

Somente crer em Deus não é viver segundo Ele! O homem que não desenvolve em si mesmo os atributos divinos é semelhante ao doente, que não segue a prescrição que seu médico passou. A simples crença de um homem que se julga no caminho da verdade pode ter culpa, autoflagelo, fanatismo religioso, etc.
Acreditar em Deus não quer dizer que o achamos. Não existe somente uma verdade, porque cada um tem a sua. Compreender Deus exige uma realização interna, uma vontade de buscar sempre a sabedoria e o equilíbrio psíquico e uma ação externa de serviço fraterno, ou seja, colocar nossa crença em prática. Falar e fazer, ter atitudes compatíveis com aquilo que dizemos acreditar. Somente assim, podemos comprovar que somos realmente regidos pela inspiração sublime de nossas crenças. Jamais haverá autenticidade e fidelidade na crença do Amor a Deus se o homem continuar odiando, destruindo, enganando, invejando, se autocomparando.
Somos espíritos imortais, cada um à sua maneira acumulou na Terra, por algum tempo, virtudes valiosas concedidas por Deus para que assim realizássemos nosso trabalho. E esses talentos e poderes nos foram confiados para honrarmos e, iluminarmos primeiramente a nós mesmos.

A humanidade encontra-se numa intensa busca e numa corrida frenética para reencontrar um caminho verdadeiro, de forma consciente, objetiva e rápida. Mas primeiro, precisamos entender que esse caminho é para dentro de nós mesmos, pois Deus encontra-se dentro de cada coração. O ser humano tem o mau hábito de dividir e rotular tudo de uma forma dogmática e estas divisões são múltiplas, principalmente, no que diz respeito à crença de cada um. Somos rotulados como: católicos, islâmicos, judeus, pobres e ricos, brancos e negros, capitatalistas e comunistas; e em cada uma destas divisões existem os donos da verdade, aqueles que detêm a sua posse, como se só através deles se pudesse atingir a salvação e a liberdade. Pura ilusão! O conjunto de tudo isto forma a Grande Unidade.
O homem hoje busca meios e instrumentos que o leve a trilhar o verdadeiro Caminho da Luz e da Iniciação. Como Deus é Unidade e Luz, só podemos Ter consciência Dele quando entramos nessa realidade, portanto, voltar a casa do Pai é ser livre para transformar-se no Mestre de si mesmo, plenamente desenvolvido, um ser realizado, aquele que se funde totalmente com sua família espiritual. Quando uma pessoa ascensiona, ela habita plenamente seu corpo de luz, criado com as virtudes que a pessoa acumulou ao longo de suas encarnações.

Compreendendo isso, somos encorajados a transmutar os pensamentos e sentimentos que sustentam o medo, a vaidade espiritual, a arrogância e encarar o desconhecido, que para nós humanos, causa insegurança. Com conhecimento concreto da verdade, teremos discernimento e sabedoria, seremos livres para nos entregarmos a Deus com um amor absoluto, sem resistência. O coração se expande e permite que não nos sobrecarreguemos com o sofrimento do mundo, experimentando de maneira profunda a força interior e o amor-próprio verdadeiro, os quais são imprescindíveis para que consigamos chegar à luz.
Tomar posse de nossa vida, é ter liberdade e sabedoria, sermos nossos próprios Mestres, compreendendo que criamos a vida a partir das escolhas que fazemos e jamais somos vítimas. Nosso poder está na responsabilidade que assumimos em relação à direção que damos a nossa vida.

VERA GODOY

Percebendo as bênçãos... :: Rubia A. Dantés ::


Tenho percebido que as coisas não estão fáceis para muitos de nós, sem contar tudo que vemos acontecendo com nosso planeta... e me vi um desses dias reclamando disso, de como as coisas não estão fáceis... Mas, por um vislumbre de lucidez, percebi o quanto isso nos puxa para baixo...
As coisas podem não nos "parecer" muito fáceis... mas, nós escolhemos estar aqui e agora nesses tempos de tantas mudanças, justamente para cooperar com um Plano Maior... para cumprir um Propósito Divino... Se nos deixarmos levar pela onda que quer nos puxar para baixo... e embarcamos nessa energia, seremos atraídos para um círculo vicioso que não nos deixa sair do lugar.

Mesmo diante de tantos obstáculos existem infinitas oportunidades... Resolvi minimizar o que parecia ruim e focar no que era oportunidade acontecendo ao mesmo tempo...

Não importando onde estava, nem pelo que estava passando, procurei aceitar o que se apresentava na minha vida, entendendo como o aparentemente "ruim" podia ser um portal para o crescimento e novas descobertas.

Me lembro que, em um desses dias, olhei ao meu redor, e no meio do aparente caos me senti calma... da calma... a aceitação.... e comecei a perceber como tudo mudava... não que as coisas externas se mostrassem diferentes, mas eu via tudo de forma diferente.... sentia tudo de forma diferente, e... um lugar que não era bom de se estar, se transformou em um lugar como outro qualquer... entendi que não importa tanto o lugar onde estamos nem o que está ao nosso redor... se sabemos que existe sempre um motivo para estarmos naquela situação e abrimos o coração para receber o que o Grande Mistério tem para nos mostrar... e o que podemos fazer ali pelo bem comum... Sempre podemos dar passagem para a Divindade agir quando estamos vazios e receptivos...

Foi o que eu fiz... e me surpreendo como encontrei respostas preciosas ali... e como mudanças de percepção são capazes de transformar em bênçãos os momentos difíceis.

Entendi que somos muito mais fortes do que supomos e que somos capazes de realmente encontrar a força que está além do limite conhecido...

Tenho fundo dentro de mim a certeza que o Universo está sempre nos ajudando e facilitando o nosso crescimento, nos trazendo os desafios que precisamos momento a momento... Muitas vezes, nos vemos sendo desviados do nosso caminho pelo chamado "destino" que nos tira do ritmo, por coisas que não dependem da nossa vontade, que chegam assim... inesperadas... Para uns com mais dificuldades para outros com menos, mas acredito que temos um suporte ilimitado da Divindade que nos ampara e guia nesses momentos para uma liberdade maior.

Não existe maior liberdade do constatarmos que, o que está fora não tem o poder de nos tirar do eixo... assim passamos por tudo sem sermos tão afetados e podemos fazer a nossa parte com calma... com a Alma... entendemos como somos abençoados, mesmo onde antes teríamos motivos para queixas e reclamações...
Abrimos os olhos e o coração para perceber como temos toda ajuda da Divindade Divina que sempre chega... e como chega...

Por isso sou profundamente grata ao Grande Mistério, que por caminhos retos ou "tortuosos" sempre nos aproxima de nós mesmos.

Apegos :: Elisabeth Cavalcante ::


Apegos são fontes inevitáveis de sofrimento. Quanto mais nos apegamos às situações, objetos, pessoas, mais vulneráveis nos tornamos.

Visto que a essência da vida é a impermanência, desejar a posse eterna de tudo a que nos afeiçoamos, é uma ilusão. Entretanto, poucos de nós estão preparados para viver uma existência sem apegos.

As experiências de perda nos lembram, de modo doloroso, o quanto precisamos aprender a aceitar esta realidade. Aceitar significa, antes de tudo, não resistir às perdas, quando elas acontecem.

Criar uma resistência interior só faz prolongar ainda mais a dor e a angústia que sentimos. Quanto mais rapidamente aprendermos a dominar a arte da aceitação, mais seremos capazes de nos manter imunes ao medo da rejeição, da escassez, da solidão.

Embora seja este um dos principais aprendizados da vida, ninguém nos ensina a cultivar esta atitude. Ao contrário, somos treinados não para compartilhar, mas, sim, para depender do outro, como se nossa própria individualidade fosse algo sem valor.

Reaprender a ser livre e a não se manter preso a condições para poder estar feliz é o caminho mais sensato para que nos libertemos de uma vez da prisão dos apegos.

"Sem Lar
A bem-aventurança nunca tem lar, é uma errante.
A felicidade tem um lar, a infelicidade também tem um lar, mas a bem-aventurança, não.
Ela é como uma nuvem branca, sem raízes em lugar algum.
No momento em que você cria raízes, a bem-aventurança desaparece e você começa a se apegar à terra.
Lar significa segurança, garantia, conforto, conveniência.
E, finalmente, se todas essas coisas forem reduzidas a um só, lar significa morte.
Quanto mais vivo você estiver, menos lar terá.
Este é o significado básico de ser um buscador: viver a vida em perigo, viver a vida em insegurança.
Viver a vida sem saber o que virá em seguida, permanecer sempre disponível e capaz de se surpreender.
Se você puder ficar surpreso, estará vivo.
Maravilhar-se ( wonder, em inglês ) e peregrinar (wander, em inglês) vêm da mesma raiz.
Uma mente fixa passa a ser incapaz de maravilhar-se, porque ela passou a ser incapaz de peregrinar.
Assim, seja um peregrino, como uma nuvem, e cada momento traz infinitas surpresas.
Permaneça sem lar. Sem lar não significa não viver em uma casa;
Significa simplesmente nunca ficar apegado a coisa alguma.
Mesmo se você viver em um palácio, nunca se apegue.
Se chegar o momento de partir, siga em frente sem olhar para trás.
Nada o prende; você usa tudo, desfruta tudo, mas permanece o senhor".
Osho - fonte: www.oshosukul.com

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Victim Consciousness post by Cata Low


Quem não se comporta assim? Eu mesma identifico algumas coisas do que ela disse em mim!

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You know the adage, "Does life reflect art or does art reflect life?" I'd like to adjust that to "Does daytime television reflect life or does life reflect daytime television?"

Just look at the soaps. These beautiful, well-dressed people in their big homes and designer jewelry are so unhappy. And if you want more daytime drama, there is Jerry Springer and the like. Who is watching? We are. What is the attraction? Victimhood!

Nobody likes to admit that they are a victim—at least not consciously. But every time we feel slighted, hurt, ignored, unseen, unheard, overlooked, or oppressed, we are perceiving from victim consciousness. Feeling out of balance with life, out of control, weak, stressed, or disempowered are all signs that we are in victim consciousness.

I have always considered myself not a victim. In fact, I have spent a lot of effort proving it! But some years ago, I saw a part of myself that I had never seen before. It shocked me.

I belonged to a club, and we were having a Christmas party. We had each made a gift for someone whose name we had previously drawn out of a hat. I had made a pretty pair of bead earrings and when my person's name was called, I gave them to her. More exchanges were made with lots of laughter and high spirits. Time passed, and more names were called, and more gifts given. More time passed, and my name was not called. I began to wonder, what if...? Finally, the last name. Not mine. That meant the person who drew my name hadn't made a gift for me. I couldn't believe it. And what was harder to believe was a creeping feeling of satisfaction. A deep and hidden part of me was glad I was left out.

Ghandi said, “Service which is rendered without joy helps neither the servant nor the served.”

Why? Because I could feel sorry for myself. When I feel victimized, I get to feel superior to the victimizer. I got a sickly-sweet feeling of being somehow special, somehow better than someone else. Someone is wrong, and I get to be right.

The next step was to share the victimization. I told a good friend, who immediately gave me the requisite sympathy, and later made me a special gift. Aha! Victimization can get me sympathy. It can even get me power. I am right. Self-righteous even. The whole world will agree with me. What a lousy, no-good so-and-so was. What a recipe for attention.

The trouble is, with a recipe like that I feel lousy. Weak. Angry. There is anger toward my unfeeling victimizer. I victimize myself with my anger. If angry thoughts are left unchecked, our words or our body will eventually act it out, either externally or internally. I begin to persecute my persecutor with my thoughts. What a game. The victim consciousness invites me to become a victimizer. Instead, I enlist a sympathetic savior to make me feel better.

But what about the lofty role of the savior? Isn't saving and helping people a good thing? This is a tricky one. We have to question our motivation. Some of us have lost ourselves in a savior or helper role to prove how good we are. Or to distract ourselves from our own pain. Or to be special and have "the answer." Or to get attention, and appreciation. If we are in the savior role falsely, it will turn into victim consciousness. Ghandi said, "Service which is rendered without joy helps neither the servant nor the served."

How do we get off the wheel? The self-honesty that we are living these roles is the first step. The exercises in The Avatar Course are designed to help you remember and directly experience who you are without the roles, concepts, beliefs, or limitations that so many of us have gotten lost in.



Cata Low is an Avatar Master from Texas. She may be contacted at 512-296-3836 or catalow@earthlink.net .

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dialogar com seu anjo, uma via espiritual ocidental Patricia Montaud

Há sessenta anos ocorreu a experiência espiritual relatada por Gitta Mallasz no livro Diálogos com o anjo. Em seus últimos anos de vida morando conosco, Bernard e Patricia Montaud, deu uma reviravolta em nossas vidas. Ensinou-nos a arte desse diálogo interior que conduz cada um a sua tarefa única, individual, deixando-nos como herança essa verdadeira estrada espiritual nascida no Ocidente.

Todos nós, um dia ou outro, temos a sensação de estar passando ao largo da nossa vida. Mas de que vida estamos falando? Dois momentos foram fundamentais para que eu encontrasse a resposta. Primeiro um livro, diálogos com o anjo, guia de viagem do homem novo, do homem consciente; depois, o encontro com uma mulher, Gitta Mallasz, que colocou em prática o ensinamento desse livro e realizou essa vida com uma tarefa. A sua.

Com ela aprendi as duas etapas que temos de cumprir atravessando a vida na terra. Nossa primeira obra: a nossa própria realização, homens e mulheres magníficos, bem sucedidos em nossa vida amorosa, familiar, profissional. A segunda eu diria que é uma obra-prima: depois de servir a nossa própria vida, servir à vida – ser útil, ter uma causa a defender, uma tarefa única e intransferível a realizar.

E, vejam, para cumprir as duas basta dialogar com seu anjo! Mais ainda – essa atividade não tem nada de sobrenatural ou de extraordinária, mas é simplesmente uma função humana a desenvolver.

“O diálogo com o anjo é uma espécie de caminho sem estrada”, dizia Gitta. “Vejam, o anjo, primeiro, é um velho mensageiro cristão, uma espécie de amor simbólico proposto ao ser humano, até o momento em que este faça a experiência de encontrá-lo. A partir desse momento trata-se de uma realidade tão concreta que o anjo se transforma, de maneira completamente natural, naquele que responde sem concessão quando se tem uma questão verdadeira... O anjo é a nossa inspiração criativa, nossa metade de luz, nossa íntima convicção imediata sem inteligência.”

Mas como dialogar com o que, em mim, sabe para o que eu fui feita? No começo, apesar de toda a minha boa vontade, eu só chegava a uma gentil tagarelice sobre mim mesma. Que maturidade é preciso atingir para encontrar em si mesmo a resposta as suas questões! Como abandonar o pequeno diálogo com o raso, o plano baixo de nós mesmos, nossos comentários, nossos julgamentos, para ir de encontro ao grande diálogo com o ápice de nós mesmos, com nossas intuições fulgurantes, nossos sentimentos portadores de sentido, nossa Verdade?

Diante das dificuldades que nós encontrávamos, Bernard Montaud, meu marido, e eu, nesse diálogo interior, Gitta sinalizou a nossa estrada, oferecendo-nos uma espetacular ferramenta: QSRA.

Questão – Silêncio – Resposta – Ato

Como fazer: a partir de uma dor em nossa vida do dia-a-dia, encontrar uma verdadeira Questão para entender o seu sentido. Depois, saber fazer um verdadeiro Silêncio, em seguida traduzir a Resposta com a verdade e, enfim, praticar um Ato para restabelecer a paz daquela determinada situação dolorosa.

A partir de um problema, portanto, todo diálogo começa por um “esquentar o questionamento” até encontrar a questão que nos toca verdadeiramente. As questões inteligentes só atraem o cérebro, enquanto que um determinado ápice das questões revela nossas intuições. E precisamos, a cada vez, percorrer essa mesma estrada para encontrar as palavras transparentes de total sinceridade.

Na segunda fase, é preciso fazer Silêncio, para domesticar nossa pequena condição humana, tão emotiva, para atingirmos uma espécie de neutralidade real. E, então, chega a terceira fase. Com a Resposta que pode surgir em imagens, em percepções, em sentimentos precisos, em intuições fulgurantes, mas raramente em palavras. Cabe a nós traduzir com palavras precisas essas intuições. É esta a grande dificuldade dessa etapa, porque essa outra dimensão de nós mesmos fala uma língua completamente diferente de todas, uma linguagem feita de Verdade, muito densa em sentidos. De repente, com a resposta que surge, nós nos vemos diante do limite da linguagem humana, lenta demais, pobre demais na quantidade de informações para conter a mensagem do anjo.

E, enfim, todo diálogo termina com a quarta fase: a exigência de um Ato consciente reparador. Um ato concreto que visa reparar a dor de alguém ou a nossa própria, que visa igualmente preencher nossas lacunas ou retificar nossos erros.

É exatamente esse o objetivo dessa magnífica experiência: através dos nossos diálogos, passar do homem de reações mecânicas ao Homem de ações conscientes.

Quando perguntávamos a Gitta – como reconhecer que é mesmo o nosso anjo? - ela nos respondia: “Se você pergunta isso é porque não é ele!”.

Não há explorações espetaculares a fazer, não é para esperar o sobrenatural... a única coisa a esperar dessa função é que a nossa grandeza sirva à vida. E que depois de ajudar a nós mesmos, possamos ajudar aos demais a nossa volta. Essa função “diálogo com o anjo” é uma autêntica função biológica, uma verdadeira conquista do nosso mundo interior, tão complexa quanto foi a conquista do mundo exterior para o homem desde que ele existe sobre a terra, há seis milhões de anos. E trata-se de uma história de amor: não a de ter um anjo, mas de se sentir amado ao infinito.

Palestra

A UNIPAZ-DF vem, com muita alegria, convidá-los para a palestra gratuita "DIÁLOGOS INTERIORES", com Patricia Montaud, (pesquisadora, escritora e educadora, responsável por dois Institutos de Escola Interior na França, com ramificações na Alemanha, Bélgica, Espanha, Líbano, Suíça, Brasil). O evento será no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 sul, dia 20 de abril (terça-feira), no horário de 20H00 às 21H30, na Sala Marco Antônio,
A escritora estará no Brasil de 19 a 25 de abril e sua palestra tem como objetivo divulgar a técnica de dialogar com a consciência, baseada na experiência apresentada no livro Diálogos com o Anjo, um relato de GITTA MALLASZ .

domingo, 11 de abril de 2010

O Processo Ho’oponopono



Quando sofremos com algum problema, seja ele um problema de relacionamento com outra pessoa, problema de saúde, ou quando a auto-estima está em baixa, quando nada parece dar certo, ou não ter solução em vista, o que continuamos fazendo? Continuamos buscando soluções e respostas através da atividade da mente, da análise de experiências passadas, do conhecimento adquirido ou consultado, tudo isso é o intelecto querendo resolver os problemas. Mas pelo Ho’oponopono compreendemos que o intelecto não dispõe dos recursos para resolver problemas, ele só pode manejá-los. E manejar não resolve problemas.

Ao fazer o Ho’oponopono você pede a Deus, a Divindade, para limpar, purificar a origem destes problemas, que são as recordações, as memórias se repetindo em sua Mente Subconsciente. Você assim neutraliza a energia que você associa à determinada pessoa, lugar ou coisa. No processo esta energia é libertada e transmutada em pura luz pela Divindade. E dentro de você o espaço liberado é preenchido pela luz da Divindade. Então, no Ho’oponopono não há culpa, não é necessário reviver sofrimento, não importa saber o porquê do problema, de quem é a culpa, ou sua origem. A sua responsabilidade está em não permitir que o padrão se repita, gerando mais problemas, perpetuando a condição de sofrimento. Isso porque o ser humano só pode viver de duas maneiras: uma, pela programação adquirida, memórias se repetindo, a outra pelas inspirações, que são divinas.

No momento que você nota dentro de si algum incômodo em relação a uma pessoa, ou lugar, acontecimento ou coisa, inicie o processo de limpeza, peça a Deus:


“Divindade, limpe em mim as memórias que estão causando este problema. Transmute-as em pura luz”


Então use as frases desta seqüência: “Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato.” várias vezes, você pode destacar uma que lhe toca mais naquele momento e repeti-la. Deixe sua intuição lhe guiar.

Quando você diz “Sinto muito” você reconhece que algo (não importa se saber o que) penetrou no seu sistema corpo/mente. Você quer o perdão interior pelo o que lhe trouxe aquilo.

Ao dizer “Me perdoe” você não está pedindo a Deus para te perdoar, você está pedindo a Deus para te ajudar se perdoar.

“Te amo” transmuta a energia bloqueada (que é o problema) em energia fluindo, religa você ao Divino.

“Sou grato” é a sua expressão de gratidão, sua fé que tudo será resolvido para o bem maior de todos envolvidos.

A partir deste momento o que acontece a seguir é determinado pela Divindade, você pode ser inspirado a tomar alguma ação, qualquer que seja, ou não. Se continuar uma dúvida, continue o processo de limpeza e logo terás a resposta quando completamente limpo.

Lembre-se sempre que o que você vê de errado no próximo também existe em você, somos todos Um, portanto toda cura é auto cura. Na medida em que você melhora o mundo também melhora. Assuma esta responsabilidade. Ninguém mais precisa fazer este processo, só você.

Aqui está a oração original da Kahuna Morrnah Simeona, criadora do Processo Ho’oponopono da Identidade Própria, oração simples e poderosa:




Faça esta oração em relação a qualquer problema com qualquer pessoa; ao se fazer o apelo ao Divino Criador estamos nos dirigindo à divindade que existe dentro de todas as pessoas, que é a extensão do Divino Criador. Só é necessário isso.

Retirado de:

Crenças :: Elisabeth Cavalcante ::



Um assunto pra lá de importante que sempre exploro nesse blog. Por isso retorno à ele.
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Todos nós vivemos guiados por um sistema de crenças. E a crença não é apenas algo relacionado a um aspecto religioso. Ela significa tudo aquilo em que acreditamos, principalmente, relacionado ao nosso próprio ser.

Os valores morais em que baseamos nossa vida e que nos foram transmitidos inicialmente por nossa família e, depois, pela sociedade, são apenas uma parte de nosso sistema de crenças.

A verdade que cultivamos a nosso próprio respeito também é derivada da opinião e do julgamento que recebemos do mundo exterior. A criança que fomos um dia construiu uma auto-imagem que, na maioria das vezes, não corresponde à nossa real natureza.

Entretanto, poucos se apercebem disto e seguem exercendo um papel para o qual foram treinados ao longo da vida. Esta discrepância entre o que somos de fato e o que nos convenceram que éramos, é fonte de muito sofrimento.

Sair deste labirinto e fazer a viagem de volta ao nosso verdadeiro ser exige de nós, em primeiro lugar, uma atenção permanente para aquilo que se passa em nosso interior.

Os sentimentos são os guias mais eficazes nesta trilha. Sem eles, prosseguiremos perdidos nas ilusões da mente e do ego, que tenta nos convencer a todo custo de que seguir o caminho pré-estabelecido pelos outros é o mais sensato.

Coragem, confiança e um desejo inabalável de reencontrar a fonte original de felicidade, com a qual chegamos ao mundo, são as virtudes que nos levarão, inevitavelmente, ao encontro da divina presença que habita em nós.

" A sociedade quer que você seja estúpido, não inteligente. Inteligência é perigosa. Inteligência significa que você começará a pensar sobre si mesmo, você começará a olhar para si mesmo. Você não acreditará nas escrituras, você acreditará somente em sua própria experiência.

... por favor, não acredite no que eu digo. Experimento, meditar, experiência - a menos que ela se torne sua própria compreensão, nada irá ajudar.

... O que quer que seja necessário, você já o tem. Apenas olhe para dentro e você achará infinitos tesouros, inesgotáveis tesouros de alegria, amor, êxtase.
Nada está sendo perdido se você olhar para dentro, mas se você segue buscando do lado de fora, você se sentirá mais e mais frustrado.

E como você vai envelhecer, é claro, você sentirá que sua vida está escapando de suas mãos e você não encontrou ainda. E toda a ironia é que você não perdeu em primeiro lugar. Ele tem sempre estado dentro de você...Está neste momento dentro de você.

Mas, não acredite em mim. Eu não estou aqui para criar crenças, eu estou aqui para ajudar você a experimentar. O momento torna-se sua experiência, ele liberta. A verdade liberta, diz Jesus - não a crença, mas a verdade.

Mas, minha verdade não pode ser a sua verdade; minha verdade será sua crença. Somente a sua verdade pode ser verdadeira para você. A verdade certamente liberta, mas deixe-me adicionar que a verdade tem ser sua verdade. A verdade de ninguém mais pode libertá-lo. A verdade de alguém mais se tornará somente um aprisionamento.

... você não está perdendo nada. Ninguém está perdendo.... Nós somos parte de Deus e Deus é parte de nós. Não há maneira possivel de perdê-lo.
Como pode você escapar de si mesmo? Onde? Onde quer que você for, você permanecerá você mesmo. Inclusive no inferno, você permanecerá você mesmo, porque você não pode escapar de si mesmo, você não pode escapar de Deus. Ele está lá esperando, pacientemente esperando que você olhe para dentro."

OSHO - The Dhammapada: The Way of the Buddha