sábado, 1 de maio de 2010

A importância da intenção :: Acid ::

Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela
(Mat 5:28)

Sabe quando você vê aquela gostosa na rua e ela, sem saber que você a está olhando, sente uma "perturbação na força" e se ajeita, verificando se o sutiã está no lugar ou abaixa mais a blusa? Isso é metafísica! Ou ciência, se depender da diretora do Instituto de Ciências Noéticas da Califórnia, Marilyn Schlitz.

Ela se tornou queridinha da imprensa quando, no ano passado, o escritor Dan Brown (aquele de "O código Da Vinci") afirmou ter se inspirado no trabalho dela para escrever o livro "O Símbolo Perdido". A investigadora esteve em Portugal neste mês para apresentar os seus estudos no simpósio "Aquém e além do cérebro". Autora de inúmeros artigos científicos sobre medicina alternativa e complementar, Schlitz desenvolveu vários modelos experimentais para testar a hipótese de ser possível alguém influenciar outra pessoa que está distante e que não sabe estar sendo alvo de atenção. Através de medidas fisiológicas (como o calor e o suor da pele), mediu-se o efeito da intenção dirigida pelo "influenciador" no sujeito passivo. Os resultados demonstram que há modificações "estatisticamente significativas" - isto é, não podem ser explicadas pelo acaso - nas pessoas que foram objeto de observação.

Mais: os resultados são ainda mais expressivos quando as pessoas envolvidas têm uma ligação. Numa investigação envolvendo casais, em que uma das pessoas sofria de câncer, pediu-se ao elemento saudável que participasse num projeto de treino espiritual com a intenção de dirigir amor e compaixão ao parceiro. Em diversas ocasiões, o indivíduo saudável concentrava-se no que estava doente e tentava transmitir sentimentos benévolos. Mesmo não sabendo quando estava a ser alvo desse processo, o corpo do elemento doente registava alterações muito significativas, garante a investigadora.

Estes resultados parecem indicar, na opinião de Marilyn Schlitz, que existe uma ligação entre as pessoas, a um nível ainda não cabalmente explicado, que é tanto maior quanto os sentimentos que as unem. A convicção pessoal da investigadora é que estudos científicos como estes estão a fundamentar tradições espirituais e teorias metafísicas de que tudo e todos estão conectados.

"O que estamos a fazer é pegar nas lentes da ciência para começar a explorar a natureza da nossa experiência interior. E o que a ciência nos está a dizer é que há meios pelos quais o binómio mente-corpo de uma pessoa está ligado ao de qualquer outro", afirma.

Ok, o Instituto Noetic não é o mais imparcial pra esse tipo de pesquisa, mas é o que tá interessado nesses fenômenos. Cabe a universidades e outras organizações tentar reproduzir - ou refutar - tais experimentos.

Referência:
Jornal de Notícias

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