" ....A primeira amizade precisa ser consigo mesmo, 
mas muito raramente se encontra uma pessoa que seja amistosa consigo mesma. 
.....Ensinaram-nos a condenar a nós mesmos. O amor-próprio foi considerado como um pecado. Não é. 
Ele é a base de todos os outros amores, e é somente através dele que o amor altruísta é possível. 
Como o amor-próprio foi condenado, todas as outras possibilidades de amor desapareceram. 
Essa foi a estratégia muito ladina para destruir o amor.
É como se você dissesse a uma árvore: "Não se alimente da terra, isso é pecado. 
Não se alimente da lua, da chuva, do sol e das estrelas; isso é egoísmo. 
Seja altruísta, sirva outras árvores". 
Parece lógico, e esse é o perigo. 
Parece lógico: se você deseja servir os outros, sacrifique-se; servir significa sacrificar-se. 
Mas, se uma árvore se sacrificar, ela morrerá e não será capaz de servir nenhuma outra árvore; 
de maneira nenhuma será capaz de existir.
Ensinaram-lhe: "Não ame a si mesmo". Essa foi praticamente a mensagem universal das pretensas religiões organizadas. 
Não de Jesus, mas certamente do cristianismo; não de Buda, mas do budismo - 
de todas as religiões organizadas, este foi o ensinamento: condene a si mesmo, você é um pecador, você não tem valor.
E, por causa dessa condenação, a árvore do ser humano se retraiu, perdeu o brilho, não pode mais festejar. 
As pessoas vão dando um jeito de se arrastar, não têm raízes na existência - estão desenraizadas. 
Elas estão tentando prestar serviço aos outros e não podem, porque nem foram amistosas consigo mesmas.
......Eu não tenho nenhuma condenação, não crio nenhuma culpa em você.
Eu não digo: "Isto é pecado".
Eu não digo que o amarei só quando você preencher certas condições.
Eu o amo como você é, porque essa é a maneira que uma pessoa pode ser amada.
Eu o aceito como você é, porque sei que esse é o único modo que você pode ser.
É assim que o todo desejou que você fosse. É como o todo destinou-o a ser.
Relaxe e aceite-se e alegre-se - e então vem a transformação.
Ela não vem através de esforços. 
Ela vem pela aceitação de si mesmo com tal profundidade de amor e felicidade, que não há nenhuma condição, consciente, inconsciente, conhecida, desconhecida.
O amor é alquímico. Se você se amar, a sua parte feia desaparece, é absorvida, é transformada.
A energia é liberada daquela forma. 
Todas as coisas chamadas de pecado simplesmente desaparecem. 
Eu não digo que você tenha que mudá-las; você tem que amar o seu ser, e elas mudam.
A mudança é um sub-produto, uma conseqüência.
Ame-se. Esse deveria ser o mandamento fundamental.
Ame-se. Tudo o mais se seguirá, mas este é o alicerce.
 
OSHO, The True Sage, # 4
quarta-feira, 19 de maio de 2010
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