sábado, 12 de junho de 2010

Quando a vida nos testa por Nathalie Favaron - nathamm@terra.com.br



Quem na vida gosta de ser testado? É algo difícil, não é?

È claro que junto com o teste vem a possibilidade de perder ou de ganhar, de ser aprovado ou rejeitado e ninguém gosta de perder ou de ser rejeitado.
Estou tocando nesse assunto porque gostaria de contar para você que hoje passei num teste e estou feliz por isso. Pode parecer pequeno, mas confesso que fiquei espantada com a minha atitude. Nem eu mesma esperava agir daquela forma.

Voltando do sacolão totalmente carregada, com pressa para levar tudo para o elevador, não tive tempo de esboçar nenhuma reação quando a caixa que carregava se abriu e tudo o que estava dentro se espalhou pelo chão da garagem do meu prédio. Fiquei por alguns segundos observando a cena e quando comecei catar as frutas e as verduras... percebi que não tivera um ataque histérico, não praguejara, nem tive vontade de reclamar, sem me sentir insultada pelo ocorrido; nada. Estava tranquila recolhendo as coisas espalhadas, sem sequer achar ruim.
No momento senti uma paz muito grande e agradeci quando vi que nenhum ovo havia se quebrado e assim não tive que limpar uma bagunça maior. Foi só o susto, o inesperado.

Uma cena muito simples, sem nenhum glamour, nenhum aprendizado fantástico. Apenas uma cena corriqueira do dia a dia de uma dona de casa normal. No entanto, me conhecendo, sabendo do meu espírito guerreiro, determinado e perfeccionista, tenho certeza absoluta que se estivesse num outro momento da minha vida eu teria me estressado, no mínimo teria me achado no direito de reclamar do menino do mercado que não vira a caixa rasgada. Com certeza eu teria pensado num culpado e teria ficado com raiva de ter que catar tudo.

Acredito que isso acontece com muita gente, pode ser que aconteça com você que está lendo este artigo, porque a gente se estressa por coisas muito pequenas. Na maioria das vezes brigamos com as pessoas, ou manifestamos pensamentos ruins por coisas sem um sentido maior e com isso poluímos nossa mente, jogamos energia ruim no mundo à nossa volta e geramos um tumulto espiritual, visto qur não deveria fazer parte da nossa vida esse direito de reclamar de tudo o que nos acontece.

Aliás, devo confessar que detesto reclamações. E adoro soluções.
Pessoas que o tempo todo estão prontas para ver os problemas e fazem pouco para resolver, normalmente são pessoas chatas. Não é? Essas pessoas se tornam difíceis na convivência e muitas vezes, sem perceber, vão se tornando rabugentas...

Assim, amigo leitor, fique esperto com seus testes. E se por acaso se deixar levar por uma onda de raiva ou uma contrariedade, quando algo ruim ou inesperado acontecer, siga em frente com serenidade e não se prenda ao erro.

Sempre brinco com meus clientes e alunos que praticar a espiritualidade deve ser aqui e agora, pois a Terra precisa de bem mais anjos do que o Céu.

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