segunda-feira, 29 de março de 2010

Sons Inaudíveis

Um rei mandou seu filho estudar no templo de um grande Mestre, com o objectivo de prepará-lo para ser uma grande pessoa. Quando o príncipe chegou ao templo, o Mestre o mandou sozinho para uma floresta. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever todos os sons da floresta. Quando o príncipe retornou ao templo, após um ano, o Mestre lhe pediu para descrever todos os sons que conseguira ouvir. Então disse o príncipe:
- Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus...
E ao terminar o seu relato, o Mestre pediu que o príncipe retornasse à floresta, para ouvir tudo o mais que fosse possível. Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu a ordem do Mestre, pensando:
- Não entendo, eu já distingui todos os sons da floresta...
Por dias e noites ficou sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo... mas não conseguiu distinguir nada de novo além daquilo que havia dito ao Mestre. Porém, certa manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. Pensou:
- Esses devem ser os sons que o Mestre queria que eu ouvisse...
E sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria Ter certeza de que estava no caminho certo. Quando retornou ao templo, o Mestre lhe perguntou o que mais conseguira ouvir.
Paciente e respeitosamente o príncipe disse:
- Mestre, quando prestei atenção pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da noite...
O Mestre sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse:
- Ouvir o inaudível é ter a calma necessária para se tornar uma grande pessoa. Apenas quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, seus medos não confessados e suas queixas silenciosas, uma pessoa pode inspirar confiança ao seu redor; entender o que está errado e atender às reais necessidades de cada um."

Aprendendo a pedir

Rafi, um jovem discípulo atento e dedicado, resolveu isolar-se nas montanhas para trabalhar melhor o medo que ainda sentia das criações do seu próprio ego.
Quando lá chegou, um Velho sorridente o recebeu:
- Sejas bem vindo, Filho!

Rafi não estava esperando encontrar ninguém naquele lugar, então perguntou:
- Não esperava encontrar ninguém nesta montanha, o que fazes aqui?

E o Velho, calmamente, respondeu:
- Vim para realizar qualquer pedido que me faças.
E seja muito preciso, pois terás direito apenas a um pedido.

Rafi estranhou, mas aceitou a proposta do Velho e fez o seu pedido:
Desejo nunca mais sentir medo de nada!

E o Velho disse:
- Que assim seja!

E quando Rafi voltou-se para o velho, este havia sumido.
Anoiteceu e Rafi começou a sentir muito medo dos sons que vinham da mata.
Por mais que tentasse manter-se relaxado e meditativo, não conseguia.
O medo o tomava cada vez mais.
Em todos os cantos da montanha ele percebia inúmeros perigos e começou a gritar por socorro.
Sentia um medo enorme pairando em seu ser, ao ponto de entrar em pânico.

- Socorro, socorro!
- Alguém me ajude!
E de repente o Velho apareceu na sua frente.
Rafi gritou ainda mais com a aparição inesperada do Velho.

- Por que estás a gritar, Rafi?
- Ora, pedi que ficasse livre de todos os medos e o que eu mais sinto neste momento é exatamente o oposto.
- Não atendestes ao meu pedido, Velho.
- E agora estou em apuros.
E então o Velho lhe disse:
- Quando pedes, deves saber que nada desaparece ou aparece por si mesmo.
Para estar livre do medo, deves trabalhar com o medo.
Deves encará-lo de frente, conhecer sua natureza frágil e ilusória.
Só assim, mostrando tua determinação em aprender, é que dissipas as maiores ilusões criadas por ti mesmo.
Quando sentires falta de alguma coisa que ainda não tens, não precisas entristecer-te.
Se esta mesma coisa possuir valor para ti, recolha teu ser no mais absoluto silêncio e pede.
Mas, pede exatamente como queres.
Pois, em muito dos teus pedidos ainda desconheces as conseqüências que acompanham cada um deles.
Teus pedidos nunca vêm sozinhos.
Tens que estar ciente que, para receber o que pediste, deves estar preparado para também receber os meios pelos quais eles podem ser realizados.
E, será que tu estás preparado para passar por estes meios?

Solidão é fundamental


Que me desculpem os desesperados, mas solidão é fundamental para viver.
Sem ela não me ouço, não ouso, não me fortaleço.
Sem ela me diluo, me disperso, me espelho nos outros, me esqueço.
Não penso solto, não mato dragões, não acalanto a criança apavorada em mim, não aquieto meus pavores, meu medo de ser só.
Sem ela sairei por aí, com olhos inquietos, caçando afeto, aceitando migalhas,
confundindo estar cercada por pessoas, com ter amigos.
Sem ela me manterei aturdida, ocupada, agendada só para driblar o tempo e não ter que me fazer companhia.
Sem ela trairei meus desejos, rirei sem achar graça, endossarei idéias tolas só para não ter que me recolher e
ouvir meus lamentos, meus sonhos adiados, meus dentes rangendo.
Sem ela, e não por causa dela, trocarei beijos tristes e acordarei vazia em leitos áridos.
Sem ela sairei de casa todos os dias e me afastarei de mim, me desconhecerei, me perderei.
Solidão é o lugar onde encontro a mim mesma, de onde observo um jardim secreto e por onde acesso o templo em mim.
Medo? Sim. Até entender que o monstro mora lá fora e o herói mora aqui dentro.
Encarar a solidão é coisa do herói em nós, transformá-la em quietude é coisa do sábio que podemos ser.
Num mundo superlotado, onde tudo é efêmero, voraz e veloz a solidão pode ser oásis e não deserto.
Num mundo tão estressado, imediatista, insatisfeito a solidão pode ser resgate e não desacerto.
Num mundo tão leviano, vulgar, que julga pelas aparências e endeusa espertalhões,
turbinados, bossais, a solidão pode ser proteção e não contágio.
Num mundo obcecado por juventude, sucesso, consumo a solidão pode ser liberdade e não fracasso.
Solidão é exercício, visitação.
É pausa, contemplação, observação.
É inspiração, conhecimento.
É pouso e também vôo.
É quando a gente inventa um tempo e um lugar para cuidar da alma, da memória, dos sonhos;
quando a gente se retira da multidão e se faz companhia.
Preciso estar em mim para estar com outros.
Ninguém quer ser solitário, solto, desgarrado.
Desde que o homem é homem, ou ainda macaco, buscamos não ficar sozinhos.
Agrupamo-nos, protegemo- nos, evoluímos porque éramos um bando, uma comunidade.
Somos sociáveis, gregários.
Queremos amigos, amores.
Queremos laços, trocas, contato.
Queremos encontros, comunhão, companhia.
Queremos abraços, toques, afeto.
Mas, ainda assim, ouso dizer: é preciso aprender a estar só para se gostar e ser feliz.
O desafio é poder recolher-se para sair expandido.
É fazer luz na alma para conhecer os seus contornos, clarear o caminho e esquecer o medo da própria sombra.
Ouse a solidão e fique em ótima companhia.

Hilda Lucas

domingo, 28 de março de 2010

O amor quando chega... :: Rosemeire Zago ::



amor quando chega nos invade, acolhe, aconchega, nos faz brilhar... apesar de tanto desejar e esperar por ele, nem sempre somos abençoados com nobre sentimento! Mas quando chega, verdadeiramente, nos sentimos assustados, não sabemos o que fazer. Se é que deve ser feito algo... só conseguimos saber que sentimos algo forte, muito forte! "O que é isso?" nos perguntamos, "tão diferente do que já senti!"... pensamos! Não é por ser diferente que é errado ou com menor valor, apenas é diferente daquilo que conhecemos, mas talvez por isso mesmo seja algo tão assustador. Mas ao mesmo tempo é bom, tranqüilo, parece que liberta; muito diferente daquele sentimento que damos o nome de amor, quando na verdade está muito mais para apego, posse, atração, desejo, prisão.

Só depois que ele - amor - chega é que reconhecemos a sutil diferença ao que sentíamos e um dia demos o nome de amor, e ao que é amor realmente. Para nomear um sentimento com esse nome, ele deve ser muito nobre, o que em nada combina com ciúmes, agressões, insegurança, infidelidade, controle, manipulação, brigas constantes, entre outros! Não, o amor não traz nada disso, ele traz exatamente o contrário: paz, segurança, tranqüilidade, harmonia, crescimento mútuo, confiança, cumplicidade, enfim, aquilo que sempre desejamos ter, mas enquanto não for amor de verdade, dificilmente conseguiremos conquistar, por mais que o desejemos.

Mas por qual motivo é tão difícil encontrar o amor verdadeiro? Tudo começa com a falta de amor por nós mesmos, que geralmente vem associada à baixa auto-estima. Ou seja, se não reconhecemos nossos reais valores, como podemos nos amar? E como saber de nosso valor enquanto pessoa se nem todos se dão ao trabalho de se conhecerem? Dificilmente, alguém ama quem não conhece, ou ainda, quem não se dá o devido valor.

Isso nos faz chegar à conclusão que sem nos conhecermos, e em conseqüência nos amarmos - pois o amor vem do conhecimento, admiração, que se tem por outra pessoa ou por si mesmo - não conseguiremos verdadeiramente amar alguém ou permitir que tal amor chegue até nós!

Sem nos conhecermos, não sabemos quais são as necessidades emocionais que temos, as quais não deixam de existir por não as reconhecermos. Elas muitas vezes são responsáveis por nossas expectativas frustradas, escolhas erradas, repetições de padrões que não mais desejamos viver, pois muitas vezes esperamos que nosso companheiro venha a suprir tudo aquilo que necessitamos desde crianças e que não fomos correspondidos. Com isso tendemos a idealizar o outro, vendo nele aquilo que gostaríamos que fosse e não quem ele é na realidade. E conforme ele vai se mostrando a nós, sentimos como se tivéssemos sido enganados. Mas será que fomos mesmo enganados ou sequer nos demos tempo para saber quem é essa pessoa que deixamos entrar em nossa vida, sem pedir licença, e colocamos nosso coração e nossa vida totalmente em suas mãos? Geralmente, vemos o outro como um ideal e não como real.

Resumindo: a falta de amor-próprio, a baixa auto-estima, as necessidades emocionais não reconhecidas, geralmente causadas pela falta de autoconhecimento, somada às idealizações, expectativas, carências, histórico de vida, podem comprometer nossos relacionamentos e dificultar o encontro com o verdadeiro amor. O que, no fundo da alma, é o que todos buscamos.

Portanto, devemos realizar toda essa caminhada de autoconhecimento para depois nos permitirmos nos envolver com outra pessoa, o que raramente as pessoas fazem. Elas querem alguém que não as façam se sentir sozinhas e, nessa busca, muitas vezes se encontram mais sozinhas do que antes. Por medo de ficar só envolvem-se com pessoas cujo relacionamento traz apenas sofrimento.

"Mas como reconhecer se o que sinto é amor?" você deve estar se perguntando... Para reconhecê-lo é preciso ter um mínimo de autoconhecimento, pois do contrário estará vulnerável a considerar toda pessoa que vier a conhecer e/ou se relacionar como uma possibilidade de vivenciar o amor, podendo assim facilmente confundir apego, posse, atração, com amor. Fará isso porque irá sobrepor suas carências, sem respeitar suas reais necessidades, que muitas vezes está muito distante de serem supridas por esse pessoa. Claro que devemos considerar que ninguém supre as carências de ninguém, mas sempre queremos uma pessoa que seja carinhosa, compreensiva, amiga, enfim, que tenha valores semelhantes aos nossos, mas ignoramos isso e nos envolvemos sem o menor conhecimento do outro, em conseqüência da falta de conhecimento de nós mesmos, assim nos tornamos dependentes emocionais. Sim, não podemos saber isso sem dar o mínimo de chance para conhecer o outro, mas quantas vezes não entramos num relacionamento sem sabermos muito bem sequer o que queremos?

Como encontrar alguém que lhe faça feliz se nem você mesmo o sabe? Como conhecer alguém se você mesmo não se conhece? Como não repetir padrões se nem sabe quais está repetindo? Sim, o autoconhecimento se torna importante até para iniciar um relacionamento, portanto, procure se conhecer mais, saber o que é importante para você no relacionamento afetivo, tenha referência de como seria o relacionamento ideal para você, ainda que ele não seja exatamente igual, ao menos saberá o quanto está perto ou distante do que deseja realmente para sua vida.

terça-feira, 23 de março de 2010

Divulgação de Retiro em Brasília



comunicacao@ccbnet.org.br
Fone/fax: (0xx61)3426-0414/ Fax: 3426-0445
End.: Av. L2 Norte QD 601- B (ao lado Serpro)
Brasília DF - CEP:70830-010

segunda-feira, 22 de março de 2010

Palestra em Brasília

“O SEGREDO DE VIVER NO PRESENTE”

Data: 25/03 quinta-feira
Local: 714/914 Sul Edifício Porto Alegre (auditório)
Horário: 20hs
Palestrante: Rafael Campagnolo – facilitador dos Seminários Insight

Eu vou, quem quiser ir tbm me avise q além de carona eu preciso avisar qntas pessoas vão comigo!

domingo, 21 de março de 2010

How can I Stay on Course with my Intention?

by John Morton, D.S.S.

Question: How can I stay on course with my intention?

Answer: When a boat needs to sail to a certain place and the wind is blowing from that place, meaning the boat is sailing into the wind, sailors use a strategy called “tacking.” Tacking means that in order for the sails to catch the wind, sailors sail the boat in a zigzag course to the left and right of the destination. They stay focused on the direction of their destination, but they don’t sail straight towards it. By tacking, they keep making progress towards where they want to go, but in this zigzag manner.

When we’re on the water and there’s no wind, we call that the doldrums. When sailors come upon the doldrums, they utilize their oars and row for a while in order to move at all. When you don’t have much enthusiasm, you are in the doldrums --- a condition that lacks energy even when the destination is clearly known, mapped out and planned.

Over the years, ship captains and navigators have tracked in their ships’ logs the seas, winds, weather, seasons and so forth. Knowing the prevailing conditions can help sailors plan how to keep the ship moving --- when to tack, when to use the oars and row. Being aware of the prevailing conditions in your life can help you keep your intention so you move out of the doldrums and into more enthusiasm.

What are your conditions? Are you feeling scattered and confused or are you clear? Knowing what the conditions are, you can take advantage of your situation. So when you’re lacking enthusiasm, the conditions may require that you “get out and row.” And that can be as simple as saying, “I'm going to have a good day," and so you have a good day.

In The Blessings Already Are, I wrote that I’m not here to get into comparison or evaluation of the conditions. I’m here to love the conditions, pure and simple. The fun becomes, how do I love them? How do I respond with my love? Let me count the ways, and let me find a new and better way to love each condition.

Once upon a time in my life, I had something referred to as “weekends.” But since I’m working all the time, I don't necessarily have what some folks might call weekends. I don't have what I consider “time off.” So I’ve worked it out for myself so I also play all the time. And that attitude of “always” works for me.

You may think that’s just something I’m telling myself, that it’s not the reality. But it’s my reality and it works very well for me. It’s how I construct my life. So I'm working all the time and playing all the time. I don't have “weekends.” I don't need them. Every day is a day off, a vacation. I don’t look for relief with “Thank God it's Friday.” And I don’t feel down or in the doldrums when Monday comes. I love it all.

Look at what works for you in terms of your own temperament. Consider your choices carefully, rather than try to adopt what somebody else does that works for them. We’re all constructed differently. We all have our strengths and weaknesses. Those differences are on purpose and by design. So naturally it would be good for us to pay attention to where we are weak and look for how to strengthen ourselves in those areas.

Whether we came into this life with a tendency for a weakness or we acquired it after our birth, we can still look to find ways to deal with our weaknesses so we can overcome or clear them. The way to clear our weaknesses is to love them. And with loving comes a responsibility to care about what we love. We're the ones involved in whatever is our weakness. We're watching over it. We're looking to see if we can make it better. So love it all because loving naturally makes things better. Loving can increase all people and things.

One of the best ways to know if something is loving is to look at the highest good of all concerned. If you say, “This person bothers me. This couldn't possibly be love,” maybe you need to be bothered in that way. Perhaps you're stuck in a position and holding to your weakness. Maybe you’re denying and betraying your strength and this person is providing you with an opportunity to gain that strength through your loving.

To me, this is one of the basic decisions to make in your life --- What is your life about? What is its purpose? What is your truth? What are you serving? Do you answer those questions positively or do you answer them negatively? I see it as a free choice and I want to answer those questions positively --- because that’s my clear preference.

You may say, “I don't know what the truth is. I just know what my preference is. I'd like my life to be happy, healthy, wealthy and thriving." Then my question is, “What are you doing towards that intention?”

Part of the answer would be to not let anything in the world take that intention away from you. To do that, you’ll find out what kind of strength, dedication and loyalty you have for your intentions. Every day is a new opportunity to find out where your dedication is. Where's your intention today? Where's your willingness today? Where’s your loving today?

One thing about negativity is that it has a finite existence. Negative passes. In the Spirit the negativity is gone, just like the past is gone. What if you remember it? Perhaps you keep looking at it. So let it go and forgive yourself for judging yourself or anyone else. Forgiveness is present all the time. When you forgive and let go of the judgment, the Soul can register into your consciousness more fully and completely. The Soul has this energy of the Light and the love. So you’re brighter and clearer.

You could have a revelation and realize, “I don't want to do this anymore. This is no longer my intention.” Sometimes that’s all it takes to shift yourself so you’re back on course. If you feel like you’re overextending or pushing yourself, you might ask yourself who you are doing it for and why you are doing it. Maybe you like doing it. Or perhaps you hear someone else’s voice telling you to do it. In that case, you need to ask yourself , “Is this what I really want to do? Is this my clear intention?” Take a careful look at your choices.

A major key in the process of staying on course is moving to the true self, and that calls for caring for our self and caring for others. In the true self, we stop judging. We stop hurting our self or others. Then we can source our true self for influence and direction. That bright and clear direction becomes intentions, that then become better choices with better results.

The god of opinion often masquerades as an authority with the message that says, “You’re not good enough.” If you hear that message inside, ask yourself if it’s coming from your “true self” or the “false self.” The god of opinion or the negative power can influence and test us in our weaknesses, especially when we’re not standing up in our true nature.

Whatever you’ve been doing instead of staying on course with your intention is the very thing you need to stop doing. Look at whether you’re caught up in the minutia and small stuff that would keep you from looking from the altitude, your true self, that sees how things are working best. That means taking care of yourself and helping take care of others.

Keep your eyes and ears open, watching and listening, being aware and choosing what is best in each and every moment. Change is constant. Be open and flexible. Be open to “tacking” in order to stay on course. Be open to getting out your oars and rowing for awhile.John-Roger once said, “Steady as the North Star, flexible as the wind." So be willing to be the change to stay on course with your intention and whatever is serving for the highest good.

Baruch Bashan (the blessings already are)

Serving & Giving: Gateways to Higher Consciousness

by John-Roger, DSS with Paul Kaye, DSS

Selections from John-Roger’s new book Serving & Giving by John-Roger, DSS with Paul Kaye, DSS

Giving Your Love

What is the love inside of you unless you give it away? Giving is the manifestation of loving. Without giving, you may be living. But living without loving is only existence, and existence often is a state of lack and an empty hope that someone will come along and save you from all the things that are happening “to” you.

Loving fills the lack and opens the awareness of the inner wisdom and the knowledge that you are the creator of your universe and that nothing happens to you that you do not create, promote, or allow. Loving is that active, dynamic part of you that accepts responsibility for all that you are and will be and lives in a state of open awareness.

The Spirit is eternal and is a gift that will endure forever. Spirit is free, and that means that you can be as free as you are willing to give Spirit away. That willingness to share all of yourself—all that you are—is your freedom. If you try to grab a hold of Spirit, you defeat yourself; and you lose yourself. Give it away and you will find it returned to you in more ways than you can imagine. You can’t fake it. You can’t say you are giving and loving and make anyone believe it, unless you demonstrate that giving. It is by your works that you are known, not by your intentions.

People are very perceptive. You can’t fool them. Words of love are not necessarily loving. Loving is active. Loving is giving the God that lives within you to the God that lives within all people everywhere. Loving is sharing yourself. Give yourself a gift of loving. Give yourself a gift of completing each day as it comes to a close and of awakening to the newness in you as each new day dawns. As you reside in your loving heart at each and every moment, you find that you reside permanently in the Christ and that you will never be separated from His grace and His presence. And you will experience the living Christ as your Beloved.

The Loving Touch

One of the great ways we can serve is to touch, with love. I make it a point inside of me that there is always a place inside of me to reach out and touch someone with loving. That’s what I work from and in. I know that love is the savior of us all. If a person I am relating to doesn’t have enough, the love in me would have enough because it’s tied to a greater supply of love. I make no apologies for that to anyone. I don’t love because I am after anything. My love is to serve because we love to serve. At the same time, it’s a very selfish thing, because I feel the love come back to me. It re-enters into me, and I feel the quality that the person receives.

We want to be touched by the Spirit. We fall in love with the Spirit in a person. That’s why we stay together when we’re old and haggard, because that Spirit is eternally young and present. If you withdraw your loving, then you’re not in a state of acceptance. If you go into acceptance, you go into serving. If you do cooperation—you’re serving. If you’re dedicated to a person’s well being—you are serving. The observable result of that will be God’s energy: enthusiasm. In that state, things don’t go neutral. They go into kidding and joking and laughing.

The Server and the Served

We need to look at service as not only the one who gives but also the one who receives. For there must be a receiver in order to serve. God is in the business of service. But in order to be in business, He needs people receiving the service—and that’s us. Looking at service this way, we have to say that both the server and the served are one.

Baruch Bashan

O QUE É O EGO? Gerald Jampolsky

Eu emprego o termo ego de um modo diferente da maioria dos psicanalistas. Eu visualizo o ego como uma falsa imagem, uma forma que está associada ao corpo e ao eu físico. É um sonho que rejeita a nossa verdadeira identidade do eu espiritual, um eu que não apresenta forma física.

O ego por si só desafia a definição, mas seus efeitos em nossa vida são facilmente discutíveis. A principal mensagem do ego é o medo – medo de estarmos completamente sozinhos em um mundo de privações e de termos de buscar (mas jamais encontrar) aquilo que estamos procurando. Ele desconhece o significado do amor e considera a paz sua inimiga. Encara o mundo como um local de separação, de corpos separados em mentes separadas. Não acredita na totalidade ou na unicidade. Faz com que acreditemos que o nosso mundo está muito mais fundamentado no medo e na agressão do que no amor. Rejeita a existência do eu espiritual e nos diz que a realidade é o que percebemos através dos nossos sentidos físicos. Este livro descreve a minha luta contra o ego e as minhas tentativas para despertar o eu espiritual – o eu que não está limitado ao corpo, ao tempo ou ao espaço.
Minha batalha com Deus baseava-se na insistência do meu ego em fazer-me acreditar mais no medo do que em Deus; seguir suas regras em vez de deixar Deus ser o meu diretor e o meu guia. Desfazendo-me do medo, tentei contar – com muito pouco sucesso – com o meu próprio planejamento, meu próprio intelecto, minha própria vontade, meus próprios julgamentos e minhas próprias experiências passadas. Isso, é óbvio, é exatamente o que o ego quer que nós todos façamos. Lutei com Deus todas as vezes que me permiti bloquear a lembrança de Deus. Logo, sempre que eu acusava outra pessoa ou me condenava, fazia um julgamento ou ficava muito irritado, em algum nível da minha consciência, eu estava lutando com Deus. Agora, estou consciente de ter passado a maior parte da minha vida tentando me proteger daquilo que o meu ego percebia como agressões de outras pessoas. Eu usava muitos disfarces para ocultar meus temores e sentimentos verdadeiros pelos outros, assim como por mim mesmo.

Eu usava a rejeição e a repressão para esconder a verdade de mim mesmo. Meu ego conservava essas coisas ocultas em quartos separados na minha mente, fechava cada quarto com portas de aço, de forma que não pudesse haver comunicação entre eles. E mesmo quando eu estava gritando aterrorizado em um desses quartos, ninguém podia ouvir meus gritos.

Meu ego caótico mantinha a adrenalina elevada, uma condição que me fazia ver o mundo sempre de um modo ofensivo, sempre na posição de ataque.

Não é de admirar que minha postura diante da vida tenha se tornado uma constante defesa.

Como um deus autogerado, vivi como se tivesse sido colocado no mundo para julgar, modificar, controlar e manipular os outros. Procurei adaptá-los aos moldes do meu próprio modelo e, da forma mais arrogante, decidi quem merecia e quem não merecia a minha atenção.

Quase todos os dias da minha vida foram preenchidos com os temores criados pelo meu ego, alertando-me de todas as coisas terríveis que podiam acontecer comigo. Eu estava preocupado com a dor que eu poderia sofrer no futuro. Minhas decisões eram egoístas e se baseavam naquilo que eu pensava que me daria mais prazer e menos dor e, sem percebê-lo freqüentemente, eu acabava confundindo as duas coisas.

Estava convencido de que o meu passado infeliz era a previsão de um horrendo futuro e, é claro, continuei atuando das maneiras que davam certo para mim. Sempre achava difícil tomar decisões. Estava obcecado pela idéia de que sempre faria a escolha errada. O resultado era que eu carregava um enorme fardo de culpa sobre os ombros. Não é nenhuma novidade, portanto, que a maior parte da vida eu tenha sido incomodado com dores nas costas.

Pensei, erroneamente, que qualquer afeto que recebesse seria condicional, proporcional à maneira com que me conduzia ou ao quanto eu produzia. Além do mais, acreditei que o meu sucesso pudesse ser medido pela quantidade e qualidade das posses materiais adquiridas. Ainda tinha de aprender que jamais poderia ser verdadeiramente feliz se estivesse vazio espiritualmente, mais voltado para conquistar do que para doar.
Houve momentos em que achei que a vida nada mais era do que apenas provações e fiz o melhor que podia para agüentar com toda a garra. Estava convencido de que tinha de “fazer tudo isso completamente sozinho”.

Descobri pelo caminho mais difícil que as decisões baseadas na satisfação do ego não trazem felicidade, paz, amor, ou realização. Pelo contrário, trazem tristeza, desapontamento, cegueira, conflito e vazio.

Em 1973, meu casamento de 20 anos – um casamento que tinha gerado dois filhos – acabou em divórcio. Tornei-me amargo e deprimido. Minha culpa era devastadora. Eu me senti como se estivesse em um elevador precipitando-se descontroladamente para o térreo. A vida não mais parecia ser válida. Voltei-me mais e mais para o álcool, inescrupuloso com a minha própria destruição.

Tentei todos os tipos de terapia, convencionais e não convencionais. Nada ajudou. Fui detido por dirigir alcoolizado mais de uma vez e estive a ponto de perder tanto a minha licença médica quanto a de motorista.

Estava exausto de medo e infelicidade. A última coisa no mundo que me interessava era Deus.

Então ocorreu um milagre. Até esse momento a palavra milagre nem sequer constava no meu vocabulário. Em maio de 1975, Judy Skutch Whitson, uma amiga próxima e querida, telefonou-me da cidade de Nova Iorque. Ela estava muito entusiasmada por causa de um livro que acabara de ler e achou que ele podia mudar minha vida. “E sobre Deus e transformação espiritual”, ela disse. Eu não estava nem um pouquinho interessado.

Poucos dias depois, Judy trouxe o livro para minha casa na Califórnia. Seu título era UM CURSO EM MILAGRES. Eu nem mesmo gostei do nome. Judy insistiu, obrigando-me a examinar o escrito. Respondi de um modo condescendente, “Tudo bem, vou ler uma página, mas isso é tudo”.

O que ocorreu a seguir foi uma experiência que jamais serei capaz de compartilhar totalmente, apesar de ter tentado fazê-lo, literalmente, milhares de vezes. Depois de ler aquela única página, comecei a chorar. Bem dentro de mim uma voz pequenina disse, “Médico, cure a si mesmo. Esse é o seu caminho de volta para casa”.

Só consigo fazer alusões ao que se passou depois disso. Senti que o universo se tornava acessível para mim, e tornei-me parte de tudo que existia. Não havia nenhuma separação e senti clareza na crença de que a essência do meu ser era o amor. Experimentei uma sensação de paz e alegria que estava além de qualquer coisa que eu havia sentido anteriormente.

No fundo da minha alma eu também possuía sentimentos de ternura, gentileza, segurança e um conhecimento interior de que eu estava na presença de Deus. Tudo isso estava envolto em eternidade. Senti que, daquele momento em diante, minha vida seria modificada. Eu ia viver uma vida devotada a Deus. Naquele único instante, de algum jeito eu sabia que a minha vida seria dedicada a dar.

Jamais compreendera o que era uma experiência mística, mas percebi que era aquilo que eu estava vivenciando. Em meu coração, senti que um mapa de vida estava sendo dado para mim e que a vontade de Deus e a minha passariam a ser uma só.

Olhando para trás, tornou-se evidente que até aquele instante eu estivera fazendo um grande esforço para definir qual roteiro eu seguiria em minha vida – o de Deus ou o do meu ego. Também tornou-se evidente que a minha batalha fora solitária o tempo todo, pois Deus jamais estivera comprometido com ela. Eu estivera travando uma batalha sozinho comigo mesmo. Agora percebo que Deus estava pacientemente esperando que eu me desligasse das minhas falsas convicções e retomasse para a Fonte de toda Vida, que na realidade eu jamais abandonara.

Ao longo do estudo de UM CURSO EM MILAGRES comecei a perceber que só existiam duas maneiras de se tomar decisões. A primeira já me era familiar: minha velha maneira de ouvir o ego, uma voz baseada no medo e na separação. A segunda era a que eu acabara de começar a aprender, que era ouvir a voz de Deus, uma voz baseada no amor e na associação.

Antes dessa época, se qualquer pessoa tivesse me dito que era possível tomar decisões deixando Deus dirigi-las, deixando que a minha vontade e a de Deus fossem uma só, eu a teria considerado louca.

Agora percebo que estivera buscando, a minha vida inteira, mas não sabia verdadeiramente o que estava procurando. Além disso, agora percebo que toda a humanidade se constitui de seres que buscam a verdade. Estamos todos procurando descobrir o eterno, e preencher a lacuna vazia da separação e da solidão que criamos falsamente para nós mesmos.

Nada havia saciado a sede dos meus desejos no plano físico. Nunca me ocorrera que eu estava procurando o alvo errado, ou que eu estava buscando nos locais errados. Como o ego é brilhante em esconder a verdade de nossa consciência! A complexidade do meu medo me conservara nas trevas e me cegara para a simplicidade da resposta final – que tudo que eu tinha de fazer era desprender-me das minhas ligações com o mundo exterior e confiar na interiorização.

CINCO IDEIAS PARA ILUMINAR OS CANTOS DA SUA VIDA

CINCO IDEIAS PARA ILUMINAR OS CANTOS DA SUA VIDA
tirado do link: http://cca.org.br/blog/?page_id=22

Guy Finley

Quando uma criança se assusta, com medo do que sua imaginação parece lhe mostrar num canto escuro de seu quarto, os sábios pais acendem a luz e lhe mostram que não existe um motivo real para ter medo. De certa forma o adulto serve como um agente da luz, porque enquanto os pais estão explicando que não há nada perigoso embaixo da cama, na verdade é a própria luz que revela e verifica essa verdade que acalma. Isso nos leva até a primeira das cinco idéias que podem nos ajudar a iluminar os cantos de nossas próprias vidas.

A luz que ilumina o quarto não traz mais coragem à criança, ela simplesmente ajuda a eliminar o medo da mente. Essa é uma distinção importante. A luz no quarto prova que o que assustava a criança não é uma criatura real escondida num canto escuro. Em parte, se tratava de sua própria confusão para compreender sombras não-familiares. Use as cinco idéias abaixo para iluminar os cantos de sua vida. Estudando-as com paciência e praticando-as diariamente, essas idéias lhe mostrarão como começar a convidar a Luz em cada momento da sua vida, conduzindo-o a fazer uma descoberta agradável: “Dentro de você existe um reino brilhante, cujos cantos são tão abertos e intermináveis quanto for a sua vontade de trazer essa Luz para dentro deles.”

1. Aprenda a discernir: Nós não precisamos pensar para saber se estamos expostos à luz do sol ou se estamos na sombra de uma árvore porque, mesmo com os olhos fechados, conhecemos a diferença. Essa simples consciência física nos dá uma dica do poder que pode ser acordado dentro de nós. Podemos aprender a discernir entre a diferença que existe entre pensamentos e sentimentos brilhantes e convenientes para nós, daqueles que são escuros e degradantes para nós. Traga para a Luz da sua consciência todos os estados mentais e emocionais que entram e passam dentro de você e observe como a sua própria natureza iluminada vai discernindo os amigos dos inimigos.

2. Mantenha a simplicidade: Os pensamentos nunca são as coisas que representam. Na realidade são pouco mais do que sombras daquilo que é real. Mas eles podem ter substância quando são muitos e tumultuados, e acabam se transformando em nuvens de confusão. Para convidar mais Luz em sua vida, não permita que a mente atraia você ao conflito crescente que acontece dentro dela, a respeito do que um evento indesejado possa significar. Ao invés de ser atraído para mais uma caverna escura e interminável de pensamentos negros, pense nisso: “Se a confusão é o resultado da falta de rumo, então como é que essa confusão poderá me mostrar algum rumo?” Não poderá. Veja isso e abandone a confusão em favor da verdadeira clareza, mesmo que isso signifique ficar temporariamente sem saber o que fazer a respeito de seu estado confuso.

3. Recuse justificar o que a luz revela: Qualquer necessidade de justificar ou de afastar alguma “sombra” que descobrimos em nós mesmos é parte da reação àquilo que foi descoberto. Esse tipo de reação tem sua raíz numa vaidade secreta, que também é uma forma de “sombra” em si mesma. Seja o que for que descubra a respeito de si mesmo, mantenha-o em sua natureza real, sob a Luz da sua consciência. Na atmosfera dessa Luz interior especial, o que é verdadeiro florescerá e o que é falso lentamente desaparecerá.

4. Não aceite estados negativos repentinos: Todas as formas de ansiedade e preocupação tem suas raízes em operações invisíveis das oposições que existem dentro de nós. Tomamos conhecimento dessa divisão interna, através da sensação interminável de que o bem-estar que tanto almejamos está sempre num “futuro próximo”. Então corremos de um oásis imaginário para outro, alcançando somente a certeza de que “dessa vez” estivemos perto de conhecer a liberdade. Lembre-se, a Luz nunca se apressa para chegar a lugar nenhum porque ela já está em todos os lugares. Traga essa nova compreensão para dentro dessa correria que existe dentro de você e observe-a diminuindo até parar.

5. Lembre da luz: Uma das maneiras que as forças negativas invisíveis agem dentro de nós é quando percebemos sentimentos negros em determinados momentos da vida. Com isso essas forças querem nos convencer de que nossa vida carece de Luz. E, em casos mais dramáticos, que essa Luz nem existe. Mentiras! Tudo que precisamos fazer em momentos negros, quando nos sentimos abandonados pela Luz, é lembrar disso: “A Luz que tanto almejamos nunca está mais longe do que o nosso desejo de permanecer dentro dela.” Daí só precisamos acordar completamente, manifestar esse desejo com todo o coração e observar os sentimentos negros começarem a desaparecer.

Curso de Cura das Atitudes - Brasília/DF

Divulgando, pq realmente vale a pena!

CONVITE

Além de passar pela busca da congruência na prática cotidiana e da paz interior, o crescimento pessoal está intimamente ligado ao exercício do amor e da saúde nos relacionamentos: comigo, com o outro, com a Natureza, com o Todo. Essa é também uma forma eficaz de contribuirmos para o crescimento da paz no Planeta.

O curso "Cura das Atitudes", cada vez mais, confirma estas verdades e por isso estaremos iniciando um novo grupo no dia 08/04/2010.

Serão realizados 13 encontros, às quintas-feiras, das 20 às 22 horas, na Escola Classe 104 Norte, localizada na EQN 104/105, Asa Norte, de 8 de abril a 1º de julho de 2010.

Os objetivos do curso da Cura das Atitudes são, entre outros:
- Encorajar a nós mesmos e aos outros a reexaminar nossos relacionamentos, trazendo-os para o presente e liberando julgamentos passados e mágoas;
- Vivenciar, na prática diária, o processo de liberação e abandono das atitudes e pensamentos de medo ou dor, substituindo-os por atitudes e pensamentos de amor e perdão;
- Facilitar a saúde, que é paz interior, e a cura, que reside no processo de exercitar o perdão;
- Compreender que somos alunos e professores uns dos outros e que a partilha a partir da vivência pessoal e a escuta amorosa, sem aconselhamento, é uma forma eficaz de promover o crescimento pessoal e do grupo.
Funcionamento do Grupo

A abordagem é realizada em grupos, onde se exercita a transformação do conflito, do medo e da separação em experiências de paz interior, e a crença de que não são as pessoas ou circunstâncias que causam nossos conflitos ou tensões, mas sim nossos próprios pensamentos, emoções e atitudes sobre as pessoas e eventos.
O trabalho será realizado em 13 encontros, com duração de duas horas, e consiste no estudo e na partilha do resultado da aplicação prática, na vida diária, dos 12 princípios da Cura das Atitudes.

Cada participante contribuirá com trinta reais mensais para cobrir as despesas inerentes à utilização do espaço e dos materiais necessários à manutenção e acolhimento do grupo, contudo o trabalho de facilitação é gratuito e desenvolvido com muito amor.

Inscrições: (IMPORTANTE: APENAS 18 VAGAS)

Cecília: (61) 3201-5270 e 8177-2225 cecilia.alcoforado@gmail.com

Maria Aparecida: (61) 3963-4156; 9974-2814 cidarebelato@gmail.com
Aguardamos amorosamente suas presenças,

Maria Aparecida e Cecília

sábado, 20 de março de 2010

Auto-estima :: Elisabeth Cavalcante ::




Retirado do site somos todos um (STUM)

A falta de amor por si mesmo é a causa essencial que está por trás dos desequilíbrios na maioria dos seres humanos desajustados. Sem esta qualidade básica, ninguém pode se direcionar na vida de modo positivo.

Infelizmente, nem todos os pais possuem a consciência do quanto é importante que a auto-estima seja estimulada desde cedo nas crianças. Muitos, ao contrário, por serem excessivamente críticos e exigentes, jamais se sentem satisfeitos com o desempenho do filho e fazem questão de afirmar isto, sempre cobrando mais perfeição ou comparando-o com outros, que eles julguem mais inteligentes ou habilidosos.

E esta é uma atitude das mais devastadoras, pois acontece numa fase em que a imagem que a pessoa tem de si mesma está sendo construída. O resultado é um ser humano inseguro, incapaz de sentir-se satisfeito consigo próprio, ainda que alcance alguns resultados positivos na vida. Ou seja, ele nunca estará realizado e sempre vai ter a sensação de que poderia ter feito melhor.

Cria-se um vazio interior, que procura ser preenchido de inúmeras formas, seja através de um desejo compulsivo por comida, por bebida ou alguma outra droga mais poderosa, ou por uma dependência afetiva, algo enfim que lhe dê a sensação, por algum tempo, de que é alguém de valor.

Nada pode substituir o amor, a atenção e o estímulo às qualidades positivas de uma pessoa, como forma de garantir que ela desenvolva uma auto-confiança indestrutível.
Ensinar alguém a amar a si mesmo, não é um estímulo ao egoísmo. Ao contrário, é uma maneira de fazer com que ele desenvolva sua capacidade de amar, para que só então possa direcionar este amor ao mundo exterior.

" ....A primeira amizade precisa ser consigo mesmo,
mas muito raramente se encontra uma pessoa que seja amistosa consigo mesma.
.....Ensinaram-nos a condenar a nós mesmos. O amor-próprio foi considerado como um pecado. Não é.
Ele é a base de todos os outros amores, e é somente através dele que o amor altruísta é possível.
Como o amor-próprio foi condenado, todas as outras possibilidades de amor desapareceram.
Essa foi a estratégia muito ladina para destruir o amor.
É como se você dissesse a uma árvore: "Não se alimente da terra, isso é pecado.
Não se alimente da lua, da chuva, do sol e das estrelas; isso é egoísmo.
Seja altruísta, sirva outras árvores".
Parece lógico, e esse é o perigo.
Parece lógico: se você deseja servir os outros, sacrifique-se; servir significa sacrificar-se.
Mas, se uma árvore se sacrificar, ela morrerá e não será capaz de servir nenhuma outra árvore;
de maneira nenhuma será capaz de existir.
Ensinaram-lhe: "Não ame a si mesmo". Essa foi praticamente a mensagem universal das pretensas religiões organizadas.
Não de Jesus, mas certamente do cristianismo; não de Buda, mas do budismo -
de todas as religiões organizadas, este foi o ensinamento: condene a si mesmo, você é um pecador, você não tem valor.
E, por causa dessa condenação, a árvore do ser humano se retraiu, perdeu o brilho, não pode mais festejar.
As pessoas vão dando um jeito de se arrastar, não têm raízes na existência - estão desenraizadas.
Elas estão tentando prestar serviço aos outros e não podem, porque nem foram amistosas consigo mesmas.
......Eu não tenho nenhuma condenação, não crio nenhuma culpa em você.
Eu não digo: "Isto é pecado".
Eu não digo que o amarei só quando você preencher certas condições.
Eu o amo como você é, porque essa é a maneira que uma pessoa pode ser amada.
Eu o aceito como você é, porque sei que esse é o único modo que você pode ser.
É assim que o todo desejou que você fosse. É como o todo destinou-o a ser.
Relaxe e aceite-se e alegre-se - e então vem a transformação.
Ela não vem através de esforços.
Ela vem pela aceitação de si mesmo com tal profundidade de amor e felicidade, que não há nenhuma condição, consciente, inconsciente, conhecida, desconhecida.
O amor é alquímico. Se você se amar, a sua parte feia desaparece, é absorvida, é transformada.
A energia é liberada daquela forma.
Todas as coisas chamadas de pecado simplesmente desaparecem.
Eu não digo que você tenha que mudá-las; você tem que amar o seu ser, e elas mudam.
A mudança é um sub-produto, uma conseqüência.
Ame-se. Esse deveria ser o mandamento fundamental.
Ame-se. Tudo o mais se seguirá, mas este é o alicerce.
OSHO, The True Sage, # 4

quinta-feira, 18 de março de 2010

Chances


Ontem eu estava pensando sobre qual o número ideal de chances que devemos dar às pessoas que nos magoam. Eu já fui do tipo que relevava muito, já dei inúmeras chances para as pessoas, até para pessoas que nunca pediram desculpas pelo que fizeram. E sempre que eu fico chateada com alguém eu penso em chances. Até que ponto devo ir? Qual meu limite? E novamente pensei nisso ontem. Acho que por ser uma pessoa muito amorosa eu perdoo facilmente aos outros, eu perdoo com o coração, e eu por gostar muito das pessoas sempre fiquei nesse impasse de perdoar quantas vezes. Quantas vezes as pessoas precisam ter para tomarem consciência e mudarem? Mas, hoje uma enorme ficha caiu. Na verdade as pessoas não precisam de outras chances, a primeira já deve ser contada como ela estando completamente consciente do que faz. Não estou dizendo que não devemos perdoar, mas em realmente pensar se queremos ter na vida alguém que não é sensível aos nossos sentimentos, ou pior que não tem consciência do estrago que faz/fez. Dando muitas chances percebemos que na verdade estamos criando expectativas de que a pessoa irá algum dia acordar e perceber que temos valia, que merecemos o melhor delas... Isso é controle, queremos ter o controle, mudar as pessoas. Isso não é bom e nunca dá certo. Pq eu preciso o tempo todo provar para os outros que eu valho muita coisa? Pq não me foco em pessoas que conseguem ver facilmente que eu tenho meu valor e ele é precioso? Talvez pq algo em mim me auto sabota e estar perto de pessoas que não sabem, ou não dão meu devido valor apoiem minha auto sabotagem. Mas esse não é o ponto chave desse texto.
Bom, percebendo agora, as pessoas não pedem desculpa e eu sempre as dava mil chances. Talvez um pedido de desculpas mostre que a pessoa errou, mas ainda não é meu foco desse texto.
Então eu conclui que as pessoas merecem somente uma chance. Nada além disso vale a pena. Principalmente se a pessoa não se redime e pede desculpas. Não importa se eu gosto da pessoa, se eu a amo, se ela possui qualidades incríveis. O que importa é o que ela faz com essas qualidades.
O que fazer com as chances remanescentes? Darei à mim mesma. Pq sempre vai haver alguém disposto à me amar, à querer ser verdadeiramente meu amigo, à querer me tratar com respeito, valor, carinho e amorosidade. E a partir do momento que eu me prendo à coisas que são ilusórias eu não percebo o que está bem diante do meu nariz. E se não for a pessoa que eu pensei: parto pra outra, pq a vida é um ciclo e a única pessoa que vale a pena sou eu. E quem procura sempre acha, não vou desistir de mim, não vou colocar minhas esperanças no outro, não vou criar expectativas externas sabendo que dentro de mim eu posso ser sempre melhor.

Namastê

quarta-feira, 17 de março de 2010

Limpando as sujeiras do ego


Puxando a frase que mais me chamou atenção: “Por que eu me envolvi mais uma vez numa situação em que não sou respeitado ou ouvido?” Tome consciência do medo e do auto julgamento que marcam a sua vida. Veja o quanto a sua auto-estima é baixa. Veja como você aceita o amor a qualquer preço. Veja como você vive negando o seu medo do abandono porque tem medo de olhá-lo de frente.

Esta frase ecoou na minha mente na semana passada. Juntamente na reunião do CCA em que o tema aparentemente não tinha nada a ver com comunicação, um genial companheiro puxou a comunicação entre pessoas e amarrou com somos alunos e professores uns dos outros.
E meus relacionamentos foram analisados. A falta de comunicação entre eu e meu pai, a vontade de saber pq diabos uma pessoa muito querida não responde meus e-mails. E veio a palavra falta de consideração que é diretamente ligada, pra mim à respeito. Pq a pessoa simplesmente resolveu parar de me respeitar? Não vou dizer que eu esperava isso, mesmo pq eu convivi com ela por 3 longos anos de idas e vindas...E em nenhum momento esta pessoa deixou de ser atenciosa e gentil comigo. Talvez seja por isso que eu a mantinha na minha vida. Mas, qndo eu resolvi que iria sair de um ciclo repetitivo de padrões e mudei minha atitude, a pessoa simplesmente mostrou a outra face. Uma face de falta de respeito comigo. E eu percebi instantaneamente, e fiquei muitíssimo magoada. Claro que eu não disse isso pra pessoa, mas a fiz perceber que eu havia percebido a mudança de comportamento. Eu poderia muito bem, naquele momento agir, reagir, falar com a pessoa, mas por um momento eu percebi como eu sempre lutava e não chegava à lugar algum. Sempre fui muito honesta mas a pessoa mantinha-se impassível, indiferente. Abri meu coração e nada. Pq, se eu, dissesse o quanto aquilo me incomodava a faria me ouvir, ou voltar à me respeitar? Então nada fiz e pela milésima vez tirei aquela pessoa da minha vida. Agora não há qualidades, não há amizade que seja capaz de superar meu amor próprio. Ok, a pessoa tem qualidades mas nada vale a pena se ela não as usa. Não quero pessoas na minha vida que não me apoiem, essa é a minha resolução de ano novo. Acrescento mais: não quero pessoas na minha vida que não me respeitem, pq eu mereço respeito, consideração e amor. Por isso, hoje, agora eu me amo a tal ponto de me escolher. Qnto a pessoa, deletei sem dó da minha vida. Se ela não me respeita é pq não merece ser respeitada, simples assim!

Algoz x Vítima Paul Ferrini

O cara é espetacular! Depois vou postar um texto meu embasado no que segue:
Algoz x Vítima
Paul Ferrini

O mais profundo ensinamento que você pode ter acontece quando você tem uma reação forte a algo que alguém diz ou faz. Embora a sua tendência, numa situação como essa, seja se concentrar no comportamento da outra pessoa, a verdade é que a sua reação não tem nada a ver com a outra pessoa. A Sua reação mostra o ponto em que você está em conflito, não a outra pessoa.

Todo conflito tem origem em algum tipo de culpa ou insegurança. Se você está se sentindo inseguro quanto a sua inteligência e alguém o chamar de burro, você ficará sentido ou irritado. A reação é causada pela sua insegurança. O que a provocou é irrelevante. Qualquer pessoa a poderia ter causado.

Se está tendo um caso com uma pessoa casada e se sente culpado por causa disso, você vai reagir quando alguém chamá-lo de traidor. A sua reação se baseará no fato de que você se sente um traidor; a outra pessoa só desencadeou essa reação. Se você não se sentisse um traidor, não reagiria de maneira defensiva ao comentário.

A necessidade de se defender vem da culpa que você sente. Quando atacado ou insultado por alguém, você só fica magoado ou com raiva se acha que o ataque é justificado. Você acha que fez algo errado e agora isso foi descoberto. Você sabe que merece ser castigado e a única coisa que pode fazer para evitar esse castigo é se defender.

A defesa é a admissão da culpa. Por que você se defenderia se não se sentisse culpado? Você se limitaria a rir e a dizer, “Boa tentativa, irmão”.

Você não levaria o ataque para o lado pessoal. Você veria que a pessoa só está atacando a si mesma e que você foi o estopim desse ataque. Você saberá que a dor que essa pessoa sente não é culpa sua.

Toda dor ou insegurança que você sente com reação a si mesmo é um ponto fraco que outra pessoa pode atingir. O fato de outras pessoas tocarem esse ponto fraco não é, de modo algum, o que chama a atenção. O que chama a atenção é o fato de você culpá-las por isso.

Se você pendura no pescoço uma placa dizendo “Bata-me”, é de surpreender que algumas pessoas a interpretem literalmente? E verdade que nem todos agirão assim. Algumas pessoas só rirão e seguirão em frente. Mas outras pararão e olharão para você ou o levarão a sério. Elas também têm uma placa no pescoço dizendo “Bata-me” e sabem como você se sente. Elas sabem que você precisa apanhar para se sentir melhor com relação a si mesmo. Você não tem sido um bom menino ou uma boa menina e precisa ser castigado. Elas ficarão satisfeitas em lhe fazer esse favor.

As pessoas que atacam você estão fazendo o que, na sua visão equivocada, acham que você quer que façam. Elas estão atacando você “pelo seu bem”. Elas são sempre capazes de justificar seu comportamento com relação a você, assim como você também pode justificar o seu.

Nunca pense, “Isso é inaceitável. Não deveria nem poderia ter acontecido. Eu não permitirei”. Se a pessoa que sofreu o abuso acreditasse nisso e comunicasse isso com franqueza, o abuso nunca teria acontecido. O abuso só acontece no espaço nebuloso da culpa e do castigo.

Tudo o que você tem de fazer para dar um fim na transgressão na sua vida é dizer, “Não estou gostando disso. Você pode parar?” Basta um simples pedido, mas você acha muito difícil fazê-lo. Por quê?

São muitas as razões. Talvez você seja uma criança sofrendo nas mãos de um adulto. O adulto ocupa uma posição de autoridade. Em geral é um pai ou mãe que você ama. Mesmo que você seja um adulto, os mesmos padrões estão em ação. Você quer o amor e a aprovação daquele que abusa de você, sem se importar com o quanto isso vai lhe custar, por isso você minimiza a dor ou a dissocia totalmente. Ou então você aceita que merece a dor, pois não se sente uma pessoa de valor.

Os adultos que são vitimizados tentam sentir novamente a dor causada pelo trauma de infância, de modo que possam romper os padrões de dissociação, recordam-se do abuso e tratar de modo consciente as suas feridas. E por isso que eles muitas vezes se casam com uma pessoa muito parecida com a que abusou deles. Só o agravamento da ferida pode rachar a carapaça da negação inconsciente. A liberação dos sentimentos reprimidos de raiva, culpa e ódio por si mesmo abre a porta para a cura e para a integração.

A deslealdade consigo mesmo tem muitas versões. E importante que você entenda a sua versão. Culpar a pessoa que praticou o abuso contra você não vai libertá-lo do ciclo da violência, pois o padrão gera a si mesmo e jaz no nível inconsciente. Se fazer de vítima é uma forma de deixar o outro culpado, um ataque disfarçado de inocência. Enquanto ficar no vitimismo e na culpa, você passará o padrão adiante, transmitindo a ferida de geração em geração. E tudo porque você não teve coragem de olhar para si mesmo.

Ao tornar o padrão consciente, você pode sentir plenamente o desrespeito contra si mesmo, perdoar-se e tomar a decisão consciente de não ser mais vítima. Isso, e somente isso, interrompe o ciclo de deslealdade consigo mesmo.

Seja qual for o caminho que você tenha escolhido para a dor — e existem muitos —, você sofrerá até que se volte para quem está abusando de você e diga, “Isso é inaceitável para mim. Eu quero que você pare agora”. Você deve dizer isso sem nenhuma reserva. Tem de dizer calmamente, “Eu prefiro perder o seu amor do que continuar desse jeito”.

Você tem de defender a sua posição. Até que você tenha coragem de dar apoio a si mesmo, sempre haverá alguém que abusará de você. Na verdade, você continuará atraindo para você pessoas dispostas a cometer abusos até que decida que, para você, já basta. Então, toda vez que tocarem no seu ponto fraco, reconheça a dádiva que isso representa, pois é uma chance que lhe dão de se conscientizar do padrão de deslealdade consigo mesmo. Não culpe quem cometeu o abuso. Em vez disso, pergunte a si mesmo, “Por que eu me envolvi mais uma vez numa situação em que não sou respeitado ou ouvido?” Tome consciência do medo e do auto julgamento que marcam a sua vida. Veja o quanto a sua auto-estima é baixa. Veja como você aceita o amor a qualquer preço. Veja como você vive negando o seu medo do abandono porque tem medo de olhá-lo de frente.

Pare com o jogo de reagir aos outros. Recuse-se a ser um objeto, mesmo que você tenha a impressão de que assim você consegue o que quer. Observe a sua experiência e aprenda com ela. Promessas de amor condicional não têm lhe acrescentado nada. O não cumprimento dessas promessas só tem agravado o sentimento que você tem de estar sendo traído e abandonado por aqueles que ama. 

Lembre-se de que você decidiu ser um objeto. Você deu permissão. Reconheça o seu erro, o desrespeito que cometeu contra si mesmo, para que não volte a cometê-lo. Assuma a responsabilidade. Pare de projetar a culpa. Pare de mentir. Só é vítima quem quer.

Não importa o que você acha que tenha acontecido no passado. Reconheça que você não pode levar a sua vida adiante sem antes aprender a dizer “Não” para o abuso aqui e agora. Não faca disso uma questão moral ou filosófica. Aprenda a dizer “Não” para os convites que o levam a se iludir no presente.

Assim como um alcoólatra que não pode viver sem álcool, você não consegue dizer “Não” para a promessa condicional de amor. Admita o seu sentimento de impotência. Sem ajuda, você não vai conseguir superar o seu padrão inconsciente de deslealdade consigo mesmo. E a ajuda de que você precisa é a atenção consciente. Você precisa ver como você fica inconsciente, como permite o abuso, reiteradamente.

Até que você veja o padrão e assuma a responsabilidade por rompê-lo, ele continuará. Não importa quanta terapia você faça ou a quantos tratamentos se submeta.
O alcoólatra recusa a bebida porque vê que, se aceitá-la, estará abrindo mão do seu poder pessoal. Você se recusa a ser um objeto de abuso pela mesma razão.

Veja que, enquanto achar que o problema está fora de você, não conseguirá resolvê-lo. Você culpará os outros, culpará as instituições da sociedade, culpará Deus, mas o problema continuará. Pois o problema é a deslealdade consigo mesmo. Até que aprenda a dizer “Sim” para si mesmo, você não conseguirá dizer “Não” aos outros.

O problema nunca é o fato de que os “outros” traem você. Os outros simplesmente refletem de volta pana você as suas próprias crenças acerca de si mesmo.

As outras pessoas lhe concedem a dádiva da auto-reflexão. Sem a ajuda delas, que refletem de volta as suas suposições inconscientes, o seu processo de despertar demoraria muito mais.

O seu irmão é o seu professor. Ele lhe mostra o que você tem de olhar em si mesmo. E você faz o mesmo por ele. Esse é o drama do despertar.

Não faça dele uma novela. Não faça do seu irmão ou irmã o responsável pela sua experiência. Eles nunca podem ser responsabilizados pelo que você vive.

Os outros seres humanos, seus companheiros, não foram feitos para serem bodes expiatórios ou semideuses. Eles não são a causa do seu sofrimento nem a causa da sua salvação.

Eles são todos peregrinos na mesma viagem. O que você sente, eles também sentem. Assim como você, eles estão aprendendo a ver os seus próprios padrões de deslealdade. Assim como você, eles estão aprendendo a dizer “Sim” para si mesmos e “Não” para o abrir mão do seu poder pessoal.

Tenha paciência. Essa é uma jornada rumo à total recuperação do seu poder. Quando o eu tem todo o seu poder de volta, o abuso fica impossível.

(Mas, por outro lado, se você pensa que por abusar de alguém isso prova que você tem poder pessoal, você se engana. Desta forma você apenas estará mostrando ao outro como você foi tratado na sua infância. Na verdade, você assim só se tornará dependente do outro, caso ele aceite jogar o contra-papel de vítima para que você projete nele a sua própria criança ferida.

Neste tipo de relação doentia a dor do passado nunca poderá ser curada, pois estará sendo mantida na inconsciência pela negação e pela projeção que motivam os atos obscuros daquele que ocupa o papel do algoz, atos freqüentemente justificados pela racionalização de um advogado em causa própria que usará os mesmos argumentos herdados de quem o abusou.
- Nota intrometida por Sergio Condé)


DESPERTANDO JUNTOS

Quando duas pessoas travam um relacionamento espiritual, elas concordam em ajudar uma à outra a se conscientizar dos seus padrões de deslealdade consigo mesmo. A intenção delas não é aumentar os seus sentimentos negativos, mas oferecer segurança suficiente no relacionamento para que os sentimentos negativos possam vir à tona e os padrões de deslealdade consigo mesmo possam ser revelados.

O companheirismo espiritual não significa apenas compartilhar o mesmo propósito e a mesma orientação na vida, mas é também um compromisso mútuo e corajoso de assumir a responsabilidade e eliminar a culpa. Toda pessoa está aqui para ajudar o parceiro a parar de projetar, a parar de fazer o papel de vitima, a parar de encontrar problemas fora de si mesmo. Ela não faz isso passando sermões, mas criando um espaço seguro e cheio de compaixão no qual o parceiro possa ficar frente a frente consigo mesmo.

Se ele vê em outra pessoa um inimigo, ela não pode ser conivente. Ela se recusa a jogar o jogo do bode expiatório, da culpa e do ataque. Mas ela pode amá-lo. Pode aceitar o modo como ele se sente. Pode reconhecer os sentimentos dele e incentivá-lo a encontrar o caminho para a paz dentro do próprio coração.

Embora ela veja o parceiro fazendo projeções, ela não tenta consertá-lo, pois isso significaria compartilhar da mesma mentira. Ela simplesmente ficaria consciente de quem ele realmente é. E desse modo ela o chamaria de modo gentil e não-verbal, de volta para si.

Acima de tudo, ela simplesmente ouve. Não concorda com o que o parceiro tem a dizer nem discorda dele. Ela sabe que a opinião dela nada significa e, se significasse, o afastaria do seu processo. Ela simplesmente ouve profundamente e com compaixão. Ela ouve sem julgar ou, se julgar, toma consciência do seu próprio julgamento e volta a ouvir. Ela ouve com o coração aberto e com a mente aberta. E esse ato de ouvir torna-se uma bússola que leva a verdade. Quanto mais ela o ouve sem julgá-lo, menos ele acusa. Aos poucos, ele volta para si mesmo por meio do amor que recebe dela.

Essa é a dádiva que o parceiro espiritual oferece ao outro. Essa é a pérola valiosa.
Quando um consegue dar ao outro a dádiva da aceitação e do amor incondicionais, ampliando essa dádiva para incluir a todos, deixa de haver projeção, deixa de haver condenação, deixa de haver ataque. Deixa de existir objetos. Não existem mais vitimas nem algozes.

Haverá parceiros em pé de igualdade na dança da vida. Haverá corações se abrindo. Um pouco a princípio, mas num tal número depois que eles ameaçam abarcar todo o universo manifesto. E, na verdade, um dia eles de fato o abarcarão.

Quando tudo o que é visto como algo sem valor e prejudicial passar a ser benéfico e sagrado, não haverá mais a impressão de que se está separado da fonte de amor. Cada um de nós será um raio de luz radiante emitido, por toda a eternidade, do centro do coração. Um raio que dissipa a separação e o pecado, batizando a culpa nas águas do próprio medo e saudando-os com buquês de flores à medida que emergem das águas, inocentes e livres.

Essas são dádivas que temos de oferecer uns aos outros quando a ilusão do abuso tiver acabado. E o abuso acaba no momento em que nos lembrarmos de quem somos e quem nosso irmão ou irmã realmente é.

Paul Ferrini – O Silêncio do Coração - Ed. Pensamento
 

terça-feira, 16 de março de 2010

Aberto e Fechado


Hoje eu tive a oportunidade de ver um movimento humano. O cansativo movimento humano de se abrir e se fechar. E acontece mto rápido. Como um beija-flor que bate asas loucamente, 80 vezes por segundo.
O amor abre e o medo fecha. O amor expande e o medo encolhe. Todos nós fazemos isso tantas e tantas vezes e não percebemos. E sabe quando percebemos que estamos no medo? Quando não é real. Tudo são justificativas e nenhuma justificativa realmente se faz entender de pq não escolher o amor, pq não procurar algo maior do que a mediocridade, não somos pedintes do Universo! Somos co-criadores e podemos ter as melhores oportunidades.
Dói se abrir pra alguém e ver essa pessoa se abrindo e fechando na sua frente. Como se o que eu ofereço não fosse suficiente, como se quem a pessoa é não fosse suficiente. Aí no meu caso não é só ver algo real se fechando mas, a pessoa simplesmente apontando os dedos na sua cara, te julgando. Pq? E eu sei. Raiva. Mas Raiva? De que? De quem? Não é de mim, não é pessoal é do fato de não entender o que se passa na consciência. Raiva de si por ter negado o amor, por ter negado uma descoberta significativa. Precisa ter muita consciência para entender as coisas, mas precisa de muita coragem para assumí-las. Coragem e amor próprio. Pq o medo vem e volta, me abre e me fecha.
E qndo eu se aproximo de alguém e me sento preenchida de paz, felicidade, amorosidade isso não é paixão, é amor. Não o amor que o outro me dá ou dará, mas o meu amor por me ver refletido em outra pessoa. Eu amo a divindade, seja ela refletida, direta, da natureza. Eu a ama. Eu a vejo. Mas num momento de sombra, num piscar de olhos, numa batida das asas de um beija-flor toda minha Luz se escapa. Como água que você tenta segurar com as mãos. E aí que estou fechada e o amor não entra qndo me fecho. Mas com consciência e prestando atenção nas coisas esse movimento pode ser cada vez menor. Segundos, milésimos de segundos. E muitas coisas que poderiam acontecer podem ser prevenidas. Isso tudo é questão de prática, questão de percepção e fé. Fé em mim, que eu mereço o real.
Hoje eu escolho correr riscos. Hoje eu escolho ver minha divindade refletida e mesmo que o outro se feche, eu continuo aberta para o Amor. Pq o Amor não é um botão que liga e desliga, ele está eternamente presente e compartilha agora de sua infinita fonte comigo. Meu ego liga e desliga. Mas se eu escolho o amor, escolho amar agora, mesmo com a presença do ego me dizendo coisas contrárias eu ainda vejo o Amor. Eu tenho fé que mereço o melhor e aposto todas minhas fichas nisso e vc?

Namastê

segunda-feira, 15 de março de 2010

De que nos alimentamos.

São poucas as vezes que eu me sinto alimentada pelo Amor. Não o Amor externo que vem do outro para mim, mas do Amor que ecoa dentro de mim. Meu ego é a coisa mais traiçoeira que existe. Agora, nesse exato momento eu poderia estar me sentindo preenchida por quem eu realmente sou, mas não estou. Pq é tão desafiador ir além do ego, se o único alimento que existe é o Amor? Pq eu ainda insisto em viver na sombra qndo o meu interno tem tanta Luz! E eu a vejo, eu me encanto com ela, eu choro ao vê-la, ao sentir como eu realmente sou. Choro pq é tudo lindo. Pq eu tenho medo de me sentir assim sempre? De onde vem esse medo? Pq me insisto em conviver com pessoas que enfatizam a minha sombra? Pq eu enfatizo a minha sombra se ela simplesmente é uma ilusão? O que eu realmente sou é o Amor, eu sou puro Amor. Mas pq tenho medo de deixar transparecer isso? Pq coloco casca após casca para encobrir algo tão Divino. E os julgamentos! Ah os julgamentos! Não vou dizer isso pq vão pensar isso, não vou fazer isso pq irão pensar aquilo. Eu simplesmente não me permito sentir, não me permito viver! Quero dizer para algumas pessoas, obrigada, eu te amo, vc liberta o melhor de mim, você me faz expandir o Amor. Quão difícil é me mostrar meiga, doce e real. Pq permaneço nos mesmos padrões que não me trazem nada! Eu quero mais, eu quero aprender a me amar, quero aprender pela Luz.

Namastê