Muitas pessoas me perguntam como fazer para manter sob controle o turbilhão de pensamentos que povoam suas mentes, o tempo todo. O segredo é não fazer disso uma meta, um objetivo, pois ao fazê-lo passamos a lutar contra a mente.
E, toda forma de luta, de ação, neste caso se torna inútil. Como então empreender esta tarefa sem qualquer esforço? A única ferramenta capaz de nos auxiliar é a meditação. E, quando digo meditação isto significa simplesmente manter-se alerta, totalmente no aqui e agora.
Ao colocar a atenção sobre os pensamentos, sem qualquer tipo de julgamento, simplesmente observando-os, estes, aos poucos, perdem energia, pois emitir qualquer opinião sobre eles automaticamente amplia o seu poder.
Quando você observa atentamente seus pensamentos, amplia a percepção sobre a qualidade destes. E, se surpreende ao constatar o quanto de negatividade, medo e insegurança eles carregam.
Se conseguir se manter alerta, ainda que alguns minutos por dia, acerca de seus pensamentos, você verá que aos poucos, eles vão perdendo força, até que, repentinamente, acontece o que chamamos não-mente, ou seja, a ausência de pensamentos que imediatamente nos remete ao silêncio, o vazio onde habita a dimensão divina de nosso ser.
Quanto mais tempo conseguirmos permanecer no silêncio, mais chances teremos de "ouvir" a voz que se esconde em nosso interior. A intuição, este poderoso guia que sempre nos leva aos caminhos mais adequados à nossa evolução, se manifesta mais fortemente nos momentos em que conseguimos manter a mente em repouso.
Amado Osho,
Recentemente, ouvi-o dizer que a transcendência da miséria e da confusão da vida pode ocorrer ou através de uma entrega (let-go) ou através de uma luta - contanto que ambos sejam feitos com totalidade. O caminho de Mahavira foi o da luta, e o Seu é o da entrega. Poderia falar mais um pouco da entrega e do relacionamento que ela tem com a inteligência e a responsabilidade? Eu não tenho essa compreensão, e a minha vida parece ser uma confusa mistura de entrega e de luta. A entrega parece ser mais natural, e a luta parece ser mais responsável.
" Isso não é somente uma questão sua, é uma questão de todo mundo - uma mistura de entrega e de luta. Mas a sua entrega não é o que eu chamo de entrega; a sua entrega é simplesmente uma atitude derrotista. Basicamente você quer lutar, mas existem situações nas quais você não pode lutar, ou talvez você tenha chegado ao próprio fim da sua energia de luta. Aí então, para encobrir a sua derrota, você começa a pensar em se entregar. A sua entrega não é verdadeira, é falsa.
A verdadeira entrega não é contrária à luta.
A verdadeira entrega é ausência de luta.
E não se pode misturar a verdadeira entrega com atitudes de luta, pela simples razão de que a presença da entrega significa a ausência de uma atitude de luta. Como você poderia misturar algo que está presente com algo que está ausente?
Assim como você não pode misturar luz e escuridão, por maior artista que você possa ser - você não pode misturar luz e escuridão pela simples razão de que a escuridão é somente uma ausência de luz. Você não pode trazê-las juntas; somente uma pode estar presente.
Sendo assim, a primeira coisa a se lembrar é que a atitude básica de todo ser humano é a de lutar...Lutar é uma atitude básica, porque isso alimenta o ego. Quanto mais você luta, mais o seu ego se torna mais forte.
Se você sair vitorioso, o ego tem grande alegria. Você fica dando vida ao ego pelas suas vitórias. Mas, por outro lado, à medida que o ego se torna mais forte, o seu ser vai se afastando cada vez para mais longe de você.
À medida que seu ego se torna mais forte, você vai perdendo a si mesmo. Você pode estar lutando e saindo vitorioso, não sabendo absolutamente que não se trata de um ganho, mas de uma perda. Ensina-se a todas as crianças a lutarem, de diferentes maneiras.
A competição é uma luta, ser o primeiro da classe é uma luta, ganhar um troféu num jogo é uma luta... Essas coisas são preparações para a sua vida. Depois luta-se numa eleição, luta-se por dinheiro luta-se por prestígio. Toda essa sociedade está baseada em lutas, competição, briga, na colocação de cada indivíduo contra o todo.
... 'Entrega' significa 'nenhuma competição, nenhuma briga, nenhuma luta'... simplesmente relaxar com a existência, aonde quer que ela conduza. Sem tentar controlar o seu futuro, sem tentar controlar as conseqüências, mas permitindo-as acontecerem... sem nem pensar nelas.
A entrega está no presente; as conseqüências estão no amanhã. E a entrega é uma experiência tão deleitosa... um total relaxamento, uma profunda sincronicidade com a existência....
...A entrega não foi ensinada às pessoas, porque ela vai contra toda a estrutura da sociedade - que é baseada na competição e na luta, onde todos são seus inimigos...
A entrega é uma profunda compreensão do fenômeno de que nós somos parte de uma só existência. Nós não podemos produzir egos separados: somos um com o todo.
E o todo é vasto, imenso. A sua compreensão ajudará você a seguir com o todo, aonde quer que ele vá. Você não possui uma meta separada do todo, e o todo não tem nenhuma meta. Ele não está indo a algum lugar. Ele está simplesmente acontecendo aqui.
....E aí então, vem um silencioso relaxamento, fluência com o rio, desinteressado do aonde ele está indo, despreocupado de que você possa ficar perdido... nenhuma ansiedade, nenhuma angústia... porque você não está separado da totalidade, sendo assim, seja o que for que vá acontecer, vai ser bom.
Com essa compreensão, você vai ver que não há mistura: a compreensão não pode se misturar com a ignorância; o insight dentro da existência não pode se misturar com a cegueira; a consciência-em-si não pode se misturar com a inconsciência-em-si.
E a entrega não pode se misturar com as diferentes espécies de lutas - isso é uma impossibilidade.
Apenas deixe-a afundar dentro do seu coração, e você descobrirá uma nova dimensão desabrochando, na qual cada momento é uma alegria, na qual cada momento é uma eternidade em si mesmo.
OSHO, Além da Psicologia.
domingo, 30 de maio de 2010
Otimismo e Felicidade
Numa esquina qualquer da vida, encontraram-se o Otimismo e a Felicidade. Como não poderia deixar de ser, foi um momento festivo, com altos toques de energia positiva.
Pareciam um casal em perfeita comunhão de sentimentos.
Animados até a ponta dos cabelos, ambos esbanjavam sorrisos.
- Como vai? - perguntou o Otimismo.
- Cada vez mais feliz e otimista - respondeu exultante a Felicidade. - E você?
- Cada vez mais otimista e feliz - sorriu o Otimismo.
- Até parece que somos a mesma coisa - brincou o Otimismo.
- A mesma coisa, não digo. Mas, sem dúvida, somos irmãos gêmeos.
- No fundo, no fundo - considerou o Otimismo - todo otimista é feliz. Si, porque o otimista acredita em si, na vida, no sucesso, na felicidade, na sua potencialidade, e seu alto astral o faz sentir-se bem consigo mesmo e com o universo.
Ao que avançou a Felicidade:
- E toda pessoa feliz é otimista, pois, ao sentir-se bem consigo mesma, com o universo, com a humanidade e com Deus, está otimizando ao máximo sua vida.
- Tenho a impressão, no entanto - filosofou o Otimismo - que a pessoa otimista tem a vida mais ampla do que a pessoa feliz.
- Por quê? - reagiu a Felicidade.
- Porque a felicidade tem a ver com o dia de hoje, ao passo que o otimismo é hoje e mais amanhã. Ninguém pode ser otimista sem acreditar positivamente no futuro.
- Mas a felicidade não pode existir se sobrar na mente qualquer negativismo do passado ou referente ao futuro. Felicidade é luz e a luz não admite trevas. A felicidade abrange o todo da mente e o todo da mente compreende o passado, o presente e o futuro. Só que o passado e o futuro se desfazem sob a ação da luz da felicidade atual.
- Reconheço - apressou-se o Otimismo - a dimensão plenificante da Felicidade, tanto que sou otimista feliz. Mas desejo acentuar que o otimismo é o caminho do progresso e da evolução.
- Explique melhor - solicitou a Felicidade.
- Todo otimista cria desejos e projetos e acredita que se tornarão realidade. Se não acreditasse na materialização dos projetos, não seria otimista, mas pessimista. Como, pelo Poder da Mente, todo projeto acreditado infalivelmente se concretiza, fica claro que o otimismo é o caminho do progresso e da evolução.
- Isto é verdade - consentiu a Felicidade. - Como, porém, a felicidade é a essencia do ser humano, eu sou a razão de ser da pessoa. Cada qual é o que for a sua mente: Mente feliz, pessoa feliz.
- Também é verdade - ponderou o Otimismo. - Mas, sem realizações, a vida e o indivíduo não vão para frente.
- E sem felicidade a pessoa também não avança. Pelo contrário, se esvai em depressão, desânimo e frustrações.
A Felicidade silenciou por instantes, colocou a mão direita no queixo, e confidenciou:
- Meu caro Otimismo, permita-me fazer-lhe uma reflexão, tão comum entre as pessoas sofridas, que enfrentam enormes dificuldades. Dizem que o otimista é um sujeito fora da realidade, um sonhador estéril: pensa em churrasco enquanto rói osso duro; sonha com casa própria, mas vive debaixo de uma ponte; imagina-se num carrão do último tipo, mas bate sola de sapato pelas estradas da vida.
Que acha disso?
- É que são poucos os que conhecem as leis que regem a vida humana. Uma coisa é sonhar sem acreditar na realização e outra coisa é sonhar e acreditar que todo sonho pode e deve tornar-se realidade. Esta é a diferença que faz a diferença. Uns usam a palavra apenas para expressar a realidade e outros usam-na para criar a realidade. A sabedoria está em saber que o mundo exterior nada mais é do que a materialização do mundo interior. Portanto, é necessário que se crie antes na mente aquilo que se deseja realizado. Isto faz o otimista. O legítimo otimismo é o caminho dos sábios.
A Felicidade ouviu tudo atentamente e deu razão ao Otimismo:
- Concordo com você. Assim como a felicidade nasce na mente e se expressa na vida, da mesma forma o otimista cria na mente o que espera realizar-se na sua vida.
- Agora - retornou o Otimismo - quero fazer-lhe a observação que mais frequentemente se ouve por aí a respeito de você. Falam que a felicidade não existe. Há filósofos, poetas, escritores, e até teólogos, que sustentam que a felicidade não existe. Entendem que a vida é cheia de sofrimentos, de carências, de privações, de desgraças, de desenganos e isso é incompatível com a felicidade, já que não pode haver um infeliz feliz.
Ambos riram.
E o Otimismo saiu-se com esta:
- Faz-me lembrar do caso do Dr Lamentácio Davi da Marga, da cidade de Urucubaca, que se exclamava desolado: "Ai meu Deus, não devo ser infeliz e não consigo ser feliz!".
- O fato é que muitos procuram a felicidade nos fatores externos a si, como a casa, o dinheiro, o carro, a compreensão dos outros, a bondade alheia, a pessoa bonita, assim por diante. Tendo em vista que é difícil ter domínio sobre o mundo exterior, frustam-se a toda hora. Felicidade, porém, é estado mental. Como somente a própria pessoa tem acesso à sua mente, a felicidade depende única e exclusivamente de si mesmo. Basta criar na mente o estado de felicidade e o subconsciente reagirá de acordo. Este é o caminho simples e fácil da felicidade do ser humano. Indiscutivelmente, cada um é o que é sua mente. Logo, mente feliz, vida feliz. Simples.
- Ainda que mal comparando - acrescentou o Otimismo - é como aqueles que olham para o céu em dia de chuva e concluem que o sol não existe.
- Assim como há aqueles que se dizem otimistas e se queixam que as coisas não estão dando certo.
- Eu sei disso - consentiu o Otimismo - São que nem os valentões que blasonam por aí: "Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem!"
Batendo no ombro da Felicidade, continuou o Otimismo:
- Otimismo não é questão de sorte, como pensam certas pessoas. Trata-se do cumprimento da Lei pela qual todo pensamento acreditado se torna realidade física.
A Felicidade aproveitou a deixa:
- O mesmo ocorre com a felicidade. Também é o cumprimento da Lei pela qual todo pensamento de felicidade, desde o unívoco, produz a felicidade.
- É por isso que toda pessoa feliz é otimista - sentensiou o Otimismo.
- E é por isso que todo o otimista é feliz - completou a Felicidade.
http://www.mensagensangels.com.br/o_otimismo_e_a_felicidade.htm
Autoconfiança :: Rosemeire Zago ::
O quanto você confia em si mesmo? Quantas situações, trabalhos, pessoas, você não deixou passar simplesmente por não confiar mais em si? Autoconfiança é importante para todas as pessoas, em todas as áreas da vida, é uma questão de sobrevivência. A premissa básica é que ninguém consegue transmitir confiança se não confia em si mesmo, seja na relação afetiva, pessoal, profissional.
Por exemplo, como uma pessoa pode vender um produto se não confiar em si mesma? Acredito que o diferencial é acreditar em si mesmo, o que irá se refletir no seu produto e na empresa a qual trabalha, o que irá com certeza ser transmitido ao cliente. Como transmitir confiança na relação afetiva, sem conflitos gerados pela insegurança se não confiar em si mesmo? Enfim, a confiança no outro depende muito da confiança em si.
A insegurança, ou falta de confiança em si mesmo, pode trazer algumas características como medo de amar, da mudança, de cometer erros, da solidão, de assumir compromissos, responsabilidades, entre outros. O inseguro não confia em seu valor pessoal, não acredita em suas habilidades, nem em sua capacidade, o que o impulsiona a se apoiar nos outros. Por não confiar em si, acaba por desenvolver a dependência nos filhos, marido, esposa, amigos, colegas de trabalho, etc. Em vez de se unir pelo amor, se une pela insegurança, o que o faz controlar as atitudes, quando não os sentimentos do outro. Controla e vigia em razão das dúvidas que tem sobre si mesmo, criando cobranças, conflitos e muitas dificuldades em seu relacionamento. É como se quisesse uma certeza daquilo que não encontra dentro de si.
A falta de autoconfiança pode se manifestar em sentimentos de incapacidade, impotência, e dúvidas paralisantes sobre si mesmo. Quando questionado, abre mão com muita facilidade de suas opiniões, mesmo quando são boas, deixando de expressar muitas vezes idéias valiosas. Nunca possui certeza suficiente e quer sempre se certificar das coisas e controlar as pessoas. É excessivamente cauteloso e vigilante, desconfia de tudo e de todos, como reflexo de falta de confiança em si mesmo.
Quem não confia em si, sente muita dificuldade para enfrentar desafios e, cada fracasso, quando acontece, confirma uma sensação de incompetência, trazendo muito sofrimento. São pessoas indecisas, principalmente sob pressão.
A insegurança pode chegar a tal ponto de fazer com que a pessoa, na ânsia de ser amada, transforme a necessidade natural de amar em uma necessidade patológica, doente, alcançada pela possessividade.
Mas quando começa a se formar a autoconfiança? Na infância. Pessoas inseguras podem ter tido uma educação autoritária dada pelos pais, que escolhem pelos filhos desde a roupa que vão usar, amigos, profissão, não permitindo que a criança expresse suas próprias opiniões e desejos.
Educar, ensinar, colocar limites, todos sabemos que são fatores importantes na educação, mas limitar o desenvolvimento natural do outro, é torná-lo tão inseguro quanto uma educação superprotetora.
Em razão disso, desde crianças, passam a utilizar uma máscara de "bonzinho" como meio de ser aceito, reconhecido, aprovado, amado, mas dentro de si carregam uma enorme insatisfação interior que pode explodir numa raiva inesperada contra aqueles com quem convivem. O direito de decidir deve ser estimulado desde a infância. Crianças crescem aprendendo que os outros devem decidir por elas, depois quando se tornam adultos inseguros são cobrados que tenham atitudes, opinião. Como lidar com conceitos tão contraditórios?
Já as pessoas que confiam em si mesmas são decididas, sem serem arrogantes ou defensivas, e se mantêm firmes em suas decisões; apresentam-se de maneira segura, têm presença; são capazes de expressar opiniões e se expor; são eficientes, capazes de enfrentar desafios, dominar novos trabalhos e tomar decisões sensatas mesmo sob pressão. Pessoas auconfiantes exalam carisma e inspiram confiança nos que as rodeiam. A autoconfiança fornece a necessária confiança para assumir principalmente a função de líder.
Mas é preciso ficar atento entre demonstrar que confia em si e realmente confiar. Como também a confiança em excesso pode ser um problema, pois o excesso de autoconfiança pode gerar imprudência e parecer arrogância, que é fruto da ignorância, muitas vezes de si mesmo.
Na verdade, pessoas que se mostram muito autoconfiantes, geralmente ocultam um sentimento de inferioridade e insegurança. Muitos buscam refúgio numa atividade intelectual e se colocam, por exemplo, na posição de autoridade, como estratégia emocional para ocultar o sentimento de inferioridade que muitas vezes sentem em seu íntimo.
A autoconfiança é resultado da auto-estima. A autoconfiança é um termo usado para descrever como uma pessoa está segura em suas próprias decisões e ações. Isto pode ser aplicado geralmente às situações ou às tarefas específicas. É ter certeza sobre a capacidade, valores e objetivos. A autoconfiança nunca é herdada; é aprendida. A auto-estima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma. É ter consciência de seus valores e só quando temos essa consciência é que podemos confiar naquilo que somos capazes. Mas para sabermos do que somos capazes é essencial o autoconhecimento.
Os maiores inimigos da autoconfiança são: a cobrança interna e externa exagerada, o perfeccionismo, medo, a crítica, rigidez, comparação, inveja, dúvida e também a necessidade de aprovação e reconhecimento, pois tudo isso dificulta a mudança e o desenvolvimento, seja profissional ou pessoal. O pensamento não consigo fazer é incapacitante. A autoconfiança é um atributo importante porque a falta da opinião nas conseqüências de uma ação cria tensão, que aumenta a probabilidade de fracasso, causando assim uma pessoa depressiva.
Para elevar a autoconfiança é importante ter percepção emocional, que significa reconhecer as próprias emoções. As pessoas com essa percepção sabem que emoções estão sentindo e por que; conseguem relacionar seus sentimentos com o que pensam, fazem e dizem; reconhecem como seus sentimentos afetam seu desempenho e aqueles com quem trabalham e convivem; possuem uma percepção de seus valores e objetivos. É igualmente importante fazer uma auto-avaliação precisa, ou seja, reconhecer os próprios recursos, capacidades e limitações. São pessoas conscientes de seus pontos fracos, capazes de reflexão, aprendendo com sua experiência e com os erros, sem culpas; e mostram mais abertas e flexíveis ao aprendizado, mudanças e autodesenvolvimento.
Por que a autoconfiança está diretamente relacionada com o autoconhecimento? Você confia em quem não conhece? O mesmo princípio se aplica a cada um de nós. Não podemos confiar em nós mesmos sem nos conhecermos. O autoconhecimento é importante para tudo na vida e requer um constante exercício diário de reflexão. Quem não se conhece não se ama, não muda, não se desenvolve, não cresce. Aquele que não conhece a si mesmo dificilmente terá um bom relacionamento com os outros, causando conflitos ao projetar no outro aquilo que está dentro de si, mas nega.
O caminho mais indicado para elevar o autoconhecimento é o diálogo interno. É isso mesmo, conversar consigo mesmo. As pessoas querem falar, serem ouvidas, mas não se ouvem. É preciso aprender a ouvir a própria voz, que ora vem do coração, da alma, ou seja, suas emoções; ora de sua mente, sua razão. Só quando ouvimos razão e emoção conseguimos atingir o equilíbrio.
Para quem deseja elevar seu autoconhecimento é imprescindível a psicoterapia, que em conseqüência irá reconhecer seu valor, suas habilidades, aprendendo a desenvolver a tão importante confiança em si mesmo. E que diferença isso faz!
Sobre o Abraço
O pai pega a menina no colo e os dois se abraçam. Observo, sentada próxima à mesa onde estão. Coisa bem bolada essa dos braços se encaixarem. Uma possibilidade tão perfeita que parece que já foram imaginados também com esse propósito. Mas o melhor do abraço não é a idéia dos braços facilitarem o encontro dos corpos. O melhor do abraço é a sutileza dele. A mística dele. A poesia. O segredo de literalmente aproximar um coração do outro para conversarem no silêncio que dá descanso à palavra. O silêncio onde tudo é dito sem que nenhuma letra precise se juntar à outra. O melhor do abraço é o charme de fazer com que a eternidade caiba em segundos. A mágica de possibilitar que duas pessoas visitem o céu no mesmo instante.
A menina e o pai se abraçam. Nenhum dos dois percebe que o meu olhar filma a cena. É bom sinal que não percebam, porque no abraço bem fruído as duas vidas se ocupam de contemplar somente a paisagem que compartilham. Os olhos se tornam surdos para qualquer registro que esteja fora do ambiente construído. Talvez seja por isso que costumamos fechar os olhos quando abraçamos: para abri-los para dentro. Quando inclui o sentimento, o abraço é um portal que dá acesso às regiões mais arborizadas do coração da gente. Lá onde cantam passarinhos. Lá onde voam borboletas. Lá onde se respira grande sem ter a alma contraída. Lá onde experimentamos o amor ensolarado, por mais nuvens encharcadas de medo que também existam em nós.
A menina abraça o pai e repousa o rosto em seu ombro. Eu reparo a delicadeza com que ela o faz. Nada nela parece desejar retê-lo. Nada nela parece querer que aquele encontro dure mais do que o tempo que puder durar. Ela parece saber que o abraço não precisa ser demorado para ser longo. Se plenamente sentido, o seu efeito é duradouro. A energia que produz é capaz de circular por tempo indefinido nas vidas que o experimentam. E, depois, pode ser acionada a qualquer momento no lugar da memória onde são guardadas as belezas que não perdem o frescor.
A menina adormece abraçada ao pai. Ele se movimenta vagarosamente de um lado para o outro, sob o ritmo de uma música que somente ele ouve e que ela deve sentir em algum lugar do seu sonho. Ainda atenta ao espetáculo amoroso que assisto sem que ninguém perceba, curto a felicidade de não ter o coração curtido. De poder me aquietar para ouvir aquele poema escrito pelos gestos. Nem todos os abraços se transformam em sono e isso é tão verdadeiro quanto a constatação de que todos os genuínos oferecem repouso. Armam redes na alma da gente, onde as emoções se deitam e balançam aconchegadas. Não há lugar algum para onde ir enquanto acontecem. Apenas ficar ali, dentro deles, e dividir esse conforto.
Adormecida no abraço do pai, a menina o envolve com seus braços, dois pequenos laços de fita morenos. O abraço é também isso: um presente que duas vidas oferecem uma a outra e desembrulham juntas. Pago a conta e saio do restaurante. Tarde bonita, um bocado de sol ainda pousado na tranqüilidade da Lagoa. Sigo em direção ao meu destino com o coração enternecido, sintonizada com a suavidade das lembranças afetivas que aquela cena trouxe à tona. E grata, muito grata, por num tempo de tantas feiúras, ainda ser capaz de admirar a beleza preciosa de um abraço de amor.
http://anajacomo.blogspot.com/2007/09/sobre-o-abrao.html
Razão e emoção são interdependentes :: Bel Cesar ::
Diante de uma decisão, é melhor seguir a lógica ou o coração? Como veremos, o melhor é perceber que estas experiências são interdependentes...
Recentemente, ao ler o livro "O Momento Decisivo", o funcionamento da mente humana no instante da escolha, de Jonah Lehrer (Ed. Best Business) esclareci uma suspeita antiga: a de que nós, seres humanos, somos emocionais por excelência! A neurociência está nos provando que a idéia de que somos seres racionais era falsa...
Desde os tempos da Grécia antiga, afirmava-se que a qualidade que torna o ser humano superior aos outros animais é a sua habilidade de racionalizar. Creio que até aí tudo iria bem se não fossem os preconceitos que se criaram em relação à sua natureza emocional.
Platão, no século IV a.C, apregoava que o homem deveria suprimir sua sensibilidade, suas emoções, pois elas o impedem de agir moralmente, ou seja, racionalmente. Para ele, filosofar era agir puramente de forma racional!
Esta forma de pensar ganha uma nova força na França, no século XVII, com René Descartes, considerado o primeiro filósofo moderno. Ao contrário dos gregos antigos, que acreditavam que as coisas são simplesmente porque são, Descartes instituiu a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que puder ser provado, sendo o ato de duvidar indubitável. Assim, surgiu sua famosa frase: "Penso, logo existo". Mais uma vez o homem é estimulado a pensar, verificar, analisar, sintetizar, enumerar, e para tanto era preciso deixar as emoções de lado.
O ponto é que nosso cérebro emocional vem sendo depreciado no Ocidente há mais de dois mil e quatrocentos anos! As nossas emoções foram se transformando numa espécie de bode expiatório de todas as más decisões tomadas.
Desta forma, crescemos aprendendo a abafar nossas emoções, quer dizer, de uma forma ou de outra, nos foi ensinado que as emoções não eram confiáveis! Na hora de tomar uma decisão, nos era sempre recomendado: "Pense bem, controle suas emoções, seja superior a elas!"
Mas, esta idéia de que as emoções deviam ser deixadas de lado foi por água a baixo, em 1982, pelo neurocientista português Antonio Damásio, com seu paciente chamado Elliot.
Elliot havia extraído um pequeno tumor do córtex cerebral. Apesar de estar fisicamente bem e seu QI não sofrer alterações, passou a ter um comportamento um tanto limitador: não conseguia tomar decisões. Desde as tarefas mais rotineiras como escolher que roupa iria vestir. O fato é que sua vida ficou totalmente arruinada: perdeu o emprego e sua mulher pediu o divórcio.
Damásio notou que Elliot estava emocionalmente distante de tudo e todos, assim como de si próprio. Sua fala era calma, porém, indiferente. Não demonstrava qualquer sentimento de frustração, impaciência ou tristeza. Surpreendido, Damásio questionou a premissa da racionalidade humana, isto é, de que uma pessoa sem emoções seria capaz de tomar as melhores decisões!
Foi, então, com base no estudo deste doente e de muitos outros, que Damásio começou a compilar um "mapa do sentimento", localizando as áreas específicas do cérebro que são responsáveis pela geração de emoções. "Um cérebro que não consegue sentir, não pode decidir", concluiu.
Aproximar-se e reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles e expressar as emoções é uma forma de desenvolvermos nossa inteligência emocional: saber reconhecer e validar sentimentos e pensamentos presentes nas escolhas e decisões.
Muitas vezes usamos de um mecanismo de defesa chamado racionalização, para não encarar os problemas de frente: criamos desculpas racionais para nossas dificuldades emocionais. Uma maneira fácil para distinguirmos se estamos tendo um pensamento racional, ou fazendo uma racionalização, é notar a diferença entre os dois: o pensamento racional busca "razões boas" enquanto que a racionalização cria "boas razões"...
Ao sentir nossos sentimentos, aumentamos a consciência dos estados sensível de nossa mente. Este é um processo íntimo que requer uma atitude introspectiva. No momento em que expressamos nossos sentimentos, eles se manifestam como emoções.
Na medida em que aprendemos a prever as consequências de nossas escolhas, podemos nos responsabilizar por elas. Desta forma, analisamos nossos sentimentos. Ganhamos autoconfiança e coragem.
No entanto, podemos refletir o quanto quisermos e pudermos, mas, quando chega o momento de decidir, não há como evitar o frio na barriga diante do salto no escuro... Primeiro, porque toda experiência é única - não temos como buscar garantias nas experiências alheias e depois, só quando nos tornamos o novo é que sabemos que cara ele tem!
sábado, 22 de maio de 2010
Solidão da Alma por Maísa Intelisano - maisa@maisaintelisano.com.br
Talvez não haja no universo sentimento mais profundo do que este: solidão interior. Aquela solidão da alma. A constatação fria e inegável de que, não importa o quanto eu esteja cercada de coisas e pessoas, ou o quanto outras criaturas tenham contribuído com a minha caminhada, em minha consciência eu estou sempre só, comigo mesma. Enfim, sós... Eis que, em algum momento de minha existência, minha consciência me força à transformação, à total, profunda e sincera revisão de tudo em que vinha acreditando. Ela me faz olhar novamente para tudo o que fiz, construi e aprendi e, de forma implacável, me coloca frente à frente com tudo que sou, de verdade, e nem sequer imaginava.
Não há fuga possível, não há como ou onde esconder-me. É como se todas as máscaras caíssem ao mesmo tempo e eu fosse obrigada a olhar num espelho vivo e límpido, onde estão refletidas todas as minhas verdadeiras emoções, idéias, necessidades e tropeços. Meus medos e minhas carências.
E, ao me deparar com tanto da minha verdadeira essência que eu desconhecia e ignorava, é como se algo se rompesse dentro de mim e criasse um imenso vazio, que me engole e deixa sem chão e sem teto, flutuando, em completa suspensão. É como se eu vagasse dentro de meu próprio vazio interior.
As referências momentaneamente se confundem, como se, o tempo todo, eu estivesse seguindo um mapa falso, para um tesouro que idealizei, mas nunca existiu.
As crenças parecem diluir-se, como se não passassem de bonecos de açúcar, que criei apenas para me adoçar a existência, enquanto estava ocupada demais sonhando acordada.
As certezas se transformam em dúvidas, como se tudo o que eu sabia não passasse de um enredo destinado apenas a justificar a mim mesma.
O que fazia sentido fica pálido e borrado, como se o meu universo fosse apenas o produto de uma imaginação muito fértil, ou a lembrança de um sonho muito vívido, ou uma alucinação.
E tudo o que tenho é apenas a mim mesma, em toda a minha realidade nua e crua. Nem mais, nem menos. Sou eu me despindo para mim mesma, como nunca havia feito antes...
E, então, vem a dor... A dor de perceber que, talvez, essa solidão seja apenas reflexo de uma escolha, uma postura, uma crença equivocada. A dor de saber que quem se afastou fui eu mesma, num movimento de defesa infantil e inconsciente, numa fuga assustada por medo de sofrer, ou de perder, ou de ser esquecida. A dor de me dar conta de que, o tempo todo, fugi apenas de mim mesma e que os outros apenas respeitaram a minha fuga, deixando-me fugir.
E a dor, às vezes, é tanta e tão grande, que faltam forças para sair do lugar, falta energia para fazê-la parar ou mesmo para olhar para ela. Ela dói no corpo e na alma, dói por dentro e por fora, dói pesado e profundo.
Não pretendo anestesiá-la, não pretendo também ignorá-la. Não desta vez. Quero experimentá-la até a última gota, se possível, se eu suportar. Quero abraçá-la para que ela se transforme em luz, a luz que ainda não tive coragem de buscar para me orientar em meus caminhos.
Não quero apenas passar por ela, mas passar com ela, caminhar com ela, compartilhar seus segredos, conhecer sua história. A minha história.
No entanto, eu e ela estamos no mundo. E, estando no mundo, caminhamos com outras pessoas. Pessoas que estão em outros momentos, pessoas que têm outras necessidades, pessoas que só conseguem ver em mim o que já conhecem, sem conseguir, nem de leve, suspeitar do que também sou, e elas não conhecem e não conseguem perceber e compreender. E nem mesmo eu conheço bem...
E não há como explicar. Não há como colocar em palavras essa solidão que dói em meio a tanta gente, essa solidão plena que me faz sentir única como nunca me senti, essa solidão que me afasta de tudo e de todos e, ao mesmo tempo, quer desesperadamente estar em meio a outros que possam, ao menos, acolhê-la, exatamente como ela é.
Não há como decifrar, não há como abrir o peito e mostrar o que está acontecendo bem ali dentro, onde a dor decidiu se instalar. Não há como mostrar o coração que dói, ao lado daquele que bate, pois só eu o sinto. Só eu sinto o que ele sente...
E, na nossa dor, somos cúmplices um do outro, nessa solidão que é triste, mas não é tristeza. Essa solidão que assusta, mas não é medo. Essa solidão que machuca, mas não deixa ferida. Uma solidão que é mais que estar sozinho, pois é solidão da alma.
A missão das plantas por Bruno J. Gimenes - sintonia@luzdaserra.com.br
Ao entender que a maioria das doenças conhecidas da humanidade são derivadas dos pensamentos e emoções em desequilíbrio, começamos a ter uma maior noção de conjunto com relação à missão das plantas para a humanidade. Começamos, também, a ter mais claro em nossas mentes que, se aprendermos a manter a harmonia de nossa personalidade inferior, também aprendemos a nos curar, tornamo-nos responsáveis por nossa cura, assim como sempre somos responsáveis por nossa dor e doença.
Seguindo nessa linha de raciocínio, pegamos carona em uma das leis principais do universo: a Lei da Evolução Constante. Esse é um modelo mostrado pelo universo a todos nós: a vida segue seus ciclos naturais em evolução constante. Assim sendo, não podemos nos separar desse contexto, portanto, nossa missão aqui na Terra também é evoluir. Só que Deus nunca nos desampara, sempre nos oferece condições favoráveis para que suas leis se façam, enviando-nos recursos que nos ajudem a tornar essa missão mais simples.
A realidade atual é que o ser humano padece de uma miopia consciencial que não o torna apto a enxergar esses recursos e possibilidades que o universo nos envia. O curioso é que a maioria dessas opções são oferecidas abundantemente na natureza, com simplicidade, mas como não estamos conscientes, não as percebemos,
logo não as aproveitamos.
Este estilo moderno de viver dos novos tempos nos distancia demais dessa reflexão necessária e, como não refletimos que nossa missão é evoluir, também não chegamos à conclusão óbvia que evoluir significa purificar nossas inferioridades. À medida que nos limpamos de emoções e sentimentos como medo, mágoa, raiva, ódio, tristeza, depressão, pessimismo, ciúmes, arrogância, egocentrismo, insegurança, baixa estima e tantas outras, estamos evoluindo verdadeiramente.
A maneira como estamos direcionando nossas vidas está nos conduzindo para um caminho sem propósito, que ilude muito mais do que ensina e ajuda a evoluir. Nosso maior propósito é vencer esses sofrimentos advindos dessas emoções inferiores que temos tanta dificuldade em domar ou educar. E qual é a consequência? Qual é o preço que pagamos?
Ficamos doentes.
Contraímos as mais diversas chagas, da alma e do físico, que são tantas...
Muitas doenças novas surgem por ano, algumas se agravam e o homem, em sua maneira de conduzir sua vida, distanciado da Fonte, não aprende a eliminar a verdadeira causa ou origem dos males. Não compreende que, se é na alma que a doença nasce, é lá que ela deve também ser curada.
Tudo parece tão óbvio quando o analisamos assim, friamente. Então, por que é tão difícil entender?
Porque nossa cultura não ensina a tratar a causa, porque não acredita na alma, não a considera. Se o corpo físico adoece, tratamos apenas dele, sem a consciência de que a doença é a sinalização que a mente e as emoções estão em desequilíbrio. É inconcebível que neste universo, as forças vitais que dão origem ao corpo espiritual, mental e emocional não sejam levadas em conta no ambiente materialista do mundo moderno. E são esses campos de energia que alimentam a alma, que organizam as forças e o equilíbrio do corpo físico.
Emoções e pensamentos positivos plasmam o corpo emocional com estrutura equilibrada e saudável, já emoções e pensamentos negativos constituem padrões também negativos e debilitados. São essas energias geradas pelas emoções e pensamentos que nutrem nosso corpo, somos o que pensamos e sentimos, inegavelmente. É aí que está o segredo de tudo, nessa compreensão. Mas, pelo visto, não estamos chegando a essa conclusão sozinhos, precisamos ser inspirados a mudar, porque por conta própria não estamos conseguindo.
As plantas e o reino vegetal em todo seu contexto possuem grande capacidade de nos oferecer energia, um tipo de vibração que é rapidamente assimilado pela aura de todos os seres vivos. As plantas têm a capacidade de armazenar um padrão de energia sutil e superior, tornando os vegetais verdadeiros enviados de Deus, perfeitos veículos de manifestação da consciência divina.
Essa vibração que assimilamos com admirável facilidade tem a capacidade de elevar nossos padrões conscienciais a níveis superiores que podem nos levar à cura das emoções densas, nossa maior meta.
Assim sendo, as plantas têm sido amigas de jornada, oferecendo emanações de vibrações curativas, energizantes, harmonizantes e amorosas. Quando nos alinhamos ao coração do Reino Vegetal e sua missão, aproveitamos melhor essa dádiva divina e começamos a descobrir um universo inimaginável de beleza e amor.
Sim, precisamos valorizar a capacidade que as plantas têm de ornamentar, refrescar, trocar o ar e perfumar os ambientes, mas não devemos ficar limitados a esses benefícios. Definitivamente, precisamos enxergar mais e ver que, no verde de Deus, são-nos oferecidas as condições de evoluirmos de forma mais rápida e equilibrada.
Comecemos a olhar para as plantas reverenciando-as, expressando-lhes gratidão e respeitando-as mais. Afinal, são emissárias celestes com a nobre missão de curar o planeta.
Você é VOCÊ :: Saul Brandalise Jr. ::
Recebi muitas mensagens de pessoas que apreciaram o texto sobre Auto-Estima. Ora, para mim o artigo é óbvio, porque sei que eu sou o responsável por minhas conquistas e derrotas.
Assim, resolvi estender-me um pouco mais sobre este assunto...
Faz tempo que deixei de responsabilizar as pessoas próximas de mim por minha ausência de conquistas e também pela "impossibilidade" de dar sequência naquilo que eu gostaria de fazer.
Faz tempo que não busco "proteções" para o meu caminho, como se eu fosse um deficiente mental que precisa de bengalas para poder pensar e agir. Isso é demagogia de religião.
Faz tempo que a minha vida não é mais consequência de seres super poderosos que dominam minhas conquistas.
Faz tempo que eu DESCOBRI QUE EU SOU EU. Afinal, EU decido o que vou fazer na sequência e NINGUÉM ME IMPEDE DE ASSIM SER.
Ponto e Parágrafo, como diria um irmão Marista do Colégio Arquidiocesano de São Paulo -onde estudei, em regime de internato na década de sessenta-, no momento em que ele desejava determinar o fim de uma colocação.
Isso posto, ninguém, mas ninguém mesmo, pode ser mais forte que a minha DETERMINAÇÃO. Ninguém no Universo -eu escrevi Universo mesmo-, tem mais poder do que eu na forma humana sobre as minhas atitudes e, principalmente, decisões. Isso faz parte do meu aprendizado, do seu aprendizado e daquele de qualquer ser humano: Decidir para aprender como acertar.
Nós só aprendemos fazendo. Jamais só lendo, só adquirindo conhecimento ou, principalmente, seguindo os outros. Não importa se em estágio humano ou não.
Posso até não lograr êxito em minha caminhada, mas aí entram outras variáveis, como a forma e a energia com as quais aplico o meu conhecimento.
Não se trata de desculpa antecipada sobre o fracasso, mas sim, da maneira como atuo com a minha energia. Se ela estiver desbalanceada, prevalece a energia que predomina neste desequilíbrio.
Portanto, minha Auto-Estima é problema EXCLUSIVAMENTE MEU e da forma como decido e implemento os meus problemas.
TODO SER DEPRESSIVO JÁ NÃO TOMA ATITUDES. Os problemas que o cercam o venceram. Sinônimo de depressivo é AUTO-ESTIMA BAIXA. Como causa de Auto-Estima baixa temos seres que NÃO DECIDEM A SEU FAVOR.
Pronto, criamos assim um círculo vicioso cujo efeito todos nós já conhecemos.
Assim, temos que pensar muito ao se manifestar qualquer problema pessoal:
- Por que escolhi esta família para nascer?
- Por que Escolhi este País para aqui viver?
- Por que escolhi todas estas dificuldades para superar?
- Por que tenho esta cor de pele?
- Por que tenho esta posição social?
As respostas não estão nas páginas dos livros de fábulas e tampouco em escritos TIDOS COMO sagrados. As respostas estão dentro de nós mesmos e em função daquilo que estamos fazendo com esta vida.
Uma vida é um presente, pois é assim que chamamos o momento atual. Se ele é um presente, deve ter um forte significado, que não é somente o de acumular riqueza e sucesso.
Nossa vida presente é apenas UM ESTÁGIO que estamos atravessando.
Assim, somos todos um, na busca, mas singulares na caminhada.
Você é Você.
Sei que nos veremos.
Beijo na alma
Não era só um vestido... :: Rubia A. Dantés ::
Como em tantas outras vezes em que arrumei meu armário, novamente me deparei com algumas peças que não usei desde a última vez, mas que também não tive coragem de me desfazer delas. Poucas peças... mas o suficiente para ocuparem o lugar de outras que poderiam estar sendo usadas...
Peguei um vestido que adorava e que nem me serve mais... e pensei no motivo de estar tão apegada a ele... por que tantas vezes tentei retirá-lo e tornava a guardar na esperança de um dia voltar a usar.
Até que uma noite... depois de muito Ho'oponopono, senti que liberei algo muito profundo.... e essa liberação me fez perceber claramente que... aquele vestido e aquelas outras peças das quais não conseguia me desfazer... representavam algo mais... Me lembro que adorava usá-lo e me veio nitidamente uma ocasião especial em que o coloquei e onde me senti muito bem comigo mesma.... uma época de muita esperança... e aquele vestido me caía tão bem e eu me sentia tão feliz como se ele me completasse... como se fosse parte de mim.
Sabe aquela roupa que você mais gosta e sente que te veste melhor? Pois era assim com ele.
Mas... no dia seguinte, de manhã, quando de novo o vi e já ia guardar para mais uma temporada no armário, sem uso... uma ficha caiu inesperadamente...
Entendi que o guardava porque, de alguma forma, não acreditava que poderia encontrar outra roupa que me caísse tão bem como aquela... em que me sentisse tão bem como me sentia com ele... outra roupa... outra situação...
Aquilo bateu tanto para mim que na mesma hora me desfiz dele e das outras peças que guardava, me desfiz com todo amor... porque tinha certeza que agora poderia abrir espaço para outra roupa... que poderia me fazer sentir ainda melhor.
Entendi que para mim... aquele vestido tinha a ver com algo muito bom que vivi no passado... e que de alguma forma, por memórias equivocadas, não acreditava que poderia viver no presente... Mas depois da liberação do Ho'oponopono, foi com surpresa e alegria que me vi colocando ele e outras peças em uma sacola, sem nenhuma dúvida e com todo amor... porque, dentro de mim, sei que preciso deixar o espaço vazio para que o novo possa chegar com a força que só no presente podemos acessar...
Entendi claramente que meu apego e dificuldade de liberar não era só ao vestido... mas às coisas que ele me remetia... que foram muito boas quando foram vividas plenamente no presente...
Tentar segurar o que passou, por não acreditar que a vida tem sempre muito mais a nos oferecer, é o papel das nossas memórias... mas não é nosso...
Como seres de Luz e plenos de possibilidades... quando deixamos ir o passado e nos arriscamos a mergulhar, sem garantias no presente... encontraremos muito mais do que só lembranças guardadas em um armário ou revividas na memória... encontraremos a plena liberdade e a possibilidade de acessar o nunca imaginado...
Foi com grande alívio e alegria que me vi abrindo mão de muitas coisas... sem nenhum apego e sem esperar que um dia surgisse uma oportunidade onde eu poderia usá-las. Ao perceber que, quando confiamos no presente... sempre podemos receber todas as bênçãos, entendi que não preciso garantir nada que já passou só porque foi muito bom... ou muito bonito...
Aquele vestido que guardei por tanto tempo, que resistiu a tantas arrumações no meu armário... não era só um vestido...
Agora é só um vestido...
quarta-feira, 19 de maio de 2010
" ....A primeira amizade precisa ser consigo mesmo,
mas muito raramente se encontra uma pessoa que seja amistosa consigo mesma.
.....Ensinaram-nos a condenar a nós mesmos. O amor-próprio foi considerado como um pecado. Não é.
Ele é a base de todos os outros amores, e é somente através dele que o amor altruísta é possível.
Como o amor-próprio foi condenado, todas as outras possibilidades de amor desapareceram.
Essa foi a estratégia muito ladina para destruir o amor.
É como se você dissesse a uma árvore: "Não se alimente da terra, isso é pecado.
Não se alimente da lua, da chuva, do sol e das estrelas; isso é egoísmo.
Seja altruísta, sirva outras árvores".
Parece lógico, e esse é o perigo.
Parece lógico: se você deseja servir os outros, sacrifique-se; servir significa sacrificar-se.
Mas, se uma árvore se sacrificar, ela morrerá e não será capaz de servir nenhuma outra árvore;
de maneira nenhuma será capaz de existir.
Ensinaram-lhe: "Não ame a si mesmo". Essa foi praticamente a mensagem universal das pretensas religiões organizadas.
Não de Jesus, mas certamente do cristianismo; não de Buda, mas do budismo -
de todas as religiões organizadas, este foi o ensinamento: condene a si mesmo, você é um pecador, você não tem valor.
E, por causa dessa condenação, a árvore do ser humano se retraiu, perdeu o brilho, não pode mais festejar.
As pessoas vão dando um jeito de se arrastar, não têm raízes na existência - estão desenraizadas.
Elas estão tentando prestar serviço aos outros e não podem, porque nem foram amistosas consigo mesmas.
......Eu não tenho nenhuma condenação, não crio nenhuma culpa em você.
Eu não digo: "Isto é pecado".
Eu não digo que o amarei só quando você preencher certas condições.
Eu o amo como você é, porque essa é a maneira que uma pessoa pode ser amada.
Eu o aceito como você é, porque sei que esse é o único modo que você pode ser.
É assim que o todo desejou que você fosse. É como o todo destinou-o a ser.
Relaxe e aceite-se e alegre-se - e então vem a transformação.
Ela não vem através de esforços.
Ela vem pela aceitação de si mesmo com tal profundidade de amor e felicidade, que não há nenhuma condição, consciente, inconsciente, conhecida, desconhecida.
O amor é alquímico. Se você se amar, a sua parte feia desaparece, é absorvida, é transformada.
A energia é liberada daquela forma.
Todas as coisas chamadas de pecado simplesmente desaparecem.
Eu não digo que você tenha que mudá-las; você tem que amar o seu ser, e elas mudam.
A mudança é um sub-produto, uma conseqüência.
Ame-se. Esse deveria ser o mandamento fundamental.
Ame-se. Tudo o mais se seguirá, mas este é o alicerce.
OSHO, The True Sage, # 4
mas muito raramente se encontra uma pessoa que seja amistosa consigo mesma.
.....Ensinaram-nos a condenar a nós mesmos. O amor-próprio foi considerado como um pecado. Não é.
Ele é a base de todos os outros amores, e é somente através dele que o amor altruísta é possível.
Como o amor-próprio foi condenado, todas as outras possibilidades de amor desapareceram.
Essa foi a estratégia muito ladina para destruir o amor.
É como se você dissesse a uma árvore: "Não se alimente da terra, isso é pecado.
Não se alimente da lua, da chuva, do sol e das estrelas; isso é egoísmo.
Seja altruísta, sirva outras árvores".
Parece lógico, e esse é o perigo.
Parece lógico: se você deseja servir os outros, sacrifique-se; servir significa sacrificar-se.
Mas, se uma árvore se sacrificar, ela morrerá e não será capaz de servir nenhuma outra árvore;
de maneira nenhuma será capaz de existir.
Ensinaram-lhe: "Não ame a si mesmo". Essa foi praticamente a mensagem universal das pretensas religiões organizadas.
Não de Jesus, mas certamente do cristianismo; não de Buda, mas do budismo -
de todas as religiões organizadas, este foi o ensinamento: condene a si mesmo, você é um pecador, você não tem valor.
E, por causa dessa condenação, a árvore do ser humano se retraiu, perdeu o brilho, não pode mais festejar.
As pessoas vão dando um jeito de se arrastar, não têm raízes na existência - estão desenraizadas.
Elas estão tentando prestar serviço aos outros e não podem, porque nem foram amistosas consigo mesmas.
......Eu não tenho nenhuma condenação, não crio nenhuma culpa em você.
Eu não digo: "Isto é pecado".
Eu não digo que o amarei só quando você preencher certas condições.
Eu o amo como você é, porque essa é a maneira que uma pessoa pode ser amada.
Eu o aceito como você é, porque sei que esse é o único modo que você pode ser.
É assim que o todo desejou que você fosse. É como o todo destinou-o a ser.
Relaxe e aceite-se e alegre-se - e então vem a transformação.
Ela não vem através de esforços.
Ela vem pela aceitação de si mesmo com tal profundidade de amor e felicidade, que não há nenhuma condição, consciente, inconsciente, conhecida, desconhecida.
O amor é alquímico. Se você se amar, a sua parte feia desaparece, é absorvida, é transformada.
A energia é liberada daquela forma.
Todas as coisas chamadas de pecado simplesmente desaparecem.
Eu não digo que você tenha que mudá-las; você tem que amar o seu ser, e elas mudam.
A mudança é um sub-produto, uma conseqüência.
Ame-se. Esse deveria ser o mandamento fundamental.
Ame-se. Tudo o mais se seguirá, mas este é o alicerce.
OSHO, The True Sage, # 4
sábado, 15 de maio de 2010
Agasalhe um sonho por Wilson Francisco - wilson153@gmail.com
Os olhos verdes da menina franzina brilhavam na escuridão. Ela se aproximou do veículo, o corpinho trêmulo. Nas suas mãos, junto ao seu corpo ela agasalhava com uma blusa fina um lindo cãozinho. Suas mãos estendidas ficaram perdidas no ar... o cão levantou a cabeça e arriscou um olhar, um suspiro. Nem o brilho daquele olhar e a ternura do gesto da menina puderam prender a atenção do motorista. Ele atendeu ao verde holofote do semáforo e foi pela avenida agasalhando talvez a idéia de ter se livrado de um estorvo.
Quem sabe o que passa pela cabeça das pessoas? Pode ser que aquele homem do farol estivesse com sua plena atenção em sua casa e nos seus filhos e tinha pressa de chegar. É assim, cada um de nós agasalha idéias, coisas, necessidades e sonhos. Eu já agasalhei muitos projetos em minha vida, sou um sonhador. Um dia, um cliente muito amigo e sensitivo me disse:
- Wilson, quando a gente chega perto de você há como que uma plugagem, uma ligação instantânea que põe você em sintonia com a nossa alma. Pois bem, a verdade é que todos fazemos isso, mas é importante que se saiba o que você está transmitindo e recebendo.
Agasalhe a idéia de ser feliz. Essa idéia se irradiará de corpo e alma e você surgirá em um lugar qualquer do universo como a menina que apareceu no cruzamento da avenida, para dar uma chance a um homem qualquer. Quem sabe, você possa ter uma sorte diferente daquela menina e alguém veja e sinta você. Sempre digo que as pessoas, a tristeza e a insegurança podem tornar você uma criatura invisível aos olhos dos outros.
Ao contrário, o otimismo e a coragem iluminam você e despertam a atenção das pessoas. Elas ficam curiosas e às vezes até invejosas. Mas, com certeza, você estará bem visível. Mostre sua marca, seu perfil, relate ao mundo o que você deseja sem se constranger. Acredite! Seu prazo de validade não venceu... Há em seu corpo e alma sonhos e realidades que podem encantar alguém.
Agasalhe essa idéia: hoje o universo vai conspirar em meu benefício!
Evite criar oportunidades para a solidão estar no seu caminho. Agende encontros, procure distrações, elimine a rotina do seu dia-a-dia. Abra as cortinas da sua janela, tire os óculos escuros, dê uma ajeitada em sua alma e ocupe-se de você.
Agasalhe a vontade de viver algo novo diferente. Você pode!
Ainda outro dia, ouvi um repórter de TV comentar que o jogador Cafu, um dos maiores jogadores que vestiu a camiseta da seleção Brasileira, foi rejeitado 13 vezes em peneiras realizadas pelos clubes. 13 vezes poderia ser o bastante para ele desistir, certo!? Mas ele agasalhava o sonho de ser jogador de futebol... Outros, com certeza, desistiram... mas, ele não. E você vai desistir de você?
Pois é, agasalhe uma idéia, crie um sonho e vá para a estrada da vida, acene, mostre-se. Hoje você pode ser a escolhida.
Cultuando a vítima... :: Rubia A. Dantés ::
Estava pensando em como a vida nos dá tantas oportunidades de liberar o passado e as memórias equivocadas... e muitas vezes não aproveitamos isso porque uma parte da gente é muito apegada a ser vítima e tem um ganho de estar nessa posição.
Quantas vezes colocamos nossas dores em um altar e passamos a vida a serviço delas... Isso pode acontecer de forma tão sutil que nem percebemos... ou de forma tão clara, como vemos, muitas vezes, em pessoas que vivem cultuando a sua dor e passam tanto tempo identificados com o sofrimento, que acabam acreditando que aquilo é parte inseparável delas, se adaptam tanto a ser daquela forma que...um dia... podem perceber que a vida está passando.... e com ela a possibilidade de viver plenamente fica profundamente limitada pelo apego ao que faz sofrer...
Elas reclamam... e reclamam... e nem percebem que o reclamar já tira toda a energia que poderia ser usada para fazer alguma coisa para liberá-las do sofrimento. Parece que sentem prazer em reclamar e em contar suas inúmeras dores... tornando isso uma parte tão arraigada delas... que até já vi pessoas que contam seus sofrimentos com uma certa alegria... Mas será que é só esse tipo de alegria que merecemos?
Existem pessoas, em maior ou menor grau que cultuam a dor de tal forma, transformando-se em eternas vítimas... e a vítima nunca pode se libertar, porque acredita que depende de algo fora dela... sempre existe um culpado, seja uma pessoa... uma situação, o destino... enfim... o que não falta é algo fora para ser considerado o algoz, e como vítimas inocentes não podemos fazer nada porque dependemos de uma ação do outro... acreditamos que dependemos de algo fora de nós para nos libertar... e com isso usamos a dor... o sofrimento, como justificativa para não vivermos muitas coisas.
Quantas vezes usamos as nossas dores e sofrimentos como "desculpas" para não fazer isso ou aquilo... para não participar da vida que pulsa presente em cada minuto em que respiramos...
Ao passo que existem pessoas que teriam todas as "desculpas" para se limitarem, e que vão em frente... apesar das dores e sofrimentos e...em exemplos emocionantes de superação, aproveitam todas as oportunidades que a vida oferece, ultrapassando em muito os limites do que acreditávamos ser possível.
Uma chave preciosa para sairmos do estado de vítimas é - como nos ensina o Ho'oponopono- assumirmos 100% de responsabilidade por tudo que nos acontece e passarmos a olhar para todas as situações como oportunidade de liberação. Seja o que for que nos faz sentir "vitimas", podemos olhar para aquilo como algo que está nos mostrando fora, o que temos dentro... e que precisa ser liberado para que possamos prosseguir com nossa evolução.
Precisamos ver fora o reflexo do que temos dentro porque de outra forma não conseguiríamos nos libertar e nos tornar quem verdadeiramente somos...
E o que somos... não tem nada a ver com "ser vítima" de nada nem de ninguém... Somos seres plenos de Luz e cocriadores da nossa realidade...
Será que vamos passar a vida encontrando justificativas e desculpas para não viver... ou vamos usar todas as oportunidades que ela nos oferece... dia após dia... para nos libertar do que prende e limita... e acessar todo o potencial de Humanos tão Divinos que Somos...
Conhecer-se :: Elisabeth Cavalcante ::
A única coisa impossível na vida é fugirmos de nós mesmos. Somos a nossa verdadeira, real e permanente companhia. Entretanto, vivemos mais focados na realidade do mundo exterior do que em nossa própria interioridade.
É incrível como a maioria dos seres humanos é um completo desconhecido para si próprio; vive de acordo com as regras e crenças que lhe foram impostas e, dificilmente, pára para refletir se aquilo que pensam ou sentem faz, de fato, sentido para elas.
A vida inconsciente constitui, de certo modo, um refúgio seguro para muitos, pois, ainda que a angústia e o sofrimento estejam presentes, sentem-se confortáveis em seu mundo já conhecido.
Mergulhar fundo na tarefa de conhecer a si mesmo é um processo doloroso, que poucos estão dispostos a encarar. Somente quando a insatisfação atinge níveis insuportáveis é que somos impelidos a sair de nossa zona de conforto e ir em busca de nossa verdade.
Ainda que a jornada seja cheia de sustos e retrocessos, sempre valerá a pena empreendê-la, pois os ganhos certamente superarão toda a luta. No final, descobrimos surpresos que aquilo pelo qual ansiávamos já estava ali, bem ao nosso alcance. Entretanto, gastamos um tempo precioso nos escondendo de nossa própria interioridade.
Adentrar nossos porões e encarar as sombras que ali habitam, por mais medo que nos cause, é o único meio de podermos, finalmente, deixar florescer a luz, e viver de modo pleno a verdadeira realidade de nosso ser.
"Parando de se esconder de si mesmo
O homem nasce sozinho e morre sozinho, mas, entre esses dois pontos, ele vive em sociedade, ele vive com os outros.
Solidão é sua realidade básica; a sociedade é simplesmente acidental. E a menos que o homem possa viver sozinho, possa conhecer sua solidão em sua total profundidade, ele não pode se familiarizar consigo mesmo. Tudo o que acontece em sociedade é apenas externo: não é você, é apenas suas relações com os outros. Você permanece desconhecido. Pelo lado de fora, você não pode ser revelado.
Mas nós vivemos com os outros. Por causa disso, o autoconhecimento fica completamente esquecido. Você sabe alguma coisa de você, mas indiretamente - é algo dito a você pelos outros. É estranho, absurdo, que os outros devam lhe dizer sobre você. Seja qual for a identidade que você carregue, ela é dada a você pelos outros; ela não é real, é uma rotulação.
...Esta é a ansiedade básica. Você existe, mas você é um desconhecido para si mesmo. Esta falta de conhecimento da pessoa sobre ela mesma é a ignorância, e esta ignorância não pode ser destruída por nenhum conhecimento que os outros possam lhe dar.
...A menos que você chegue até si mesmo diretamente, você permanecerá na ignorância. E a ignorância cria ansiedade. Você não tem somente medo dos outros, você tem medo de si mesmo - porque você não sabe quem você é e o que está escondido dentro de você. O que será possível, o que irromperá de você no momento seguinte, você não sabe.
Você permanece apreensivo e a vida se torna uma ansiedade. Há muitos problemas que criam ansiedade, mas esses problemas são secundários. Se você penetrar profundamente, então, cada problema no final revelará que a ansiedade básica, a angústia básica, é que você é ignorante de si mesmo - da fonte de onde você vem, do fim para o qual você está se movendo, do ser que você é exatamente agora.
Daí, toda religião dizer para se entrar em solitude, na solidão, de modo que você possa por um tempo deixar a sociedade e tudo o que a sociedade lhe deu, e se encarar diretamente.
...a supressão é a enfermidade. É uma carga, uma carga pesada. Você gostaria de confessar a alguém; você gostaria de dizer, expressar; você queria que alguém aceitasse você totalmente. É isso o que significa amor - você não será rejeitado. O que quer que você seja - bom, mau, santo, pecador - alguém aceitará sua totalidade, não rejeitará nenhuma parte sua.
Eis por que o amor é a maior força curativa, ele é a mais antiga psicanálise. Sempre que você ama uma pessoa, você está aberto a ela, e só por estar aberto, suas partes cortadas, divididas são religadas - você se torna um.
...Como descobrir o essencial? Buda saiu em silêncio durante seis anos. Jesus também foi para o ermo. Seus seguidores, os apóstolos, queriam ir com ele. Eles o seguiram e a certo momento, num certo ponto, ele disse: "Parem. Vocês não devem vir comigo. Agora, eu devo ficar sozinho com meu Deus". Ele entrou no deserto. Quando ele saiu de volta, ele era um homem totalmente diferente: ele tinha se defrontado consigo mesmo.
A solidão torna-se o espelho. A sociedade é o engano. Eis por que você tem medo de ficar sozinho - porque você terá de se conhecer na sua nudez, na sua ausência de ornatos. Você tem medo.
Ficar sozinho é difícil. Sempre que você está sozinho, você imediatamente começa a fazer alguma coisa, de modo a não ficar sozinho. Você pode começar a ler o jornal, ou talvez você ligue a TV, ou você pode ir a um clube para se encontrar com alguns amigos, ou talvez visitar alguém da família - mas você tem de fazer algo. Por quê? Porque no momento em que você está sozinho sua identidade se derrete, e tudo que você sabe sobre si mesmo fica falso e tudo o que é real começa a vir à tona.
Todas as religiões dizem que o homem tem de entrar em retiro para conhecer a si mesmo. A pessoa não precisa ficar lá para sempre, isso é inútil; mas a pessoa tem de ficar em solitude por um tempo, por um período. E a extensão do período dependerá de cada indivíduo.
Maomé ficou em solitude durante alguns meses; Jesus por somente alguns dias; Mahavir durante doze anos e Buda durante seis anos. Depende. Mas, a menos que você chegue ao ponto onde você possa dizer 'agora conheci o essencial', é imperativo ficar sozinho".
Osho, The Book of The Secrets
domingo, 9 de maio de 2010
Dar... doar-se e amar. por Bernardino Nilton Nascimento - bernardino.nascimento@promon.com.br
Dar é a mais alta expressão do sustento. No próprio ato de dar, ponho à prova minha força, minha riqueza, meu poder. Essa experiência de elevada vitalidade e potência me enche de alegria.
Dar é mais alegre do que receber, não por ser uma privação, mas porque, no ato de dar, encontra-se a expressão da minha espiritualidade.
No fenômeno específico do sexo, a função sexual reside no ato de dar; entregar-se em um ato sexual é se doar de corpo e alma. O homem se entrega ao dar o seu sêmen. Na mulher, o processo não é diverso, embora seja algo mais complexo. Ela também se dá; abre as portas de seu centro feminino; dá, no ato de receber. Se for incapaz desse ato de dar, se só puder receber, é frígida. Nela, o ato de dar volta a ocorrer não na função de amante, mas na de mãe. Dá de si ao filho que cresce dentro dela, dá seu leite à criança, dá-lhe o calor de seu corpo. Não dar seria doloroso para ela.
Na esfera das coisas materiais, dar significa ser rico. Não é rico quem muito tem, mas quem muito dá. O apegado que ansiosamente receia perder alguma coisa é, psicologicamente falando, um ser humano pobre, um desafortunado, não importa quanto possua. Quem é capaz de dar de si, é rico.
É de conhecimento de todos que os pobres são mais inclinados a dar do que os ricos. Não obstante, a pobreza além de certo ponto pode tornar impossível dar e, assim, é degradante, não só pelo sofrimento que causa diretamente, mas pelo fato de privar o pobre da alegria de dar. Mas há mais pobres procurando a alegria de dar do que os ricos.
O aspecto mais importante no ato de dar, entretanto, não é o das coisas matérias, mas do reino especificamente humano. Que dá uma pessoa à outra? Dá de si mesma, do que tem de mais valioso, dá de sua vida. Isto não quer, necessariamente, dizer que sacrifique sua vida por outrem, mas que lhe dê daquilo que em si tem de vivo; dê-lhe de sua alegria, de seu interesse, de sua compreensão, de seu conhecimento, de seu humor, de sua tristeza, de todas as expressões e manifestações daquilo que vive em si.
Dando assim de sua vida, enriquece a outra pessoa, enaltece seus sentimentos mais nobres, não dá a fim de receber. Dar é, em si mesmo, uma requintada alegria de viver. Mas, ao dar, não pode deixar de levar alguma coisa à existência da outra pessoa -também um doador- e ambos compartilham da alegria de haver trazido algo de muito precioso à vida.
Especificamente falando de amor, isso significa: que o amor é uma força que produz amor; impotência é a incapacidade de produzir amor. O indivíduo como ser humano e sua relação com o mundo, com o tudo em relação ao todo, que move nossa existência... e só podemos trocar amor por amor, confiança por confiança e, assim, sucessivamente.
Enfim, se quisermos participar da alquimia da vida, devemos ser pessoas de preparos mágicos e entre estes estão os de "Dar... Doar-se e AMAR" a cada instante da vida e a tudo que estamos fazendo no momento presente.
Então, todas as relações do ser humano com a natureza devem ser uma expressão definida de sua vida real, individual, correspondente ao objeto de sua vontade. Se alguém ama sem atrair amor, isto é, se seu amor não produz amor, se através de sua expressão, você não consegue acenar ao amor é porque você, como pessoa amante, não faz da sua própria pessoa sua amada. Quando você se amar de verdade, vai poder experimentar a verdadeira alegria no ato de dar.
Mas não é só na abordagem do amor que dar significa receber. O professor é ensinado pelos seus alunos, o ator é estimulado por sua audiência, o psicanalista é curado por seu cliente; contanto que não se tratem uns aos outros como objetos, mas se relacionem uns com os outros na simplicidade e produtivamente.
Com isso, quase não é necessário acentuar o fato de que a capacidade "dar" depende do desenvolvimento do caráter de cada um. Nesse prisma, a pessoa superou a dependência, o desejo de explorar os outros, ou de poupar e adquiriu fé em seus próprios poderes interiores, coragem de confiar em suas forças para atingir seus objetivos. No mesmo grau em que faltarem essas qualidades é ela temerosa de dar-se e, por tanto, de se amar.
Além do elemento de dar, o caráter ativo do amor torna-se evidente no fato de implicar sempre em certos elementos básicos comuns a todas as formas de amor: responsabilidade, respeito e conhecimento.
Neste caso, não difere mesmo quanto ao amor por animais, plantas e flores. Quando alguém diz que ama as flores e todos vemos que ela se esquece de regá-las, não acreditamos em seu "amor" pelas flores. Amor é preocupação ativa pela vida e crescimento daquilo que amamos. Onde falta essa preocupação certamente não há amor.
A essência do amor é "trabalhar" por alguma coisa e "fazer alguma coisa crescer", pois amor e trabalho são inseparáveis. Ama-se aquilo por que se trabalha e trabalha-se por aquilo que se ama.
Cuidado e preocupação lembram outro aspecto do amor: o da responsabilidade. Responsabilidade não é como dever, algo imposto de fora a alguém. Em seu verdadeiro sentido, é um ato voluntário; é a resposta que damos às necessidades -expressas ou não expressas- de um para o outro. Ser responsável significa ter de "responder", estar pronto a doar-se.
O amor entre duas pessoas refere-se, principalmente, às necessidades alinhadas entre si. A responsabilidade poderia facilmente corromper-se em dominação e posse se não houvesse um terceiro elemento do amor: o respeito.
Respeito não é medo; é termos a capacidade de ver uma pessoa tal como é, ter conhecimento de sua individualidade. Respeito significa a preocupação de que a outra pessoa cresça e se desenvolva como é. Respeito, assim, significa ausência de exploração. Quero que a pessoa amada cresça e se desenvolva pro si mesma. Se amo a outra pessoa, sinto-me um com ela, mas com ela tal como é, não como eu necessito que seja pra objeto de meu uso. É claro que o respeito só é possível se eu mesmo alcançar a independência e caminhar de mãos dadas com o próximo sem ter que me deixar dominar e nem às outras pessoas.
O amor é filho da liberdade, nunca da dominação. Deus criou o livre arbítrio e nós criamos as fatalidades.
BNN
ANCORANDO-SE NA TERRA ATRAVÉS DA ALEGRIA E DA CRIATIVIDADE
Eu sou a voz da Terra. E saúdo todos vocês em alegria. Meu coração se aquece ao experienciar a presença de vocês e perceber como se abrem para mim. Desejo muito me conectar com vocês. Fomos destinados a nos desenvolvermos juntos e juntos caminharmos para um mundo novo e diferente.
Eu gostaria de levá-los de volta à origem da nossa conexão e cooperação mútua. Sou uma criatura viva. Sou um ser consciente que os recebeu aqui neste planeta em tempos muito remotos. Fui receptiva à chegada de vocês aqui na Terra e queria aprender e crescer através da sua presença. Vocês não são da Terra, vocês vêm das estrelas. Vocês carregam uma luz interior que é nova e inspiradora para a Terra e para todos os reinos da natureza daqui. Permitam que eu me explique.
Como planeta, eu absorvo luz do exterior. A luz do Sol me aquece e me ajuda a criar vida neste planeta. Sou inspirada pela grande força do Sol e preciso dele para criar e sustentar a vida física na minha pele. O Sol é uma estrela. Vocês são representantes do Sol. Vocês carregam luz estelar dentro de suas almas e trazem esta luz para a Terra, quando nascem aqui.
Qual foi a razão da descida desta luz à Terra? Qual a intenção por trás da vinda de vocês? Vocês estão aqui para trazerem a luz da consciência para mim e para todos os reinos da natureza. Vocês estão aqui para nos despertarem para a vida interior. Enquanto o Sol físico me ajuda a criar e sustentar a vida física na Terra, a luz estelar de vocês me ajuda a evoluir num nível interno, a crescer em consciência.
Como ilustração simples deste princípio, pensem no que acontece quando seguram uma flor nas mãos e olham para ela com respeito e admiração. Vocês enxergam a beleza primorosa da flor, sentem sua pureza, encantam-se com suas cores e desfrutam do seu perfume. A flor por si só não tem consciência da sua beleza; a flor está simplesmente sendo ela mesma. Mas, por causa da sua admiração, da sua presença, da sua consciência que a envolve, alguma coisa desperta no interior dela e ela começa a experienciar a si mesma como algo bonito e valioso. Ela aprecia a sua atenção e uma centelha de luz de alma desperta dentro dela.
Podem ver que as plantas e flores às quais vocês dão atenção consciente, simplesmente apreciando-as e cuidando delas, crescem mais abundantemente, têm mais energia vital e desenvolvem raízes mais fortes para dentro da terra. Vocês são criadores. Através dos seus pensamentos, intenções e autoconsciência, vocês são capazes de acrescentar força vital e poder criativo à natureza viva da Terra. Isto é exatamente o que a natureza deseja receber de vocês. Todos os reinos da natureza procuram crescer em autoconsciência, para alcançar as estrelas, fazer a conexão e absorver a luz estelar no seu interior.
Pensem nos animais que vocês mantêm dentro e ao redor das suas casas como animais de estimação. Muitos de vocês têm uma ligação especial com eles. Sempre que estabelecem um relacionamento íntimo com um animal, vocês recebem deles amor incondicional e lealdade. Entretanto, o animal também recebe uma coisa de vocês. O animal é tocado pela sua presença humana, e pelo tipo particular de consciência que pertence aos seres humanos. A presença de vocês acende uma centelha de consciência em seu ser e o ajuda a evoluir para uma autoconsciência maior.
Tudo no universo está crescendo e evoluindo em direção à autoconsciência. A autoconsciência aproxima o ser da percepção da sua própria divindade, da sua luz indestrutível e do seu poder criador. Tudo no universo cresce gradualmente para um estado de consciência em que percebe: “Eu sou parte de Deus. Eu mesmo sou Criador.” O propósito da criação é celebrar a sua divina capacidade de criar e de administrar essa capacidade com responsabilidade.
Vocês são criadores e, como almas, vieram à Terra para aprenderem a lidar com seus poderes criativos de um modo consciente e responsável. Como criadores, vocês devem contribuir com a minha evolução e inspirar os reinos da natureza que, por sua vez, lhes oferecem muitos serviços e bênçãos nos níveis material e etérico. Quando se olha para a condição atual deste planeta, é difícil perceber que houve uma intenção original de cooperação mútua entre vocês e o planeta.
As coisas não aconteceram como planejadas e muitos diriam que deu tudo errado. Neste momento, entretanto, peço-lhes que se lembrem da emoção original que sentiram ao embarcarem nesta aventura em conjunto. Sua intenção amorosa ainda está viva em seus corações, mesmo se olharem à sua volta e notarem que a humanidade tem usado seus poderes criativos imprudentemente e tem prejudicado a Terra por causa disso. Pode-se dizer que humanidade se desviou do seu caminho, pegou um atalho.
Originalmente vocês desceram à Terra, vindos de uma grande fonte de Luz, como anjos-crianças. Vocês eram inocentes e puros, mas à medida que sua jornada progrediu, vocês se extraviaram. A humanidade chegou num ponto em que se recusou a cooperar com as forças da natureza e, em vez disso, colocou-se em oposição à natureza. Então a humanidade perdeu sua conexão e suas raízes no grande todo. Devido ao medo, as pessoas procuraram adquirir poder sobre os outros e sobre a natureza, de modo a assegurarem um lugar para si mesmas na Terra. Pode-se dizer que houve uma queda do Paraíso, pois onde vocês originalmente pretendiam servir a vida na Terra, nutri-la e inspirá-la com seus poderes criativos, vocês estavam experienciando o oposto. No presente, vocês vêem o que acontece quando a natureza não é mais reconhecida como um ser vivente, um parceiro na criação.
A falta de respeito da humanidade pela natureza e o planeta entristece profundamente muitos de vocês que estão lendo isto. Também há uma tristeza em mim devido a tudo isso que aconteceu. Os reinos da natureza – animal, vegetal e mineral – absorveram parte da escuridão e negatividade difundidas pela humanidade. Eles vivenciaram, a seu próprio modo, uma sensação de abandono, uma quebra no sentido de unidade que a tudo permeava.
Entretanto, no fundo do meu coração, existe amor e compaixão permanentes por todos vocês, e lhes peço que também sintam compaixão por si mesmos e por toda a humanidade. Vocês estão envolvidos num grande processo de aprendizado. Em qualquer processo como esse, é inevitável que se cometam erros. Tomar desvios e embarcar em becos-sem-saída faz parte do crescimento e aprendizado.
Nesta era, a consciência coletiva da humanidade está mudando. Hoje em dia, existem cada vez mais pessoas que carregam em seus corações a lembrança da ligação original entre o homem e a natureza. Elas têm uma consciência silenciosa da verdadeira e abençoada relação que os seres humanos deviam ter comigo, seu planeta-lar. Sintam novamente como vocês estão profundamente conectados com o meu ser.
Eu os amo tanto! Vocês são meus anjos de luz, e a minha confiança em vocês ainda não esmaeceu. Eu lhes peço que me reconheçam e permitam que a minha energia jorre através de vocês novamente. Sou um parceiro vivo, que caminha ao lado de vocês, no seu caminho de encarnação na Terra. Conectando-se mais intimamente comigo, ancorando-se mais na Terra, vocês permitem que sua luz estelar penetre mais profundamente o reino material. Vocês a deixam brilhar e irradiar, e isto trará as mudanças que são tão desesperadamente necessárias na Terra, neste momento. Conectando-se comigo, de coração, o Eu Verdadeiro de cada um de vocês se manifestará. Cada ser humano tem uma contribuição única para oferecer nesta grande aventura. Sua dádiva única me inspira, acrescenta força vital à natureza e inspira outras pessoas também.
O QUE É ANCORAR-SE NA TERRA [“GROUNDING”]?
Eu gostaria de falar mais alguma coisa sobre o significado de se ancorar na Terra [“grounding’]. O que significa estar conectado com a Terra, estar ancorado na Terra? Estar ancorado na Terra significa estar presente no seu corpo, ser capaz de sentir seu corpo de dentro para fora, sentindo o fluxo da vida em cada parte, desde o seu coração até os dedos dos seus pés e das suas mãos. Verifique se você consegue experienciar esse fluxo. Consegue simplesmente sentir as pontas dos dedos das suas mãos neste momento? E os dedos dos seus pés? Consegue sentir a vida dentro deles?
Estar ancorado na Terra quer dizer que você ancora a sua luz estelar, a luz da sua alma profundamente na matéria. A parte do mundo material que está mais perto de você é o seu corpo. As células e moléculas do seu corpo estão abertas para receberem a sua luz, a sua alma. Você é o Sol para o seu próprio corpo. Sua consciência faz com que seu corpo esteja vivo e dota-o de poder curativo, força vital e vitalidade. A ancoragem da sua alma no seu corpo lhe dá força para realizar os seus desejos verdadeiros na vida, estar consciente do seu poder criativo. Quanto mais você a ancorar no seu corpo, mais verdadeiramente você encarnará na Terra e criará, na sua vida, as mudanças que você tanto deseja.
Quando está ancorado na Terra, você se sente lúcido e sereno; está aberto para a inspiração e, ao mesmo tempo, está conectado com tudo o que acontece ao seu redor na sua vida cotidiana. Estar ancorado na Terra significa fazer a ponte entre o Cosmos e a Terra, sentindo essa conexão.
Muitos de vocês carregam a luz da sua alma na parte superior do seu corpo, ao redor do coração e da cabeça. Acham difícil deixá-la descer verdadeiramente para a parte inferior do corpo, para o ventre, pernas e pés. Um dos motivos desta dificuldade é o temor que vocês têm da sua própria grandeza. Vocês têm medo de serem os anjos e estrelas radiantes que são e de fazerem uma diferença no mundo. Este medo é antigo, suas raízes se estendem para muito além desta vida. No passado, vocês encarnaram muitas vezes na Terra e várias vezes sentiram que não eram bem-vindos. Todos vocês estão no processo de cura dessa antiga dor.
Vou lhes sugerir duas formas de se ancorarem na Terra e sentirem que são realmente bem-vindos aqui, na sua grandiosidade, no seu poder criativo e na sua divindade.
ANCORANDO-SE NA TERRA ATRAVÉS DA ALEGRIA
A primeira maneira é através do prazer. Vocês realmente não estão acostumados à alegria, ao prazer, ao deleite. Deleitar-se com o quê? Com tudo o que pode ser experienciado na Terra. Seus corpos oferecem várias possibilidades de alegria e prazer, mas muitas delas foram consideradas pecaminosas ou inferiores na sua cultura. Apreciar os movimentos do corpo, o sol na sua pele, o ato de comer, de beber, o toque carinhoso de outra pessoa – ser capaz de apreciar isto tem a ver com ser capaz de receber verdadeiramente. Por que isto é tão difícil para vocês?
Muitos de vocês sentem que há algo de errado consigo, que não é do jeito que devia ser. Sentem que precisam conquistar algumas coisas e trabalhar duro para ser reconhecido e apreciado. Esta é uma idéia boba, do ponto de vista da natureza. Vocês já viram algum animal selvagem trabalhar duro para obter o reconhecimento dos outros? Não, o animal simplesmente é e assume que tem o direito de ser, sem se preocupar em ter que merecer isso. Ele é capaz de aproveitar sem reservas o sol, a comida, um banho, as estações e os ritmos naturais da vida.
Cada um de vocês está convidado a receber e experienciar a si próprio como um Ser Divino a quem é permitido receber simplesmente por ser quem é. Está convidado a aproveitar as coisas simples que a vida num corpo pode lhe oferecer. Receber parece ser tão fácil, mas não é. Exige um nível profundo de auto-estima, um reconhecimento e apreciação profundos de quem você é. Atreva-se a atingir esse nível de auto-estima. Escolha um momento a cada dia para se perguntar o que você pode fazer para si mesmo, nesse instante, que verdadeiramente lhe dê prazer e realização; o que você realmente gostaria de ter e fazer. E então o faça. Faça-o por você, porque você se respeita e porque está aqui no planeta para se alegrar e viver prazerosamente.
Quando você se deleita verdadeiramente, seja com o que for, sem culpa nem vergonha, você está ancorado na Terra. Não existe nenhum pensamento do passado nem do futuro. Deleitar-se é estar no agora, totalmente ancorado na Terra.
ANCORANDO-SE NA TERRA ATRAVÉS DA CRIATIVIDADE
Existe um outro modo de ficar mais firmemente conectado com a Terra, mais ancorado na Terra. É através da criatividade. É para isto que vocês foram feitos. Todo ser humano tem um desejo natural de se expressar, de se manifestar no mundo. Isto não tem nada a ver com a conquista da fama ou sucesso na sociedade. Tem a ver com encontrar uma forma de se expressar que lhe dê uma satisfação real. Pode ser que constituir uma família e criar os filhos o satisfaça profundamente, ou pode ser que liderar uma empresa o inspire. Talvez cuidar de animais seja o desejo do seu coração, ou pode ser que expressar um determinado tipo de arte lhe pareça natural. Toda alma anseia por se expressar de algum modo. No momento em que você responde a esse anseio, você se sente realizado. No momento em que você permite que a sua criatividade interna, natural, se desenvolva, você sente: “sim, isto sou eu, é assim que a minha energia deseja fluir”.
Nesse momento, sua alma se conecta com o coração da Terra, o coração desta realidade. É importante descobrir o que você deseja verdadeiramente na sua vida e criar espaço para que a criatividade flua no seu interior. É aí que a sua Essência Divina toca a Terra e encontra a forma material.
Agora, eu gostaria de enfatizar que todo ser humano realmente deveria lutar um pouco mais para realizar esse desejo interior. Muitas vezes você reprime o impulso de fazer o que seu coração deseja. Muitas vezes você se preocupa com “como deveria se comportar”, com o que se espera de você, com seus deveres e responsabilidades. Deste jeito você não vai encontrar a chave para o desenvolvimento do seu poder criativo. Seu poder criativo fala com você através do seu ventre, das suas vísceras. Ele não está preocupado com todas as regras limitadoras e obrigações que você assumiu. Liberte-se disso! Sinta a fonte de fogo e paixão jorrando do seu ventre e deixe-a fluir livremente. Centelhas de luz encontrarão o caminho do seu ventre para o seu coração, do seu interior para o exterior, e expressarão você na Terra, no seu modo particular e original. Você verá que a sua criatividade tocará outras pessoas e fará com que elas se alegrem e se inspirem. Seguir a sua paixão e desejo tem um efeito muito mais positivo no mundo do que fazer virtuosamente o que lhe foi ordenado e forçar-se a se submeter a regras e estruturas limitadoras.
Este é um tempo de mudanças; é o momento de ser corajoso e assumir riscos, de ouvir a voz do seu coração e agir de acordo com ela em todas as áreas da sua vida. Entregando-se à orientação do seu coração, você aprofunda suas raízes na Terra e começa a sentir que a vida aqui realmente vale a pena ser vivida.
FECHANDO O CÍRCULO
O primeiro modo de se ancorar na Terra é se deleitar e receber. Este é um fluxo direcionado para dentro. O segundo modo é um fluxo direcionado para fora: criar e doar. Ao criar a partir do coração, você se doa para o mundo. Juntas, as ações de receber e doar, deleitar-se e criar completam um círculo. Este é um círculo curador.
Quanto mais você se atrever a se deleitar e achar que merece receber, mais você se conectará com a sua inspiração natural, a energia que você deve compartilhar com o mundo. E à medida que esse fluxo de inspiração se tornar mais forte e encontrar uma forma criativa no mundo, mais você se deleitará com o amor e a alegria que brotarão no seu caminho. Os fluxos de dar e receber, criar e deleitar-se, reforçam-se mutuamente.
Eu, a Terra, sou beneficiada com esse círculo de receber e doar. Nesse círculo fluido e dinâmico, estou trabalhando com cada um de vocês. É meu desejo nutrir e estimular o seu poder criativo, esta centelha única em você. O ser humano que tiver desenvolvido a capacidade de se deleitar e criar, entrará naturalmente numa conexão diferente com a Terra. Estará consciente da sua própria grandiosidade, da sua natureza divina, e justamente por esta razão, compreenderá também que é sustentado e carregado por uma força de Vida que conecta todos os seres. A vivência da sua própria grandiosidade está associada com uma sensação de pequenez, da percepção de como você está encaixado na grande rede da vida que o mantém. O ser humano que honra e respeita a si mesmo, naturalmente coopera com o ambiente em que vive, com outros seres humanos, animais, plantas e com toda a natureza. O reconhecimento da sua própria grandiosidade vem acompanhado do reconhecimento do seu lugar no todo maior, e da alegria que vem do papel que você desempenha dentro dela.
UMA JORNADA PARA A NOVA TERRA
Para encerrar, eu gostaria de pedir a todos vocês que viajem comigo para o futuro, para uma nova Terra. Imaginem que a evolução que estamos vivenciando juntos progrediu um pouco mais. Eu estou evoluindo para uma autoconsciência mais expandida. Esta nova percepção foi despertada em mim, impelida tanto pelos bons quanto pelos maus momentos na Terra. Estou ficando mais autoconsciente e mais criativa na minha existência. Existe um anseio no meu coração por uma realidade em que a humanidade e a Terra restabeleçam sua ligação original de amor e companheirismo. Uma nova Terra na qual nós cooperemos alegremente e eu seja novamente inspirada pelo amor e atenção de vocês, e ao mesmo tempo, lhes ofereça tudo que precisam enquanto vivem num corpo físico e sintonizados com o ritmo da natureza.
Imaginem esta nova Terra, pela qual todos vocês tanto anseiam, presente no momento atual. Nos nossos corações, ela já vive como uma semente. Vamos nutrir essa semente com consciência e fazer com que ela germine na nossa imaginação. Peço a cada um de vocês que se veja vivendo nessa nova Terra. Qual é a primeira coisa que você nota? Os seres humanos estão vivendo em harmonia com a natureza aqui. A tecnologia é usada para apoiar a natureza em vez de manipulá-la. Veja se consegue encontrar uma casa para você nesta nova Terra. Existe um lugar e uma comunidade aqui que vai fazer você se sentir em casa. Deixe a sua imaginação guiá-lo, e não sinta nenhuma restrição. Onde você mora nessa nova Terra. Você consegue encontrar um ambiente natural no qual se sinta confortável? Sinta o clima, sinta a facilidade e simplicidade da vida aqui. A vida é simples e pura, como deve ser.
Agora, observe qual é o tipo de trabalho que você faz. Trabalho quer dizer alguma coisa que o inspira e lhe dá uma sensação de realização. O que você está fazendo? Provavelmente você mora numa pequena comunidade de espíritos afins e faz exatamente o que sua alma o inspira a fazer. Qual é a forma que a sua criatividade toma?
Quando vir e sentir isso, saiba que sua alma está falando com você no presente. O que você está vendo é algo que deseja fazer neste momento, e é algo que você pode fazer neste momento, se simplesmente confiar e ousar ser quem é. Este é o trabalho do seu coração.
Agora, nesta imaginação da nova Terra, sinta também o que é que você verdadeiramente aprecia. Deixe o seu olho interno lhe mostrar uma situação na qual você está realmente se alegrando e recebendo alguma coisa que a Terra tem para lhe oferecer. Permita que a imagem disso surja espontaneamente na sua mente. O que é que o faz sentir verdadeiramente que tudo está bem e que você está satisfeito?
Sinta o fluxo de dar e receber nesse lugar, nessa nova realidade. E se agarre a ele, quando voltar para o presente.
A Terra está num estágio de transição e quanto mais as pessoas se lembrarem qual é a inspiração delas, o que elas têm para dar e receber aqui, mais cedo a nova Terra se tornará uma realidade. São vocês que vão gerar esta nova realidade. Eu lhes agradeço por isto e me alegro na presença de vocês.
© Pamela Kribbe 2010
Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br
sábado, 8 de maio de 2010
Ser feliz, você já tentou? por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br
Se a gente for procurar pensar na felicidade "macro", daquela em que o mundo é totalmente carente de solidariedade, amor, compaixão não é preciso ser nenhum expert nesse assunto, é só procurarmos ler os jornais assistir os noticiários na TV que está tudo lá, estampado em fotos medonhas, em letras maiúsculas, toda a infelicidade desse velho mundo.
É fato que, desde os primórdios, os povos lutam por sua sobrevivência e contra a sobrepujança dos poderosos. Foi assim com a maioria dos impérios, "povo sempre foi povo" e assim é sempre tratado como tal pelo poder que ora se traveste de lobo, ora de cordeiro, mas sem nunca perder o vício.
Muito bem. Dito isso, acredito que seja bastante difícil a nós, mortais, tentarmos mudar a infelicidade do mundo, quando se trata do "macro", quando se trata de culturas fundamentalistas, xiitas radicais e por que não dizer, às vezes até idiotas, com todo respeito a todas elas.
O ponto mais uma vez é: o que fazemos nós com a nossa vida? Com o nosso dia-a-dia, com as fotos que tiramos da nossa vida e armazenamos no HD do nosso computador, com as manchetes que procuramos divulgar dos valores que temos em nosso pequeno mundo em relação ao "macro".
O mundo do nosso trabalho, da nossa família, dos nossos amigos, das pessoas com quem interagimos a todo momento, seja na rua, em nosso trânsito louco, no restaurante onde almoçamos todos os dias, muitas vezes apressados, preocupados com relatórios por fazer, propostas para fechar e reuniões para organizar.
O que fazemos com a nossa felicidade que tanto buscamos, se corremos atrás do vento e não percebemos, que estamos deixando de lado o foco daquilo que mais queremos que é ser feliz. Fazemos tudo automaticamente, dirigimos automaticamente, pensamos automaticamente, agimos automaticamente, a ponto de não valorizar o outro.
Certa vez, marquei uma reunião com uma pessoa bastante próxima a mim e ela me disse:
- Podemos falar somente por meia hora, ok? Das 10h às 10h30min, pois não tenho mais tempo. Naquele momento, ela me disse na entrelinha que iria me atender simplesmente por um simples favor. Imaginei: se sou próximo a essa pessoa e assim sou tratado, imagine se não fosse.
Percebem que nos tornamos superficiais em nossas relações, seja no trabalho, em nossas reuniões sociais e até em casa com nossos filhos? Não temos tempo para pessoas próximas a nós.
A cultura de massa não permite que tenhamos tempo, nossas conversas não têm mais consistência, discutimos programas de televisão absurdos, defendemos tese no futebol, a última capa da revista masculina... somos até juízes. É tudo tão superficial que nos esquecemos de falar de vida, de sentimento, de atitudes em direção à felicidade. Nossas vidas giram em torno da moda, em torno da viagem do momento (afinal, todos estão indo para tal lugar) está muito barato fazer um cruzeiro que pagamos para nos sentirmos mal em alto-mar, afinal, dizem que é chique e poderemos contar na roda social e artificial, no Buffet da moda onde comemoramos o aniversário do nosso filho.
Nas baladas, as casas noturnas repletas de pessoas iguais, rostos e corpos deformados artificialmente como se fossem flores artificiais em vasos de plástico.
Sim, algumas mulheres estão parecendo flores artificiais em um vaso de plástico, na tentativa de serem felizes, na tentativa inútil da busca da felicidade.
A felicidade está no simples, está na conversa ao redor da mesa com os amigos, sem a comparação daquilo que um tem e o outro não, amigos se parabenizam, ficam felizes com o crescimento do outro. Na verdadeira amizade, não tem lugar para a inveja, tudo deveria ser muito simples, mas as amizades são cultivadas de acordo com o que o outro pode nos oferecer.
O simples é o chique, o simples é a felicidade. O chique não é ostentar uma casa bonita e bem arrumada, mas vazia de vida, sem a companhia dos reais amigos para desarrumá-la e achar que se é feliz se empanturrando de comida em um sofá de grife.
Quanto a seu filho? Será que você já tentou levá-lo a um parque ao ar livre ao invés de acotovelar-se em um shopping? Mostrou a ele uma uma tartaruga, um coelho ou até uma galinha, ou deu a ele o último game da moda? O tênis igual ao do amiguinho da escola? Dessa maneira você estará criando o seu algoz.
Não somos felizes simplesmente porque não tentamos, vivemos presos àquilo que achamos que é o certo, àquilo que todos fazem, nossos valores são superficiais, porque pensamos e agimos de acordo com essa cultura massificada das telonas em cada uma das casas, dos games, do tratamento superficial com que tratamos a todos que convivem conosco.
Enquanto esse nosso pequeno mundo ao nosso redor não tiver a nossa consciência de mudança, não poderemos jamais reclamar e dizer que o mundo anda uma droga e que está complicado de se viver. Este mundo que está aí é feito por pessoas tão egoístas como nós. Este mundo que está aí, eu diria que é simplesmente o nosso espelho.
Pense nisso.
É fato que, desde os primórdios, os povos lutam por sua sobrevivência e contra a sobrepujança dos poderosos. Foi assim com a maioria dos impérios, "povo sempre foi povo" e assim é sempre tratado como tal pelo poder que ora se traveste de lobo, ora de cordeiro, mas sem nunca perder o vício.
Muito bem. Dito isso, acredito que seja bastante difícil a nós, mortais, tentarmos mudar a infelicidade do mundo, quando se trata do "macro", quando se trata de culturas fundamentalistas, xiitas radicais e por que não dizer, às vezes até idiotas, com todo respeito a todas elas.
O ponto mais uma vez é: o que fazemos nós com a nossa vida? Com o nosso dia-a-dia, com as fotos que tiramos da nossa vida e armazenamos no HD do nosso computador, com as manchetes que procuramos divulgar dos valores que temos em nosso pequeno mundo em relação ao "macro".
O mundo do nosso trabalho, da nossa família, dos nossos amigos, das pessoas com quem interagimos a todo momento, seja na rua, em nosso trânsito louco, no restaurante onde almoçamos todos os dias, muitas vezes apressados, preocupados com relatórios por fazer, propostas para fechar e reuniões para organizar.
O que fazemos com a nossa felicidade que tanto buscamos, se corremos atrás do vento e não percebemos, que estamos deixando de lado o foco daquilo que mais queremos que é ser feliz. Fazemos tudo automaticamente, dirigimos automaticamente, pensamos automaticamente, agimos automaticamente, a ponto de não valorizar o outro.
Certa vez, marquei uma reunião com uma pessoa bastante próxima a mim e ela me disse:
- Podemos falar somente por meia hora, ok? Das 10h às 10h30min, pois não tenho mais tempo. Naquele momento, ela me disse na entrelinha que iria me atender simplesmente por um simples favor. Imaginei: se sou próximo a essa pessoa e assim sou tratado, imagine se não fosse.
Percebem que nos tornamos superficiais em nossas relações, seja no trabalho, em nossas reuniões sociais e até em casa com nossos filhos? Não temos tempo para pessoas próximas a nós.
A cultura de massa não permite que tenhamos tempo, nossas conversas não têm mais consistência, discutimos programas de televisão absurdos, defendemos tese no futebol, a última capa da revista masculina... somos até juízes. É tudo tão superficial que nos esquecemos de falar de vida, de sentimento, de atitudes em direção à felicidade. Nossas vidas giram em torno da moda, em torno da viagem do momento (afinal, todos estão indo para tal lugar) está muito barato fazer um cruzeiro que pagamos para nos sentirmos mal em alto-mar, afinal, dizem que é chique e poderemos contar na roda social e artificial, no Buffet da moda onde comemoramos o aniversário do nosso filho.
Nas baladas, as casas noturnas repletas de pessoas iguais, rostos e corpos deformados artificialmente como se fossem flores artificiais em vasos de plástico.
Sim, algumas mulheres estão parecendo flores artificiais em um vaso de plástico, na tentativa de serem felizes, na tentativa inútil da busca da felicidade.
A felicidade está no simples, está na conversa ao redor da mesa com os amigos, sem a comparação daquilo que um tem e o outro não, amigos se parabenizam, ficam felizes com o crescimento do outro. Na verdadeira amizade, não tem lugar para a inveja, tudo deveria ser muito simples, mas as amizades são cultivadas de acordo com o que o outro pode nos oferecer.
O simples é o chique, o simples é a felicidade. O chique não é ostentar uma casa bonita e bem arrumada, mas vazia de vida, sem a companhia dos reais amigos para desarrumá-la e achar que se é feliz se empanturrando de comida em um sofá de grife.
Quanto a seu filho? Será que você já tentou levá-lo a um parque ao ar livre ao invés de acotovelar-se em um shopping? Mostrou a ele uma uma tartaruga, um coelho ou até uma galinha, ou deu a ele o último game da moda? O tênis igual ao do amiguinho da escola? Dessa maneira você estará criando o seu algoz.
Não somos felizes simplesmente porque não tentamos, vivemos presos àquilo que achamos que é o certo, àquilo que todos fazem, nossos valores são superficiais, porque pensamos e agimos de acordo com essa cultura massificada das telonas em cada uma das casas, dos games, do tratamento superficial com que tratamos a todos que convivem conosco.
Enquanto esse nosso pequeno mundo ao nosso redor não tiver a nossa consciência de mudança, não poderemos jamais reclamar e dizer que o mundo anda uma droga e que está complicado de se viver. Este mundo que está aí é feito por pessoas tão egoístas como nós. Este mundo que está aí, eu diria que é simplesmente o nosso espelho.
Pense nisso.
Aprenda a elevar seu ponto de atração por Bruno J. Gimenes - sintonia@luzdaserra.com.br
Aprenda a elevar seu ponto de atração
por Bruno J. Gimenes - sintonia@luzdaserra.com.br
Seu ponto de atração é o seu estado de espírito ou sua vibração pessoal. Quando nos tornamos conscientes do nosso poder criador e percebemos que tudo que existe em nossa vida fomos nós quem atraímos por nossa vibração, passamos a compreender profundamente a nossa responsabilidade. Principalmente, começamos a entender o sentido profundo da expressão "Orai e Vigiai".
Os sentimentos de raiva, medo, ciúme, inveja, orgulho e estresse são conhecidos como negativos exatamente porque rebaixam o nosso ponto de atração (estado de espírito). Já o amor, a compaixão, paciência, tolerância, felicidade e confiança, são conhecidos como positivos porque elevam nosso estado de espírito.
Claro que não é tarefa fácil manter nossa energia em alta. Quem é que não encontra durante um dia, em sua rotina, inúmeras situações desagradáveis, que produzem emoções densas e perturbadoras? Contudo, sabemos que nosso foco nessas emoções rebaixará nosso ponto de atração que, por consequência, atrairá mais e mais desses acontecimentos de mesmo padrão.
Sempre que você sentir amor, elevará seu ponto de atração (estado de espírito) para o topo da escala, da mesma forma, sempre que a raiva surgir, moverá no sentido negativo da escala.
E você pode estar dizendo: "mas é muito difícil controlar as emoções, é muito complicado encontrar equilíbrio nos dias de hoje". Sim, todos sabemos que não é tarefa fácil, todavia é possível. Experimente fazer a sua parte com disciplina e verá que muita coisa vai mudar na sua vida. Simplesmente pelo fato de que você, na tentativa de conquistar objetivos, precisa elevar-se na escala das vibrações e, quando isso acontece, além de manifestar seus sonhos, você se transformará em uma pessoa muito melhor. Assim é a lei!
Portanto, o que fazer, de forma prática, quando os conflitos surgem? Precisamos aprender a contornar nossos sentimentos. Sabendo que a energia sempre fluirá para o foco de nossas atenções, jamais devemos nos concentrar no que não queremos ou não gostamos. Vamos aos exemplos.
Exemplo:
"Não suporto mais o meu chefe. Não consigo mais conviver com ele. Ele é uma pessoa insuportável."
Comentários:
É normal nesses casos a pessoa comentar com seus familiares, cônjuges, amigos e falar o tempo inteiro sobre o assunto que lhe incomoda. Contam, e reclamam, e tornam a comentar. Os anos passam, o chefe vai ficando pior, a situação se torna insustentável.
Não estamos aqui dizendo que o chefe não é uma pessoa difícil, é possível que seja realmente. Mas perguntamos: que realidade uma pessoa dessas está construindo? O que ela está fazendo para contornar a situação?
Nada. Pelo contrário, ela está aumentando o problema, alimentando as questões das quais não gosta ou não concorda, pelo simples fato de falar, sentir e reclamar, abastecendo ciclicamente a situação conflitante com essa energia de reclamação e negatividade.
Escutamos todos os dias as pessoas dizerem: "mas ele me fez isso - fui prejudicada e passada para trás - sou inocente - não merecia isso!"
Não existem vítimas e pronto! Você já sabe disso.
Mude o foco. Passe a aumentar a energia das qualidades que deseja que o chefe tenha.
Exemplo de pensamentos adequados para elevar o ponto de atração:
- Acho que meu chefe está com muitas atribuições e não está conseguindo dar conta do trabalho (sentimento de compaixão, solidariedade - positivo na escala);
- Meu chefe é uma pessoa que coordena muitas pessoas ao mesmo tempo. Nossa empresa vem crescendo graças ao empenho dele. Mesmo ele sendo alguém difícil de lidar, posso dizer que ele é muito competente ( sentimento de admiração - positivo na escala);
- Sei que não é fácil aceitar seu jeito de liderar, mas vou tentar compreender a posição dele e fazer a minha parte (sentimento de paciência - positivo na escala);
- Tenho certeza de que se eu fizer bem feita a minha parte e dar apoio a ele, tudo poderá mudar em pouco tempo. No fundo, sinto que ele é alguém carente e que pode estar confuso (sentimento de compreensão - positivo na escala);
- Tenho muito o que agradecer a esse trabalho. Sei que os problemas surgem, mas também identifico nos conflitos a necessidade que eu tenho de evoluir constantemente. Sei que atraio todas as situações e que sou o criador da minha realidade. Se algo vai mal, fui eu quem provoquei. Agora resta mudar meu estado de espírito através de novas atitudes (sentimento de gratidão - positivo na escala);
- Refletindo mais, me considero feliz e grato por ter consciência de que sou o criador da minha realidade. Fico muito contente em saber que posso construir uma nova experiência a cada dia, e que eu sou o principal responsável por tudo que me acontece. Sinto-me alegre em saber que sempre que me dedico com amor e persistência, transformo minha vida em uma realidade de sonhos. É isso o que eu quero agora!
Comentários:
Nesse momento, seu ponto de atração subiu muito e a pessoa contorna a vibração negativa. Em pouco tempo, o chefe, antes foco de todas as reclamações e críticas, com certeza manifestará uma outra atitude, bem como a pessoa também será mais feliz e viverá em harmonia com a situação.
Percebam que não estamos ignorando o problema, apenas mudando o foco para que a energia se expanda em outra direção, prezando pela harmonia e bem-estar.
VAMOS AGIR? Algumas dicas para fazer agora, já!!! - Faça uma lista de pelo menos duas situações as quais você está em conflito, que lhe deixem infeliz ou em sofrimento. Escreva livremente, desabafe no papel!
- Agora, para cada situação conflitante, faça uma lista de pelo menos quatro pensamentos adequados para elevar o ponto de atração, conforme os exemplos acima.
- Tenha disciplina. Sempre que o problema surgir na sua mente, leia a lista de pensamentos adequados para elevar o ponto de atração do sentimento conflitante. Com isso você focará sua energia na direção dos desejos que você tem e logo mudará a sua realidade.
Importante:
- Sempre que surgirem em sua mente situações conflitantes, lembre-se de imediatamente encontrar pensamentos que elevem seu poder de atração. Se você fizer bem feita a sua parte, fará uma revolução em sua vida, pois essa é uma prática muito poderosa.
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