segunda-feira, 27 de setembro de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

Os benefícios de ser responsável por suas escolhas por Caio Cesar Santos - caio@decidaserfeliz.com

Acabei de ler um livro sensacional chamado "Consciência nos Negócios", de Fred Kofman, e quero compartilhar alguns pontos de vista sobre a importância das escolhas que fazemos em nossas vidas.

O primeiro passo é mergulhar no autoconhecimento para descobrir quem somos, porque estamos aqui e quais são os resultados das escolhas que temos feito em nossas vidas.

Em seguida, precisamos desenvolver habilidades para perceber como interagimos (corpo, mente e espírito) com as outras pessoas e com o universo físico (consciência coletiva).

Reunindo alguns conhecimentos e práticas nesta área, percebo que a interação entre estes três universos (Eu, Nós e Consciência Coletiva) poderia ser ilustrada da seguinte forma:


Nesta interação, não existe borda ou separação, mas sim uma unicidade com um todo maior que permeia o universo do Eu, das pessoas (Nós) e reflete diretamente na consciência coletiva do mundo. Nossas crenças fundamentais criam uma matriz em nossa consciência que é a base para nossas escolhas.

Segundo Harry Palmer, autor de "Vivendo Deliberadamente": "Tal como adicionar uma única gota ao oceano causa mudanças microscópicas no volume, temperatura e correntes, sempre que um indivíduo muda sua crença, muda a matriz pelo qual a realidade coletiva se desenvolve. Mesmo para o mais isolado indivíduo, cada momento de felicidade, cada momento de tristeza, cada gentileza, cada pensamento crítico adiciona sua conseqüência na matriz para os eventos do mundo".

Além do mapeamento de nossas crenças e o desenvolvimento de habilidades para descriar aquelas que não são úteis em nossas vidas, algumas premissas podem servir de guia. Palmer destaca três caminhos para nortear nossas escolhas na vida: responsabilidade pessoal, compaixão e serviço aos outros.

Kofman, com uma abordagem corporativa, fala em oito pilares fundamentais: responsabilidade incondicional, integridade essencial, humildade ontológica, comunicação autêntica, negociação construtiva, coordenação impecável, competência emocional e serviço ao outro.

Destacando a premissa de responsabilidade pessoal, é importante estar consciente que, independente de qualquer situação externa, somos totalmente responsáveis por nossas escolhas.

Apesar de toda a doutrinação, que nos faz ter medo de errar e negar a responsabilidade pessoal, quando assumimos responsabilidade e percebemos que fazemos parte do problema podemos nos tornar parte da solução!

"Nós que já vivemos em campos de concentração, podemos nos lembrar dos homens que caminharam por entre os abrigos confortando os demais, oferecendo a outro seu último pedaço de pão. Pode ser que tenham sido poucos, em termos numéricos, mas nos dão prova suficiente de que tudo poderá ser retirado de um homem, menos uma coisa: a última das liberdades humanas. Escolher a atitude a tomar em qualquer conjunto de circunstâncias - a escolha de seu próprio caminho! É esta liberdade espiritual - que jamais poderá ser eliminada - que dá sentido a própria vida". Viktor Frankl

A sua vida pode ser representada por um avião e você é o piloto! Se você está voando e a turbina pega fogo, de quem é o problema?! Da manutenção que não fez o trabalho corretamente ou seu que está lá em cima no comando?

Fred destaca em seu livro algumas perguntas que nos ajudam a sair da condição de vítima e passar a assumir responsabilidade e ser protagonista de nossas histórias:

As perguntas que devem ser feitas para trazer à tona a história de vítima são:

1)O que aconteceu com você?
2)Quem o prejudicou?
3)O que estava errado (ou foi injusto) no que ele fez com você?
4)Por que ele fez isso com você?
5)O que ele deveria ter feito, em vez disso?
6)O que ele deveria fazer agora para reparar o dano?
7)Qual deve ser a punição dele?

As perguntas que dever ser feitas para trazer à tona a história de protagonista são:

1)Qual foi o desafio que você enfrentou?
2)Como você contribuiu (agindo ou não agindo) para criar esta situação?
3)Como você respondeu ao desafio?
4)Você poderia imaginar uma linha de ação mais eficaz do que a que foi adotada?
5)Você poderia ter se preparado de modo razoavelmente eficaz para reduzir o risco ou impacto desta situação?
6)Você poderia fazer alguma coisa neste momento para minimizar ou reparar os danos?
7)O que você pode aprender com esta experiência?

Agindo desta maneira você retoma o controle para dirigir as mudanças em sua vida.

Forte abraço e ótima semana a todos!

sábado, 18 de setembro de 2010

Entre dois mundos - Capítulo 3 por Márcio Lupion - marcio@kallipolis.org

A experiência de ver três dias seguidos o mesmo filme, sentindo dores no corpo, uma transpiração profunda, mãos e pés gelados e um tremor que vinha de dentro para fora, sem temperatura externa nenhuma que afetasse o corpo e justificasse isso, transformaram aquele momento da vida deste jovem em um portal.
De um lado, existia uma memória se desfazendo, parecendo que ele nunca a tinha vivido... fatos que pareciam irrelevantes, como se viajasse em um ônibus olhando pela janela, vendo lugares bonitos ou feios, dependendo da situação, mas sem descer do ônibus para vivenciar, respirar, sentir os cheiros, comer a comida local e caminhar por aqueles pisos, cores e texturas. Ele sabia que não tinha vivido, fora uma experiência de passagem...

Com todos esses sentimentos aflorando e novas percepções físicas, parecia que havia um entendimento do que era a alma. Onde cada objeto tinha sobre si uma camada de sentimentos que nos animavam.... A Alma... era o gostar quando se sente animado e o desgostar quando se sente desanimado... um véu que cobria cada um dos objetos, cada uma das pessoas, e se estendia... antes do nosso corpo chegar à frente de pessoas ou objetos... era possível senti-los.
O tempo havia perdido seu sentido linear e passara a ser pulsação... a ser circular... não havia mais leitura de nada nem ninguém, nem o passado qualificando o presente... Então, quando cada pessoa surgia na frente desse jovem, de fato, era como se ele olhasse para elas pela primeira vez, pois percebia o tom da pele, o brilho nos olhos, percebia agora a alma de tudo. Passou a entender isso como intenção... Cada objeto teria a intenção daquele que o criou, e isso praticamente representava a alma do objeto. Cada pessoa tem um gesto, um tom de voz, um olhar e isso era e é regido pela intenção.

Daquele tempo até hoje, é percebida a intenção em cada pessoa, é como se soubesse que o tom de voz expressa alegria, angústia, dor... como se soubesse que a comunicação não-verbal é mais eficiente que a comunicação verbal.
Parecia não haver mais aprendizado, já não se sentia vontade de aprender e falar sobre qualquer assunto. Não existia mais a necessidade da convivência com quem quer que seja ou em qualquer lugar; parecia realmente que o mundo estava morrendo e que a consciência estava nascendo, ou renascendo, em um mundo de intenções... onde era mais importante saber o por quê de tudo.
Assim, o jovem procurou em casa... e poucos livros religiosos puderam ajudá-lo a entender o que era aquela sensação, sendo que tudo isso acontecia sem intenção nenhuma, não havia o chamado de uma busca espiritual. Parecia que a natureza tinha virado de pernas para o ar e os frutos estavam nascendo antes das flores; era algo que não fora pedido, e sim dado, sem nem saber para que servia.

Procurou um padre, um frei franciscano da Igreja onde fizera sua Primeira Comunhão, que fora marcada por um momento muito feliz na vida desta criança que o Márcio um dia foi. Lembrando desse Frei, exatamente porque ele pegou na mão dessa criança, apontou para todos os altares da igreja e falou: aqui estão os santos, os santos são homens e mulheres como todos nós... a diferença é que eles não desistem de ser felizes. E disse para aquela criança que a felicidade não estava só na satisfação pessoal, a felicidade de verdade estava em se ver refletidos os nossos atos de afeto nos olhos dos outros seres, e sua felicidade eram os sorrisos que nós conseguíamos estampar no rosto dos outros...
Aquilo calou tão fundo naquela criança que, quando chegou em casa depois da sua Primeira Comunhão, pegou todos os presentes que tinha ganho e doou, um por um, ele não lembra de ter ficado com nenhum, mas ao mesmo tempo sentiu que fora o momento mais feliz da vida daquele ser, até o dia do cinema.

E aí procurou o Frei Ângelo, impulsionado pela memória, a única memória espiritual que ele carregava até aquele dia. Mas o Frei Ângelo já havia falecido, o pátio onde ele vivia tinha sido demolido e isso intensificou mais ainda a sua busca. Mas quem seria capaz de auxiliar um jovem surfista que já não conseguia mais pensar em lazer, nem em convivência, uma pessoa só e em busca de algo? Se existiu alguma angústia antes dessa experiência, ela não chegava aos pés da sensação de solidão e abandono quando a consciência se parte e a plenitude se contrai. Não havia mais nada a fazer...
A única saída era tentar procurar alguém ou livros... Procurou rabinos e gentilmente recebeu explicações sobre os níveis de atuação da alma... mas aquele jovem pouco entendeu... com o tempo ele passaria a entender melhor.
Foi a livrarias e procurou situações e livros que pudessem definir o que era aquilo. Leu Lao Tsé, o Bhagavad Ggita... pulava de um para outro, como se aquilo fosse a coisa mais simples e óbvia do mundo, pois todos tratavam do mesmo assunto.
Leu aproximadamente durante três anos escondido em seu quarto, embaixo da cama ou do edredon, para a família não achar que ele estava enlouquecendo, mas estava mesmo! E passou um tempo sozinho entre aquele que ele foi, e algo que ele não sabia que viria a ser, só sabia que queria ir para lá, um lugar de paz, verdade e comprometimento com a felicidade.

A partir desse dia, desse momento, a vida se transformou em um sonho, um sonho real, onde nada tinha importância e tudo era insubstancial... parecia que os objetos e as pessoas viviam em sonhos pessoais... cada um conversando consigo próprio e, raríssimas vezes, percebendo o olhar da presença nos adultos e nas pessoas ativas. Só conseguia perceber isso no olhar das crianças bem pequenas, com até três anos, e em todos os animais. Mas observava que todos os pensamentos que passavam pela sua cabeça não eram apenas pensamentos, traziam uma experiência de vida... Cada pensamento era um "pacote" de sensações que mudavam a alma do mundo, a película que ficava sobre todos os objetos, pois o pensamento tem o poder de fazer um objeto maravilhoso transformar-se em um objeto triste e sem valor no dia seguinte...
Mudando a freqüência do pensamento, os objetos também respondiam, fazendo-o começar a enlouquecer, pois tudo era vida... até uma cadeira tinha a possibilidade de se comunicar e se transformar... Existia um mundo sobre o mundo físico, o mundo de vontades emocionais... talvez esse mundo de vontades e emoções fosse a nossa alma. E como viver na alma... onde tudo se sente e se percebe, enquanto as pessoas estão em um patamar abaixo, o de sentir pelos sentidos, o tato, o olfato, o paladar?
A alma não tem nada a ver com os sentidos físicos. A alma não é o paladar, a alma é o gosto que se altera o tempo todo; A alma não é a fogueira, o seu calor; a alma é a luz da fogueira que está em constante transformação, que dança projetada na parede; a alma é o sentimento que faz a gente se manter vivo e se alimenta de belezas de verdade.
Como viver na alma e aproveitar o máximo possível esta sublime sensação?

Realidade :: Elisabeth Cavalcante ::

Como não perder nosso senso de realidade, num mundo tão fortemente dominado pela competição, onde todos precisam provar a cada minuto ser melhor do que aquele que se encontra do lado?

Na esfera do trabalho é onde isto se apresenta de modo mais contundente. Pessoas talentosas são esmagadas em sua auto-estima por chefes insensíveis, que cobram resultados, muitas vezes realizando comparações entre os indivíduos.

Cada ser humano é único em seus talentos e habilidades e, o fato de alguns possuírem determinadas aptidões, não significa que sejam superiores. Simplesmente eles podem ter tido mais oportunidades, estímulos, recursos para desenvolverem seus talentos, enfim, ter contado com uma série de fatores que foram determinantes para que tenham atingido tal condição.

As cobranças, muitas vezes desumanas e irreais, levam as pessoas a sofrerem para atingir metas absurdas, - que têm como único parâmetro, a obtenção de mais lucro -, vendendo-lhes a falsa ilusão de que esta conquista lhes garantirá um estado permanente de felicidade.

É preciso que nos mantenhamos alertas e conscientes, para não nos deixar contaminar por esta perigosa armadilha, que é a tentativa de nos fazer acreditar que só tem importância o que é extraordinário, super-poderoso ou mega-valioso.

Felizes daqueles que são capazes de descobrir tesouros, onde se apresentam aparentes banalidades, e que já não sonham com os louros ilusórios que a vaidade e a cobiça concedem. Estes, certamente, já tocaram a dimensão divina da existência e desfrutam a cada dia, do melhor da vida.

" Torne-se mais poético
Um poeta vem a conhecer certas coisas que são reveladas somente em um relacionamento poético com a realidade.

No que se refere à esperteza mundana, o poeta é um tolo. Ele nunca se desenvolverá no mundo da riqueza e do poder. Mas, em sua pobreza, ele conhece um tipo diferente de riqueza na vida que ninguém mais conhece.

O amor é possível a um poeta, Deus é possível a um poeta. Somente aquele que é inocente o bastante para desfrutar pequenas coisas da vida pode entender que Deus existe, porque Deus existe nas pequenas coisas da vida: ele existe no alimento que você ingere, na caminhada que você faz pela manhã, no amor que você tem por seu amado ou por sua amada, na amizade que você tem com alguém.

.... Torne-se mais e mais poético. É necessário ter coragem para ser poético; você precisa ser corajoso o bastante para ser chamado de tolo pelo mundo, mas somente então poderá ser poético.

E para ser poético, não quero dizer que você precisa escrever poesia. Escrever poesia é apenas uma parte pequena e não essencial de ser poético. Uma pessoa pode ser poeta e jamais escrever uma única linha de poesia, e uma outra pode escrever milhares de poemas e ainda não ser um poeta.

Ser poeta é um estilo de vida. É amor pela vida, é reverência pela vida, é um relacionamento sincero com a vida." - Osho, Believing in the Impossible before Breakfast.

domingo, 12 de setembro de 2010

Estamos no caminho? :: Rubia A. Dantés ::

Muitos de nós, vez ou outra... nesses tempos... nos perguntamos se estamos no caminho... Parece que uma urgência de fazer algo... de realizar nosso propósito Divino, nos deixa um pouco aflitos...em dúvida se estamos fazendo a coisa certa...

Especialmente, quem sente um chamado para trabalhos alternativos... que leva em conta a intuição, e que não é formatado porque não depende do que vem de fora, às vezes, se sente meio perdido no caminho...
Mesmo buscando o autoconhecimento... e passando por transformações profundas, tem um tempo onde parece que as coisas não estão acontecendo... fazendo com que muitas pessoas sintam que não estão no caminho.

Pela minha experiência e pelo que tenho aprendido, sinto que tudo está certo... mesmo quando parece que as coisas não estão fluindo nessa realidade de terceira dimensão e os resultados das nossas buscas "ainda" não são visíveis...

Se buscamos um trabalho em sintonia com a Alma... no qual estaremos usando nossos Dons para melhor servir, isso requer uma preparação... um trabalho constante de aperfeiçoamento e de nos aproximarmos cada vez mais de quem verdadeiramente somos.
Se ainda não encontramos esse trabalho, mas estamos buscando nos conhecer melhor e sendo fiéis à nossa Alma, se as coisas não se manifestaram ainda ... é bom lembrar que elas estão acontecendo em outro nível e que estamos sendo preparados... só que nossa visão é muito limitada para acessar tudo que nos envolve...
Até que um dia... inesperadamente tudo se manifesta e nos damos conta que tudo estava certo.

Um exemplo disso aconteceu comigo quando encontrei inesperadamente a casa da montanha... um espaço em uma fazenda que estava pronto para o meu trabalho; no caso, um espaço físico que chegou sem eu, aparentemente, nem estar buscando... porque nem imaginava essa possibilidade tão maravilhosa... Tudo fluiu rápido e sem esforço... e lembro que nesse tempo ouvi uma voz que me disse que... quando nos preparamos aqui, um espaço energético também vai sendo preparado, e, quando estamos prontos para determinado trabalho, esse espaço se manifesta no espaço físico onde estamos...

E foi maravilhoso o tempo... e os trabalhos na montanha.... até que um dia aquele ciclo se fechou.... e não foi fácil me desapegar de algo que era tão especial e bonito... Mas depois eu entendi que estava na hora de dar vivências para grupos maiores e com um tempo maior, o que não era possível lá...

Então... de tempos em tempos... quando já alcançamos algumas coisas e nos sentimos em casa no nosso trabalho... isso não quer dizer que já podemos descansar e que as coisas vão fluir sempre daquela forma... Pode querer dizer que já estamos prontos para avançar mais um pouco em direção a nós mesmos... que já estamos fortes o bastante para enfrentar nossos desafios mais difíceis... e consequentemente ampliar nossa consciência e nosso trabalho... no tempo certo...

No Universo, tudo se transforma o tempo todo... e nós também... Querer segurar com as mãos o que já passou só atrasa nosso caminho.

Nesses trabalhos que não vêm formatados... e que são construídos a cada passo no nosso caminhar em busca de nos mesmos, é natural o medo e insegurança de trazer coisas que foram ditadas pela intuição... Quantas memórias de perseguição e dor ainda nos atormentam, de épocas onde isso era punido de forma injusta e dolorosa...

Mas até quando vamos ser guiados por memórias?

Temos Ho'oponopono e outras ferramentas que nos acenam com a possibilidade de limpar essas memórias e de nos permitir ser guiados por Inspiração Divina...
E com essa guiança preciosa, é mais fácil perceber quando é o tempo da espera... e agir com determinação quando nossa Alma sente que é a hora...

Fluindo com o rio da vida :: Elisabeth Cavalcante ::


A cada instante de nossa vida podemos escolher entre a flexibilidade ou a rigidez. Se vamos fluir com a correnteza ou nadar no sentido contrário a ela, opção que nos trará certamente muito cansaço e dor.

A imagem que associa o correr de nossa existência com a de um rio fluindo calmamente, tem sido utilizada por muitos Mestres, inclusive Buda, pois ela é perfeita para demonstrar que existe um ritmo na natureza, que é constante, mas relaxado e sem pressa.

Nós, seres humanos, ao contrário, estamos sempre tentando apressar o curso dos acontecimentos, ansiosos por ver nossos desejos satisfeitos o mais rápido possível.

Não percebemos que esta atitude, ao invés de atrair o que desejamos, parece afastar ainda mais de nós a concretização de nossas metas. Aprender a fluir com o rio da vida de modo tranqüilo e confiante é uma lição essencial, para quem busca a paz interior.

Quando percebemos, finalmente, que a entrega e a confiança são as armas mais eficazes para trazer a nós o que precisamos, nos surpreendemos ao constatar como uma descoberta tão simples, pode se ocultar de nós, por tanto tempo.

Enquanto vivemos sob o domínio da mente racional, que acredita poder determinar o ritmo dos acontecimentos de acordo com a nossa vontade, seguimos ignorando esta harmonia oculta, que rege a existência.

Ela não segue nenhum ditame determinado pelo ego, mas tem sua fonte na infinita sabedoria da criação. Tomar consciência desse mistério é a chave que nos ajudará a fluir de modo confiante e sereno, com a corrente da vida.

" O trabalho do meditador: encontrar o fio.
O mundo está em constante fluxo, ele é como um rio. Ele flui, mas por trás de todo esse fluir, mudança e fluxo, deve haver um fio comum que mantém tudo unido. A mudança não é possível sem algo que permaneça absolutamente sem mudar. A mudança pode existir somente junto com um elemento imutável, ou as coisas se desintegrariam.

A vida é como uma grinalda: não se percebe o fio que corre através das flores, mas ele existe e as une. Se o fio não estivesse presente, as flores cairiam cada uma para um lado; haveria um amontoado de flores, e não uma grinalda. E a existência não é um amontoado, é um padrão muito bem enredado. Mudanças estão ocorrendo, mas algum elemento imutável mantém uma lei cósmica por atrás de tudo. Essa lei cósmica é chamada de sadashiva, o Deus eterno, o Deus atemporal, o Deus imutável. E este é o trabalho do meditador: encontrar o fio.

Existem somente dois tipos de pessoas. Um deles é o que fica muito encantado com as flores e se esquece do fio. Ele vive uma vida que não pode ter qualquer valor durável ou significativo, porque tudo o que ele faz se desvanecerá. Hoje ele o fará, amanhã se dissolverá. Será como fazer castelos de areia ou lançar barcos de papel. O segundo tipo de pessoas procura o fio e devota toda a sua vida àquilo que sempre subsiste; esse nunca será um perdedor... É uma grande aventura além do tempo, além do espaço; e esse além existe dentro de você.
OSHO, Believing the Impossible before Breakfast.

Aceitar as Pessoas

Ouvi dois amigos conversando e um deles se queixava da incompreensão das pessoas, das agressões verbais, dos desentendimentos. Isto o revoltava e ele dizia invejar a serenidade e o equilíbrio do interlocutor.

- Qual é o segredo? perguntou.

- Não existe segredo, mas somente paixão pela vida e esforços contínuos para aprender, respondeu o outro.

- Aprender o quê?

- A aceitar as pessoas, mesmo que ela nos desapontem, quando não aceitam os ideais que escolhemos. Quando nos agridem e nos ferem com palavras e atitudes impensadas.

- Mas é muito difícil aceitar pessoas assim.

- É verdade. É difícil aceitá-las como elas são e não como gostaríamos que elas fossem. Mas qual é o nosso direito de mudá-las?

- E como você consegue?

- Estou aprendendo a amar. Estou aprendendo a escutar, mas não apenas com os ouvidos, também com os olhos, com o coração, com a alma, com todos os sentidos. Muitas vezes as pessoas não falam com palavras, mas com a postura. Fique atento para os que falam com os ombros caídos, os olhos e as mãos irrequietas.

Assim como você pode ler as entrelinhas de um texto, pode ouvir coisas entre as frases de uma conversa corriqueira, banal, que somente o coração pode ouvir. Não raro, há angústia e desespero disfarçados, insegurança escondida em palavras ásperas, solidão fantasiada na tagarelice. Aos poucos estou aprendendo a amar, e amando estou aprendendo a perdoar. Perdoando, apago as mágoas e curo as feridas, sem deixar cicatrizes nos corações magoados e tristes. Aprendo com a vida o valor de cada vida e procuro entender os rejeitados, os incompreendidos. Nem sempre consigo, mas estou tentando.

Quanto a nós, vamos tentar construir a paz, sem desânimo, com muito amor, muito amor no coração.

Do Livro: A Minha Paz Vos Dou, de Amilcar Del Chiaro Filho
Recebido de Lia

sábado, 11 de setembro de 2010

Compreendendo a sensação de alheamento por Teresa Cristina Pascotto - crispascotto@hotmail.com

Não quero ir, nem quero ficar. Não quero fazer, ser ou estar. Não quero nada, não sinto nada e não quero sentir coisa alguma. Sinto um vazio, mas não quero preencher. Sinto-me só, mas não quero estar com ninguém. Não quero viver e não quero morrer. Nada é bom e nada é ruim. Não sei o que quero e nem se quero alguma coisa. Foi assim que minha cliente iniciou sua sessão. Ela passou por uma fase de avanços e realizações, e após este período, está se sentindo assim. Segue o relato de tudo o que disse a ela.

Compreenda, você está adentrando em uma nova fase de seu ciclo e, portanto, essa sensação de estar no meio do nada, é natural. Lembre-se de que seu avanço é algo novo para seu Ego o que o faz temer perder o controle, assim, está tentando racionalizar sobre o momento que está vivendo, na tentativa de reassumir o poder, ao invés de aceitar e se entregar a esta fase.

Até hoje, seu Ego criou uma trilha mental em que havia total entendimento racional sobre tudo o que lhe acontecia. Você só conseguia classificar algo como adequando ou correto, se estivesse de acordo com a classificação criada dentro da trilha mental . Só que esta trilha, te levou a viver essa vida de insatisfação. Portanto, para promover mudanças, você está criando uma nova trilha, a do Eu Real. Nesta, tudo se sabe, se compreende e se percebe, através do coração.

Você teve muitas percepções nos últimos tempos e sua mente compreendeu e aceitou o novo, mas agora ela precisa de um tempo para reorganizar as informações e aceitar as mudanças, com as quais não está acostumada a lidar, isso assusta, e o Ego tem medo de perder o controle. Ele precisa de um tempo para assimilar o novo, sem ser forçado a mudar, para que tenha segurança em prosseguir por essa nova trilha.

Todas as vezes que há muitos avanços, o Ego se sente ameaçado e se recolhe, para não se abrir para o Eu Real, para que não tenha que captar novas percepções, que sempre o levam a mudar. Este recolhimento traz a sensação de estar no nada. Ele já compreendeu que está sofrendo por teimar em manter-se na velha trilha que criou, e que o está levando ao fracasso. Então, o Ego quer mudar, mas teme que isso o aniquile. Ainda não confia no Eu Real e o percebe como um inimigo, e levará muito tempo para confiar.

Mas, pelo menos, está tentando aceitar as mudanças, desde que sejam pequenas e que aconteçam devagar. Durante toda a sua vida, foi seu Ego que o conduziu e, raramente, seu Eu Real se manifestou com liberdade plena. E, nas poucas vezes que isso ocorreu, seu Ego se sentiu muito ameaçado em perder o poder e interditou-o, reassumindo o poder.
Sempre que você fizer avanços mais visíveis e contundentes, seu Ego se assustará e o fará se recolher. A sensação normalmente, será essa, de alheamento. O importante, será você aceitar esse recolhimento.

Vou explicar o que ocorre neste recolhimento. Tudo na vida é cíclico, assim, nós passamos por vários ciclos. Existe um ciclo pelo qual passamos: expansão-estagnação-contração. Na fase de expansão, nos movemos radiantes e intensos, vamos para o mundo de forma mais aberta, vivendo mais intensamente, com mais vitalidade e saímos em busca de conhecimentos e realizações, desenvolvemos projetos, interagimos com as pessoas de forma mais segura e procuramos encontrar meios de promovermos mudanças satisfatórias. Assim, com toda essa abertura, obtemos muitas percepções, conhecimentos e possibilidades de realizações e mudanças. Porém, chega um momento, em que há um limite no que diz respeito à nossa capacidade de receber e apreender novos conhecimentos e novas manifestações, assim, cessamos a expansão e entramos na fase de "estagnação".

Nesta, a sensação é a de estarmos parados no meio do nada, do vazio. É nesta fase que você está. Aqui, é o momento para absorver e assimilar tudo o que foi vivenciado durante a expansão, para deixar acomodar todas as novas percepções, onde não há lugar para racionalizações. É apenas um lugar para aquietar e se entregar ao "nada" e deixar acontecer. Nada é feito a partir da mente, do pensar. Quanto mais tentarmos saber o que está acontecendo para manter o poder da razão, mais nos perderemos. Portanto, o importante aqui, é deixar-se ficar no vazio e não tentar fazer absolutamente nada. Quanto mais esta fase de estagnação for aceita e vivida de forma entregue, mais aproveitaremos a fase seguinte do ciclo.

Após a fase de estagnação, segue-se a fase de "contração". Nesta, trazemos para dentro de nós, para nossa essência divina, tudo o que foi conhecido e assimilado, para que nossa essência possa absorver e transformar as energias e nos preparar para as realizações. É a fase da gestação, onde várias percepções e ideias foram concebidas e agora precisam ser processadas pela nossa essência, para nos dar condições de nos prepararmos para a ação, para efetivamente realizarmos tudo o que foi planejado. É um momento de muita introspecção, que muitos entendem como "depressão", mas não é. É a fase de preparo para a ação, para irmos para o mundo mais fortalecidos, em busca das realizações, na nova fase de expansão que agora será diferente, pois estará acrescida de mais conhecimentos do ciclo anterior.

Dessa forma, fica mais fácil compreender, que você passou por uma fase de expansão, onde se expôs e foi para o mundo, conheceu mais da realidade da vida, criou novas possibilidades, manifestou-se de forma diferente diante de situações e pessoas. Isso movimentou e transmutou muitas energias e modificou muitos padrões. Chegou ao seu limite na fase de expansão e agora está na fase de estagnação, no aparente vazio. Precisa se respeitar, é hora de aquietar tudo o que movimentou. Entregue-se e aceite. Logo estará entrando na fase de contração, em que levará tudo o que foi conhecido e desenvolvido, para dentro de sua essência, como um presente divino.

A vida prossegue em ciclos. Quanto mais consciente disso estiver, e se entregar e aceitar, mais feliz se sentirá!

Evolução Espiritual por Claudia - auroradeluz@terra.com.br


Um dos grandes e maiores problemas da humanidade em geral é o imediatismo. Somos a geração fast food, tudo tem que ser muito rápido ou desistimos.

O problema é que quando o assunto é espiritualidade isso não se aplica. Por lá, mais é menos.

Como esperar que consigamos evolução espiritual num estalar de dedos se nossos próprios mentores espirituais em que nos espelhamos levaram milhares de anos para conseguir a evolução almejada?

Evolução espiritual significa trabalhar com afinco e não esmorecer nunca. É se lapidar sempre. É enfrentar as próprias dificuldades, dores e ir se lapidando aos poucos. Levando linimento a alma e abrigo ao coração, extirpando sem dó os próprios defeitos, lapidando a alma.

Dia após dia, um passo de cada vez, sempre.

No início, a grossa camada de erros seculares nos impede de ver qualquer avanço, vê-se muito esforço e pouco retorno.

Mas aos poucos, depois de retirada a grossa camada, começamos a perceber alguma luz. No início, parecemos um vaga-lume pirilampo, acende e apaga uma pequena luzinha interna.

Mas com perseverança, calma e um coração aberto seguimos adiante até que, um dia, nossa luz já passa a ser perceptível e a partir daí começamos a servir de instrumento ao Pai e a espiritualidade superior cumprindo seus desígnios.

É a partir dessa hora que começamos a ver os primeiros frutos amadurecerem, que começamos a descobrir de verdade que aquilo que costumávamos chamar de amor era na realidade um conceito equivocado de qualquer outra coisa menos amor.

E a vida vai seguindo, vamos evoluindo, tendo prazer em ajudar e trabalhar para a luz, para o Pai. E os que antes chamávamos de mentores da espiritualidade superior você passa a chamar de companheiros. E os vê com outros olhos, como pessoas com qualidades humanas, que acertam, mas erram também, que amam e gozam da vida como qualquer um.

É aí que você olha em volta e percebe um universo inteiro para você descobrir, para você amar e seguir subindo na escala evolutiva sempre. De coração aberto, sem preconceitos, misticismos ou qualquer conceito limitante, pois perante esse universo somos menores que um grão de areia. E num grão de areia não caberiam todas as belezas e diversidades do universo, muito menos todo o conhecimento.

DEUS E O POLÍTICO por Oliveira Fidelis Filho - fidelisf@hotmail.com

Penso que nunca estive tão distante da realidade política como neste ano. Entretanto, não é só da política que me vejo desassociado, sinto-me igualmente distante do futebol e da religião, realidades que já me cativaram muito mais. Sinto-me, às vezes, como se estivesse em outra dimensão de existência, outra dobra. Será que fui abduzido e não sei?

Mas a realidade está aí presente e com reais implicações no dia-a-dia de todos nós. Além do mais, penso que é na política que todo cidadão de bem deveria estar, pois o que torna a política, por vezes, nauseante é a omissão de tais cidadãos.


Percebo, já há algum tempo, a preocupação de muitos eleitores em saber se sua excelência o candidato crê ou não em Deus.
Observo, também, o exagerado alarde gerado pela resposta a uma pergunta que talvez nem faça sentido ser elaborada. Sabe-se quão questionável e maquiada é uma resposta dada no calor de uma corrida presidencial, até porque a fé em Deus deve ser percebida, pelos eleitores, não a partir de uma declaração, mas de atos.
Declarar que crê em Deus, portanto, tem a mesma importância que comer buchada de bode, pastel na feira, churrasquinho na esquina, vatapá ou caviar, tomar chimarrão, cafezinho, cachaça ou whisky, pegar criança no colo, abraçar bêbado, dançar samba, funk, pagode ou valsa. O que importa é o voto.

Para o candidato, ir ao culto evangélico, ao terreiro de macumba, à missa, usar quipá, prostrar-se na direção de Meca, acreditar em disco voador, papai Noel, duende, e ainda afirmar que cada uma destas realidades é parte integrante de sua crença desde sempre, só tem um objetivo: vencer as eleições.

Sua empatia para com a preferência do eleitor move-se sob a força gravitacional do voto e, como sua excelência, o voto possui o mesmo peso vindo de quem vier, o candidato transformado em chuchu é temperado de acordo com o gosto, ou mau gosto, dos eleitores. Possui ainda o surpreendente poder de camuflagem e adaptação de um polvo, ajustando-se às nuances de um minado terreno sobre o qual se move como quem pisa em ovos. Busca ajustar-se ao perfil multifacetado do povo que, em época de política, oferece conclusivas provas de que gosta mesmo é de teatro.

Na corrida em direção à Presidência da República, o fato é que os candidatos, por garantia, acendem uma vela para Deus e outra para o diabo. O que torna, na prática, sem sentido a resposta que venha dar ao questionamento sobre sua fé em alguma divindade.

Em um país onde apenas 7% da população se declara atéia, posicionar-se diferente dos 93% da população pode ser, literalmente, politicamente incorreto. Por mais insincera que tal declaração se configure, são poucos os políticos suficientemente honestos para assumir sua incredulidade em relação ao Deus dos religiosos.

Mas a quem interessaria, efetivamente, a fé de um candidato em um país tão abençoadamente diversificado, também, em nível de crenças e com um sincretismo religioso tão eclético como o Brasil? Quando algum repórter esvaziado de criatividade ressuscita esta pergunta, qual o objetivo? De que Deus está se falando? Penso que nem ele sabe pois seu interesse está no quanto a resposta possa render ao "quarto poder", em termos de audiência e dividendos.

Penso que os candidatos agem no que tange à sua fé em Deus, semelhantemente ao juiz de futebol em sua relação à sua progenitora, ou seja, deixa uma em casa, ou bem guardada no coração, e leva a outra para o estádio para satisfazer a torcida e ser de domínio público.

Mas, se sua excelência professar crer em Deus, isso o nivelará ou até mesmo criará uma santa empatia não só com milhões de brasileiros, mas também com o próprio diabo, pois a Bíblia diz que o diabo crê em Deus. Quanto ao diabo, entretanto, sabemos não ser boa política empenhar nossa alma em sua declaração de fé, pois, segundo a mesma Bíblia, ele possui uma eterna fraqueza relacionada à mentira.
Quanto a mim, espero sim, que o próximo presidente creia.

Creia, sobretudo, na verdade. Seja verdadeiro diante de sua consciência, dos microfones e das câmeras, com os amigos íntimos e diante da nação. Que não seja mesquinho, dissimulado, cínico, incongruente ou ignorante dos fatos.

Creia no poder da educação. Investindo nos professores, intelectual, emocional e financeiramente, possibilitando-os gerar uma educação que expanda a inteligência emocional e espiritual. Investindo pesado na educação muito mais leve será o investimento necessário na saúde e na segurança.

Creia na absoluta relevância da Terra. Atente que sociedades inteiras já pagaram com a própria extinção o desrespeito para com a Mãe Natureza.

Creia na importância da transparência. Que as leis aprovadas, as decisões tomadas, os acordos estabelecidos, as cartas de intenções assinadas, sejam fundamentados na lisura e no compromisso com o bem público.

Creia na energia limpa. Que a produção de energia poluidora, atrelada aos interesses financeiros e ao atraso tecnológico, dê lugar a investimentos na pesquisa e no desenvolvimento de energia limpa.

Creia na importância do exorcismo. Que tenha coragem e Sabedoria para expulsar os demônios da injustiça, do empreguismo, da corrupção, da miséria, dos preconceitos, da ignorância, da guerra, por meio de ações movidas por amor a justiça e a paz. Que combata o inferno da miséria em todos os níveis, mesmo que não acredite no diabo, e trabalhe na construção do céu mesmo descrente de Deus.

É bom lembrar que estaremos elegendo um político, fruto da nossa sociedade, ou seja, herdeiros dos valores vivenciados por ela. Portanto, esperemos menos e façamos mais.

Pensamento Criador por Maria Cristina - tinatanajura@terra.com.br


Pensamos e criamos. Uma verdade que se torna sempre mais difundida, porém, que temos ainda dificuldade de levar a sério. Como tudo que é verdadeiro, não interessa se acreditamos, ou não. O resultado é o mesmo e as conseqüências de não nos adequarmos, também. Se quisermos viver em paz, se desejamos ser felizes, precisamos afastar do pensamento as crenças negativas, as sugestões mentais sombrias, ou jamais chegaremos a alcançar o que almejamos. Muito do que chega à nossa tela mental não é nossa criação, mas foi por nós atraído, por sintonia. Precisamos ficar atentos e só guardar o que é bom e pode nos ajudar. Cenas depressivas que nos reportam a um passado sofrido não precisam ser revividas. Sugestões de medo e desânimo devem ser identificadas e substituídas por novas idéias, mais construtivas. Podemos fazer isto, se nos tornarmos observadores de nós mesmos, quando perceberemos como espectadores, o que está se passando conosco.

No mundo astral, livres do corpo material, os seres plasmam ou criam o que precisam, com a força da mente e da vontade. Aqui onde estamos, isto também acontece, embora muitas vezes não tenhamos a consciência do que está se passando. Se vivo a ter medo de ficar doente, certamente estou criando em minha mente uma imagem de mim sem saúde e ajudando o mal a se instalar. Quando me preocupo com alguém ou com alguma coisa, estou fortalecendo os acontecimentos que temo... Ao invés de estar lidando com o que me acontece agora, que posso resolver, modificar, muitas vezes me pego imaginando o que ainda nem chegou, mas nesta de pensar nisto, estou, sem querer, facilitando que aconteça.

No mundo material em que ainda vivemos, mesmo que tenhamos de nos esforçar muito para construir algo, só o conseguiremos se antes tivermos imaginado o que gostaríamos de fazer. Pensamos em uma coisa, em seus detalhes e depois trabalhamos para que ela se materialize. Seremos bem, ou mal sucedidos a depender de nossa programação correta, ou não, e de nossa confiança de que conseguiremos realizar o nosso objetivo. Se idealizamos algo e ao mesmo tempo alimentamos o medo de que não seremos capazes de conseguir o que queremos, estamos a boicotar o sucesso do empreendimento. Estamos criando duas idéias antagônicas, uma agindo para excluir a outra!

Enfim, estamos numa época em que a força do pensar já é conhecida de muitos e em que esta imensa e extraordinária energia está sendo estudada por cientistas e estudiosos. Quanto mais cedo tomarmos conhecimento disto, mais capazes seremos de construir para nós uma vida feliz.

É preciso sonhar com o bom, com resultados satisfatórios para nossos projetos, com um mundo mais feliz, mais justo, mais amoroso. Se nos encharcarmos, todos os dias, de pensamentos que negam tudo isto, dificultaremos muito a chegada de tempos de paz.

Podemos e devemos escolher que autores lermos, que canais e programas de TV assistiremos, que noticiário dos jornais queremos ler. Ou adoeceremos, vítimas de depressão, de síndrome de pânico, de estresse, de desânimo e tristeza crônica.

Somos os senhores de nossos pensamentos. Criamos a nossa realidade a partir deles. Vamos nos disciplinar a pensar apenas o que é bom e construtivo, mesmo vivendo em meio a tanta confusão de idéias, de níveis de evolução. Podemos sempre escolher, mesmo assim. No agora, vivendo alertas, devemos transformar o nosso padrão mental, pois queremos ser felizes! Vamos construir isto, a cada instante, imaginando o nosso ser inundado de luz divina e tudo que nos cerca imerso nesta mesma luz.

Quando feridos pela ignorância de alguém, vamos registrar que a pessoa está desequilibrada, mas que este mesmo desequilíbrio não precisa fazer parte de cada um de nós. Não sendo nosso, vamos em frente. Semeando esperança, alegria, paz, isto mesmo colheremos. Amando, seremos amados. Perdoando, nos libertaremos de teias perigosas que poderiam nos paralisar por um tempo enorme, junto a alguém que é, antes de qualquer coisa, uma ser necessitado de nossa prece e de nossa boa vibração.

Podemos criar pensando e vamos nos esforçar para que os pensamentos que cultivamos sejam leves, saudáveis, cheios de esperança e de amor. Um trabalho realizado no silêncio de nosso ser, que ninguém é capaz de perceber, mas que vale o esforço da mudança vibracional. Onde formos, sem nada falar, estaremos a iluminar. Abriremos caminhos mais fáceis para nós e para os outros e se muitas pessoas aderirem a este trabalho interior, a Nova Era se instalará entre nós, nos permitindo viver um tempo de muito Amor!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O HOMEM QUE NÃO SE IRRITAVA (Autor desconhecido)

Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.
Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas.
Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido.
Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar.
Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião.. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, que o homem gostava muito.
A garçonete chegou próxima a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa.
Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa.
Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.
Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente, para ver sua reação.
Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse: o que o senhor deseja?
Ao que ele respondeu, naturalmente: a senhora não me serviu a sopa.
Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o: servi, sim senhor!
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos...
Todos pensaram que ele iria brigar... Suspense e silêncio total.
Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente: a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!
Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar, convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura.
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Bom seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento em vez de reagir com irritação e impensadamente.
Ao protagonista da nossa singela história, não importava quem estava com a razão, e sim evitar as discussões desgastantes e improdutivas.
Quem age assim sai ganhando sempre, pois não se desgasta com emoções que podem provocar sérios problemas de saúde ou acabar em desgraça.
Muitas brigas surgem motivadas por pouca coisa, por coisas tão sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da discussão.
Isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar desaforo para casa, mas acabam levando para a prisão, para o hospital ou para o cemitério.
Por isso a importância de aprender a arte de não se irritar, de deixar por menos ou encontrar uma saída inteligente como fez o homem no restaurante.
A pessoa que se irrita aspira o tóxico que exterioriza em volta, e envenena-se a si mesma.

sábado, 4 de setembro de 2010

A história de um ex-monge - Capítulo 2 por Márcio Lupion - marcio@kallipolis.org

Depois da experiência do homem luminoso e do filme, que na verdade era uma sugestão pra gente viver numa eterna juventude e responsabilidade com a nossa felicidade, numa eterna reflexão sobre como se manter verdadeiro o tempo todo. Depois desse filme, depois do encontro com esse homem, Marcio caminhou a pé até sua casa. Lembra de ter chegado e observado seu cachorrinho de estimação que se chamava Toti. Ao olhar em seus olhos, teve a estranha sensação de que nunca tinha olhado de fato para ele. Teve a certeza de jamais ter percebido aquele ser e que o brilho naqueles olhos era o mesmo que ele tinha acabado de perceber em tudo à sua volta. A diferença entre o brilho dos olhos do animal e o dos homens na rua, com quem trocara olhares, é que o Toti era presente. Sempre se colocava numa condição de afeto, de companheirismo.

Naquele dia, antes do filme, pegou o cachorrinho e o colocou no colo. Cortou seu pêlo da forma mais intuitiva possível... e realmente ele ficou horrível. Mas estava quente e deu pra perceber que ele tinha ficado feliz. Quando regressou da rua, Toti veio recepcioná-lo na porta: trocaram um olhar profundo... e parecia que era o primeiro "oi, tudo bem?" na vida deles e ele lhe mostrou a patinha direita, apontou em sua direção e puxou, no meio da patinha, com o dente, um pêlo que ele tinha esquecido de cortar.

Marcio falou pra ele: nossa, "Toti, esqueci de cortar o pêlo dentro da sua patinha, né? Que falta de educação!" Daí, ele se viu conversando de verdade com um ser, igual ao ser que reonhecia dentro dele, com a mesma sensação. Só que era um ser dentro de um cachorrinho. Um cachorrinho que fora recolhido na rua... e o tempo inteiro emitia a gratidão das pessoas que são salvas - porque ele latiu tanto na porta da casa até conseguir entrar um dia... e ser adotado...
A porta estando aberta, ou não, ele sempre ficava na parte de dentro e parecia que, com aquele tamanho minúsculo, queria dar a vida pra defender a casa de qualquer tipo de invasão. Aquele cachorrinho estava na porta latindo pra mostrar a gratidão que tinha. Foi assim que ele sentira. Mas não foi só com o Toti que isso aconteceu.

Naquela noite, Marcio não dormira direito, não conseguia mais chorar, nem falar também. Não havia nenhuma vontade de conversar ou de olhar pra ninguém. Parecia até que era fácil sentir os sonhos das pessoas, os sentimentos, as vontades... pelos gestos, pelo tom de voz...

Ele se recolheu e se trancou no quarto, sentou-se e passou uma noite isolado olhando pro nada. Dia seguinte, foi até o parque, sentou embaixo de uma árvore e ficou olhando pra tudo em volta. Para os pássaros, as pessoas andando de bicicleta, outras correndo e, pela primeira vez, acreditou que existia o paraíso, ali, agora, no presente.

Na sua infância, lembrava das histórias de Adão e Eva, do paraíso, da gente vir pra Terra e ser expulso do Éden porque cometeu o pecado original. E nunca entendeu direito isso e achava uma tristeza enorme a gente toda estar aqui porque um casal errou... Nem sabia ao certo... Não tinha muita reflexão sobre isso. Mas, naquele dia, entendeu que o paraíso era aqui e a gente simplesmente não via... ou não vê. O pecado original é a gente não perceber que está no paraíso...

Aquela reflexão era tão intensa e verdadeira que, por conta dessa percepção, Marcio passou três dias em silêncio absoluto. Um silêncio que envolvia o corpo e os sentidos, que parecia que ia conseguir ouvir até o som do próprio silêncio. Era profundamente extenso. Uma sensação de paz que dava a capacidade de se olhar pra cada pessoa e não pensar nada deles.

Com o tempo, percebeu que esse silêncio, na verdade, era a ausência total de pensamento. O fluxo de pensamentos tinha parado, a respiração tinha se alterado. Ele já não era literalmente a mesma pessoa de antes do filme... três dias antes. Foi um dia de muita paz. Lembra que foi pra faculdade, as pessoas o procuravam para conversar e ele só emitia um sorriso tímido. Parecia estar vendo as pessoas pela primeira vez. Era a sensação de uma criança que tinha acabado de nascer no corpo de um pré-adulto. Era tudo tranqüilo, pacífico e sem julgamento. Não havia julgamento porque não havia idéia da nada. Ele estava vendo tudo e as pessoas pela primeira vez!

Os efeitos especiais do dia do carroceiro, na terceira vez em que viu o filme, desapareceram, mas ficou uma coisa melhor no ar. Ficou uma sensação de vida. Que toda aquela vida tinha um significado, tinha um por quê. Praticamente as pessoas conversavam, se esbarravam umas nas outras, mas aquilo tudo estava pré-determinado, estava em harmonia. Mesmo as pessoas que ao longe pareciam tensas, nervosas, ainda assim, dava pra entender o que elas estavam sentindo, como se o Marcio tivesse sentindo o mesmo setimento de cada um.

Não havia nenhuma experiência religiosa, nenhum conhecimento mental pra poder balizar isso. Mas também ele não estava se importando de forma nenhuma com isso. Não estava preocupado com nada. Estava simplesmente vivendo. Foram três dias em silêncio, cheios de atividades, simplesmente respondendo o que as pessoas perguntavam, sem nenhum tipo de questionamento sobre nada. Até que no terceiro dia seguido de silêncio, o Marcio chega em casa e a mãe o chama num canto e fala que ele está se drogando, que aquela vida de surfista ia dar nisso, que as amizades iam levar pra isso. Começou a gritar, brigar e, no calor dessa discussão, Marcio teve que responder, teve que colocar que não aconteceu nada, que não tinha nada importante pra relatar, que ele só estava vivendo em paz.

Então, ele sentiu um calor no corpo todo, um peso na barriga, aquela sensação de susto que a gente passa de vez em quando, que mais parece uma pancada no estômago que um simples sentimento que está entrando pela mente, pelo corpo. Ele sentiu algo entrando pela barriga, sentou no seu quarto e chorou muito. Então, o sonho de perfeição, o sonho do paraíso, a visão de unidade com tudo em volta desapareceu. E ficou aquela sensação do Marcio antes do filme, daquela pessoa que vivia sem significado, mas estava bem, ou seja, não sabia de nada, no entanto, era igual a todo mundo em volta. Se não estava feliz, encontrava felicidade na felicidade dos outros, se não estava feliz com a felicidade dos outros, ligava a televisão e esquecia. Esquecia de tentar entender o que que a gente está fazendo aqui e pra que que serve tudo isso. E agora, agora sim, começara a doer. Porque agora ele estava entre dois mundos. Ele sabia que existia algo, mas não sabia mais voltar para aquele sentimento, para aquela visão.

Ele também não era mais o jovem que tinha entrado no cinema. E aí, começa uma busca intelectual, uma busca pela mente pra tentar entender o que eram aquelas luzes, o que era aquela paz infinita e o que era aquela sensação de unidade que produzia um êxtase quase que ininterrupto. Um viver quase como se a gente estivesse olhando tudo pela primeira vez....

Daquele dia em diante, passou a existir uma busca frenética sobre o que aconteceu na consciência daquele jovem...

Com afeto.

A Sabedoria do Pai


Não é mesmo fácil perseverar.
Muitas vezes acordamos desanimados, sem vontade de caminhar.
A vida é difícil, o trânsito é duro, o salário é pouco, quem deveria cuidar da
população, está aí roubando, a gente olha em volta e vê tudo errado, não é
mesmo?
Bate aquela dúvida: o que estou fazendo nesse lugar tão áspero, tão inóspito?
Mas sabe aquela história se não houver trevas não saberemos enxergar a luz?
A resposta talvez venha por aí.

Estamos num momento divisor de águas, em que muitas pessoas se fazem as mesmas perguntas todos os dias: Por que tem de ser assim tão complicado? Por que tanta desigualdade se vivemos num planeta rico de tudo que precisamos?
Ou seja, do micro ou macro, muitos se incomodam. E é isso que me dá esperança.
Existe uma rede muito grande de pessoas que têm em si uma semente para modificação do sistema vigente. Muitos aprendizes insatisfeitos como eu e você.

Eu tenho certeza de que isso tudo é uma grande escola para todos que estão no mesmo barco. Lembra como era difícil acordar cedo para ir pra escola?
(Pra mim, sempre foi! rs) Mas não valeu a pena no final? O que seríamos sem a educação? (mesmo com o péssimo sistema de ensino a que a maioria tem acesso).
A cada ano que passava, tínhamos acesso a mais conhecimento, cada vez mais refinado, tornando-nos cada vez mais capacitados para novas etapas da vida.

Como absolutamente nada aqui acontece sem que seja perfeito, matemático, calculado, eu só posso crer que estamos todos num grande momento de aprendizado para novas fases. Se não houvesse tanta coisa errada, não estaríamos colocando nosso espírito de luta, honestidade e humanidade à prova.
É como se estivéssemos recebendo um grande tranco, um susto, para que a nossa
parte boa, a nossa parte luz, reaja e mostre sua face.

Nessas horas, eu lembro da história da Flor de Lótus. Ela nasce das profundezas
da lama e utiliza toda aquela escuridão para se fazer forte e brotar sobre as
águas. Aliás, o seu momento mais esplêndido só ocorre ao anoitecer, quando a luz se vai. Somos como a Lótus, precisamos passar por certas dificuldades, para brotar em nossa forma mais magnífica, mais serena, mais sábia.

Tudo está em seu lugar e agindo segundo a sabedoria do Pai.

Por: Isabela Medeiros
http://www.respostadavida.blogspot.com

Assumindo seu lugar no mundo por Teresa Cristina Pascotto - crispascotto@hotmail.com


O sentimento de não estar incluído, de "não pertencer", de não ter um lugar no mundo, é muito mais comum das pessoas experimentarem, do que possamos imaginar. A sensação das pessoas que se sentem assim, é de que são insignificantes, que não são aceitas plenamente, que ninguém as percebe, e de que nada do que disserem ou fizerem será importante para os demais. Não se sentem valorizadas, reconhecidas, aprovadas e amadas.

Apesar da angústia que isto lhes causa, acreditam que só tem duas possibilidades: se resignarem diante disso e prosseguirem com a sensação de insignificância ou se afastarem "desse mundo" que não as inclui, e viverem na solidão. Não creem que haja outra escolha.

As que escolhem aceitar essa condição, acreditam que desde que se mantenham assim, à margem, sem reivindicarem seus direitos de "ser e estar", terão pelo menos a garantia da não rejeição. Acostumam-se a isso, e já nem percebem o quanto isso as aniquila e as prejudica, levando-as a viver uma vida insatisfatória e infeliz.

Por conta de suas crenças negativas - criadas a partir das conclusões errôneas tiradas na infância, pelas experiências vividas -, acreditam que se ousarem se colocar no mundo, a partir de seu Eu Real, assumindo seu lugar com propriedade, manifestando plenamente seus potenciais e dons, fazendo aquilo que sentem em seu coração que devem fazer, causarão desconforto aos demais - os quais se sentirão inferiores -, e serão ainda mais desprezadas e rejeitadas. Por medo de que isso ocorra, diminuem seu brilho e se manifestam como "seres inferiores" aos demais, para não ofuscá-los. Mas o pior, é que com o passar do tempo, elas próprias passam a acreditar que são mesmo inferiores aos demais.

Ninguém deve acreditar que é insignificante e que não tem um lugar definido no mundo. Todos e cada um dos seres humanos têm seu lugar. Não há ninguém que seja excluído dos Planos Divinos. Todos são importantes e não há ninguém que seja melhor que os outros. Somos todos iguais, centelhas divinas, divindades aprisionadas na 3ª Dimensão. Portanto, não há seres inferiores e superiores. Isto é criação da mente humana, pois a grande maioria se sente menos que os outros e, assim, sentem uma extrema necessidade de se sobrepor aos demais, na tentativa de se sentirem um pouco menos insignificantes, provando que são melhores e superiores.

O sentimento de inferioridade não nasce por conta das pessoas se sentirem menos que o "nível de normalidade" dos demais, mas sim, da necessidade de se sentirem muito acima desse nível. Isso é assustador, pois as pessoas não se contentam em ser um "igual aos outros", isso não lhes basta para que não se sintam inferiores, pois precisam se sentir muito superiores ao demais, pois só assim, conseguem se libertar da terrível sensação de inferioridade.

Para se sentirem reconhecidas pelo mundo, provando sua superioridade, vivem em busca de meios e situações que permitam que façam melhor e diferente de todos, sempre se evidenciando.

Claro que com essa necessidade do Ego, isso nunca acontece e a sensação é sempre de fracasso. Quanto mais fracassadas se sentem, mais na condição de inferioridade se mantém. Isto gera a sensação de que, ao serem menos que o mundo, serão olhadas com superioridade e desprezo por ele. Ao se sentirem desprezadas, não conseguem imaginar que haja um lugar - de destaque - para ocuparem no mundo, enquanto não forem superiores aos demais.

Isto se torna uma "bola de neve", onde jamais conseguirão se assumir como quem realmente são, pois estão sempre em busca da perfeição que idealizaram para si, para só assim, assumirem seu lugar de destaque e nada menos do que isso. Isto jamais acontecerá. Assim, continuam sentindo que não existe um lugar para elas.

Uma possibilidade de sair desse círculo vicioso seria as pessoas se humanizarem, buscando encarar a realidade da condição humana em que se encontram e, só assim, com humildade, poderão começar a se conhecer de verdade. Então, descobrirão que são mais "superiores" do que imaginavam, mas uma superioridade que está fora e acima dos conceitos da dualidade. Perceberão, que essa superioridade está em todos os seres, e é proveniente da centelha divina que são, com potenciais e dons para manifestarem aqui na Terra e oferecerem para a vida o melhor que há em seus corações.

Compreenderão, com isso, que apesar de não serem os seres especiais na forma como idealizaram, são verdadeiramente especiais aos olhos de Deus e da Vida, e que isto não lhes dá uma condição de "serem mais", mas sim de elevação, em sua humildade, diante de Deus.

Isto sim as levará ao verdadeiro sentimento de ser, de estar e de pertencer. Então, poderão afirmar com propriedade: eu tenho um lugar no mundo, ele é meu de direito, eu o reivindico, o aceito e o assumo. Me coloco no mundo com propriedade e ofereço tudo o que há de melhor em mim, na intenção de manifestar minha Presença Divina.

A Vida está esperando que cada um de nós assuma seu lugar, dentro do Plano Divino! Faça sua parte!

A jornada da cabeça para o coração por Caio Cesar Santos - caio@decidaserfeliz.com

Após mais uma fascinante experiência prática neste mundo do Despertar da Consciência tive algumas realizações que gostaria de compartilhar com você: tenho enfatizado a busca que cada um de nós deve fazer por um "propósito na vida" e quero compartilhar alguns pontos de vista sobre como isto é gratificante e desafiador.

A sensação de estar alinhado com um propósito maior do que estudar para se formar em alguma profissão bem remunerada e trabalhar para pagar as contas de uma vida sofrida, talvez, seja o que dá sentido a nossa existência neste mundo.

Isto é tão essencial que pular esta etapa é o mesmo que abrir uma empresa sem saber por que ela existe, qual é a sua missão, visão e estratégia. Abaixo compartilho quatro passos para ajudar na sua exploração:

1. Descubra a meta certa para você.
O primeiro passo é o direcionamento para achar uma meta certa para você! Algo que faça seus olhos brilharem e que lhe dê uma motivação e luz própria para fazer com que este projeto aconteça. Estas perguntas podem lhe ajudar a encontrar algumas pistas:

Que atividade lhe dá tanto prazer que você faria mesmo gratuitamente?
Isto beneficia tanto você como as outras pessoas e o mundo à sua volta?
Que atividade faria você sentir que sua vida é importante?
Se você fizer algo com prazer genuíno, naturalmente, fará tão bem feito que o mundo vai querer remunerá-lo bem por isto.

2. Defina a estratégia.
Em seguida, você precisa ter uma estratégia clara de quanto tempo precisará investir (tempo, atenção e recursos financeiros), quanto espera colher e como vai chegar lá. Aqui você precisará do conhecimento, organização, métodos e tecnologia. Quais são os modelos de sucesso que você se baseará?

3. Conheça a sua essência.
Neste passo, você precisa de um grande diagnóstico sobre como sua consciência opera: reconhecer seus pontos fortes e fracos, inseguranças, medos e limitações e descobrir como operar a sua energia criativa (pensamento, palavra e ação) para os objetivos que deseja alcançar.

Esta é a etapa onde o subjetivo em sua consciência vira algo objetivo no papel: o que precisa ser jogado fora e o que precisa ser criado/aprimorado em sua consciência para você atingir seus desejos e sonhos?

Aqui você apenas sabe, mas ainda não desenvolveu a habilidade para colocar em prática.

4. Desenvolva habilidades para lidar com suas emoções.
Este é o momento crucial! É aqui onde tudo acontece e você tem que demonstrar uma enorme vontade de atingir seus objetivos. Os medos, as limitações e os desafios que estavam no papel acontecem na prática e você precisará de habilidades para surfar nestas grandes ondas: aprender a boiar quando a maré estiver puxando e saber a hora certa de avançar ou recuar para as ondas não estourarem na sua cabeça.

Este é o que podemos chamar de "pulo do gato" para que você siga sua trilha com garra e determinação. É aqui que você aprende a colocar o autoconhecimento em prática.

Uma analogia que gosto de usar é como aprender a dançar, jogar algum esporte ou tocar um instrumento. Você pode ler 50 livros a respeito, assistir filmes, ter aulas com os melhores técnicos/ professores do mundo, saber todas as regras, mas quando for dar um passo, chutar uma bola ou tocar algum instrumento é um desastre!

Quando a frustração bate à porta, a raiva faz o sangue subir ou o medo de fracassar toma o coração, ficamos frente a frente com nosso grande inimigo: nós mesmos!

Na área do despertar da consciência, este é o caminho para colocar o que sabemos em prática: religar a consciência do coração (voltar a sentir) e ter experiências vivenciais para buscar o equilíbrio do coração com a cabeça.

"Você sabe na cabeça, mas você não sabe no coração. Existe uma extraordinária distância da cabeça para o coração: uma distância de dez, vinte, trinta anos ou toda uma encarnação. Você pode saber algo na cabeça por quarenta anos e isto pode nunca ter tocado o seu coração. Somente quando você souber isto no seu coração você ficará realmente consciente disto." - Carl Gustav Jung
Levantar o tapete vermelho que esconde a porta do alçapão e abrir as latas de vermes que estão escondidas lá dentro, à primeira vista, não é uma atividade muito confortável. Mas, a boa notícia é que com as "ferramentas" certas você fará uma limpeza tão profunda na sua alma que o resultado é um sentimento de paz na consciência, gratidão, apreciação de suas experiências, conexão sincera em seus relacionamentos e um êxtase de viver, a cada segundo, continuamente.

Quanto tempo mais você vai esperar para começar sua jornada?

Forte abraço e boas ondas!

Como está o seu mundo? por Maria Silvia Orlovas - morlovas@terra.com.br


Esta semana, no Grupo de Meditação que conduzo às quartas feiras no meu espaço, recebi uma canalização de Mestra Portya, divina consorte de Saint Germain, e o tema por ela abordado foi justamente o Karma, e a reflexão de que somos o nosso karma. Veja bem, amigo leitor, que ela não falou que vivemos o karma como algo externo. Ela deixou muito claro que somos o nosso karma.

Sei que muita gente ouvindo isso pode pensar que isso não é totalmente correto, tendo em vista que nesta vida não fez nada para merecer os infortúnios que tem enfrentado; sendo assim, é mais uma vítima do destino do que um agente kármico.

Muitos de nós ainda se acreditam impotentes e olham a vida como algo muito difícil, ruim. Pode ser, inclusive, que veja as pessoas e condições à sua volta como complicadas e sofridas. Claro que essas percepções não são de todo erradas, pois cada um sabe do seu sofrimento. Mas, apesar disso, precisamos tentar nos colocar acima dos cenários que nos envolvem. Somos mais do que o sofrimento. Aliás, como ensinam os Mestres, quando conseguimos compreender melhor quais as lições que a vida está nos trazendo, nos libertamos.

Lembro que na primeira vez que ouvi dos Mestres da Fraternidade Branca a afirmação de que você faz o seu destino, achei aquilo quase que fantasioso. Como que alguém pode fazer o seu destino? Quantas coisas já trazemos traçadas de outras vidas? Quantas experiências não dependem de nossa vontade?

Com o tempo, fui compreendendo que fazer o destino significa abrir-se às lições. Significa nos colocar com a mente e o coração abertos no momento em que algo difícil nos acontece, e perguntar a Deus:

Senhor, o que tenho que aprender com tudo isso que me acontece? O que devo mudar? O que posso fazer para tudo ser diferente?

Percebi que agindo assim o karma se desprende de dentro de nós e podemos até percebê-lo como uma energia, como de fato é. Karma é vibração, sentimento, emoção. Por isso quando brigamos com alguém da família, sentimos aquela raiva, ou aquela dor quando a pessoa se aproxima, sentimos que a qualquer momento a pessoa fará algo que vai nos irritar, ou vai comentar alguma coisa que vai nos chatear. E dito e feito porque com certeza a situação se apresentará exatamente como você previu. Isso é karma... Você sabe identificar os fatos, e muita gente passa por isso todos os dias. O difícil é sair, mudar a situação, mudar a energia já que nem tudo depende de você.

O fato mágico de tudo isso é que podemos, sim, mudar. Quando mudamos nosso pensamento e começamos a vibrar diferente, tudo muda. Quando não reagimos ao mal com outro ato maligno, estamos afrouxando os nós. Por isso, é tão importante as orações pessoais e em grupos; por isso, precisamos tanto mergulhar nas terapias, procurar nossa cura energética, aprender mais sobre vida espiritual, pois à medida em que vamos incorporando em nossa vida diária esses conceitos vamos mudando tudo.
O fundamental é praticar, mudar nosso mundo e sair da condição de vítima. Por mais complicada que seja a sua situação, tenha coragem de mudar, afinal o mundo é seu. Como dizem os Mestres: a percepção da paisagem está nos seus olhos!

Abrindo-nos às infinitas possibilidades :: Rubia A. Dantés ::


Recentemente, encontrei-me diante de uma situação pela qual pude constatar como ainda estava presa a memórias equivocadas que reduzem nossa realidade somente aos possíveis caminhos ditados pela nossa mente limitada.

Percebi que em determinada situação estava presa a possibilidades extremamente reduzidas... e vi que uma parte de mim, quando se trata de coisas mais práticas, ainda acreditava que as coisas só poderiam acontecer se percorressem aqueles caminhos que eu conhecia...
Acreditava... pois, ao constatar isso... quando minha mente percorria os caminhos conhecidos, já querendo me convencer da dificuldade das coisas para fluírem naquela situação... parei por um segundo... e vi claramente como aquela era só uma parte infinitamente pequena... e que, além dos limites da minha mente... além dos limites dos caminhos conhecidos... existiam infinitas possibilidades...

Veio-me a imagem de um espaço com inúmeros pontos de luz que brilhavam e pulsavam indicando possibilidades infinitas de criação que existem disponíveis quando nos abrimos para elas... e foi quando percebi um ponto opaco no meio de tantos que brilhavam... e minha atenção se focou naquele ponto por um instante... de repente, todos os outros deixaram de existir e fiquei restrita àquele ponto...

Logo me dei conta daquilo que essa imagem me mostrava e imediatamente tudo voltou a brilhar e a pulsar, e o ponto opaco, que representava as soluções oferecidas por minha mente, desapareceu no meio dos outros pontos brilhantes...

Nos dias que se seguiram, cada vez que tentava limitar minha realidade ao que era conhecido, e, portanto, já pertencia ao passado, lembrava-me daquela imagem e sentia claramente como conseguia soltar mais e mais o controle e acreditar cada vez mais que para cada problema existem infinitas soluções... que não passam necessariamente pelo que conhecemos através de nossa mente racional...

Alguns dias depois... naquela situação, aconteceu algo inesperado e que eu nunca conseguiria imaginar... Parece que o Universo queria mesmo me mostrar que, quando soltamos o controle, as soluções podem vir de forma inacreditavelmente simples e inusitada...

Entendi como as memórias equivocadas que geralmente traçam os caminhos possíveis para nossa mente, impedem o acesso às infinitas possibilidades.

Quando focamos somente naquilo que acreditamos ser possível, estamos impedindo que se manifestem todas as outras possibilidades... e com isso limitamos a nossa vida aos mesmos velhos e conhecidos caminhos.

Estar aberto e presente para perceber o ilimitado pode nos surpreender com coisas nunca imaginadas...
Por que viver só com nossas soluções do ego, se nossa Alma nos acena com o infinito?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Oração a mim mesmo

Imagine fazer uma prece a você mesmo.

Imagine poder conversar consigo mesmo de uma forma suave, profunda, definitiva.

Quem sabe você poderia dizer assim:

"Que eu me permita olhar e escutar e sonhar mais.

Falar menos. Chorar menos.

Ver nos olhos de quem me vê a admiração que eles me têm, e não a inveja que prepotentemente penso que têm.

Escutar com meus ouvidos atentos, e minha boa estática, as palavras que se fazem gestos, e os gestos que se fazem palavras.

Permitir sempre escutar aquilo que não tenho me permitido escutar.

Saber realizar os sonhos que nascem em mim, e por mim e comigo morrem por eu não os saber sonhos.

Então, que eu possa viver os sonhos possíveis e os impossíveis.

Aqueles que morrem e ressuscitam, a cada novo fruto, a cada nova flor, a cada novo calor, a cada nova geada, a cada novo dia.

Que eu me permita o silêncio das formas, dos movimentos, do impossível, da imensidão de toda profundeza.

Que eu possa substituir minhas palavras pelo toque, pelo sentir, pelo compreender, pelo segredo das coisas mais raras, pela oração mental.

Que eu saiba dimensionar o calor, experimentar a forma, vislumbrar as curvas, desenhar as retas, e aprender o sabor da exuberância que se mostra nas pequenas manifestações da vida.

Que eu saiba reproduzir na alma a imagem que entra pelos meus olhos, fazendo-me parte suprema da natureza, criando-me e recriando-me a cada instante.

Que eu possa chorar menos de tristeza e mais de contentamento.

E que meu choro não seja em vão, e que em vão não sejam minhas dúvidas.

Que eu não tenha medo de nada, principalmente de mim mesmo. Que eu não tenha medo de meus medos!

Que eu adormeça toda vez que for derramar lágrimas inúteis, e desperte com o coração cheio de esperanças.

Que eu faça de mim uma pessoa serena, dentro de minha própria turbulência.

Humilde diante de minhas grandezas tolas e ingênuas...

Que eu possa ensinar o pouco que sei, e aprender o muito que não sei.

Traduzir o que os mestres ensinaram, e compreender a alegria com que os simples traduzem suas experiências.

Respeitar incondicionalmente o ser. O ser por si só, por mais nada que possa ter além de sua essência.

Auxiliar a solidão de quem chegou. Render-me ao motivo de quem partiu. E aceitar a saudade de quem ficou.

Que eu possa amar e ser amado. Que eu possa amar mesmo sem ser amado.

Fazer gentilezas quando recebo carinho. Fazer carinhos mesmo quando não recebo gentilezas.

Que eu jamais fique só, mesmo quando eu me queira só".

* * *

Quanto são importantes os momentos a sós conosco mesmo.

O exercício de se questionar, de conversar consigo, de se conhecer, é grande instrumento de evolução de que dispomos.

Na turbulência dos dias que não param, das muitas atividades e preocupações, esses momentos de meditação, de autoconvívio, irão determinar a saúde de nossa alma.

Muitos se perdem de si mesmos neste turbilhão ameaçador, e dificilmente se encontram a tempo.

Os que escolhem o caminho da meditação, da auto-análise, do autoconhecimento, adoecem menos e vivem mais - vida em abundância...

Redação do Momento Espírita com base no texto de Oswaldo Antônio Begiato, recebido pela internet.