Essa semana vi repetidamente um anúncio em carros que dizia: Você já abraçou seu filho hoje?
Bem, é um recado que sempre me chama atenção pelo significado do tal abraço: Encontro entre corações. E quantos abraços sinceros, sentidos não deixamos de dar? E quantos abraços não queremos receber? às vezes recebo palavras que soam como abraços para mim. Como se eu estivesse sendo acariciada pelas lindas palavras. Mas, hoje, é realmente raro poder abraçar alguém com o coração. Abraçar como dizer bom dia virou algo sistemático. Eu mesma me privo de abraçar de forma honesta certas pessoas por julgamentos. E não me lembro a última vez que abraçei minha mãe ou pai dessa forma. Lembro-me contudo, que faz pouco tempo que aprendi a não me sentir estranha ao abraçar alguém. Tenho muita sorte com isso, abraçei muito e fui abraçada por muitos. Então, pq é tão difícil abraçar os mais próximos? Lembro-me de uma amiga, que sempre que a visito e toco a campainha, espero ansiosamente para que ela abra a porta e me abraçe. Ela sempre me recepciona de braços abertos e muito animada. Algo dentro de mim adora isso...adora ser reconhecida como alguém que vale a pena ser abraçada. Num mundo onde o dia passa rápido ao nossos olhos, a raridade de se olhar para alguém, reparar nas pessoas se torna cada dia mais desafiador.
Porque parar? Porque olhar para os outros? Acredito que quando paramos para nos olhar, temos o céu à nossos pés. Podemos então reparar em tudoe todos. E realmente sorrir, dar uma saudação com significado. Tenho empregado isso na minha vida. Aos poucos vejo como a retribuição disso é desapegada e mágica. Porque não reparar no seres humanos? Percebendo que eles estão ali me torno uma pessoa mais ciente de mim e do meu papel no mundo. Portanto me questiono novamente: Você já abraçou seu filho/marido/mulher/mãe/pai/netos de forma significativa hoje? Não? E o que está esperando?
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