Era Dezembro do meu primeiro ano de vida de monge. Todos nós chegamos ao ashram onde estavam os monges de origem hindu preparando uma puja, uma festa sagrada para Jesus Cristo. Era bastante jovem para poder entender o que aquele universo de cristianismo estava fazendo dentro de um templo junto com Krishna, Rama e o Senhor Shiva, mas achei aquilo normal por conta de todas as leituras que tinha feito; estranhamente aquilo tudo me parecia natural.
Em um determinado dia, com as experiências de clarividência se sucedendo, eu lembrei de um conto russo o qual narrava de uma vila gelada do norte da Europa onde, quando as pessoas passavam umas pelas outras, em vez de falarem "Feliz Natal", falavam "A criança nasceu". É uma referência prática do dia-a-dia do nascimento do Jesus, o nascimento de um Cristo na Terra e aquilo ficou na minha memória.
Os dias se passavam e em meados de Dezembro, voltando da faculdade à noite, agora preocupado com cada sombra que passava na frente, -porque as sombras pareciam vivas, do mesmo jeito que os espectros de luz, que passavam nas laterais dos olhos- eu virava para olhar e ver se tinham forma, mas na verdade importava agora mais a sensação do que a própria figura. Caminhando pelas ruas de Higienópolis, passei pela Praça Vilaboim e subi a ladeira da Rua Alagoas. Lá na esquina, no alto da ladeira, vi um mendigo. Achei que fosse um mendigo porque ele estava descalço, com um macacão azul marinho que ia até os pés. Era um homem de tez morena e o cabelo entre um castanho claro e um cor de mel, nem comprido nem curto e com um olhar absolutamente inesquecível. Os olhos eram de uma cor indefinida, embaixo da luz noturna pareciam meio amarelos, depois que se olhava com cuidado parecia da cor verde, depois em alguns momentos achei que tinham rajadas azuis.
No entanto, não era a cor e nem a aparência forte -e ao mesmo tempo infantil desse homem- que me impressionavam, era a limpeza que eu percebia no seu corpo. Parecia que cada poro dele fosse um cristal, parecia que o cabelo dele tinha acabado de ser lavado, como naquelas propagandas de xampu que a gente vê na TV. Ele realmente parecia uma holografia, só que esse conceito lá para o ano de '83 ou '84, próximo ao Natal, nem existia e a gente nem sonhava com essa possibilidade. Mas ele era de uma limpeza e um asseio impressionantes.
Olhei então para aquele homem, peguei todo o dinheiro que estava no meu bolso, estendi a mão na direção dele e sorri; ele sorriu de volta para mim, estendeu o braço e eu coloquei o dinheiro na mão dele. Ele simplesmente sorriu, sem proferir palavra alguma.
Passei a sentir arrepios no corpo todo, parecia que tudo se tornara clarividência, não conseguia mais distinguir entre os seres humanos e as visões. Nesse momento sorri, virei as costas e caminhei por uns vinte, trinta metros, começando a racionalizar sobre o que tinha acontecido. Lembrei-me da limpeza impressionante das mãos, do rosto, do olhar e foi quando percebi algo que me fez olhar para trás.
Lembrei-me que os pés dele, que observara em primeiro lugar, eram absolutamente limpos, parecia que tinha acabado de sair do banho, pisando na toalha fora do Box. Era de uma limpeza descomunal e ainda quase não percebi a sombra dele, embaixo daquela luz na esquina. Olhei para trás quase que por impulso, querendo conferir se tudo aquilo que eu vira era real. Quando me virei, senti um brusco arrepio, daqueles experimentados quando a gente transita entre as dimensões, um arrepio que se transformou em uma dormência que descia pelas costas, porque, quando eu olhei para trás, vi que aquele homem não estava mais lá. Achei que ele tinha descido a ladeira, ou simplesmente saído do meu campo de visão. Mas o que realmente me impressionou é que na realidade não havia a tal luz lá em cima, não havia um poste, ou a luz de alguma residência da esquina. Continuei caminhando para casa na noite escura com aquela sensação de arrepio e de estranheza que o corpo manifesta quando passa por isso, mantive a mente vazia e simplesmente colecionei essa sensação com todas as outras que estavam se sucedendo.
Passaram-se dias, a puja de Natal estava chegando e em um dia no início da noite, indo para a faculdade, próximo ao cemitério da Consolação, eu vi novamente aquele homem do outro lado da rua. Ele estava sorrindo para o nada, ou como se estivesse olhando para as andorinhas do final de tarde, que naquela época lotavam os buracos da lateral do cemitério onde elas faziam ninhos. Era absolutamente agradável ver os vôos rasantes, o momento em que a andorinha plana e o momento em que ela dança com seu companheiro. E aquele homem, aquele mendigo -o mesmo de outro dia-, estava parado ali, com o mesmo macacão, descalço do mesmo jeito... No dia do primeiro encontro eu tinha percebido que no meu bolso havia ficado uma moeda. Aquela moeda me atormentara até esse novo encontro, porque eu queria ter dado tudo, no entanto tinha sobrado alguma coisa. Algo absolutamente deselegante nesta situação, porque eu deveria ter entregue tudo, sobretudo quando a gente acha que tivera uma visão de algo superior, como eu supunha ter tido.
Mais uma vez, a impressão de luz sobre a cabeça daquele homem era muito forte, como se tivesse um holofote ligado sobre ele. Atravessei a rua correndo em sua direção, como uma criança corre para um brinquedo. Ele me olhou com um olhar tranqüilo, gentil como sempre, com aquele mesmo olhar, da primeira vez doce e agora com a mesma doçura mas emanando muito, muito afeto. Esse homem ficou parado na minha frente, e desta vez eu conferindo se tudo que estava no meu bolso ia para as mãos dele, mesmo que eu estivesse abrindo mão do meu jantar, ou tivesse de voltar para casa a pé. Eu simplesmente sentia que tinha que dar tudo. Estendi a mão e dessa vez eu falei: - Senhor, outro dia eu lhe encontrei e não dei tudo que eu tinha, agora -graças a Deus-, tive a oportunidade de reencontrá-lo e estou lhe entregando tudo que está no meu bolso, e se o Senhor quiser o meu livro sobre Budismo, também posso lhe doar.
Seus olhos se encheram d'água, ele pegou a minha mão que estava com as palmas para cima segurando o dinheiro e com uma delicadeza enorme fechou-a sobre o dinheiro. Deu um sorriso que transmitia uma expressão de profunda gentileza e simpatia. Olhou fundo dentro dos meus olhos, um olhar que fez tremer meu corpo inteiro, estremecendo tudo o que poderia chamar de estrutura física. Parecia que meus joelhos estavam chocando-se e minha perna perdeu o equilíbrio. Virei de costas rapidamente para ele não perceber nada, principalmente o suor frio na minha fronte e caminhei, afastando-me para longe. Quando parei e olhei para trás... nada havia. Simplesmente, deixei aquela sensação para trás e fui embora, acreditando então que aquela visão tivesse sido uma visão vinda do céu.
sábado, 11 de dezembro de 2010
Insegurança :: Elisabeth Cavalcante ::
Uma das condições que mais acentuam a nossa insegurança é o estado de paixão, pois quanto maior ele for, mais intensamente passamos a temer a perda do objeto amado.
O amor, -por mais desejado que seja em nossa vida-, é algo que nos torna frágeis, principalmente se não tivermos uma auto-estima sólida. Somente quando o sentimento de sermos completos está presente, num estágio anterior ao da paixão, é que conseguimos nos entregar a este sentimento e permanecer imunes ao medo.
Então, podemos ver no outro alguém que vem para nos complementar, para tornar a vida mais alegre e plena, e não um apoio sem o qual nos sentimos vazios e incapazes de sobreviver.
A entrega destemida ao sentimento do amor, só se torna possível se formos totalmente fiéis à nossa própria essência, aceitando apenas relacionamentos em que nossas necessidades sejam respeitadas.
A insegurança é o resultado de uma vida em que nossas qualidades não foram suficientemente reconhecidas, ou, ao contrário, foram ignoradas ou pouco estimuladas.
Agora, cabe a nós, reconstruir este sentimento através de um trabalho paciente de autoconhecimento e do enfrentamento de nossos temores. Se conseguirmos nos manter atentos aos pensamentos negativos que cultivamos acerca de nossa própria identidade, vamos aos poucos alcançando um sentimento de confiança que se tornará cada dia mais sólido.
"A fragilidade do amor
...O amor é muito frágil, muito delicado. Você precisa ser muito cuidadoso e cauteloso com ele. Você pode causar um tal dano, que o outro se fecha, fica defensivo. Se você estiver brigando muito, seu parceiro começará a escapar; vai se tornar cada vez mais frio e fechado, de modo a não ficar mais vulnerável a seu ataque. Então, você o atacará ainda mais, porque você resistirá a essa frieza. Isso pode se tornar um círculo vicioso,e é assim que pessoas enamoradas pouco a pouco se separam. Elas se afastam uma da outra e acham que a outra foi a responsável, que a outra a traiu.
Na verdade, como percebo, nenhuma pessoa enamorada jamais traiu alguém. É somente a ignorância que mata o amor. Ambas queriam ficar juntas, mas ambas eram ignorantes. A ignorância delas fez com que entrassem em jogos psicológicos, e esses jogos se multiplicaram. Pouco a pouco elas vão se afastando. Então elas acham que o amor é perigoso.
O amor não é perigoso. Apenas a inconsciência é perigosa.
Há muitas pessoas que evitam o amor simplesmente para estar em chão seguro. Há pessoas que não querem se comprometer em nenhum relacionamento porque elas sabem que uma vez que você esteja comprometido e mais próximo, começam as brigas, começam as resistências e as coisas feias começam a borbulhar - então, pra quê?
No máximo elas ficam interessadas em relacionamentos sexuais, mas não em intimidade. E a menos que um relacionamento se torne íntimo e profundo, você nunca saberá o que é um relacionamento. Um relacionamento simplesmente sexual é uma coisa periférica e isso nunca o satisfará".
Osho, Beloved of my Heart.
O amor, -por mais desejado que seja em nossa vida-, é algo que nos torna frágeis, principalmente se não tivermos uma auto-estima sólida. Somente quando o sentimento de sermos completos está presente, num estágio anterior ao da paixão, é que conseguimos nos entregar a este sentimento e permanecer imunes ao medo.
Então, podemos ver no outro alguém que vem para nos complementar, para tornar a vida mais alegre e plena, e não um apoio sem o qual nos sentimos vazios e incapazes de sobreviver.
A entrega destemida ao sentimento do amor, só se torna possível se formos totalmente fiéis à nossa própria essência, aceitando apenas relacionamentos em que nossas necessidades sejam respeitadas.
A insegurança é o resultado de uma vida em que nossas qualidades não foram suficientemente reconhecidas, ou, ao contrário, foram ignoradas ou pouco estimuladas.
Agora, cabe a nós, reconstruir este sentimento através de um trabalho paciente de autoconhecimento e do enfrentamento de nossos temores. Se conseguirmos nos manter atentos aos pensamentos negativos que cultivamos acerca de nossa própria identidade, vamos aos poucos alcançando um sentimento de confiança que se tornará cada dia mais sólido.
"A fragilidade do amor
...O amor é muito frágil, muito delicado. Você precisa ser muito cuidadoso e cauteloso com ele. Você pode causar um tal dano, que o outro se fecha, fica defensivo. Se você estiver brigando muito, seu parceiro começará a escapar; vai se tornar cada vez mais frio e fechado, de modo a não ficar mais vulnerável a seu ataque. Então, você o atacará ainda mais, porque você resistirá a essa frieza. Isso pode se tornar um círculo vicioso,e é assim que pessoas enamoradas pouco a pouco se separam. Elas se afastam uma da outra e acham que a outra foi a responsável, que a outra a traiu.
Na verdade, como percebo, nenhuma pessoa enamorada jamais traiu alguém. É somente a ignorância que mata o amor. Ambas queriam ficar juntas, mas ambas eram ignorantes. A ignorância delas fez com que entrassem em jogos psicológicos, e esses jogos se multiplicaram. Pouco a pouco elas vão se afastando. Então elas acham que o amor é perigoso.
O amor não é perigoso. Apenas a inconsciência é perigosa.
Há muitas pessoas que evitam o amor simplesmente para estar em chão seguro. Há pessoas que não querem se comprometer em nenhum relacionamento porque elas sabem que uma vez que você esteja comprometido e mais próximo, começam as brigas, começam as resistências e as coisas feias começam a borbulhar - então, pra quê?
No máximo elas ficam interessadas em relacionamentos sexuais, mas não em intimidade. E a menos que um relacionamento se torne íntimo e profundo, você nunca saberá o que é um relacionamento. Um relacionamento simplesmente sexual é uma coisa periférica e isso nunca o satisfará".
Osho, Beloved of my Heart.
Quem é o responsável por Oliveira Fidelis Filho - fidelisf@hotmail.com
A culpa é dos pais que não educam os filhos, do Estado que não investe devidamente na educação, dos alunos que não têm mais respeito, dos professores despreparados, das aulas "nada a ver"... Na eterna necessidade de transferir responsabilidade, toda a sociedade adoece. Dados recentes nos dão conta que dos 55 mil professores da rede de São Paulo, 16 mil (30%) foram afastados por motivos de saúde. Cresce concomitantemente o número de alunos com os mais variados distúrbios e disfunções, oriundos de famílias também fragmentadas e enfermas. Vivemos dominados pelo vício da transferência que a todos debilita.
Ao filósofo existencialista Jean-Paul Sartre é atribuída a famosa frase: "o inferno são os outros". Segundo Sartre, ao dependermos demasiadamente dos julgamentos e das ações dos outros, abrimos mão de nossa liberdade essencial e criamos nosso próprio inferno. Queimamos assim na fornalha alimentada por nossos próprios medos, pelos nossos "demônios" internos, pela incapacidade de autonomia. Para o filósofo francês, portanto, os outros não são necessariamente os causadores do nosso sofrimento; somos nós que transformamos o outro em carrasco de nossa tortura.
Somos geralmente ágeis em transferir a outrem as causas de nossas inseguranças, irritabilidades, desconfortos, carências, infortúnios, mágoas, stress, descompensações, explosões de ira, enfim nossa carência de Paz. No entanto, por mais que creiamos que "o inferno são os outros" é dentro de nós que ele queima.
"Os outros", com os quais somos "obrigados" a conviver como o patrão, sócio, colega de trabalho, vizinho, cônjuge, pais, filhos ou irmãos, entre outros, se não existissem ou se não se comportassem como se comportam, a vida seria um mar de rosas, o próprio céu; teríamos paz. Alucinamos! Para muitos ainda, o inferno não são os outros e sim a solidão emocional, intelectual, espiritual e relacional na qual se vêem mergulhados.
Na verdade, o outro realmente problemático que enxergamos, projetado no próximo, mora dentro de nós. Trata-se de outro que existe em desarmonia com o Eu, um ego desvirtuado e fragmentado em desarmonia com o Self, com a essência divina que habita todos os seres, humanos ou não.
Gosto da história da mulher que olhava através do vidro de sua janela as roupas mal lavadas da vizinha. Ela não poupava comentários maldosos, até o dia em que lavou sua própria janela e, como num passe de mágica, percebeu que as roupas da vizinha eram muito bem lavadas. Há mais de 2000 anos Jesus já recomendava: "Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão." Tal ensinamento do Mestre me faz lembrar o dia que troquei uma lâmpada de 40 por uma de 100 watts em meu banheiro e passei a perceber que havia nele muita sujeira. Quando iluminamos melhor o nosso próprio interior percebemos que precisamos, e muito, de nos limpar.
Desde tempos imemoriais que alimentamos o vício de transferir para o outro as causas do nosso inferno pessoal. Tão antigo quanto o mito cristão de Adão e Eva, e certamente muito antes, é a reativa compulsão que nos leva a transferir responsabilidades e, sobretudo, não admitir que os infortúnios pessoais e alheios são sim de responsabilidade nossa. Com tais padrões comportamentais, cobrimos o planeta de mútuas, infindáveis e sombrias acusações; caminhamos em círculo, não evoluímos, não expandimos a consciência.
Assim, "Adão" e "Eva" continuam a se acusar mutuamente no tempo e no espaço. Sobre algum "bode expiatório" improvável despejam-se doentias culpas. Sobre um "cristo" divino ou humano acreditamos ser possível transferir densas e consteladas sombras. Sob alguma areia inconsistente, insiste-se em enterrar a cabeça, desconsiderando-se a insanidade de tal ato e a vulnerabilidade a que se está exposto.
Lembrando Freud, infelizmente, tais mecanismos de sobrevivência como negação, repressão, supressão, projeção ou racionalização, ainda que ajudem a sobreviver, estão longe de proporcionar acesso aos oásis de uma vida abundante. Foi, no entanto, para esta dimensão abundante de vida que o Mestre Jesus nos desafiou com sua própria vida e ensinamentos.
Mas como sair deste ciclo vicioso, desta forma-pensamento tão fortemente instalada no inconsciente individual e coletivo? Como nos livrar deste terreno empedernido, semeado de culpas, fugas, acusações e medos de onde germinam os frutos dos quais nos alimentamos e intoxicamos? Como desprogramar este robô formatado por crenças que nos subjugam a partir de comandos oriundos do subconsciente? Assumindo 100% de responsabilidade.
Enquanto não assumirmos 100% de responsabilidade, continuaremos a conviver com uma educação distante do ideal; com políticos corruptos, oportunistas, despreparados e incompetentes. Com líderes religiosos e espiritualistas estelionatários, com noticiários respingados de sangue e das mais variadas expressões de miséria, alem de infindáveis conflitos internos e externos.
Assumir 100% de responsabilidade é entender que aquilo que vemos acontecer fora de nós é simplesmente projeção de uma realidade que está dentro de nós pois, admitamos ou não, somos todos Um.
Significa no dizer do Mestre, "andar a segunda milha", ou seja, derrubar os muros do ilusório isolamento que buscamos erguer pela transferência da culpa, passando a caminhar amorosamente ao lado de quem, segundo o nosso entendimento, nos impõe limitações e sofrimentos. Nem sempre esta caminhada ao lado precisa ser física mas deve ser sempre próxima ao coração. Só assim estaremos buscando diluir as sombras que enxergamos nos outros, na Luz que em nós precisa existir.
Significa, ainda, lembrando o Mestre, "dar a outra face". E aqui faz-se necessário baixar a guarda da reatividade. O que se propõe é responder com silêncio amoroso o grito rancoroso; colocar na bandeja da maldade o cálice da bondade; acolher na mansidão os atos de agressividade; iluminar com a face do amor os caminhos sombrios do ódio. Dar a outra face, portanto, é diluir na Luz interior as trevas exteriores, é agasalhar no calor da reconciliação a frieza das guerras conscientes que a face dura e gélida do mal só derrete e aquece na magia do Amor.
Assumir 100% de responsabilidade é colocar em prática o princípio da semeadura e colheita como disse Jesus: "tudo quanto, pois, quereis que os homens voz façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas". Neste princípio está implícito tudo o que é mais significativo na expansão da consciência, no desenvolvimento da espiritualidade, na saúde existencial e relacional.
Assumir 100% de responsabilidade não significa se culpar e sim transformar.
Ao filósofo existencialista Jean-Paul Sartre é atribuída a famosa frase: "o inferno são os outros". Segundo Sartre, ao dependermos demasiadamente dos julgamentos e das ações dos outros, abrimos mão de nossa liberdade essencial e criamos nosso próprio inferno. Queimamos assim na fornalha alimentada por nossos próprios medos, pelos nossos "demônios" internos, pela incapacidade de autonomia. Para o filósofo francês, portanto, os outros não são necessariamente os causadores do nosso sofrimento; somos nós que transformamos o outro em carrasco de nossa tortura.
Somos geralmente ágeis em transferir a outrem as causas de nossas inseguranças, irritabilidades, desconfortos, carências, infortúnios, mágoas, stress, descompensações, explosões de ira, enfim nossa carência de Paz. No entanto, por mais que creiamos que "o inferno são os outros" é dentro de nós que ele queima.
"Os outros", com os quais somos "obrigados" a conviver como o patrão, sócio, colega de trabalho, vizinho, cônjuge, pais, filhos ou irmãos, entre outros, se não existissem ou se não se comportassem como se comportam, a vida seria um mar de rosas, o próprio céu; teríamos paz. Alucinamos! Para muitos ainda, o inferno não são os outros e sim a solidão emocional, intelectual, espiritual e relacional na qual se vêem mergulhados.
Na verdade, o outro realmente problemático que enxergamos, projetado no próximo, mora dentro de nós. Trata-se de outro que existe em desarmonia com o Eu, um ego desvirtuado e fragmentado em desarmonia com o Self, com a essência divina que habita todos os seres, humanos ou não.
Gosto da história da mulher que olhava através do vidro de sua janela as roupas mal lavadas da vizinha. Ela não poupava comentários maldosos, até o dia em que lavou sua própria janela e, como num passe de mágica, percebeu que as roupas da vizinha eram muito bem lavadas. Há mais de 2000 anos Jesus já recomendava: "Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão." Tal ensinamento do Mestre me faz lembrar o dia que troquei uma lâmpada de 40 por uma de 100 watts em meu banheiro e passei a perceber que havia nele muita sujeira. Quando iluminamos melhor o nosso próprio interior percebemos que precisamos, e muito, de nos limpar.
Desde tempos imemoriais que alimentamos o vício de transferir para o outro as causas do nosso inferno pessoal. Tão antigo quanto o mito cristão de Adão e Eva, e certamente muito antes, é a reativa compulsão que nos leva a transferir responsabilidades e, sobretudo, não admitir que os infortúnios pessoais e alheios são sim de responsabilidade nossa. Com tais padrões comportamentais, cobrimos o planeta de mútuas, infindáveis e sombrias acusações; caminhamos em círculo, não evoluímos, não expandimos a consciência.
Assim, "Adão" e "Eva" continuam a se acusar mutuamente no tempo e no espaço. Sobre algum "bode expiatório" improvável despejam-se doentias culpas. Sobre um "cristo" divino ou humano acreditamos ser possível transferir densas e consteladas sombras. Sob alguma areia inconsistente, insiste-se em enterrar a cabeça, desconsiderando-se a insanidade de tal ato e a vulnerabilidade a que se está exposto.
Lembrando Freud, infelizmente, tais mecanismos de sobrevivência como negação, repressão, supressão, projeção ou racionalização, ainda que ajudem a sobreviver, estão longe de proporcionar acesso aos oásis de uma vida abundante. Foi, no entanto, para esta dimensão abundante de vida que o Mestre Jesus nos desafiou com sua própria vida e ensinamentos.
Mas como sair deste ciclo vicioso, desta forma-pensamento tão fortemente instalada no inconsciente individual e coletivo? Como nos livrar deste terreno empedernido, semeado de culpas, fugas, acusações e medos de onde germinam os frutos dos quais nos alimentamos e intoxicamos? Como desprogramar este robô formatado por crenças que nos subjugam a partir de comandos oriundos do subconsciente? Assumindo 100% de responsabilidade.
Enquanto não assumirmos 100% de responsabilidade, continuaremos a conviver com uma educação distante do ideal; com políticos corruptos, oportunistas, despreparados e incompetentes. Com líderes religiosos e espiritualistas estelionatários, com noticiários respingados de sangue e das mais variadas expressões de miséria, alem de infindáveis conflitos internos e externos.
Assumir 100% de responsabilidade é entender que aquilo que vemos acontecer fora de nós é simplesmente projeção de uma realidade que está dentro de nós pois, admitamos ou não, somos todos Um.
Significa no dizer do Mestre, "andar a segunda milha", ou seja, derrubar os muros do ilusório isolamento que buscamos erguer pela transferência da culpa, passando a caminhar amorosamente ao lado de quem, segundo o nosso entendimento, nos impõe limitações e sofrimentos. Nem sempre esta caminhada ao lado precisa ser física mas deve ser sempre próxima ao coração. Só assim estaremos buscando diluir as sombras que enxergamos nos outros, na Luz que em nós precisa existir.
Significa, ainda, lembrando o Mestre, "dar a outra face". E aqui faz-se necessário baixar a guarda da reatividade. O que se propõe é responder com silêncio amoroso o grito rancoroso; colocar na bandeja da maldade o cálice da bondade; acolher na mansidão os atos de agressividade; iluminar com a face do amor os caminhos sombrios do ódio. Dar a outra face, portanto, é diluir na Luz interior as trevas exteriores, é agasalhar no calor da reconciliação a frieza das guerras conscientes que a face dura e gélida do mal só derrete e aquece na magia do Amor.
Assumir 100% de responsabilidade é colocar em prática o princípio da semeadura e colheita como disse Jesus: "tudo quanto, pois, quereis que os homens voz façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas". Neste princípio está implícito tudo o que é mais significativo na expansão da consciência, no desenvolvimento da espiritualidade, na saúde existencial e relacional.
Assumir 100% de responsabilidade não significa se culpar e sim transformar.
Os fios da nossa vida :: Sonia Weil ::
Toda vez que amamos uma pessoa lançamos, por assim dizer, um fio de nossa energia sobre ela, o que cria uma conexão viva entre os dois campos vibratórios, mesmo à distância. Dessa forma, "sentimos" quando ela não está bem ou quando pensa em nós intensamente.
Projetamos esse fio de conexão também sobre os amigos, as pessoas que gostamos, os projetos que temos; toda vez que nos identificamos com alguém e alguma coisa, lançamos nela uma parte de nossa energia, criando o vínculo.
Da mesma forma, quando odiamos alguém ou temos medo de algo, também nos ligamos energeticamente, mesmo sem querer. Quantas vezes ouvimos falar de pessoas que durante anos e anos ficaram presas entre si pelo ódio, sempre realimentado, sem conseguir seguir adiante na sua vida...
As situações mal resolvidas no passado formam muitas vezes uma rede de fios que carregamos nas costas (à imagem dos cães que arrastam na neve os trenós nos países gelados ) - continuamos arrastando as lembranças e culpas pela vida afora - e empenhando tanta energia nisso que pouco sobra para estarmos disponíveis para o presente. Ficamos, literalmente, amarrados ao passado.
Vivemos, assim, em meio a uma rede de fios que nos liga às pessoas, situações, ideais, medos, lembranças e esperanças.
Esse vínculo pode ser muito prazeiroso em certas situações, como quando amamos; mas quando o contato termina, muitas vezes sentimos que "uma parte de nós" ficou com o outro. Embora estejamos nos referindo aos sonhos e expectativas, isso ocorre realmente em termos energéticos.
É necessário "puxar o fio de volta", resgatar a energia que ficou projetada sobre o outro, e Integrá-la novamente em si mesmo. Voltar a estar inteiro.
O perdão é uma forma de fazer isso. Ao perdoar o outro, abrimos mão de toda expectativa lançada sobre ele e com isso trazemos de volta toda a nossa energia que com ele estava - seja sob a forma de amor, mágoa, raiva ou desejo de vingança. Ao liberar o outro, nos libertamos também.
Da mesma forma, ao resolvermos internamente alguma situação do passado - aceitando as coisas da forma como aconteceram, mesmo que não tenha sido da maneira como esperávamos - recebemos de volta a energia lá investida e que até aí estava paralisada.
Ao fazer isso, fecha-se a brecha, e nos tornamos mais completos novamente. O que o outro faz não nos afeta mais. O que aconteceu é passado. Nos tornamos mais atentos ao presente. E, principalmente, mais disponíveis para a vida.
Projetamos esse fio de conexão também sobre os amigos, as pessoas que gostamos, os projetos que temos; toda vez que nos identificamos com alguém e alguma coisa, lançamos nela uma parte de nossa energia, criando o vínculo.
Da mesma forma, quando odiamos alguém ou temos medo de algo, também nos ligamos energeticamente, mesmo sem querer. Quantas vezes ouvimos falar de pessoas que durante anos e anos ficaram presas entre si pelo ódio, sempre realimentado, sem conseguir seguir adiante na sua vida...
As situações mal resolvidas no passado formam muitas vezes uma rede de fios que carregamos nas costas (à imagem dos cães que arrastam na neve os trenós nos países gelados ) - continuamos arrastando as lembranças e culpas pela vida afora - e empenhando tanta energia nisso que pouco sobra para estarmos disponíveis para o presente. Ficamos, literalmente, amarrados ao passado.
Vivemos, assim, em meio a uma rede de fios que nos liga às pessoas, situações, ideais, medos, lembranças e esperanças.
Esse vínculo pode ser muito prazeiroso em certas situações, como quando amamos; mas quando o contato termina, muitas vezes sentimos que "uma parte de nós" ficou com o outro. Embora estejamos nos referindo aos sonhos e expectativas, isso ocorre realmente em termos energéticos.
É necessário "puxar o fio de volta", resgatar a energia que ficou projetada sobre o outro, e Integrá-la novamente em si mesmo. Voltar a estar inteiro.
O perdão é uma forma de fazer isso. Ao perdoar o outro, abrimos mão de toda expectativa lançada sobre ele e com isso trazemos de volta toda a nossa energia que com ele estava - seja sob a forma de amor, mágoa, raiva ou desejo de vingança. Ao liberar o outro, nos libertamos também.
Da mesma forma, ao resolvermos internamente alguma situação do passado - aceitando as coisas da forma como aconteceram, mesmo que não tenha sido da maneira como esperávamos - recebemos de volta a energia lá investida e que até aí estava paralisada.
Ao fazer isso, fecha-se a brecha, e nos tornamos mais completos novamente. O que o outro faz não nos afeta mais. O que aconteceu é passado. Nos tornamos mais atentos ao presente. E, principalmente, mais disponíveis para a vida.
Encontre a vítima e a liberdade... :: Rubia A. Dantés ::
Recentemente, percebi em algumas pessoas ao meu redor... uma coisa interessante...
Percebi que nessas pessoas, a posição de vítima, era algo tão sutil que seria difícil imaginar que elas, em um algum ponto, se colocavam como vítimas...
Olhando assim e convivendo com elas já há bom tempo, não havia percebido ainda nada relacionado a ser vítima, muito pelo contrário, me pareciam tão seguras que ficava difícil até de imaginá-las como vítimas de alguém ou de alguma situação.
E notei que esse ponto onde elas eram vítimas, era o ponto aparentemente mais difícil de liberar na história de cada uma.
Essa história começou quando uma noite comecei a fazer H'oponopono para uma dessas pessoas e depois de um sonho acordei com uma clareza da situação daquela pessoa, e para minha surpresa percebi que em um ponto fundamental para ela... ela era vítima... vítima indefesa de uma situação que já se arrastava a bastante tempo... e agora, era tão obvio e claro que eu não entendia como não havíamos percebido aquilo antes.
Telefonei para ela e ela ficou surpresa porque realmente viu que era aquilo mesmo...
Em outras pessoas isso é muito visível e claro, porque elas usam descaradamente dessa posição para conseguirem atenção, que venha por um consolo, uma palavra aqui e outra ali e com isso perpetuam a vítima que passa a ser parte delas...
Mas dessa vez meu foco se voltou para perceber como, de uma forma ou de outra, quase todos nós nos colocamos na posição de vítimas, por mais desconfortável que seja nos sentirmos assim... e por mais que pareça que ela não esteja entre nossos problemas
Claro que fui buscar em mim onde estava escondida a vítima, e nem foi preciso procurar muito porque parece que ela estava pronta para ser trabalhada e liberada... Assim espero do fundo do coração...
Naquele ponto que é crítico, e que já nos acostumamos tanto com ele, pode ser que muito sutilmente a vítima esteja tirando a nossa energia e nos impedindo de fluir pela vida com alegria.
Uma outra pessoa que também não aparentava em nada ser vítima... me falou nesse dia que tinha uma alergia que a fazia espirrar sem parar e isso a deixava sem energia e lhe dava uma aparência muito fraca... mas essa alergia só a acometia durante o dia. Essa pessoa adora dormir bem à noite, e comentou que à noite, era só ela deitar que dormia feito um anjo, que a alergia não se manifestava. Brinquei com ela que a alergia só aparecia para cumprir alguma função que ela ainda não percebia, mas que ela gostava tanto de dormir que à noite ela não criava a alergia. Ela é uma buscadora e riu... e percebeu que realmente era engraçado isso.
E logo depois conversando com ela sobre a vítima percebemos exatamente o ponto onde ela se colocava assim e onde repetia a mesma história...
E ela era vítima sempre da mesma situação que a incomodava profundamente ao longo de muito anos...
O mais interessante, nesses casos em outros que também ficaram bem claros, é que as pessoas que as faziam de alguma forma estarem na posição de vítimas tinham muito nítida essa característica...
Elas se dedicaram então ao Ho'oponopono... e eu também... e já colheram os frutos...
Percebi como somos vítimas naqueles pontos onde as coisas não conseguem fluir e não conseguimos entender porque... Seja uma doença, uma situação desagradável, ou qualquer outra coisa que nos deixa nessa incômoda posição, que erroneamente pensamos que não podemos fazer nada... Queixamos com um... com outro... e nem percebemos que a vítima está se manifestando...
No meu caso, vi que me sentia vítima das coisas práticas da vida e pude notar claramente o movimento que fazia para me deixar vitimar por elas... começava uma coisa e logo outra me puxava e mais outra e no fim o prático ia sendo sempre deixado para depois...
Esse foi um ponto que logo me saltou aos olhos... porque eu posso até não gostar de fazer algumas coisas, mas posso conseguir que elas sejam feitas por quem gosta... Mas isso não serviria ao meu papel de vítima... Mas agora não preciso mais desse papel e sei que tudo vai fluir mais facilmente...
Quando assumimos a responsabilidade por tudo que nos acontece, não somos mais vítimas de nada... Mas, quando a vítima está tão escondida que nem notamos, ela pode ir atuando e roubando nossa energia e a de todos que escutam as lamentações...
Então... fiz muito Ho'oponopono, pedindo para limpar a causa de me colocar na posição de vítima... e na manhã seguinte o primeiro e-mail que recebo é um texto falando sobre esse tema e confirmando que, nos liberarmos do papel de vítimas é uma chave preciosa para assumirmos nosso poder pessoal... e a felicidade.
Percebi que nessas pessoas, a posição de vítima, era algo tão sutil que seria difícil imaginar que elas, em um algum ponto, se colocavam como vítimas...
Olhando assim e convivendo com elas já há bom tempo, não havia percebido ainda nada relacionado a ser vítima, muito pelo contrário, me pareciam tão seguras que ficava difícil até de imaginá-las como vítimas de alguém ou de alguma situação.
E notei que esse ponto onde elas eram vítimas, era o ponto aparentemente mais difícil de liberar na história de cada uma.
Essa história começou quando uma noite comecei a fazer H'oponopono para uma dessas pessoas e depois de um sonho acordei com uma clareza da situação daquela pessoa, e para minha surpresa percebi que em um ponto fundamental para ela... ela era vítima... vítima indefesa de uma situação que já se arrastava a bastante tempo... e agora, era tão obvio e claro que eu não entendia como não havíamos percebido aquilo antes.
Telefonei para ela e ela ficou surpresa porque realmente viu que era aquilo mesmo...
Em outras pessoas isso é muito visível e claro, porque elas usam descaradamente dessa posição para conseguirem atenção, que venha por um consolo, uma palavra aqui e outra ali e com isso perpetuam a vítima que passa a ser parte delas...
Mas dessa vez meu foco se voltou para perceber como, de uma forma ou de outra, quase todos nós nos colocamos na posição de vítimas, por mais desconfortável que seja nos sentirmos assim... e por mais que pareça que ela não esteja entre nossos problemas
Claro que fui buscar em mim onde estava escondida a vítima, e nem foi preciso procurar muito porque parece que ela estava pronta para ser trabalhada e liberada... Assim espero do fundo do coração...
Naquele ponto que é crítico, e que já nos acostumamos tanto com ele, pode ser que muito sutilmente a vítima esteja tirando a nossa energia e nos impedindo de fluir pela vida com alegria.
Uma outra pessoa que também não aparentava em nada ser vítima... me falou nesse dia que tinha uma alergia que a fazia espirrar sem parar e isso a deixava sem energia e lhe dava uma aparência muito fraca... mas essa alergia só a acometia durante o dia. Essa pessoa adora dormir bem à noite, e comentou que à noite, era só ela deitar que dormia feito um anjo, que a alergia não se manifestava. Brinquei com ela que a alergia só aparecia para cumprir alguma função que ela ainda não percebia, mas que ela gostava tanto de dormir que à noite ela não criava a alergia. Ela é uma buscadora e riu... e percebeu que realmente era engraçado isso.
E logo depois conversando com ela sobre a vítima percebemos exatamente o ponto onde ela se colocava assim e onde repetia a mesma história...
E ela era vítima sempre da mesma situação que a incomodava profundamente ao longo de muito anos...
O mais interessante, nesses casos em outros que também ficaram bem claros, é que as pessoas que as faziam de alguma forma estarem na posição de vítimas tinham muito nítida essa característica...
Elas se dedicaram então ao Ho'oponopono... e eu também... e já colheram os frutos...
Percebi como somos vítimas naqueles pontos onde as coisas não conseguem fluir e não conseguimos entender porque... Seja uma doença, uma situação desagradável, ou qualquer outra coisa que nos deixa nessa incômoda posição, que erroneamente pensamos que não podemos fazer nada... Queixamos com um... com outro... e nem percebemos que a vítima está se manifestando...
No meu caso, vi que me sentia vítima das coisas práticas da vida e pude notar claramente o movimento que fazia para me deixar vitimar por elas... começava uma coisa e logo outra me puxava e mais outra e no fim o prático ia sendo sempre deixado para depois...
Esse foi um ponto que logo me saltou aos olhos... porque eu posso até não gostar de fazer algumas coisas, mas posso conseguir que elas sejam feitas por quem gosta... Mas isso não serviria ao meu papel de vítima... Mas agora não preciso mais desse papel e sei que tudo vai fluir mais facilmente...
Quando assumimos a responsabilidade por tudo que nos acontece, não somos mais vítimas de nada... Mas, quando a vítima está tão escondida que nem notamos, ela pode ir atuando e roubando nossa energia e a de todos que escutam as lamentações...
Então... fiz muito Ho'oponopono, pedindo para limpar a causa de me colocar na posição de vítima... e na manhã seguinte o primeiro e-mail que recebo é um texto falando sobre esse tema e confirmando que, nos liberarmos do papel de vítimas é uma chave preciosa para assumirmos nosso poder pessoal... e a felicidade.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Prana: Chuva de Luz Viva - Capítulo 11 por Márcio Lupion - marcio@kallipolis.org
O exercício de Meditação nada mais é que uma submersão consciente no silêncio...
Não importa se estamos sozinhos no alto de uma montanha ou caminhando por uma avenida lotada de carros e pessoas. Quando o nosso ego parar de querer, pensar e julgar, o olhar simples do espírito se manifestará. E assim é, porque a natureza da clarividência está na atitude contemplativa, no observar com humildade o mundo sem acreditar na dualidade.
Depois das primeiras experiências com clarividência, percebi que a manutenção deste "novo" sentido acontecia pelo simples fato de se manter sem pensamentos, vazio de si mesmo, silencioso no mundo interior, e como "mágica" o mundo exterior parecia também silenciar.
Manter este universo tem um preço; ficar sozinho, calado e imparcial.
Sendo assim, passei a compartilhar o mundo real com os nossos "irmãos" invisíveis, agora sempre por perto. Anjos, arcanjos, fantasmas famintos, demônios, elementais e egrégoras faziam e até hoje fazem parte da rotina diária.
Este universo manifesta a inspiração intuitiva, mental e emocional para quase tudo que rodeia um ser humano negativo preso em seu próprio ego.
Mantínhamos o corpo, a fala e a mente sempre ocupados com trabalho, silêncio e mantras, para não sentir nenhuma motivação vinda dos seres e dos mundos inferiores. "Vigiávamos e orávamos" o tempo todo e, quando falhávamos, a dor era enorme.
Com pequenas distrações do nosso ego, entidades negativas visitavam nossa mente, fomentando medo, dúvida, intrigas e muito cansaço físico. A sensação de ter apanhado muito era comum. Essas ocorrências nos faziam sentir muita vergonha, mas com humildade, em pouco tempo jogávamos tudo fora e transcendíamos esta sensação.
Em uma das primeiras "pujas" (festas rituais) do Senhor Buda, que acontecem sempre no mês de Maio, estávamos todos reunidos em estados meditativos e cantando mantras quando, sem motivo algum, abri os olhos. Demorou alguns segundos para entender o que estava acontecendo, a clarividência descrevia, diante do meu olhar vazio, um universo de luz e som indescritíveis. Olhei para os monges à minha frente e eles pareciam ter uma esfera de luz no lugar de seus rostos, tão intensa que me admirei em não estar ofuscado.
Cada vez que cantávamos "buda", "jay" ou qualquer outra sagrada louvação, uma Chuva de Luz caía do alto, entrava em nossos corpos e saía por nossos poros. Era um banho de "água-luz" maravilhoso; como um banho de cachoeira, essa chuva dançava pela sala, no ritmo da música, tal como os movimentos dos cardumes de peixes nos oceanos.
Dos meus olhos escorriam lágrimas, de uma forma nada convencional, elas simplesmente escoavam-se num filete contínuo pelos cantos externos. Olhei para o alto e, por impulso, levantei os braços e as mãos e, quando isso ocorreu, os "micro-sóis", as "bolinhas de luz" assumiram a textura de flocos de neve e, em seguida, transformaram-se em pétalas de luz branca, caindo muito devagar.
Até a arquitetura do lugar se alterou, agora estávamos em devoção profunda em um andar de uma espécie de prédio circular, com mezaninos superpostos de altura infinita, parecido com um pagode oriental.
Logo nos andares de cima vi Seres luminosos com as mãos entendidas em nossa direção e era dessas mãos que brotava toda aquela luz de paz, amor e carinho.
Quando olhei para baixo, o edifício continuava lá, e vi algo que me comoveu ainda mais. Nos andares de baixo, demônios, com muito esforço, estavam sentados tentando meditar. Para um demônio sentar é quase impossível, pois os seus corpos são feitos de impaciência e insatisfação.
Chorei por muitos dias e dias, mas senti na pele que as virtudes dos reinos superiores estão sempre à nossa disposição e ao alcance das nossas mãos.
Olhar para os templos hoje é um exercício de responsabilidade, pois cada um deles é um portal para os reinos superiores, como tudo ao nosso redor.
Espero que todos possam caminhar sem a roupa do ego, por um mundo puro, sem julgamentos pessoais, para que todos juntos possamos desfrutar do paraíso que nunca abandonamos.
Não importa se estamos sozinhos no alto de uma montanha ou caminhando por uma avenida lotada de carros e pessoas. Quando o nosso ego parar de querer, pensar e julgar, o olhar simples do espírito se manifestará. E assim é, porque a natureza da clarividência está na atitude contemplativa, no observar com humildade o mundo sem acreditar na dualidade.
Depois das primeiras experiências com clarividência, percebi que a manutenção deste "novo" sentido acontecia pelo simples fato de se manter sem pensamentos, vazio de si mesmo, silencioso no mundo interior, e como "mágica" o mundo exterior parecia também silenciar.
Manter este universo tem um preço; ficar sozinho, calado e imparcial.
Sendo assim, passei a compartilhar o mundo real com os nossos "irmãos" invisíveis, agora sempre por perto. Anjos, arcanjos, fantasmas famintos, demônios, elementais e egrégoras faziam e até hoje fazem parte da rotina diária.
Este universo manifesta a inspiração intuitiva, mental e emocional para quase tudo que rodeia um ser humano negativo preso em seu próprio ego.
Mantínhamos o corpo, a fala e a mente sempre ocupados com trabalho, silêncio e mantras, para não sentir nenhuma motivação vinda dos seres e dos mundos inferiores. "Vigiávamos e orávamos" o tempo todo e, quando falhávamos, a dor era enorme.
Com pequenas distrações do nosso ego, entidades negativas visitavam nossa mente, fomentando medo, dúvida, intrigas e muito cansaço físico. A sensação de ter apanhado muito era comum. Essas ocorrências nos faziam sentir muita vergonha, mas com humildade, em pouco tempo jogávamos tudo fora e transcendíamos esta sensação.
Em uma das primeiras "pujas" (festas rituais) do Senhor Buda, que acontecem sempre no mês de Maio, estávamos todos reunidos em estados meditativos e cantando mantras quando, sem motivo algum, abri os olhos. Demorou alguns segundos para entender o que estava acontecendo, a clarividência descrevia, diante do meu olhar vazio, um universo de luz e som indescritíveis. Olhei para os monges à minha frente e eles pareciam ter uma esfera de luz no lugar de seus rostos, tão intensa que me admirei em não estar ofuscado.
Cada vez que cantávamos "buda", "jay" ou qualquer outra sagrada louvação, uma Chuva de Luz caía do alto, entrava em nossos corpos e saía por nossos poros. Era um banho de "água-luz" maravilhoso; como um banho de cachoeira, essa chuva dançava pela sala, no ritmo da música, tal como os movimentos dos cardumes de peixes nos oceanos.
Dos meus olhos escorriam lágrimas, de uma forma nada convencional, elas simplesmente escoavam-se num filete contínuo pelos cantos externos. Olhei para o alto e, por impulso, levantei os braços e as mãos e, quando isso ocorreu, os "micro-sóis", as "bolinhas de luz" assumiram a textura de flocos de neve e, em seguida, transformaram-se em pétalas de luz branca, caindo muito devagar.
Até a arquitetura do lugar se alterou, agora estávamos em devoção profunda em um andar de uma espécie de prédio circular, com mezaninos superpostos de altura infinita, parecido com um pagode oriental.
Logo nos andares de cima vi Seres luminosos com as mãos entendidas em nossa direção e era dessas mãos que brotava toda aquela luz de paz, amor e carinho.
Quando olhei para baixo, o edifício continuava lá, e vi algo que me comoveu ainda mais. Nos andares de baixo, demônios, com muito esforço, estavam sentados tentando meditar. Para um demônio sentar é quase impossível, pois os seus corpos são feitos de impaciência e insatisfação.
Chorei por muitos dias e dias, mas senti na pele que as virtudes dos reinos superiores estão sempre à nossa disposição e ao alcance das nossas mãos.
Olhar para os templos hoje é um exercício de responsabilidade, pois cada um deles é um portal para os reinos superiores, como tudo ao nosso redor.
Espero que todos possam caminhar sem a roupa do ego, por um mundo puro, sem julgamentos pessoais, para que todos juntos possamos desfrutar do paraíso que nunca abandonamos.
A ajuda divina chega quando estamos dispostos a nos ajudar por Teresa Cristina Pascotto - crispascotto@hotmail.com
Muitas vezes, ficamos reclamando e pedindo incessantemente a Deus que nos ajude, só que na verdade, geralmente, o pedido oculto é para que Ele nos salve. Queremos que um milagre aconteça para que possamos sair do buraco em que estamos -às vezes, é assim que nos sentimos-, sem que, para isso, precisemos fazer algum esforço. Acreditamos que fizemos tudo "direito", que não cometemos erros, que o que está nos acontecendo de ruim "não é nossa culpa" e, com isso, nos sentimos até mesmo vitimizados e excluídos dos Planos de Deus. Quanto mais acreditamos nisso, mais ficamos choramingando, reclamando e pedindo ajuda a "Deus e a todo mundo". Mas nunca estamos satisfeitos com a ajuda que recebemos, estamos sempre nos sentindo contrariados e não compreendidos. As pessoas que resolvem nos estender as mãos nunca o fazem da forma conforme gostaríamos e acabamos não aceitando ou não reconhecendo o apoio que nos oferecem. Desvalorizamos e desqualificamos toda a ajuda que não seja exatamente de acordo com o que queremos e acreditamos ser o que estamos precisando.
Isto ocorre porque nosso Ego acredita saber o que precisamos e como a ajuda deve ser e acontecer. Ele só quer que melhoremos e nos sintamos bem e felizes e, para isso, busca fórmulas mágicas, práticas e imediatas de trazer aquilo que ele, em sua ignorância, necessita. O Ego quer que o mundo à nossa volta mude, ele acredita que sempre fazemos tudo certo e que os outros são errados e querem nosso mau e, para mudar o mundo, ele quer que possamos encontrar meios de nos fortalecermos, através da ajuda, para manipularmos e controlarmos a tudo e a todos.
Se ficarmos presos a isso, só atrairemos as "ajudas erradas" e jamais estaremos prontos para receber a ajuda real e divina. E, quando esta bater à nossa porta, não a reconheceremos, pois estaremos com uma vibração tão negativa que não conseguiremos sentir e perceber a vibração divina e sutil que a real ajuda emana.
Mesmo porque, a ajuda divina, nem de longe é a ideal, para nosso Ego ignorante, arrogante e prepotente. Refiro-me ao Ego desta forma, quando ele está em uma condição de desequilíbrio, pois precisamos do Ego, mas desde que ele esteja saudável e alinhado ao nosso Eu Real, e atuando em parceria e sob o comando deste. Conseqüentemente, quando a ajuda divina chega, o Ego a rejeita e reclama mais intensamente. Normalmente, ela contém as condições e características que mexem com a nossa realidade interna, fazendo-nos sentir incômodo e até mesmo irritabilidade, em determinados contextos. Esta é uma reação do Ego tirano que não quer de verdade ser ajudado, só quer ser salvo, para continuar no poder e controlar o mundo ao seu bel prazer. Assim, ele a descartará ou, pior ainda, fará de tudo para nos afastar da dela, para não correr o risco de nosso coração se manifestar com a proximidade da vibração divina e nos fazer sentir e perceber que essa é a ajuda que de verdade precisamos. O coração nos dirá: Ela parece estranha, dará trabalho para sair disto e assumir a responsabilidade, mas é desta ajuda que preciso e que vou aceitar!
Mas o Ego abomina toda e qualquer possibilidade, mínima que seja, de que nosso coração se desperte diante de um apoio verdadeiro. O coração nos levará à entrega ao nosso Eu Real e, este sim, sabe que tipo de ajuda realmente precisamos.
Esta ajuda divina nos trará todas as condições iniciais necessárias para que possamos de verdade sair do atoleiro em que nos colocamos. Sim, nós nos colocamos, não é a vida nem ninguém que faz isso conosco. Portanto, aqui já deparamos com a auto-responsabilidade e esta nos dá trabalho e nos assusta. Aqui o Ego se defende e se manifesta, e nos faz sentir uma imensa preguiça e nos faz acreditar que será impossível sair do atoleiro através das opções de apoio apresentadas.
A ajuda divina nos mostra que o caminho verdadeiro que nos tirará do atoleiro, é o caminho para dentro. De qualquer forma que essa ajuda se manifeste, ela nos levará a olhar para dentro de nós para encontrarmos todas as respostas, aspectos negativos, verdades ocultas, conhecermos a nossa responsabilidade sobre tudo o que nos acontece e, principalmente, nos levará a encontrar todos os potenciais, capacidades, ferramentas e dons necessários, não só para sairmos do atoleiro, mas, principalmente, para darmos uma guinada em nossa vida e nunca mais retornarmos à condição lamentável em que estávamos.
Com isso, nossa consciência desperta para esta verdade, mas de uma forma que nos leva para além de um simples conceito -conforme estamos cansados de saber-, e nos leva a sentir essa verdade no fundo do nosso coração. Conseguiremos compreender com a alma o significado daquilo que viemos ouvindo por muito tempo, mas que nunca conseguíamos de fato trazer para nossa realidade divina e verdadeira, trazendo-nos, assim, as possibilidades de verdadeiramente efetuarmos mudanças e realizarmos nosso propósito de vida.
A ajuda divina nos mostrará que de nada adianta mantermos a condição anterior, de buscar ajuda da forma errada e sem querermos fazer nossa parte, e de nunca estarmos satisfeitos com o apoio que recebemos, sempre exigindo mais e mais das pessoas que nos ajudam, mas nunca aproveitando e apreciando o que nos oferecem. Ou fazemos a nossa parte e buscamos nossas realizações ou ficaremos eternamente atolados em nossas próprias armadilhas.
Se estivermos verdadeiramente dispostos e prontos a nos ajudar, a ajuda divina chegará e a reconheceremos imediatamente. E, principalmente, saberemos como aproveitá-la e como utilizá-la de forma sábia e proveitosa em nossa vida.
Deixo aqui uma sugestão: Ajude-se, tome uma atitude madura diante de si mesmo e só busque ajuda se, de verdade, estiver disposto a sair de suas dificuldades, com seus próprios recursos internos. O apoio que vier em verdade será apenas para te fazer acreditar mais em si mesmo para que prossiga com segurança e determinação.
Isto ocorre porque nosso Ego acredita saber o que precisamos e como a ajuda deve ser e acontecer. Ele só quer que melhoremos e nos sintamos bem e felizes e, para isso, busca fórmulas mágicas, práticas e imediatas de trazer aquilo que ele, em sua ignorância, necessita. O Ego quer que o mundo à nossa volta mude, ele acredita que sempre fazemos tudo certo e que os outros são errados e querem nosso mau e, para mudar o mundo, ele quer que possamos encontrar meios de nos fortalecermos, através da ajuda, para manipularmos e controlarmos a tudo e a todos.
Se ficarmos presos a isso, só atrairemos as "ajudas erradas" e jamais estaremos prontos para receber a ajuda real e divina. E, quando esta bater à nossa porta, não a reconheceremos, pois estaremos com uma vibração tão negativa que não conseguiremos sentir e perceber a vibração divina e sutil que a real ajuda emana.
Mesmo porque, a ajuda divina, nem de longe é a ideal, para nosso Ego ignorante, arrogante e prepotente. Refiro-me ao Ego desta forma, quando ele está em uma condição de desequilíbrio, pois precisamos do Ego, mas desde que ele esteja saudável e alinhado ao nosso Eu Real, e atuando em parceria e sob o comando deste. Conseqüentemente, quando a ajuda divina chega, o Ego a rejeita e reclama mais intensamente. Normalmente, ela contém as condições e características que mexem com a nossa realidade interna, fazendo-nos sentir incômodo e até mesmo irritabilidade, em determinados contextos. Esta é uma reação do Ego tirano que não quer de verdade ser ajudado, só quer ser salvo, para continuar no poder e controlar o mundo ao seu bel prazer. Assim, ele a descartará ou, pior ainda, fará de tudo para nos afastar da dela, para não correr o risco de nosso coração se manifestar com a proximidade da vibração divina e nos fazer sentir e perceber que essa é a ajuda que de verdade precisamos. O coração nos dirá: Ela parece estranha, dará trabalho para sair disto e assumir a responsabilidade, mas é desta ajuda que preciso e que vou aceitar!
Mas o Ego abomina toda e qualquer possibilidade, mínima que seja, de que nosso coração se desperte diante de um apoio verdadeiro. O coração nos levará à entrega ao nosso Eu Real e, este sim, sabe que tipo de ajuda realmente precisamos.
Esta ajuda divina nos trará todas as condições iniciais necessárias para que possamos de verdade sair do atoleiro em que nos colocamos. Sim, nós nos colocamos, não é a vida nem ninguém que faz isso conosco. Portanto, aqui já deparamos com a auto-responsabilidade e esta nos dá trabalho e nos assusta. Aqui o Ego se defende e se manifesta, e nos faz sentir uma imensa preguiça e nos faz acreditar que será impossível sair do atoleiro através das opções de apoio apresentadas.
A ajuda divina nos mostra que o caminho verdadeiro que nos tirará do atoleiro, é o caminho para dentro. De qualquer forma que essa ajuda se manifeste, ela nos levará a olhar para dentro de nós para encontrarmos todas as respostas, aspectos negativos, verdades ocultas, conhecermos a nossa responsabilidade sobre tudo o que nos acontece e, principalmente, nos levará a encontrar todos os potenciais, capacidades, ferramentas e dons necessários, não só para sairmos do atoleiro, mas, principalmente, para darmos uma guinada em nossa vida e nunca mais retornarmos à condição lamentável em que estávamos.
Com isso, nossa consciência desperta para esta verdade, mas de uma forma que nos leva para além de um simples conceito -conforme estamos cansados de saber-, e nos leva a sentir essa verdade no fundo do nosso coração. Conseguiremos compreender com a alma o significado daquilo que viemos ouvindo por muito tempo, mas que nunca conseguíamos de fato trazer para nossa realidade divina e verdadeira, trazendo-nos, assim, as possibilidades de verdadeiramente efetuarmos mudanças e realizarmos nosso propósito de vida.
A ajuda divina nos mostrará que de nada adianta mantermos a condição anterior, de buscar ajuda da forma errada e sem querermos fazer nossa parte, e de nunca estarmos satisfeitos com o apoio que recebemos, sempre exigindo mais e mais das pessoas que nos ajudam, mas nunca aproveitando e apreciando o que nos oferecem. Ou fazemos a nossa parte e buscamos nossas realizações ou ficaremos eternamente atolados em nossas próprias armadilhas.
Se estivermos verdadeiramente dispostos e prontos a nos ajudar, a ajuda divina chegará e a reconheceremos imediatamente. E, principalmente, saberemos como aproveitá-la e como utilizá-la de forma sábia e proveitosa em nossa vida.
Deixo aqui uma sugestão: Ajude-se, tome uma atitude madura diante de si mesmo e só busque ajuda se, de verdade, estiver disposto a sair de suas dificuldades, com seus próprios recursos internos. O apoio que vier em verdade será apenas para te fazer acreditar mais em si mesmo para que prossiga com segurança e determinação.
A Vida precisava me mandar um maremoto, só porque não vi a torneira pingando? por El Morya Luz da Consciência - nucleo.elmorya@terra.com.br
"Golpes duros acontecem com muitas pessoas, para que possam mudar seus caminhos rapidamente. Não importa se a pessoa tem sucesso ou é importante, ninguém controla os mundos invisíveis, não podemos manipulá-los. A teia das experiências de vida é tecida precisamente por nossas atitudes internas, pensamentos, sentimentos e julgamentos. Tentar comprar iluminação é ridículo e impossível. Precisamos ter muita coragem para ver exatamente o que criamos com nossas atitudes. Qualquer tentativa de esconder a verdade ou deixá-la passar desapercebida tem que ser eliminada, para que a cura possa acontecer". (Jamie Sams - do Livro Dançando o Sonho)
A realidade atual em que vivemos nos permite ver clara e abertamente o caminho traçado por nós, através das escolhas que fazemos e, também, o produto das nossas semeaduras. Por que, então, cheios de dúvidas vacilamos para seguir esse caminho com passos decididos, seguros e sem medo? O que nos impede de ter certeza?
A história da humanidade está repleta de episódios onde podemos encontrar pessoas com circunstâncias de vida boas e ruins, que realizaram grandes obras, sobressaíram-se do pensamento das massas e seguiram caminhos diferentes dos habituais. Quais foram seus diferenciais? Ou o que contribuiu para que elas enfrentassem tudo e todos para realizarem seus intentos?
Poderíamos dizer que foi coragem, determinação, garra, ânimo, motivação, etc.
Eu diria que foi um pouco de tudo isso junto, mas, o mais importante: acreditaram em si mesmos, ousando ser diferentes e convenceram-se de sua própria perfeição - a perfeição divina sustentada por uma fé inabalável nas Leis Universais que nunca falham.
Para alcançarmos a realização de qualquer objetivo de vida precisamos enfrentar as mudanças e tudo que ela acarreta: 1º um desconforto, o desconhecido, o medo do novo, a incerteza, para depois, olharmos um novo horizonte a nossa frente, repleto de tudo aquilo que mais almejamos. Então o que dificulta tanto esse caminho?
Nossa mente racional... sim, é ela, a razão, que não consegue reconhecer uma mudança súbita. Ficamos estagnados nos velhos, mas, conhecidos modos de vida, nas nossas zonas de conforto, e também naquilo que não queremos abrir mão, desapegar, e não nos permitimos seguir rumos desconhecidos.
A Vontade Divina sempre aponta qual é nosso Plano interior através da intuição, porém, fazemos um enorme esforço para reconhecermos nossa própria vontade e opiniões, atrás de todos os acontecimentos que o Plano Divino coloca em forma de "sinais do universo" para que aprendamos a decifrá-los. Como demoramos muito para entender esse mecanismo, passamos por provas muito duras, não por castigo, mas, porque existe muita coisa que aprendemos só através do sofrimento, com severidade. Estar sempre "tudo bem" não nos faz progredir e, de vez em quando, coisas mais duras, aparecem como obstáculos para que aprendamos a superá-los.
Os Seres de Luz que acompanham nossos passos aqui preparam ensinamentos , fazendo com que coisas desconhecidas aconteçam para testar nossa fé e confiança em nós mesmos e Neles. Nos admiramos, às vezes revoltados, angustiados, porém, depois, com consciência, damos graças - pois esta é a Vontade Divina! E, ela significa submissão, não passiva, mas, resignadamente ativa, que nos aponta sempre a perfeição em tudo, assumimos um poder pessoal e conquistamos a vida, a verdadeira, a do espírito, que pode sim, ser plena ainda nessa dimensão.
Ficamos contagiados e admirados por uma forte Força que, até então, estava latente, e percebemos, extasiados, um novo alvorecer, cheio de acontecimentos e pessoas novas.
Os acontecimentos do Mundo físico e as pessoas com quem convivemos, ainda exercem forte influência em nossos pensamentos e sentimentos e quando não cooperamos para reduzir isso, deixando que o externo conduza nossa vontade, sofremos com conseqüências que impedem nosso desenvolvimento e acabamos repetindo os mesmos erros.
Sair da razão e respeitar os sentimentos ajudam a conservá-los limpos e livres. Como voar às alturas, se nos deixamos ser puxados para baixo, constantemente, por coisas exteriores?
Isso não significa "fechar os olhos para os outros ou aos acontecimentos diários", mas eles não devem penetrar e alterar o nosso interior e a nossa vontade.
Temos muitas possibilidades de sair dos sofrimentos se, animados com o conhecimento da nossa Perfeição Divina, nos modificarmos, colocando-nos acima de todas as fortes insuficiências do ser externo, deixando as As Forças divinas atuarem por nós, reconhecendo-as e nelas acreditando.
O discernimento é uma qualidade da mente indispensável e usá-lo é um importante critério para sair das ilusões e entender o que é bom e correto para nós, ouvindo o coração e não as opiniões alheias.
Os obstáculos serão necessários enquanto não aprendermos a entregar nossos problemas ao divino e pararmos de tentar solucioná-los com nossa própria vontade. Esse é o grande segredo dos bem sucedidos em tudo que faz parte da vida: relacionamentos, profissão, prosperidade financeira, família, e, tudo que almejamos.
Assim também, ajudaremos a face da Terra se modificar.
Vera Godoy
A realidade atual em que vivemos nos permite ver clara e abertamente o caminho traçado por nós, através das escolhas que fazemos e, também, o produto das nossas semeaduras. Por que, então, cheios de dúvidas vacilamos para seguir esse caminho com passos decididos, seguros e sem medo? O que nos impede de ter certeza?
A história da humanidade está repleta de episódios onde podemos encontrar pessoas com circunstâncias de vida boas e ruins, que realizaram grandes obras, sobressaíram-se do pensamento das massas e seguiram caminhos diferentes dos habituais. Quais foram seus diferenciais? Ou o que contribuiu para que elas enfrentassem tudo e todos para realizarem seus intentos?
Poderíamos dizer que foi coragem, determinação, garra, ânimo, motivação, etc.
Eu diria que foi um pouco de tudo isso junto, mas, o mais importante: acreditaram em si mesmos, ousando ser diferentes e convenceram-se de sua própria perfeição - a perfeição divina sustentada por uma fé inabalável nas Leis Universais que nunca falham.
Para alcançarmos a realização de qualquer objetivo de vida precisamos enfrentar as mudanças e tudo que ela acarreta: 1º um desconforto, o desconhecido, o medo do novo, a incerteza, para depois, olharmos um novo horizonte a nossa frente, repleto de tudo aquilo que mais almejamos. Então o que dificulta tanto esse caminho?
Nossa mente racional... sim, é ela, a razão, que não consegue reconhecer uma mudança súbita. Ficamos estagnados nos velhos, mas, conhecidos modos de vida, nas nossas zonas de conforto, e também naquilo que não queremos abrir mão, desapegar, e não nos permitimos seguir rumos desconhecidos.
A Vontade Divina sempre aponta qual é nosso Plano interior através da intuição, porém, fazemos um enorme esforço para reconhecermos nossa própria vontade e opiniões, atrás de todos os acontecimentos que o Plano Divino coloca em forma de "sinais do universo" para que aprendamos a decifrá-los. Como demoramos muito para entender esse mecanismo, passamos por provas muito duras, não por castigo, mas, porque existe muita coisa que aprendemos só através do sofrimento, com severidade. Estar sempre "tudo bem" não nos faz progredir e, de vez em quando, coisas mais duras, aparecem como obstáculos para que aprendamos a superá-los.
Os Seres de Luz que acompanham nossos passos aqui preparam ensinamentos , fazendo com que coisas desconhecidas aconteçam para testar nossa fé e confiança em nós mesmos e Neles. Nos admiramos, às vezes revoltados, angustiados, porém, depois, com consciência, damos graças - pois esta é a Vontade Divina! E, ela significa submissão, não passiva, mas, resignadamente ativa, que nos aponta sempre a perfeição em tudo, assumimos um poder pessoal e conquistamos a vida, a verdadeira, a do espírito, que pode sim, ser plena ainda nessa dimensão.
Ficamos contagiados e admirados por uma forte Força que, até então, estava latente, e percebemos, extasiados, um novo alvorecer, cheio de acontecimentos e pessoas novas.
Os acontecimentos do Mundo físico e as pessoas com quem convivemos, ainda exercem forte influência em nossos pensamentos e sentimentos e quando não cooperamos para reduzir isso, deixando que o externo conduza nossa vontade, sofremos com conseqüências que impedem nosso desenvolvimento e acabamos repetindo os mesmos erros.
Sair da razão e respeitar os sentimentos ajudam a conservá-los limpos e livres. Como voar às alturas, se nos deixamos ser puxados para baixo, constantemente, por coisas exteriores?
Isso não significa "fechar os olhos para os outros ou aos acontecimentos diários", mas eles não devem penetrar e alterar o nosso interior e a nossa vontade.
Temos muitas possibilidades de sair dos sofrimentos se, animados com o conhecimento da nossa Perfeição Divina, nos modificarmos, colocando-nos acima de todas as fortes insuficiências do ser externo, deixando as As Forças divinas atuarem por nós, reconhecendo-as e nelas acreditando.
O discernimento é uma qualidade da mente indispensável e usá-lo é um importante critério para sair das ilusões e entender o que é bom e correto para nós, ouvindo o coração e não as opiniões alheias.
Os obstáculos serão necessários enquanto não aprendermos a entregar nossos problemas ao divino e pararmos de tentar solucioná-los com nossa própria vontade. Esse é o grande segredo dos bem sucedidos em tudo que faz parte da vida: relacionamentos, profissão, prosperidade financeira, família, e, tudo que almejamos.
Assim também, ajudaremos a face da Terra se modificar.
Vera Godoy
O desafio da aceitação :: Elisabeth Cavalcante ::
O desafio da aceitação
:: Elisabeth Cavalcante ::
Um dos maiores equívocos que cometemos no que se refere aos relacionamentos, especialmente aos afetivos, é acreditar plenamente que vamos conseguir mudar o outro.
No começo, quando estamos tomados pela paixão, ele nos parece o ser mais perfeito e encantador do mundo. Entretanto, conforme o tempo passa e passamos a conhecê-lo melhor, vamos percebendo seus defeitos e suas limitações.
Mas, esta constatação, por ser contrária ao sonho e à fantasia que acalentamos, se torna difícil de ser aceita. Então, criamos em nós uma ilusão, a de que nosso amor será capaz de transformá-lo de maneira definitiva.
Agarramo-nos a esta crença porque ela nos é muito confortável. E, ainda que o outro nos envie sinais suficientes para percebermos que a mudança não acontecerá, insistimos em permanecer cegos, até que finalmente se torne impossível para nós suportar a realidade da desilusão.
Aí, passamos a culpá-lo por nos ter decepcionado e traído nossas esperanças. Ocorre que não podemos nem devemos esperar que alguém mude, simplesmente motivado pelo nosso desejo.
Querer que o outro se amolde ao modelo que criamos em nossa imaginação, é uma atitude irreal, que acaba sempre gerando sofrimento. Enquanto permanecemos nessa tentativa, o tempo passa e um dia percebemos quanta energia gastamos nessa tentativa vã.
Aceitar nossa própria imperfeição é o primeiro passo para que abandonemos o sonho de encontrá-la no outro. Sem isto, continuaremos presas fáceis da decepção, pois nenhum relacionamento será capaz de preencher nossas expectativas.
" .... Pequenas coisas são suficientes para criar barreiras, e estamos todos vivendo com as nossas defesas, de modo que os outros não podem saber exatamente o que nós somos. Nós lhes permitimos conhecer apenas aquela parte do nosso ser que é aceitável a eles. Esse é um dos fundamentos da nossa miséria.
As pessoas são diferentes e nós deveríamos nos alegrar e regozijar em suas diferenças, em suas variedades. Seu julgamento não vai mudar ninguém; talvez seu julgamento possa criar uma teimosia na outra pessoa em não mudar. Quem é você para mudar a pessoa?
Esses são os segredos da vida. Se você aceita alguém com totalidade, ele começa a mudar, porque você lhe dá total liberdade de ele ser ele mesmo. E a pessoa que lhe dá total liberdade de você ser você mesmo... - você gostaria que aquela pessoa fosse feliz; no que lhe diz respeito, ele lhe deu a dignidade e a honra de aceitá-lo.
É muito natural que, se você vê algo em você que não está certo - embora a outra pessoa o aceite como você é - você deseje ser até melhor, por causa dela; ser mais meigo, mais amoroso, mais delicado por causa dela.
Eu o aceito como você é. Eu não tenho nenhuma expectativa sobre você - eu não quero que você seja modelado dentro de uma certa idéia, dentro de um certo ideal. Não quero fazer de você uma estátua morta. Quero que você fique vivo, mais vivo... e você pode ser vivo somente se a sua totalidade for aceita - não apenas aceita, mas respeitada....".
OSHO - O Esplendor Oculto.
:: Elisabeth Cavalcante ::
Um dos maiores equívocos que cometemos no que se refere aos relacionamentos, especialmente aos afetivos, é acreditar plenamente que vamos conseguir mudar o outro.
No começo, quando estamos tomados pela paixão, ele nos parece o ser mais perfeito e encantador do mundo. Entretanto, conforme o tempo passa e passamos a conhecê-lo melhor, vamos percebendo seus defeitos e suas limitações.
Mas, esta constatação, por ser contrária ao sonho e à fantasia que acalentamos, se torna difícil de ser aceita. Então, criamos em nós uma ilusão, a de que nosso amor será capaz de transformá-lo de maneira definitiva.
Agarramo-nos a esta crença porque ela nos é muito confortável. E, ainda que o outro nos envie sinais suficientes para percebermos que a mudança não acontecerá, insistimos em permanecer cegos, até que finalmente se torne impossível para nós suportar a realidade da desilusão.
Aí, passamos a culpá-lo por nos ter decepcionado e traído nossas esperanças. Ocorre que não podemos nem devemos esperar que alguém mude, simplesmente motivado pelo nosso desejo.
Querer que o outro se amolde ao modelo que criamos em nossa imaginação, é uma atitude irreal, que acaba sempre gerando sofrimento. Enquanto permanecemos nessa tentativa, o tempo passa e um dia percebemos quanta energia gastamos nessa tentativa vã.
Aceitar nossa própria imperfeição é o primeiro passo para que abandonemos o sonho de encontrá-la no outro. Sem isto, continuaremos presas fáceis da decepção, pois nenhum relacionamento será capaz de preencher nossas expectativas.
" .... Pequenas coisas são suficientes para criar barreiras, e estamos todos vivendo com as nossas defesas, de modo que os outros não podem saber exatamente o que nós somos. Nós lhes permitimos conhecer apenas aquela parte do nosso ser que é aceitável a eles. Esse é um dos fundamentos da nossa miséria.
As pessoas são diferentes e nós deveríamos nos alegrar e regozijar em suas diferenças, em suas variedades. Seu julgamento não vai mudar ninguém; talvez seu julgamento possa criar uma teimosia na outra pessoa em não mudar. Quem é você para mudar a pessoa?
Esses são os segredos da vida. Se você aceita alguém com totalidade, ele começa a mudar, porque você lhe dá total liberdade de ele ser ele mesmo. E a pessoa que lhe dá total liberdade de você ser você mesmo... - você gostaria que aquela pessoa fosse feliz; no que lhe diz respeito, ele lhe deu a dignidade e a honra de aceitá-lo.
É muito natural que, se você vê algo em você que não está certo - embora a outra pessoa o aceite como você é - você deseje ser até melhor, por causa dela; ser mais meigo, mais amoroso, mais delicado por causa dela.
Eu o aceito como você é. Eu não tenho nenhuma expectativa sobre você - eu não quero que você seja modelado dentro de uma certa idéia, dentro de um certo ideal. Não quero fazer de você uma estátua morta. Quero que você fique vivo, mais vivo... e você pode ser vivo somente se a sua totalidade for aceita - não apenas aceita, mas respeitada....".
OSHO - O Esplendor Oculto.
Momento de Reavaliação
As experiências do passado já se foram e não há nada que possamos fazer em relação a isso, a não ser resignificá-las à luz de uma nova compreensão.
Como?
Trazendo para o Agora apenas as lições de crescimento que estas experiências nos proporcionaram. Portanto, o fato em si não muda, porém, muda o nosso entendimento em relação a ele.
Em geral, quando sentimos que erramos, ficamos nos punindo, onde a culpa mina as resistências psíquicas, com sentimentos de baixa auto-estima, decepção em relação a nós mesmos e uma sensação de profundo vazio interno. Neste momento são inevitáveis os questionamentos e o desejo de mudar. Mas, o que muda?
Muda quando percebemos que tudo o que temos nas mãos é a força e o poder do momento presente, o único momento que tem vida, pois o passado já foi e o futuro é uma incógnita. Portanto, é no presente que podemos reverter situações do passado, compreendendo que foram experiências que serviram para nos trazer mais maturidade e sabedoria.
Além disso é importante a compreensão de que o homem vive sua vida através de ciclos, assim como a natureza. A lua, as marés e a mulher, têm ciclos de 28 dias. Na natureza, as estações do ano, primavera, verão, outono e inverno, correspondem á infância, juventude, maturidade e velhice. Pequenos ciclos, são encontrados também dentro dos grandes ciclos, como momentos de depressão na juventude ou de grandes realizações na velhice, correspondendo a um inverno dentro do verão e um verão dentro do inverno, respectivamente.
Os finais de ciclo correspondem à morte e os inícios, ao renascimento. Morremos para o conforto do útero ao nascermos para uma vida mais ampla e repleta de estímulos, morremos para o aleitamento materno ao nascermos para uma alimentação mais variada em sabores e texturas, morremos para a condição infantil ao nascermos para a adolescência e a possibilidade de mais conhecimentos e descobertas, morremos para a adolescência ao nascermos para a vida adulta e produtiva e assim vai indefinidamente até a morte do corpo físico para o nascer em espírito.
E o que aprendemos com a compreensão dos ciclos, mortes e renascimento?
Que na vida situações acabam para dar lugar a outras experiências que podem ser vividas com mais maturidade e sabedoria. Nada acaba sem que se abra a possibilidade do novo.
Porém, à medida que construímos a personalidade, criamos um sistema de crenças através do contato com o mundo. Neste sentido, o comportamento do adulto reflete este sistema de crenças e o mundo nos devolve tudo aquilo em que acreditamos, pois de acordo com estas crenças, temos emoções e comportamentos correspondentes, criando-se uma freqüência vibratória que atrai experiências específicas de acordo com este campo. È a grande lei da sintonia. Algumas crenças mais comuns:
“nunca consigo fazer o que quero”
“a doença é comum na minha família”
“as pessoas só me magoam”
“nasci para sofrer”
Portanto, é preciso prestar atenção nos pensamentos para que possamos revertê-los. E só podemos estar atentos se estivermos de fato vivendo o momento presente. Todavia, quando não queremos mudar, quando preferimos ficar com nossas velhas dores e ilusões, sempre encontramos boas desculpas, como:
“mudar de assunto”;
“folhear uma revista”;
“chegar atrasado” ;
“desviar o olhar pela janela”.
O trabalho, portanto consiste em lapidar a personalidade, (através da mudança do sistema de crenças), criar uma nova concepção de vida (através da compreensão de seus ciclos), compreender que por mais difíceis sejam as situações que vivemos, sempre podemos viver outras com mais plenitude e realização; melhorar a auto-estima, procurando cuidar do ser de uma forma holística, atendendo as necessidades físicas (através de exercícios e boa alimentação), psíquicas (através da compreensão de si mesmo , trabalhando emoções e pensamentos) e espirituais (escolhendo a meditação a ligação com a fonte superior).
Porém, importante relembrar que mudanças se tornam possíveis quando estamos conectados com o Agora, com a natureza e os ciclos da vida, resignificando o passado e construindo um futuro que faça mais sentido.
Maria Célia D. Guilherme
Psicóloga Transpessoal, Palestrante e Coordenadora das Oficinas Terapêuticas Cuidar do Ser
Como?
Trazendo para o Agora apenas as lições de crescimento que estas experiências nos proporcionaram. Portanto, o fato em si não muda, porém, muda o nosso entendimento em relação a ele.
Em geral, quando sentimos que erramos, ficamos nos punindo, onde a culpa mina as resistências psíquicas, com sentimentos de baixa auto-estima, decepção em relação a nós mesmos e uma sensação de profundo vazio interno. Neste momento são inevitáveis os questionamentos e o desejo de mudar. Mas, o que muda?
Muda quando percebemos que tudo o que temos nas mãos é a força e o poder do momento presente, o único momento que tem vida, pois o passado já foi e o futuro é uma incógnita. Portanto, é no presente que podemos reverter situações do passado, compreendendo que foram experiências que serviram para nos trazer mais maturidade e sabedoria.
Além disso é importante a compreensão de que o homem vive sua vida através de ciclos, assim como a natureza. A lua, as marés e a mulher, têm ciclos de 28 dias. Na natureza, as estações do ano, primavera, verão, outono e inverno, correspondem á infância, juventude, maturidade e velhice. Pequenos ciclos, são encontrados também dentro dos grandes ciclos, como momentos de depressão na juventude ou de grandes realizações na velhice, correspondendo a um inverno dentro do verão e um verão dentro do inverno, respectivamente.
Os finais de ciclo correspondem à morte e os inícios, ao renascimento. Morremos para o conforto do útero ao nascermos para uma vida mais ampla e repleta de estímulos, morremos para o aleitamento materno ao nascermos para uma alimentação mais variada em sabores e texturas, morremos para a condição infantil ao nascermos para a adolescência e a possibilidade de mais conhecimentos e descobertas, morremos para a adolescência ao nascermos para a vida adulta e produtiva e assim vai indefinidamente até a morte do corpo físico para o nascer em espírito.
E o que aprendemos com a compreensão dos ciclos, mortes e renascimento?
Que na vida situações acabam para dar lugar a outras experiências que podem ser vividas com mais maturidade e sabedoria. Nada acaba sem que se abra a possibilidade do novo.
Porém, à medida que construímos a personalidade, criamos um sistema de crenças através do contato com o mundo. Neste sentido, o comportamento do adulto reflete este sistema de crenças e o mundo nos devolve tudo aquilo em que acreditamos, pois de acordo com estas crenças, temos emoções e comportamentos correspondentes, criando-se uma freqüência vibratória que atrai experiências específicas de acordo com este campo. È a grande lei da sintonia. Algumas crenças mais comuns:
“nunca consigo fazer o que quero”
“a doença é comum na minha família”
“as pessoas só me magoam”
“nasci para sofrer”
Portanto, é preciso prestar atenção nos pensamentos para que possamos revertê-los. E só podemos estar atentos se estivermos de fato vivendo o momento presente. Todavia, quando não queremos mudar, quando preferimos ficar com nossas velhas dores e ilusões, sempre encontramos boas desculpas, como:
“mudar de assunto”;
“folhear uma revista”;
“chegar atrasado” ;
“desviar o olhar pela janela”.
O trabalho, portanto consiste em lapidar a personalidade, (através da mudança do sistema de crenças), criar uma nova concepção de vida (através da compreensão de seus ciclos), compreender que por mais difíceis sejam as situações que vivemos, sempre podemos viver outras com mais plenitude e realização; melhorar a auto-estima, procurando cuidar do ser de uma forma holística, atendendo as necessidades físicas (através de exercícios e boa alimentação), psíquicas (através da compreensão de si mesmo , trabalhando emoções e pensamentos) e espirituais (escolhendo a meditação a ligação com a fonte superior).
Porém, importante relembrar que mudanças se tornam possíveis quando estamos conectados com o Agora, com a natureza e os ciclos da vida, resignificando o passado e construindo um futuro que faça mais sentido.
Maria Célia D. Guilherme
Psicóloga Transpessoal, Palestrante e Coordenadora das Oficinas Terapêuticas Cuidar do Ser
Otimismo e Atitudes
Quantas são as perguntas que nos fazemos diariamente?
Quantas dificuldades acham estar em nosso caminho?
Quantas vezes abaixamos a cabeça
para os acontecimentos que não nos agradam?
Quantas vezes reagimos positivamente
diante de tantos questionamentos?
Quantas vezes nos fazemos de vítimas?
Será que temos tantos problemas assim?
Pois bem, tantas perguntas e uma só resposta:
Estamos estacionados num mar de enganos
e jogamos a ancora para atracar e não sair do lugar.
Tudo porque esquecemos que somos criaturas de Deus
e que ele nos deu vários caminhos para
segui-lo da melhor forma possível.
Deu-nos o Otimismo para levantar a ancora e desatracar
deste porto de enganos em que nos colocamos muitas vezes por comodismo.
Não sejamos vítimas de nós mesmos...
Busque o Otimismo para fortalecer suas forças e comece a reagir...
Reaja de maneira Otimista a suas dificuldades,
tenha coragem e supere, você é capaz desta modificação...
Deixe este porto de enganos para trás, porque existe um mar
todo seu para ser explorado, pois esta capacidade positiva
de solucionar seus problemas está dentro de você.
Apenas tome o timão deste navio chamado vida.
domingo, 28 de novembro de 2010
Não estamos sozinhos - Capítulo 10 por Márcio Lupion - marcio@kallipolis.org
A clarividência se manifesta com o esquecimento de si mesmo...
O monge aprendiz, agora vivendo em uma "nova realidade" repleta de "ventos líquidos" e matizes multicoloridas, cores de altíssima vibração que emitiam som. Era uma música indescritível e que parecia ter vida própria, porque literalmente tudo à sua volta vibrava e respondia aos sentimentos mais sutis.
Uma felicidade infantil estava presente em cada segundo, como se vê na alegria de crianças que exploram o mundo pela primeira vez, e tudo isso passou a ser a base do cotidiano. Também era percebida uma estranha dualidade, pois ao mesmo tempo em que gostaria de mostrar tudo isso a todos que encontrava, aos amigos e, principalmente, aos descrentes, sabia no íntimo que poderia e seria ridicularizado mais uma vez. Não valeria a pena... com toda esta bem-aventurança, o Marcio estava vivendo um dos momentos mais solitários da sua vida.
O sentimento de perceber que nós emprestamos uma corrente energética aos objetos era realmente fantástico; que cada emoção tem uma cor como também um tom sonoro diferente, fazia toda a vida ganhar sentido. Nada ficou despercebido, tudo passou a importar muito, não havia mais tempo jogado fora, não existia mais a sensação de desperdício.
Os antigos egípcios viam a realidade possivelmente assim, pois quando chegamos com um grupo de alunos ao deserto de Saquara, ao percebermos uma quantidade de cacos e mais cacos de objetos cerâmicos na areia, perguntamos ao nosso paciente guia o porquê de tantos cacos e ele respondeu: - Ah... esses objetos cerâmicos foram jogados no chão para quebrar, pois no momento em que esses objetos se quebram, a utilidade deles se perde, assim sendo a sua energia vital volta para o outro mundo.
Exatamente como quando o corpo físico perde a utilidade e a nossa consciência se transfere para um novo corpo em outro plano.
Estava tudo caminhando às mil maravilhas até que em um determinado dia, passei pela faculdade, onde fui entregar alguns trabalhos.
Caminhei até o porão do prédio em que ficava o diretório acadêmico, olhei desatentamente para um canto qualquer, onde alguns colegas estavam dormindo no escuro, muito escuro; lá colocavam alguns colchões e almofadas e no meio daquela escuridão percebi movimentos, parecia que as sombras tinham ganhado vida, de repente, alguém estava se levantando entre as almofadas, olhou para mim e sobre os ombros dele percebi uma forma bizarra, uma forma feita de fumaça líquida escura, como fumaça de borracha pegando fogo, e quando eu olhei para aquele ser, aquela fumaça tinha olhos e com um pouco mais de cuidado dava para ver as mãos e os pés, este ser ficava sentado como um bebê nos ombros do pai, com as mãos e braços apoiados na cabeça do meu colega, o mais impressionante era que os olhares, tanto daquela entidade, quanto o dele, tinham o mesmo brilho embaçado, os dois respiravam da mesma forma, os gestos eram iguais, quando a entidade bocejava, ele também bocejava.
O colega andava arrastando os pés como se realmente carregasse um peso, o pescoço arqueado para frente e na barriga dele algumas situações realmente inusitadas que não lembro de ter visto em livro nenhum. Da sua barriga saía fumaça em forma de serpente, ou em forma de sanguessugas.
Quando olhei para aquela cena toda, deu para sentir realmente porque meu colega tinha tanto sono, provavelmente ele cedeu, em alguns momentos, para algum tipo de vício, que não me cabe entender nem julgar em momento algum. Mas dava para ver que ele era visitado por uma entidade que morava praticamente em cima dele, em alguns momentos ela desaparecia e surgia novamente em seu olhar. Fiquei realmente muito assustado... aquele ser percebeu, de alguma forma que desconheço, que eu estava conseguindo vê-lo.
Meu colega passou por mim e aquele ser ficou me olhando, tive que fingir que nada estava acontecendo. A entidade ficou olhando para trás o tempo inteiro e senti medo, um medo desconhecido, tremedeira, um suor profundo, meu corpo inteiro arrepiado, lembro que larguei o meu trabalho para trás, e fui até o ashram, bati na porta, incomodei nosso mestre, e no momento em que entrei suando e passando muito mal, ele me olhou e disse:
- O que foi Satyananda?
Mestre, acho que eu vi um demônio, acho que eu entendi o que é o mal, o mal inercial, aquele mal que não sai de perto das pessoas. Eu estou começando a ver pensamentos com formas.
- Não, você não viu pensamentos, você viu um visitante - disse meu mestre, e eu ainda perguntei:
Mas por que eu vi isso? Se eu medito, recito mantras, e vivo uma vida de entrega a Deus?
- Você viu isso porque isso está lá, essas coisas estão lá, as pessoas é que não vêem, as pessoas é que não querem ver.
E eu continuei: - Mas esse ser não era o meu colega.
- Não, não era, mas o seu colega e ele entraram em unidade em algum tempo, e agora cabe ao seu colega retirar o visitante no dia que ele desejar; ele convidou e é ele que tem que retirar.
Mestre o que eu faço?
- Você vai continuar um tempo na condição da clarividência, e depois vai ter que continuar o seu caminho e vai diminuir a visão desses reinos.
Desse dia em diante, compreendi que tanto os anjos percebidos nas nuvens, nos brilhos, nos sorrisos das crianças, sempre estão presentes, como também o lado negro e, nesse dia, percebi que aquelas gárgulas, aquelas formas de demônios, de bestas pousadas, paradas, esculpidas em pedras nas paredes das catedrais góticas, não são e nunca foram alegorias decorativas...
O monge aprendiz, agora vivendo em uma "nova realidade" repleta de "ventos líquidos" e matizes multicoloridas, cores de altíssima vibração que emitiam som. Era uma música indescritível e que parecia ter vida própria, porque literalmente tudo à sua volta vibrava e respondia aos sentimentos mais sutis.
Uma felicidade infantil estava presente em cada segundo, como se vê na alegria de crianças que exploram o mundo pela primeira vez, e tudo isso passou a ser a base do cotidiano. Também era percebida uma estranha dualidade, pois ao mesmo tempo em que gostaria de mostrar tudo isso a todos que encontrava, aos amigos e, principalmente, aos descrentes, sabia no íntimo que poderia e seria ridicularizado mais uma vez. Não valeria a pena... com toda esta bem-aventurança, o Marcio estava vivendo um dos momentos mais solitários da sua vida.
O sentimento de perceber que nós emprestamos uma corrente energética aos objetos era realmente fantástico; que cada emoção tem uma cor como também um tom sonoro diferente, fazia toda a vida ganhar sentido. Nada ficou despercebido, tudo passou a importar muito, não havia mais tempo jogado fora, não existia mais a sensação de desperdício.
Os antigos egípcios viam a realidade possivelmente assim, pois quando chegamos com um grupo de alunos ao deserto de Saquara, ao percebermos uma quantidade de cacos e mais cacos de objetos cerâmicos na areia, perguntamos ao nosso paciente guia o porquê de tantos cacos e ele respondeu: - Ah... esses objetos cerâmicos foram jogados no chão para quebrar, pois no momento em que esses objetos se quebram, a utilidade deles se perde, assim sendo a sua energia vital volta para o outro mundo.
Exatamente como quando o corpo físico perde a utilidade e a nossa consciência se transfere para um novo corpo em outro plano.
Estava tudo caminhando às mil maravilhas até que em um determinado dia, passei pela faculdade, onde fui entregar alguns trabalhos.
Caminhei até o porão do prédio em que ficava o diretório acadêmico, olhei desatentamente para um canto qualquer, onde alguns colegas estavam dormindo no escuro, muito escuro; lá colocavam alguns colchões e almofadas e no meio daquela escuridão percebi movimentos, parecia que as sombras tinham ganhado vida, de repente, alguém estava se levantando entre as almofadas, olhou para mim e sobre os ombros dele percebi uma forma bizarra, uma forma feita de fumaça líquida escura, como fumaça de borracha pegando fogo, e quando eu olhei para aquele ser, aquela fumaça tinha olhos e com um pouco mais de cuidado dava para ver as mãos e os pés, este ser ficava sentado como um bebê nos ombros do pai, com as mãos e braços apoiados na cabeça do meu colega, o mais impressionante era que os olhares, tanto daquela entidade, quanto o dele, tinham o mesmo brilho embaçado, os dois respiravam da mesma forma, os gestos eram iguais, quando a entidade bocejava, ele também bocejava.
O colega andava arrastando os pés como se realmente carregasse um peso, o pescoço arqueado para frente e na barriga dele algumas situações realmente inusitadas que não lembro de ter visto em livro nenhum. Da sua barriga saía fumaça em forma de serpente, ou em forma de sanguessugas.
Quando olhei para aquela cena toda, deu para sentir realmente porque meu colega tinha tanto sono, provavelmente ele cedeu, em alguns momentos, para algum tipo de vício, que não me cabe entender nem julgar em momento algum. Mas dava para ver que ele era visitado por uma entidade que morava praticamente em cima dele, em alguns momentos ela desaparecia e surgia novamente em seu olhar. Fiquei realmente muito assustado... aquele ser percebeu, de alguma forma que desconheço, que eu estava conseguindo vê-lo.
Meu colega passou por mim e aquele ser ficou me olhando, tive que fingir que nada estava acontecendo. A entidade ficou olhando para trás o tempo inteiro e senti medo, um medo desconhecido, tremedeira, um suor profundo, meu corpo inteiro arrepiado, lembro que larguei o meu trabalho para trás, e fui até o ashram, bati na porta, incomodei nosso mestre, e no momento em que entrei suando e passando muito mal, ele me olhou e disse:
- O que foi Satyananda?
Mestre, acho que eu vi um demônio, acho que eu entendi o que é o mal, o mal inercial, aquele mal que não sai de perto das pessoas. Eu estou começando a ver pensamentos com formas.
- Não, você não viu pensamentos, você viu um visitante - disse meu mestre, e eu ainda perguntei:
Mas por que eu vi isso? Se eu medito, recito mantras, e vivo uma vida de entrega a Deus?
- Você viu isso porque isso está lá, essas coisas estão lá, as pessoas é que não vêem, as pessoas é que não querem ver.
E eu continuei: - Mas esse ser não era o meu colega.
- Não, não era, mas o seu colega e ele entraram em unidade em algum tempo, e agora cabe ao seu colega retirar o visitante no dia que ele desejar; ele convidou e é ele que tem que retirar.
Mestre o que eu faço?
- Você vai continuar um tempo na condição da clarividência, e depois vai ter que continuar o seu caminho e vai diminuir a visão desses reinos.
Desse dia em diante, compreendi que tanto os anjos percebidos nas nuvens, nos brilhos, nos sorrisos das crianças, sempre estão presentes, como também o lado negro e, nesse dia, percebi que aquelas gárgulas, aquelas formas de demônios, de bestas pousadas, paradas, esculpidas em pedras nas paredes das catedrais góticas, não são e nunca foram alegorias decorativas...
Nova atitude diante da vida por Teresa Cristina Pascotto - crispascotto@hotmail.com
Mesmo que vivendo no nosso "velho mundo", sentindo-o e experimentando-o com as mesmas reações negativas, as mesmas resistências e os tão conhecidos medos, podemos mudar a nossa realidade física, apenas assumindo uma nova atitude diante da vida. Muitas vezes, pensamos que nossa vida mudará e nos trará a realização de nossos desejos, somente quando e se mudarmos radicalmente internamente e, principalmente, quando o mundo à nossa volta, conforme o percebemos, dentro de nossa limitada e distorcida percepção, estiver totalmente diferente e adequado às nossas necessidades, favorecendo plenamente nossas intenções, atitudes, ações e pensamentos.
Acreditamos que só teremos possibilidades de conquistas e realizações se tudo mudar plenamente, tanto interna quanto externamente. Claro que é preciso que busquemos nos conhecer de verdade e tentemos modificar nossa realidade interna, mas isto não quer dizer que precisamos mudar radicalmente para só então conseguirmos nos realizar. Esta crença está baseada no perfeccionismo e, se nos mantivermos presos a ela, ficaremos estagnados para o resto de nossas vidas.
Para conseguirmos realizar nossos anseios internos, deveremos sim procurar nos conhecer mais profundamente, para compreendermos o real motivo da existência de nossas amarras internas que nos impedem de avançarmos. Este autoconhecimento, com aceitação e desejo (não é ação, mas simplesmente desejo) de mudanças, será suficiente para começarmos a agir de forma muito diferente da habitual. Mas esta forma diferente não será baseada na velha referência do que somos e vivemos até agora, mas sim, a partir de quem somos no momento presente. Esta é somente uma base para criarmos nossa nova atitude.
A nova atitude acontece a partir de uma atitude de aceitação daquilo que "ainda somos" - com toda a nossa negatividade interna, nossas ações, sentimentos e reações negativas - e do velho mundo à nossa volta. As mesmas coisas continuam nos acontecendo e continuamos presos dentro dos mesmos círculos viciosos; nada precisa mudar plenamente, para que possamos começar a mudar nossa realidade interna e externa verdadeiramente, a partir do novo.
Essa atitude de aceitação de quem somos, favorece para que possamos apenas e simplesmente nos entregarmos à criação do novo em nossa vida, com uma atitude de quem "nada sabe" e de quem percebe o conflito criado pelo o velho dentro de nós, que se assusta diante da nova proposta de mudança, com novas criações e possibilidades, e sobre as quais não temos nenhum controle, pois não temos nenhuma referência anterior - é novo de verdade - e desconhecemos até mesmo sua fonte. Aceitando que nada sabemos a respeito desse novo e respeitando o sinal de nosso coração que nos diz que devemos nos entregar e agarrar a chance, podemos arriscar e nos aventurar dentro desse mundo novo cheio de possibilidades, existência e criações.
Nessa entrega à aventura da nova vida, poderemos sentir uma sensação de grande desconforto interno, proveniente da manifestação do medo extremo de nosso Ego e de nosso eu inferior, por sentirem que estão perdendo o controle e o poder sobre nós. Caso isto ocorra, devemos aceitar integralmente e, mesmo que venhamos a nos sentir desagradável e assustadoramente mal, devemos ter a atitude de quem está consciente do motivo de tamanho desconforto e assumirmos a postura de quem está totalmente zerado de conhecimentos. É assumirmos uma postura de quem está diante de algo que nunca viu sobre o qual nada ouviu falar, que não tem a mínima idéia do que seja ou do que se faça com isso.
A atitude ideal é igual a de uma criança pura, ingênua e crédula, com olhar encantado diante de algo novo e belo, que só percebe o brilho do novo, o qual não faz a mínima idéia do que seja, mas que sabe e sente, em seu coração, que é algo bom, que nenhum mal lhe causará, que deseja ter para si e se abre para receber.
Apesar de nada saber sobre o novo, a criança o recebe sem nenhuma referência ou expectativa. Sua única expectativa é no sentido de ter prazer, ela só espera ter prazer, não está contaminada com crenças de que o novo é perigoso e lhe causará mal. Ela o recebe com pureza de coração, mesmo que seu mundo e suas referências de mundo, sejam os mesmos. É capaz de receber algo que lhe encanta o coração, mesmo que não saiba absolutamente nada a seu respeito e não saiba o que fazer nem como e quando usar. Nem sabe o que acontecerá quando começar a usar. Ela simplesmente se encanta, deseja, pede e recebe. Ela acredita. Após receber, parte para exploração daquilo que a vida lhe ofereceu, parte para a divina descoberta, sem pensar se está certa ou errada na maneira de usar, simplesmente se aventura.
A cada descoberta, obtém um novo resultado e se surpreende. Algumas vezes, alguns resultados poderão causar-lhe medo, mas ela somente se afasta um pouco e observa. Quando percebe que nenhum mal lhe causou, volta novamente à exploração para descoberta de novas possibilidades de uso, de recursos e novos e excelentes resultados. Ela é corajosa e não se deixa intimidar e desistir apenas por que encontrou algumas dificuldades ao se aventurar no novo jeito de ser e fazer.
Nesta atitude, ela se torna cada vez mais sábia e descobre que esse novo presente divino, é uma fonte inesgotável de prazer e de possibilidades e recursos para criar o novo verdadeiro em sua vida, para que esta se torne satisfatória e condizente com suas necessidades e realidade.
Se esta criança, ao contrário, tomar a velha atitude de ficar receosa diante do novo, fugindo dos sinais favoráveis de seu coração e seguir a mente desconfiada que lhe diz: "hum, é bom e brilhante demais pra ser verdade... isso não é pra mim, é melhor recuar", ela perderá a chance divina de se realizar e ser feliz.
Então, quando você deixará o novo se apresentar em sua vida? E, quando ele se apresentar, que atitude irá tomar?
Acreditamos que só teremos possibilidades de conquistas e realizações se tudo mudar plenamente, tanto interna quanto externamente. Claro que é preciso que busquemos nos conhecer de verdade e tentemos modificar nossa realidade interna, mas isto não quer dizer que precisamos mudar radicalmente para só então conseguirmos nos realizar. Esta crença está baseada no perfeccionismo e, se nos mantivermos presos a ela, ficaremos estagnados para o resto de nossas vidas.
Para conseguirmos realizar nossos anseios internos, deveremos sim procurar nos conhecer mais profundamente, para compreendermos o real motivo da existência de nossas amarras internas que nos impedem de avançarmos. Este autoconhecimento, com aceitação e desejo (não é ação, mas simplesmente desejo) de mudanças, será suficiente para começarmos a agir de forma muito diferente da habitual. Mas esta forma diferente não será baseada na velha referência do que somos e vivemos até agora, mas sim, a partir de quem somos no momento presente. Esta é somente uma base para criarmos nossa nova atitude.
A nova atitude acontece a partir de uma atitude de aceitação daquilo que "ainda somos" - com toda a nossa negatividade interna, nossas ações, sentimentos e reações negativas - e do velho mundo à nossa volta. As mesmas coisas continuam nos acontecendo e continuamos presos dentro dos mesmos círculos viciosos; nada precisa mudar plenamente, para que possamos começar a mudar nossa realidade interna e externa verdadeiramente, a partir do novo.
Essa atitude de aceitação de quem somos, favorece para que possamos apenas e simplesmente nos entregarmos à criação do novo em nossa vida, com uma atitude de quem "nada sabe" e de quem percebe o conflito criado pelo o velho dentro de nós, que se assusta diante da nova proposta de mudança, com novas criações e possibilidades, e sobre as quais não temos nenhum controle, pois não temos nenhuma referência anterior - é novo de verdade - e desconhecemos até mesmo sua fonte. Aceitando que nada sabemos a respeito desse novo e respeitando o sinal de nosso coração que nos diz que devemos nos entregar e agarrar a chance, podemos arriscar e nos aventurar dentro desse mundo novo cheio de possibilidades, existência e criações.
Nessa entrega à aventura da nova vida, poderemos sentir uma sensação de grande desconforto interno, proveniente da manifestação do medo extremo de nosso Ego e de nosso eu inferior, por sentirem que estão perdendo o controle e o poder sobre nós. Caso isto ocorra, devemos aceitar integralmente e, mesmo que venhamos a nos sentir desagradável e assustadoramente mal, devemos ter a atitude de quem está consciente do motivo de tamanho desconforto e assumirmos a postura de quem está totalmente zerado de conhecimentos. É assumirmos uma postura de quem está diante de algo que nunca viu sobre o qual nada ouviu falar, que não tem a mínima idéia do que seja ou do que se faça com isso.
A atitude ideal é igual a de uma criança pura, ingênua e crédula, com olhar encantado diante de algo novo e belo, que só percebe o brilho do novo, o qual não faz a mínima idéia do que seja, mas que sabe e sente, em seu coração, que é algo bom, que nenhum mal lhe causará, que deseja ter para si e se abre para receber.
Apesar de nada saber sobre o novo, a criança o recebe sem nenhuma referência ou expectativa. Sua única expectativa é no sentido de ter prazer, ela só espera ter prazer, não está contaminada com crenças de que o novo é perigoso e lhe causará mal. Ela o recebe com pureza de coração, mesmo que seu mundo e suas referências de mundo, sejam os mesmos. É capaz de receber algo que lhe encanta o coração, mesmo que não saiba absolutamente nada a seu respeito e não saiba o que fazer nem como e quando usar. Nem sabe o que acontecerá quando começar a usar. Ela simplesmente se encanta, deseja, pede e recebe. Ela acredita. Após receber, parte para exploração daquilo que a vida lhe ofereceu, parte para a divina descoberta, sem pensar se está certa ou errada na maneira de usar, simplesmente se aventura.
A cada descoberta, obtém um novo resultado e se surpreende. Algumas vezes, alguns resultados poderão causar-lhe medo, mas ela somente se afasta um pouco e observa. Quando percebe que nenhum mal lhe causou, volta novamente à exploração para descoberta de novas possibilidades de uso, de recursos e novos e excelentes resultados. Ela é corajosa e não se deixa intimidar e desistir apenas por que encontrou algumas dificuldades ao se aventurar no novo jeito de ser e fazer.
Nesta atitude, ela se torna cada vez mais sábia e descobre que esse novo presente divino, é uma fonte inesgotável de prazer e de possibilidades e recursos para criar o novo verdadeiro em sua vida, para que esta se torne satisfatória e condizente com suas necessidades e realidade.
Se esta criança, ao contrário, tomar a velha atitude de ficar receosa diante do novo, fugindo dos sinais favoráveis de seu coração e seguir a mente desconfiada que lhe diz: "hum, é bom e brilhante demais pra ser verdade... isso não é pra mim, é melhor recuar", ela perderá a chance divina de se realizar e ser feliz.
Então, quando você deixará o novo se apresentar em sua vida? E, quando ele se apresentar, que atitude irá tomar?
Superar a dor :: Elisabeth Cavalcante ::
Segundo os mestres budistas, a vida é constituída de duas matérias essenciais: o prazer e a dor. Desde muito cedo aprendemos a evitar qualquer experiência que nos cause sofrimento, e a buscar as que aumentem nossa sensação de prazer.
Como fazer, então, quando a vida nos apresentar situações que gerem dor? Se não temos o poder de evitá-la, precisamos aprender a lidar com ela de modo a transcendê-la.
Uma das formas de fazermos isto é permanecermos alertas e receptivos, para perceber o que aquela experiência pode nos ensinar. Ao invés de nos afundarmos na angústia e na infelicidade, podemos, sim, fazer de qualquer sofrimento uma vivência transformadora.
Mas esta capacidade ainda está inacessível para a maioria de nós. Infelizmente, muitos se mantêm por longos anos aprisionados à situação geradora de sofrimento, esquecendo-se de outra verdade inexorável acerca da existência: nada é permanente.
A dor e o sofrimento podem também ter um fim. Entretanto, este é um resultado que depende muito de nossa própria atitude. Eles só se tornarão permanentes, se nos agarrarmos a eles de maneira cega, sem permitir que qualquer outra realidade possa ser criada em nossa vida.
Precisamos desejar, com toda a força de nosso coração, vivenciar o outro lado da moeda e recuperar a alegria. Estes dois opostos são essenciais para que possamos viver em plenitude.
O sofrimento, por mais que neguemos, ensina-nos lições fundamentais, fortalece nosso espírito e traz à tona um poder interior que nem sonhávamos possuir. E a alegria, por sua vez, renova nossa conexão com a fonte inesgotável de amor, de onde tudo emana.
"Alegria é a sua natureza
Todo mundo passa a sua vida em busca de uma coisa: como livrar-se do sofrimento. Como obter felicidade e alegria? Você quer buscar alegria, mas o que você pagará por isso? O que você dará em troca daquilo que conseguiu?
....Sem sacrificar-se, você não conseguirá dar nem mesmo um passo. Se as suas mãos estão cheias de lama, de seixos e de pedras e você quer diamantes, você terá que abandonar as pedras. Para agarrar o objeto desejado, as suas mãos deverão estar vazias. Você deverá deixar as coisas inúteis.
.... Assim como eu disse que a busca de todo mundo é por alegria, também existe algo que todos têm em abundância: o sofrimento. Você tem uma quantidade suficiente de sofrimento, mais do que você precisa.
...Eu gostaria que você largasse seus problemas, renunciasse aos seus problemas... E se você puder desistir de seus problemas, aí o caminho para a alegria poderá ser aberto.
....Eu digo a você que o sofrimento não o está segurando; você é que está segurando o sofrimento. E se você puder fazer uns experimentos, aceitando o que eu estou dizendo, você irá compreender por si mesmo...E quando tornar-se bom na arte de abandonar o sofrimento, você irá perceber o que estava arrastando consigo.
...Uma criancinha quer chorar.... Sempre que uma tensão cresce dentro de uma criança, ela, ao chorar, atira para fora as suas tensões.... Mas nós ensinamos a criança a não chorar. Nós tentamos todas as maneiras para impedi-la de chorar. Aquela tensão que poderia ter sido liberada pelo choro, não é liberada e vai sendo guardada....
Quem sabe quantas tensões você acumulou? ...... Os seus ramos querem se abrir mas eles não são capazes disto. As folhas querem brotar para todos os lados, mas elas não são capazes disto . A sua árvore ficou atrofiada. O nome dessa dor acumulada , dessa dor não liberada, é inferno. E você segue arrastando esse inferno ao seu redor.
...atire para fora todo sofrimento que você tiver em seu coração..... Problemas, dores, culpas; qualquer coisa que estiver dentro tem que ser jogada para fora. Você tem que atirá-las tão totalmente quanto for possível.
...Compreenda uma coisa mais: foi de fora que você pegou as dores e as trouxe para dentro de si. Por favor, volte com elas para o lado de fora. A dor não é interna; todas as dores são trazidas do lado de fora.
.... E a segunda coisa: na medida que você joga fora a dor, que a envia de volta para fora, de onde ela veio, a alegria começa a brotar dentro de você. A alegria está dentro. Ninguém a traz de fora. Ela não vem de fora, ela é a sua natureza, ela é você. Ela está escondida dentro, ela é a sua alma.
....Se você reprimir a dor, ela cresce... Com a alegria ocorre totalmente o oposto: se você reprimir a alegria, ela diminui; se você a expressar ela aumenta. .Você tem que se tornar como uma criancinha, que não tem qualquer preocupação a respeito do passado, nem qualquer questão a respeito do futuro, que nem mesmo sabe o que os outros estão pensando a seu respeito.
...Um pouco de coragem é requerida e você poderá abandonar o seu inferno - exatamente como um homem que se sujou na rua e volta para casa para tomar um banho e a sujeira é lavada.
Da mesma maneira, a meditação é o banho e a dor é a sujeira. Assim como depois do banho a sujeira foi lavada e você se sente fresco, da mesma forma você terá um vislumbre, sentindo dentro de si a felicidade e alegria que é a sua natureza".
OSHO - The Sadhna Sutra.
Como fazer, então, quando a vida nos apresentar situações que gerem dor? Se não temos o poder de evitá-la, precisamos aprender a lidar com ela de modo a transcendê-la.
Uma das formas de fazermos isto é permanecermos alertas e receptivos, para perceber o que aquela experiência pode nos ensinar. Ao invés de nos afundarmos na angústia e na infelicidade, podemos, sim, fazer de qualquer sofrimento uma vivência transformadora.
Mas esta capacidade ainda está inacessível para a maioria de nós. Infelizmente, muitos se mantêm por longos anos aprisionados à situação geradora de sofrimento, esquecendo-se de outra verdade inexorável acerca da existência: nada é permanente.
A dor e o sofrimento podem também ter um fim. Entretanto, este é um resultado que depende muito de nossa própria atitude. Eles só se tornarão permanentes, se nos agarrarmos a eles de maneira cega, sem permitir que qualquer outra realidade possa ser criada em nossa vida.
Precisamos desejar, com toda a força de nosso coração, vivenciar o outro lado da moeda e recuperar a alegria. Estes dois opostos são essenciais para que possamos viver em plenitude.
O sofrimento, por mais que neguemos, ensina-nos lições fundamentais, fortalece nosso espírito e traz à tona um poder interior que nem sonhávamos possuir. E a alegria, por sua vez, renova nossa conexão com a fonte inesgotável de amor, de onde tudo emana.
"Alegria é a sua natureza
Todo mundo passa a sua vida em busca de uma coisa: como livrar-se do sofrimento. Como obter felicidade e alegria? Você quer buscar alegria, mas o que você pagará por isso? O que você dará em troca daquilo que conseguiu?
....Sem sacrificar-se, você não conseguirá dar nem mesmo um passo. Se as suas mãos estão cheias de lama, de seixos e de pedras e você quer diamantes, você terá que abandonar as pedras. Para agarrar o objeto desejado, as suas mãos deverão estar vazias. Você deverá deixar as coisas inúteis.
.... Assim como eu disse que a busca de todo mundo é por alegria, também existe algo que todos têm em abundância: o sofrimento. Você tem uma quantidade suficiente de sofrimento, mais do que você precisa.
...Eu gostaria que você largasse seus problemas, renunciasse aos seus problemas... E se você puder desistir de seus problemas, aí o caminho para a alegria poderá ser aberto.
....Eu digo a você que o sofrimento não o está segurando; você é que está segurando o sofrimento. E se você puder fazer uns experimentos, aceitando o que eu estou dizendo, você irá compreender por si mesmo...E quando tornar-se bom na arte de abandonar o sofrimento, você irá perceber o que estava arrastando consigo.
...Uma criancinha quer chorar.... Sempre que uma tensão cresce dentro de uma criança, ela, ao chorar, atira para fora as suas tensões.... Mas nós ensinamos a criança a não chorar. Nós tentamos todas as maneiras para impedi-la de chorar. Aquela tensão que poderia ter sido liberada pelo choro, não é liberada e vai sendo guardada....
Quem sabe quantas tensões você acumulou? ...... Os seus ramos querem se abrir mas eles não são capazes disto. As folhas querem brotar para todos os lados, mas elas não são capazes disto . A sua árvore ficou atrofiada. O nome dessa dor acumulada , dessa dor não liberada, é inferno. E você segue arrastando esse inferno ao seu redor.
...atire para fora todo sofrimento que você tiver em seu coração..... Problemas, dores, culpas; qualquer coisa que estiver dentro tem que ser jogada para fora. Você tem que atirá-las tão totalmente quanto for possível.
...Compreenda uma coisa mais: foi de fora que você pegou as dores e as trouxe para dentro de si. Por favor, volte com elas para o lado de fora. A dor não é interna; todas as dores são trazidas do lado de fora.
.... E a segunda coisa: na medida que você joga fora a dor, que a envia de volta para fora, de onde ela veio, a alegria começa a brotar dentro de você. A alegria está dentro. Ninguém a traz de fora. Ela não vem de fora, ela é a sua natureza, ela é você. Ela está escondida dentro, ela é a sua alma.
....Se você reprimir a dor, ela cresce... Com a alegria ocorre totalmente o oposto: se você reprimir a alegria, ela diminui; se você a expressar ela aumenta. .Você tem que se tornar como uma criancinha, que não tem qualquer preocupação a respeito do passado, nem qualquer questão a respeito do futuro, que nem mesmo sabe o que os outros estão pensando a seu respeito.
...Um pouco de coragem é requerida e você poderá abandonar o seu inferno - exatamente como um homem que se sujou na rua e volta para casa para tomar um banho e a sujeira é lavada.
Da mesma maneira, a meditação é o banho e a dor é a sujeira. Assim como depois do banho a sujeira foi lavada e você se sente fresco, da mesma forma você terá um vislumbre, sentindo dentro de si a felicidade e alegria que é a sua natureza".
OSHO - The Sadhna Sutra.
Somos iguais só no nível da alma por El Morya Luz da Consciência - nucleo.elmorya@terra.com.br
"Joshua nos diz que o "amor incondicional é a principal chave de ouro para a ascensão. Eu teria que agir como Deus". Tenho o hábito de cumprimentar todas as pessoas como se fossem Mestre Jesus, Buda - o que em verdade, elas são. Isso também me ajudou a desenvolver um enorme amor pelos animais. Não basta simplesmente pensar sobre Deus ou apenas sentir. Esta é a prática espiritual mais importante de todas. Transforme todos os pensamentos de agressividade em amor. Trata-se do desapego de todos os pensamentos agressivos. Farei o que for necessário para manter uma atitude de amor, por mais que me veja atacado ou enganado. Isso está relacionado com a atitude de ver tudo por meio da nossa mente crística".(Resumo de um texto do livro Chaves de Ouro para a Ascensão de Joshua Davi Stone)
O grande conflito da humanidade tem sido a falta de entendimento nos relacionamentos. É preciso lembrar que tanto no nível da alma quanto da matéria não existem duas pessoas iguais. Então, quando falamos sobre amar incondicionalmente, cada um irá manifestar esse amor conforme as suas referências. Cada um entende, interpreta as pessoas e situações em função de seus registros, de suas crenças e muitos conflitos surgem em função desses fatores. E é o autoconhecimento que faz com que essas diferenças não nos causem tantas desarmonias, preservando também nossas fronteiras psíquicas. O autoconhecimento exige que façamos uma verdadeira revolução no nível mais profundo, para descobrir quais os instrumentos que temos e são úteis para expandir nosso nível de consciência e alcançarmos os objetivos comuns a todos os seres humanos no nível da alma: felicidade, plenitude, amor, harmonia, e, também, para reconhecermos e utilizarmos o imenso potencial que temos e se encontra latente.
À medida que nos aprofundamos nesse universo interior, ficamos frente a frente com aquilo que não vimos, ou que ocultamos, ou mesmo, fingimos não perceber e deixamos embaixo do tapete.
Esse processo em geral é lento e doloroso, mas, somente ele desmascara o ego nos permitindo identificar e revisar crenças, filosofias de vida, carreira, relacionamentos, metas atingidas a alcançar, e, principalmente, vida emocional e afetiva, pois, mesmo com todas as mudanças ocorridas na humanidade, uma coisa continua igual: "o desejo de encontrar a parceria ideal".
Mas, se refletirmos na frase: somos iguais só no nível da alma, mas não da matéria, o que seria ideal para nós? Seria possível encontrarmos alguém que se identifique tanto conosco?
Só amando incondicionalmente essa busca tornar-se-á realidade. A busca pelo verdadeiro amor tornou-se para nós, homens e mulheres da era cibernética, o que o Santo Graal representava para os antigos cristãos: nem sabiam se ele era real, mas o buscavam freneticamente!!! Entendemos que muitos, ou a maioria busca um amor, mas, por que tão poucos o alcançam? Ou por que tantos se acomodam com o que não lhes satisfaz mais? Ou pior: alguns, sem evolução, mantém o companheiro(a) ao lado, mas, usam recursos grotescos, não mais aceitos por aqueles que estão em outros níveis de consciência, traindo as parcerias que certamente, não lhes foram impostas.
Homens e mulheres colocam muitas expectativas em seus relacionamentos baseados em retratos tirados de romances, de figuras irreais e encontram dificuldades para alcançarem bons resultados não só com seus parceiros afetivos, como também, com o ser humano à sua frente. Podemos voltar na nossa reflexão sobre sermos iguais só na alma; então, eu diria que aqui, neste plano, aqueles que são bem sucedidos em matéria de relacionamentos, que conseguem manter um vínculo saudável com seus parceiros por longos períodos, vivendo harmoniosamente, com equilíbrio e prazer da companhia, são aqueles que sabem somente amar, sem nada esperar em troca.
Amam porque amam, simplesmente, porque amar lhes causa prazer. São aqueles que entendem que não precisam "investir" nada além de amor numa relação, porque assim agindo, o universo lhes devolve amor, numa troca justa e equilibrada. A atividade amorosa é contrária à dependência decorrente do medo, do ciúme, da exigência, da crítica, e da rigidez originários de relacionamentos doentios. Só sairemos desses círculos viciosos de sofrimentos com parcerias quando compreedermos que somos uma fonte de amor, e não somente receptores. Sem esquecer que a fonte tem que ser constantemente abastecida - é o " amar ao próximo como a ti mesmo" em primeiro lugar.
Temos condições de amar e deixar esse amor evoluir também dentro de nós, bastando para isso que façamos do autoconhecimento uma ponte entre aquilo que pensamos ser e o que somos verdadeiramente. Esse é o fator que faz toda diferença entre duas ou mais pessoas: aquele que ama simplesmente tende a ser menos exigente e rígido em suas expectativas; não leva tudo a ferro e fogo, na ponta da faca; são menos egoístas, porque não carecem de aprovação do externo; assumem responsabilidade por suas ações; são honestos até com suas dificuldades e vícios, e, principalmente: éticos, leais e fiéis com seus companheiros(as).
Quem ama incondicionalmente expressa a genuína capacidade de amar, agindo de maneira generosa, independente de receber ou não, porque não espera o retorno de seus investimentos numa relação, pois, sabe que o Universo irá lhe devolver, será recompensado, porque sua atitude faz despertar o melhor do outro, inclusive ensinando-o a amar, pois, quem consegue ser indiferente a alguém amoroso?
Aqueles que sabem o sentido da Unidade, simplesmente amam incondicionalmente!!
Vera Godoy
O grande conflito da humanidade tem sido a falta de entendimento nos relacionamentos. É preciso lembrar que tanto no nível da alma quanto da matéria não existem duas pessoas iguais. Então, quando falamos sobre amar incondicionalmente, cada um irá manifestar esse amor conforme as suas referências. Cada um entende, interpreta as pessoas e situações em função de seus registros, de suas crenças e muitos conflitos surgem em função desses fatores. E é o autoconhecimento que faz com que essas diferenças não nos causem tantas desarmonias, preservando também nossas fronteiras psíquicas. O autoconhecimento exige que façamos uma verdadeira revolução no nível mais profundo, para descobrir quais os instrumentos que temos e são úteis para expandir nosso nível de consciência e alcançarmos os objetivos comuns a todos os seres humanos no nível da alma: felicidade, plenitude, amor, harmonia, e, também, para reconhecermos e utilizarmos o imenso potencial que temos e se encontra latente.
À medida que nos aprofundamos nesse universo interior, ficamos frente a frente com aquilo que não vimos, ou que ocultamos, ou mesmo, fingimos não perceber e deixamos embaixo do tapete.
Esse processo em geral é lento e doloroso, mas, somente ele desmascara o ego nos permitindo identificar e revisar crenças, filosofias de vida, carreira, relacionamentos, metas atingidas a alcançar, e, principalmente, vida emocional e afetiva, pois, mesmo com todas as mudanças ocorridas na humanidade, uma coisa continua igual: "o desejo de encontrar a parceria ideal".
Mas, se refletirmos na frase: somos iguais só no nível da alma, mas não da matéria, o que seria ideal para nós? Seria possível encontrarmos alguém que se identifique tanto conosco?
Só amando incondicionalmente essa busca tornar-se-á realidade. A busca pelo verdadeiro amor tornou-se para nós, homens e mulheres da era cibernética, o que o Santo Graal representava para os antigos cristãos: nem sabiam se ele era real, mas o buscavam freneticamente!!! Entendemos que muitos, ou a maioria busca um amor, mas, por que tão poucos o alcançam? Ou por que tantos se acomodam com o que não lhes satisfaz mais? Ou pior: alguns, sem evolução, mantém o companheiro(a) ao lado, mas, usam recursos grotescos, não mais aceitos por aqueles que estão em outros níveis de consciência, traindo as parcerias que certamente, não lhes foram impostas.
Homens e mulheres colocam muitas expectativas em seus relacionamentos baseados em retratos tirados de romances, de figuras irreais e encontram dificuldades para alcançarem bons resultados não só com seus parceiros afetivos, como também, com o ser humano à sua frente. Podemos voltar na nossa reflexão sobre sermos iguais só na alma; então, eu diria que aqui, neste plano, aqueles que são bem sucedidos em matéria de relacionamentos, que conseguem manter um vínculo saudável com seus parceiros por longos períodos, vivendo harmoniosamente, com equilíbrio e prazer da companhia, são aqueles que sabem somente amar, sem nada esperar em troca.
Amam porque amam, simplesmente, porque amar lhes causa prazer. São aqueles que entendem que não precisam "investir" nada além de amor numa relação, porque assim agindo, o universo lhes devolve amor, numa troca justa e equilibrada. A atividade amorosa é contrária à dependência decorrente do medo, do ciúme, da exigência, da crítica, e da rigidez originários de relacionamentos doentios. Só sairemos desses círculos viciosos de sofrimentos com parcerias quando compreedermos que somos uma fonte de amor, e não somente receptores. Sem esquecer que a fonte tem que ser constantemente abastecida - é o " amar ao próximo como a ti mesmo" em primeiro lugar.
Temos condições de amar e deixar esse amor evoluir também dentro de nós, bastando para isso que façamos do autoconhecimento uma ponte entre aquilo que pensamos ser e o que somos verdadeiramente. Esse é o fator que faz toda diferença entre duas ou mais pessoas: aquele que ama simplesmente tende a ser menos exigente e rígido em suas expectativas; não leva tudo a ferro e fogo, na ponta da faca; são menos egoístas, porque não carecem de aprovação do externo; assumem responsabilidade por suas ações; são honestos até com suas dificuldades e vícios, e, principalmente: éticos, leais e fiéis com seus companheiros(as).
Quem ama incondicionalmente expressa a genuína capacidade de amar, agindo de maneira generosa, independente de receber ou não, porque não espera o retorno de seus investimentos numa relação, pois, sabe que o Universo irá lhe devolver, será recompensado, porque sua atitude faz despertar o melhor do outro, inclusive ensinando-o a amar, pois, quem consegue ser indiferente a alguém amoroso?
Aqueles que sabem o sentido da Unidade, simplesmente amam incondicionalmente!!
Vera Godoy
A importância da meditação :: Rosemeire Zago ::
Aos poucos a prática da meditação tem sido mais divulgada, conhecida e aceita. Apesar de fazer parte da humanidade há séculos, ainda hoje encontramos muitas pessoas que por falta de informação deixam de se beneficiar desta técnica milenar. Não podemos negar que o mundo hoje invade nosso cotidiano e até mesmo nossos momentos de descanso e prazer com pressões que se acumulam, tumultuando nossa mente, tornando assim cada vez mais difícil nos voltarmos para dentro de nós mesmos e visualizar a causa de nossas angústias.
Todos sabemos que as respostas para a maioria de nossas perguntas estão dentro de nós, mas as pessoas insistem em buscar as respostas fora, demorando cada vez mais para se encontrarem. E a meditação é um dos caminhos para esse encontro com nós mesmos. A prática da meditação nos ajuda a limpar a mente, amplia a capacidade de lembrança, e acima de tudo, proporciona prodigiosos insights que podem ajudar a resolver os problemas. É como se alguém fizesse aparecer a ideia dentro de você - o que chamamos de insight. E tudo começa fechando os olhos, relaxando os músculos, tranquilizando a respiração. Tão simples e tão poderoso! E algumas pessoas, infelizmente, alegam que não meditam por falta de tempo, mas se precisam ir ao médico, conseguem um tempinho, depois mais um tempinho para irem até a farmácia comprar remédios, que quase sempre são paliativos, quando possuem um recurso poderoso, que só dependem delas e ainda assim, vão tão longe. Mas isso nos faz refletir o quanto essa questão está totalmente relacionada com a falta de confiança em si mesmo. Como acreditar que pode se curar se não acredita em sua capacidade para conseguir coisas menores? É preciso refletir sobre essa questão.
Uma nova área na pesquisa médica, denominada psiconeuroimunologia - a integração da mente com o sistema imunológico, tem obtido muitas curas. O relaxamento, visualização e meditação podem, com segurança e eficácia, ser utilizados para eliminar estresse, tensão, medos e fobias. Muitas doenças cardiovasculares são agravadas pelo estresse, pelo medo, pela exaustão - a necessidade de competir, de produzir mais e mais, de perseguir o sucesso, quase como condicionamentos persecutórios. A redução do estresse é um fator importante para a prevenção de doenças e a meditação pode reduzir o nível de estresse. Na meditação é como se cada expiração expulsasse do corpo a tensão e os elementos nocivos, e a pessoa se deixa levar pela luz, que passa a envolver seu corpo, curando tudo, afastando a doença, fortalecendo.
Reserve, se possível, todos os dias, dez, vinte minutos para meditação, à medida que persistir essa prática se tornará cada vez mais fácil. O importante é manter a regularidade para atingir níveis cada vez mais profundos de relaxamento. A meditação exercida com regularidade é um meio precioso para a recuperação e manutenção da saúde. Jung utilizou método semelhante com o nome de Imaginação Ativa desde 1916. A vantagem deste método é o de trazer à luz uma grande quantidade de conteúdos inconscientes. O objetivo do método é em primeiro lugar terapêutico. Nessa técnica a pessoa não fica passiva, pelo contrário, há uma sequência de imagens e lembranças, geradas pela concentração intencional. Mediante a participação ativa é possível mergulhar nos processos inconscientes e, abandonando-se a eles, consegue dominá-los e identificar a causas de muitos conflitos. Essa técnica é indicada para ser feita juntamente com um profissional. Mas há muitas técnicas simples que podem ser feitas em casa, e muitos livros que explicam a técnica e trazem junto um CD, onde basta ouvir e relaxar.
Através da meditação vivenciamos uma beleza interior que nos faz repensar tudo o que nos rodeia e a nós mesmos. Um momento de graça de luz, de elevação. Ao utilizar e direcionar nossas energias para a purificação de nosso corpo e de nossa mente, descobrimos o desenvolvimento de nossa espiritualidade. Um momento todo nosso, todo seu!
A meditação desenvolve uma progressiva capacidade de concentração e focalização. Sim, a meditação exige prática, paciência. Mas o próprio ato de meditar gera cada vez mais paciência, o que importa é que você está indo ao encontro da parte mais bonita, acolhedora e produtiva de você mesmo - a sua porção feita de luz! Somos, sim, seres luminosos e iluminados. Quanto mais profundamente a prática de meditação nos leva, mais nos distanciamos do plano das aparências e das tensões, mas nos envolvemos com a capacidade de amar, compreender que essa visão da vida e do mundo está dentro de nós. Ao descobrir que possuímos esse dom tão precioso, repleto de beleza, nos sentimos seres dignos de ser amados e de alcançar a felicidade.
Há formas básicas de meditação que você pode experimentar agora, sem depender de outra pessoa. Sente-se em posição e cadeira confortáveis, numa sala ou quarto calmo e silencioso. Cuide para não ser perturbado nem interrompido durante pelo menos quinze minutos. É melhor que seus pés fiquem no chão e, suas mãos, bem relaxadas sobre o colo. Se preferir, também pode fazer deitado. Feche com suavidade os olhos e relaxe por completo. Comece com 3 respirações profundas, que ajuda a soltar a tensão. Aos poucos vá relaxando cada parte do corpo, começando pelos pés, subindo devagar até chegar a cabeça. Respire profundamente pelo nariz, concentrando-se até que sua respiração se torne suave e regular. Se começar a divagar, traga sua atenção de volta para a respiração. Imagine uma luz azul, violeta, envolvendo todo seu corpo. E durante todo o processo não fuja do centro de você mesmo, da sua verdade pessoal, daquilo que você realmente é no mais profundo do seu ser. A prática da meditação leva as pessoas ao encontro do seu "eu" mais poderoso e essencial. Nossa tarefa no plano físico é aprender. Aprender no sentido mais amplo, mais ilimitado: aprender a amar. Amar aos outros e a nós mesmos. Esse é o reconhecimento que nos torna simplesmente divinos!
Todos sabemos que as respostas para a maioria de nossas perguntas estão dentro de nós, mas as pessoas insistem em buscar as respostas fora, demorando cada vez mais para se encontrarem. E a meditação é um dos caminhos para esse encontro com nós mesmos. A prática da meditação nos ajuda a limpar a mente, amplia a capacidade de lembrança, e acima de tudo, proporciona prodigiosos insights que podem ajudar a resolver os problemas. É como se alguém fizesse aparecer a ideia dentro de você - o que chamamos de insight. E tudo começa fechando os olhos, relaxando os músculos, tranquilizando a respiração. Tão simples e tão poderoso! E algumas pessoas, infelizmente, alegam que não meditam por falta de tempo, mas se precisam ir ao médico, conseguem um tempinho, depois mais um tempinho para irem até a farmácia comprar remédios, que quase sempre são paliativos, quando possuem um recurso poderoso, que só dependem delas e ainda assim, vão tão longe. Mas isso nos faz refletir o quanto essa questão está totalmente relacionada com a falta de confiança em si mesmo. Como acreditar que pode se curar se não acredita em sua capacidade para conseguir coisas menores? É preciso refletir sobre essa questão.
Uma nova área na pesquisa médica, denominada psiconeuroimunologia - a integração da mente com o sistema imunológico, tem obtido muitas curas. O relaxamento, visualização e meditação podem, com segurança e eficácia, ser utilizados para eliminar estresse, tensão, medos e fobias. Muitas doenças cardiovasculares são agravadas pelo estresse, pelo medo, pela exaustão - a necessidade de competir, de produzir mais e mais, de perseguir o sucesso, quase como condicionamentos persecutórios. A redução do estresse é um fator importante para a prevenção de doenças e a meditação pode reduzir o nível de estresse. Na meditação é como se cada expiração expulsasse do corpo a tensão e os elementos nocivos, e a pessoa se deixa levar pela luz, que passa a envolver seu corpo, curando tudo, afastando a doença, fortalecendo.
Reserve, se possível, todos os dias, dez, vinte minutos para meditação, à medida que persistir essa prática se tornará cada vez mais fácil. O importante é manter a regularidade para atingir níveis cada vez mais profundos de relaxamento. A meditação exercida com regularidade é um meio precioso para a recuperação e manutenção da saúde. Jung utilizou método semelhante com o nome de Imaginação Ativa desde 1916. A vantagem deste método é o de trazer à luz uma grande quantidade de conteúdos inconscientes. O objetivo do método é em primeiro lugar terapêutico. Nessa técnica a pessoa não fica passiva, pelo contrário, há uma sequência de imagens e lembranças, geradas pela concentração intencional. Mediante a participação ativa é possível mergulhar nos processos inconscientes e, abandonando-se a eles, consegue dominá-los e identificar a causas de muitos conflitos. Essa técnica é indicada para ser feita juntamente com um profissional. Mas há muitas técnicas simples que podem ser feitas em casa, e muitos livros que explicam a técnica e trazem junto um CD, onde basta ouvir e relaxar.
Através da meditação vivenciamos uma beleza interior que nos faz repensar tudo o que nos rodeia e a nós mesmos. Um momento de graça de luz, de elevação. Ao utilizar e direcionar nossas energias para a purificação de nosso corpo e de nossa mente, descobrimos o desenvolvimento de nossa espiritualidade. Um momento todo nosso, todo seu!
A meditação desenvolve uma progressiva capacidade de concentração e focalização. Sim, a meditação exige prática, paciência. Mas o próprio ato de meditar gera cada vez mais paciência, o que importa é que você está indo ao encontro da parte mais bonita, acolhedora e produtiva de você mesmo - a sua porção feita de luz! Somos, sim, seres luminosos e iluminados. Quanto mais profundamente a prática de meditação nos leva, mais nos distanciamos do plano das aparências e das tensões, mas nos envolvemos com a capacidade de amar, compreender que essa visão da vida e do mundo está dentro de nós. Ao descobrir que possuímos esse dom tão precioso, repleto de beleza, nos sentimos seres dignos de ser amados e de alcançar a felicidade.
Há formas básicas de meditação que você pode experimentar agora, sem depender de outra pessoa. Sente-se em posição e cadeira confortáveis, numa sala ou quarto calmo e silencioso. Cuide para não ser perturbado nem interrompido durante pelo menos quinze minutos. É melhor que seus pés fiquem no chão e, suas mãos, bem relaxadas sobre o colo. Se preferir, também pode fazer deitado. Feche com suavidade os olhos e relaxe por completo. Comece com 3 respirações profundas, que ajuda a soltar a tensão. Aos poucos vá relaxando cada parte do corpo, começando pelos pés, subindo devagar até chegar a cabeça. Respire profundamente pelo nariz, concentrando-se até que sua respiração se torne suave e regular. Se começar a divagar, traga sua atenção de volta para a respiração. Imagine uma luz azul, violeta, envolvendo todo seu corpo. E durante todo o processo não fuja do centro de você mesmo, da sua verdade pessoal, daquilo que você realmente é no mais profundo do seu ser. A prática da meditação leva as pessoas ao encontro do seu "eu" mais poderoso e essencial. Nossa tarefa no plano físico é aprender. Aprender no sentido mais amplo, mais ilimitado: aprender a amar. Amar aos outros e a nós mesmos. Esse é o reconhecimento que nos torna simplesmente divinos!
domingo, 21 de novembro de 2010
Como ver a clarividência - Capítulo 9 por Márcio Lupion - marcio@kallipolis.org
Quando um monge é iniciado, ele sabe que o trabalho será difícil e que a iniciação é uma ação mais do discípulo do que do mestre e precisa prestar atenção em uma missão sem desistência: destruir o seu próprio ego.
Para saber o que é ego, é preciso realmente resolver parar a vida, mudar o olhar sobre a realidade, reorganizar toda a forma de entender o mundo, reeducar os sentidos - o paladar, o tato, o olfato, o olhar e, principalmente, a audição.
O primeiro exercício foi praticar a humildade, começando pelo cuidado absoluto com o próprio corpo, não ingerindo nada que fosse produzido com maldade ou mal-estar. Em seguida à limpeza do corpo, alguns de nós passavam a dormir no chão, o que foi meu caso, usava apenas um leve manto. A alimentação era sempre simples, cuidávamos o máximo para não ter nenhum tipo de prazer sensórial... Assim, os meses e anos se passavam.
Colher os frutos desse sadana não demorava muito, porque essa aparente austeridade, na verdade, nos desligava da realidade comum. Assim, com esses exercícios apareciam os primeiros sinais espirituais.
A alma se limpa porque a nossa animação e motivação passam a ser puras, queremos realmente voltar a ver o mundo como o paraíso original. O primeiro sinal é uma sensibilidade com as palavras à flor da pele, cada palavra agora não vem só preenchida por som, mas também de intenção. Então, escutamos um "oi" que pode ter milhares de entonações diferentes, mas a gente sabe o sentido desse "oi", se é afetivo, se é informal, enfim...
Começamos a sentir agora tudo com o próprio corpo, com o coração. Parece que o cérebro passa a ser no coração e tudo que importa dentro desse universo é o sentimento, a qualidade da vida; o tédio e a vontade de conversar sobre trivialidades desaparecem, e disso brota o voto de silêncio. Aquele silêncio da meditação agora é incorporado ao nosso olhar, porque passamos a observar o colorido dos objetos de fato, a luz refletida neles, que cada minuto do dia muda a leitura da realidade porque mudam as luzes, os ventos, a temperatura, mudam os humores e você começa a enxergar a sua vida do alto, ou do lado e se vê, literalmente, de fora... e se percebe observando não só aos outros, mas a si mesmo, como se andássemos ao lado da gente ou sobre a nossa própria cabeça. E quase que dá para nos chamar de "ele": ele fala, ele tem fome, ele tem as suas próprias necessidades... o corpo e o ego ficam à parte. Sobre o ego dizem que é morrendo que se renasce, exatamente porque o ego, acima de tudo, não é a nossa personalidade, mas a personalidade comum, aquela construída na convivência com as outras pessoas e que somos forçados a vestir, no momento em que chegamos próximo aos outros, como se fosse uma máscara.
Nesse distanciamento que a consciência tem do próprio corpo, a gente passa a ser mais exigente, a depender de menos coisas e querer que esses objetos, situações, alimentos e conversas sejam 100% verdade, que elas já não estejam em nossa própria mente, como na de quem que nos visita; então, reduz-se o som, porque você consegue senti-lo; os gestos, porque nenhum pensamento mais lhe visita para modelar gesto algum.
Na Índia, há uma prática chamada Mudras, a ciência dos gestos, que consiste em conseguir entender os outros pelo movimento das mãos, o desenho dos sentimentos no rosto, pela postura do corpo, e é um exercício sofisticado de reeducação, que acontece no momento em que a gente pára de pensar e apenas observa o vazio de si mesmo e os sinais de clarividência, no conceito mais simples de que tudo fica claro e evidente, começam a fazer parte do nosso viver, do nosso respirar.
Olhamos para as plantas e percebemos o fluido de vida sendo liberado, uma fumaça brilhante, densa, em alguns momentos, e transparente em outros. Todas as plantas têm isso, as plantas de mesma espécie se comunicam, é possível ver ventos caminhando de uma para a outra, como se elas trocassem fluidos, não só por debaixo da terra, mas também por cima e esses fluidos ignoram qualquer outro tipo de matéria; o homem anda e eles atravessam cada ser humano, atravessam paredes e vão se comunicando entre si como se houvessem rios multicoloridos, multivibracionais transitando por todo universo e nós estivéssemos mergulhados neles sem perceber.
Se é assim no reino vegetal, imagine no momento em que começamos a perceber que cada ser humano deixa um rastro de sentimento para trás, de emoções, mas esse rastro não é simplesmente deixado, como quando nós levantamos sem olhar para trás deixando tudo desarrumado, ou nos lugares em que a gente espera outra pessoa arrumar para nós, aquele movimento físico é 1% da sensação que um clarividente tem no momento em que ele olha para o movimento astral.
A palavra astral vem de astro, de plano astral que é entender o mundo dos nossos desejos, das nossas ações. O mapa astral nada mais é que uma carta de intenções de viagem, onde a gente consegue olhar o pensamento que deu origem a essa vida e ao mesmo tempo ver esta vida em movimento. O mais importante é perceber que a realidade que dá vida à vida desse corpo acontece fora dele. Aqui em cima, quando a gente vê o ego e os outros egos passeando percebe os sonhos de cada um materializados em suas palavras, sonhos que ainda estão por vir, mas já estão nas palavras. Ou sonhos que já existem, mas as pessoas não conseguem nem vivencià-los porque elas estão sempre desejando, sempre querendo e nunca sentindo, nunca vivendo.
Esses anos de monge e os momentos de clarividência são exatamente o caminho do aprendizado. Nunca consegui conceber monges que não fossem clarividentes, ou que não tivessem inspirações e não estivessem abertos a mundos espirituais e se comunicassem diretamente com estes. Era muito difícil entender religiosidade sem esse aparato espiritual, sem esses sentidos superiores, porque praticamente você aprende da fonte, da verdade, aquela que dá vida a todo universo fora. No momento em que resolvemos buscá-la, ela se manifesta no nosso coração, no nosso entendimento, em tudo fora da gente, estreitando a leitura de positivo e negativo, bem e mal. O exercício de clarividência mais importante foi começar a perceber que tanto os mundos inferiores - os infernos, como os mundos superiores, estão presentes, e não precisa de muita experiência para perceber isso e é desse exercício que vem a vida monástica, a vida que levou o Márcio a entender o viver entre esse mundo de pureza e perfeição, que conseguimos perceber ao desistir dessa realidade, e o mundo de agonia, que é quando acreditamos nas distorções do tempo em relação a sentimentos e verdades que estão presas no tempo.
O grande aprendizado é desistir das coisas que nos fazem mal e nos prendem ao passado, desistir dos sonhos que deram certo - esses são os que causam mais mal-estar, porque esses a gente quer -porque quer- repetir e essa desistência traz os primeiros sinais de iluminação... o exercício de clarividência.
Para saber o que é ego, é preciso realmente resolver parar a vida, mudar o olhar sobre a realidade, reorganizar toda a forma de entender o mundo, reeducar os sentidos - o paladar, o tato, o olfato, o olhar e, principalmente, a audição.
O primeiro exercício foi praticar a humildade, começando pelo cuidado absoluto com o próprio corpo, não ingerindo nada que fosse produzido com maldade ou mal-estar. Em seguida à limpeza do corpo, alguns de nós passavam a dormir no chão, o que foi meu caso, usava apenas um leve manto. A alimentação era sempre simples, cuidávamos o máximo para não ter nenhum tipo de prazer sensórial... Assim, os meses e anos se passavam.
Colher os frutos desse sadana não demorava muito, porque essa aparente austeridade, na verdade, nos desligava da realidade comum. Assim, com esses exercícios apareciam os primeiros sinais espirituais.
A alma se limpa porque a nossa animação e motivação passam a ser puras, queremos realmente voltar a ver o mundo como o paraíso original. O primeiro sinal é uma sensibilidade com as palavras à flor da pele, cada palavra agora não vem só preenchida por som, mas também de intenção. Então, escutamos um "oi" que pode ter milhares de entonações diferentes, mas a gente sabe o sentido desse "oi", se é afetivo, se é informal, enfim...
Começamos a sentir agora tudo com o próprio corpo, com o coração. Parece que o cérebro passa a ser no coração e tudo que importa dentro desse universo é o sentimento, a qualidade da vida; o tédio e a vontade de conversar sobre trivialidades desaparecem, e disso brota o voto de silêncio. Aquele silêncio da meditação agora é incorporado ao nosso olhar, porque passamos a observar o colorido dos objetos de fato, a luz refletida neles, que cada minuto do dia muda a leitura da realidade porque mudam as luzes, os ventos, a temperatura, mudam os humores e você começa a enxergar a sua vida do alto, ou do lado e se vê, literalmente, de fora... e se percebe observando não só aos outros, mas a si mesmo, como se andássemos ao lado da gente ou sobre a nossa própria cabeça. E quase que dá para nos chamar de "ele": ele fala, ele tem fome, ele tem as suas próprias necessidades... o corpo e o ego ficam à parte. Sobre o ego dizem que é morrendo que se renasce, exatamente porque o ego, acima de tudo, não é a nossa personalidade, mas a personalidade comum, aquela construída na convivência com as outras pessoas e que somos forçados a vestir, no momento em que chegamos próximo aos outros, como se fosse uma máscara.
Nesse distanciamento que a consciência tem do próprio corpo, a gente passa a ser mais exigente, a depender de menos coisas e querer que esses objetos, situações, alimentos e conversas sejam 100% verdade, que elas já não estejam em nossa própria mente, como na de quem que nos visita; então, reduz-se o som, porque você consegue senti-lo; os gestos, porque nenhum pensamento mais lhe visita para modelar gesto algum.
Na Índia, há uma prática chamada Mudras, a ciência dos gestos, que consiste em conseguir entender os outros pelo movimento das mãos, o desenho dos sentimentos no rosto, pela postura do corpo, e é um exercício sofisticado de reeducação, que acontece no momento em que a gente pára de pensar e apenas observa o vazio de si mesmo e os sinais de clarividência, no conceito mais simples de que tudo fica claro e evidente, começam a fazer parte do nosso viver, do nosso respirar.
Olhamos para as plantas e percebemos o fluido de vida sendo liberado, uma fumaça brilhante, densa, em alguns momentos, e transparente em outros. Todas as plantas têm isso, as plantas de mesma espécie se comunicam, é possível ver ventos caminhando de uma para a outra, como se elas trocassem fluidos, não só por debaixo da terra, mas também por cima e esses fluidos ignoram qualquer outro tipo de matéria; o homem anda e eles atravessam cada ser humano, atravessam paredes e vão se comunicando entre si como se houvessem rios multicoloridos, multivibracionais transitando por todo universo e nós estivéssemos mergulhados neles sem perceber.
Se é assim no reino vegetal, imagine no momento em que começamos a perceber que cada ser humano deixa um rastro de sentimento para trás, de emoções, mas esse rastro não é simplesmente deixado, como quando nós levantamos sem olhar para trás deixando tudo desarrumado, ou nos lugares em que a gente espera outra pessoa arrumar para nós, aquele movimento físico é 1% da sensação que um clarividente tem no momento em que ele olha para o movimento astral.
A palavra astral vem de astro, de plano astral que é entender o mundo dos nossos desejos, das nossas ações. O mapa astral nada mais é que uma carta de intenções de viagem, onde a gente consegue olhar o pensamento que deu origem a essa vida e ao mesmo tempo ver esta vida em movimento. O mais importante é perceber que a realidade que dá vida à vida desse corpo acontece fora dele. Aqui em cima, quando a gente vê o ego e os outros egos passeando percebe os sonhos de cada um materializados em suas palavras, sonhos que ainda estão por vir, mas já estão nas palavras. Ou sonhos que já existem, mas as pessoas não conseguem nem vivencià-los porque elas estão sempre desejando, sempre querendo e nunca sentindo, nunca vivendo.
Esses anos de monge e os momentos de clarividência são exatamente o caminho do aprendizado. Nunca consegui conceber monges que não fossem clarividentes, ou que não tivessem inspirações e não estivessem abertos a mundos espirituais e se comunicassem diretamente com estes. Era muito difícil entender religiosidade sem esse aparato espiritual, sem esses sentidos superiores, porque praticamente você aprende da fonte, da verdade, aquela que dá vida a todo universo fora. No momento em que resolvemos buscá-la, ela se manifesta no nosso coração, no nosso entendimento, em tudo fora da gente, estreitando a leitura de positivo e negativo, bem e mal. O exercício de clarividência mais importante foi começar a perceber que tanto os mundos inferiores - os infernos, como os mundos superiores, estão presentes, e não precisa de muita experiência para perceber isso e é desse exercício que vem a vida monástica, a vida que levou o Márcio a entender o viver entre esse mundo de pureza e perfeição, que conseguimos perceber ao desistir dessa realidade, e o mundo de agonia, que é quando acreditamos nas distorções do tempo em relação a sentimentos e verdades que estão presas no tempo.
O grande aprendizado é desistir das coisas que nos fazem mal e nos prendem ao passado, desistir dos sonhos que deram certo - esses são os que causam mais mal-estar, porque esses a gente quer -porque quer- repetir e essa desistência traz os primeiros sinais de iluminação... o exercício de clarividência.
Só tem um jeito de fazer valer a pena! :: Rosana Braga ::
Só tem um jeito de fazer valer a pena!
:: Rosana Braga ::
Penso que qualquer coisa que nos propomos a fazer precisa valer algo de bom. Precisa servir para algum crescimento, alguma evolução, mínima que seja. Assim, de atitude em atitude, de escolha em escolha, vamos desenhando a pessoa que de fato desejamos ser!
Felizmente, muitas leituras, músicas, conversas e até filmes terminam servindo para fortalecer essa minha crença e mostrar que realmente "é preciso saber viver". Quando assisti "O Poder Além da Vida" pela primeira vez, fiquei encantada com a forma que esta mensagem é transmitida no filme. Baseado numa história verídica, o roteiro conta sobre um ginasta em crise existencial que encontra um amigo, uma espécie de mestre, com quem aprende lições fundamentais para seu amadurecimento.
E numa das melhores cenas, o mestre diz ao rapaz algo mais ou menos assim: se quer fazer a sua vida valer a pena, precisa aprender a responder três perguntas e vivenciar essas respostas. São elas:
- Onde você está? AQUI!
- Que horas são? AGORA!
- Quem é você? ESTE MOMENTO!
Quando você está vivendo, seja qual for a situação, estando de fato "aqui", "agora" e sendo inteiramente "este momento", é impossível não valer a pena, simplesmente porque você estará conectado com a única existência real - o presente!
Eckhart Tolle, autor do livro "O Poder do Agora" também dissertou de forma incrível e imperdível sobre como fazer sua vida valer a pena. E eu, seguindo minha linha de estudos e trabalho, escrevi o "FAÇA O AMOR VALER A PENA", na tentativa de nos relembrar o quanto temos sofrido por razões inventadas, por dificuldades desnecessárias e, assim, impedido nossa própria felicidade e a de outras pessoas.
Ou seja, um livro para tentar nos manter atentos sobre a importância de se relacionar como Gente Grande, de fazer escolhas e assumi-las, vivenciá-las até o fim, validando nossos sentimentos, revendo nossas crenças e crescendo tanto quando acertamos, como quando erramos.
Sabe por quê? Porque enquanto está tudo bem, tudo acontecendo conforme esperamos, tendemos a nos sentir satisfeitos. No entanto, quando a vida nos surpreende com uma situação diferente da que gostaríamos, ou quando alguém nos frustra com palavras ou sentimentos que não correspondem às nossas expectativas, fazemos uma guerra!
E a guerra começa sempre dentro da gente! Armas, tiroteios, bombas, violência, agressividade, dor, morte e destruição! É isso que fazemos conosco quando não aceitamos os fatos e não encontramos recursos para lidar com eles. Estresse, ansiedade e até depressão podem ser os resultados, no final das contas.
Será que não está na hora de revermos essa postura? Será que não seria muito melhor adotarmos uma crença mais edificante e construtiva? Que tal um lema do tipo "para o que não tem remédio, remediado está". O meu é "já que tá, que fique!" e significa que quando entro numa situação desagradável e inesperada da qual não posso sair no mesmo instante, relaxo e repito pra mim mesma: "Rosana, já que tá, que fique!" e vivencio a experiência até o fim ou até a primeira oportunidade de mudar o rumo dos acontecimentos.
A idéia é evitar tanto sofrimento, tanta angústia e, mais do que isso, é fazer a vida e o amor valerem a pena realmente! Senão, continuaremos vivendo um dia depois do outro com a sensação de que viver e amar são armadilhas das quais precisamos tentar escapar... Não! Viver e amar são oportunidades maravilhosas que devem servir para nos dar a certeza prometida pela divertida frase de caminhão: "não sou o dono do mundo, mas sou filho do dono!". Ou seja, só privilégios e alegria, desde que façamos por merecer!
A Entrega :: Elisabeth Cavalcante ::
Entregar-se em confiança aos desígnios da existência, é uma das lições mais importantes que temos a aprender, em nossa jornada em direção ao autoconhecimento.
E um dos aprendizados mais belos também, pois nos torna ligados de forma indissociável ao mistério da vida, aquela dimensão sobre a qual não temos qualquer controle.
Mas, para isto, precisamos desenvolver uma fé inabalável e uma atenção permanente aos sinais que a vida nos envia. Sem isto certamente nos enredaremos nos artifícios e nas ilusões criados pela mente, e perderemos a chance de experimentar o melhor da vida.
Todas as vezes em que nos sentirmos perdidos, à procura de uma resposta para nossos problemas cotidianos, precisamos aprender a relaxar, permanecer em silêncio, à espera de que as respostas surjam de algum lugar.
E elas sempre surgem para aqueles que confiam, ainda que não seja no tempo desejado pelo ego. A impaciência e a ansiedade são os maiores inimigos da entrega, pois nos impedem de aguardar serenamente pelas respostas que desejamos.
Não por acaso a meditação é algo quase impossível para pessoas ansiosas. Muitas buscam nesta prática um antídoto para sua ansiedade, mas o primeiro passo que precisam aprender é permanecer em silêncio, sem qualquer expectativa. A ação neste caso se torna inútil e o maior obstáculo para que possam perceber as respostas que a intuição lhes envia.
Entregar-se significa desarmar todas as defesas e deixar que uma nova dimensão se abra para nós, aquela em que as palavras, assim como as ações, se tornam dispensáveis. É no silêncio que nossa verdadeira essência se revela.
"Existem coisas que só acontecem, que não podem ser feitas. O fazer diz respeito a coisas muito banais, mundanas. Você pode fazer alguma coisa para ganhar dinheiro; pode fazer alguma coisa para ser poderoso, pode fazer alguma coisa para ter prestígio; mas não pode fazer nada quando o assunto é amor, gratidão, silêncio.
É importante entender que o "fazer" significa o mundo, e o não fazer significa aquilo que está além deste mundo - onde as coisas acontecem, onde só a maré o arrasta para a praia. Se você nadar, a coisa não acontece. Se você fizer algo, estará na verdade cooperando para que ela não aconteça; porque todo fazer é mundano.
Muito poucas pessoas chegam a conhecer o segredo do não fazer e a deixar que as coisas aconteçam. Se você almeja grandes coisas - coisas que estão além do pequeno alcance das mãos humanas, da mente humana, das capacidades humanas -, então você terá que aprender a arte do não fazer. Eu a chamo de meditação.
....E a meditação significa basicamente o início do não fazer, relaxar, seguir a maré - ser apenas uma folha na brisa, ou uma nuvem se movendo no céu.
....Lao-Tsé chegou à iluminação sentado sob uma árvore. Uma folha tinha acabado de cair; era outono e não havia pressa; a folha voava ao sabor do vento, devagar. Ele observou a folha. A folha foi caindo até chegar ao chão, e enquanto observava a folha caindo e pousando no chão, de algum modo ele também foi se aquietando. Desse momento em diante, ele se tornou um não fazedor.
.... Todo o ensinamento de Lao-Tsé se assemelhava ao do rio: siga a corrente seja para onde ela for, não nade. Mas a mente sempre quer fazer alguma coisa, porque desse modo o crédito vai para o ego. Se você simplesmente seguir a maré, o crédito vai para a maré, não para você. Se você nadar, você pode ter um ego maior: "Eu consegui atravessar o canal da Mancha!"
Mas a existência o dá à luz, lhe dá a vida, lhe dá amor; lhe dá tudo o que é precioso, tudo o que não pode ser comprado com dinheiro. Só aqueles que estão prontos para dar todo o crédito pela sua vida à existência percebem a beleza e as bênçãos do não fazer.
....É uma questão de ausentar-se como ego, de deixar as coisas acontecerem. Entregue - essa palavra contém toda a experiência.
.....Criamos uma sociedade que acredita somente no "fazer", enquanto a parte espiritual do nosso ser morre à míngua porque precisa de algo que não se faz, mas acontece.
.... nós damos um jeito em tudo, transformamos tudo num "fazer" e o resultado final é que aos poucos a hipocrisia se torna uma característica nossa. Nós nos esquecemos completamente que se trata de hipocrisia.
E na mente, no ser de uma pessoa que é hipócrita, qualquer coisa do mundo do não fazer é impossível. Você pode continuar fazendo mais e mais; você se tornará quase um robô.
Portanto, sempre que você passar, subitamente, por uma experiência de acontecer, encare-a como uma dádiva da existência e faça desse momento o arauto de um novo estilo de vida.
Simplesmente reserve alguns momentos das 24 horas do dia, quando não estiver fazendo nada, simplesmente deixe que a existência faça algo a você. E as janelas começarão a se abrir para você, janelas que o ligarão com o universal, o imortal". OSHO
Mudanças e sintonias por Maria Ivone Neto Mourão - mivoneneto@gmail.com
Em diferentes estações de nossa vida acontecem mudanças. Algumas sutis, outras surpreendentes. Algumas pequenas, outras grandiosas. Umas lentas, outras velozes. Cada fase e cada mudança tem um ritmo. A sintonia desse processo é única para cada pessoa. Muitas vezes algumas mudanças incomodam muito os outros e fico pensando que isso ocorre porque elas acionam o sinal no outro de que é preciso também mudar. Mudar exige coragem.
O certo é que, quando mudamos, a "segurança" é abalada porque iniciamos um caminho desconhecido. Até que ponto essa "segurança" se torna uma prisão? Será mesmo tão ruim se sentir inquieto e buscar respostas que nos colocam diante de desafios? Ou será o contrário? Há quem prefira fugir de suas marcas tentando apagá-las a qualquer custo. Estou aprendendo que é melhor encará-las de frente porque nossas marcas, mesmo as mais doloridas, são parte de nossa história.
Você com você e os elos que nos ligam aos outros formam uma rede tecida com muitas emoções, personagens e passagens. Tenho feito o exercício da retrospectiva e vou pontuando na rota de minha trajetória pessoas e situações que me transformaram no que sou. Há pessoas na qual me reconheço e há pessoas que se reconhecem em mim. Há lugares no qual sempre estarei. Há objetos que "é a minha cara" como diz minha filha. Há uma identidade que construimos e que reflete tanto o que somos. Há também o espírito aprendiz renovador que pulsa em nosso DNA e nos faz mudar. É preciso nutrir o terreno para que ele continue fértil. Não permita que seu solo seja cimentado. A água e os nutrientes precisam de fluidez.
Pensar na terra me fez lembrar a importância de podar os galhos secos. Ao se desfazer de cada galho seco de minha planta, fiz uma sintonia com a necessidade que temos de renovar nossa energia para iniciar uma nova estação. Refleti sobre certas pendências que fui adiando com a velha desculpa do deixar para depois e vi que é melhor não perder o tempo certo da poda para que a nova folhagem nasça com mais vigor. Esse período de transição de estações é muito significativo porque promove mudanças de clima não só nos noticiários do tempo. Quantas vezes nos paralisamos diante dos desafios da transição? É preciso força para fazer a passagem e isso muitas vezes representa encerrar contratos desgastados. Sugiro que você quebre aqueles galhos secos que não mais irão florir.
Este ano voltei a caminhar e elevei minha sintonia comigo mesmo. Os passos sintonizados com mudanças estão em curso. Mudar é difícil, por isso, aprecio tanto a citação do Dalai Lama "Seja a mudança que você quer ver no mundo".
Ouvimos tantas reclamações de pessoas que dizem ser necessário mudar isso ou aquilo e não têm a iniciativa de tecer um diálogo consigo mesmo: Você com você, experimente! Talvez você se desconheça em alguns momentos para voltar a se reconhecer melhor. É como desaprender para reaprender. E abrir seus sentidos para aprender é o caminho para seguir melhorando.
O certo é que, quando mudamos, a "segurança" é abalada porque iniciamos um caminho desconhecido. Até que ponto essa "segurança" se torna uma prisão? Será mesmo tão ruim se sentir inquieto e buscar respostas que nos colocam diante de desafios? Ou será o contrário? Há quem prefira fugir de suas marcas tentando apagá-las a qualquer custo. Estou aprendendo que é melhor encará-las de frente porque nossas marcas, mesmo as mais doloridas, são parte de nossa história.
Você com você e os elos que nos ligam aos outros formam uma rede tecida com muitas emoções, personagens e passagens. Tenho feito o exercício da retrospectiva e vou pontuando na rota de minha trajetória pessoas e situações que me transformaram no que sou. Há pessoas na qual me reconheço e há pessoas que se reconhecem em mim. Há lugares no qual sempre estarei. Há objetos que "é a minha cara" como diz minha filha. Há uma identidade que construimos e que reflete tanto o que somos. Há também o espírito aprendiz renovador que pulsa em nosso DNA e nos faz mudar. É preciso nutrir o terreno para que ele continue fértil. Não permita que seu solo seja cimentado. A água e os nutrientes precisam de fluidez.
Pensar na terra me fez lembrar a importância de podar os galhos secos. Ao se desfazer de cada galho seco de minha planta, fiz uma sintonia com a necessidade que temos de renovar nossa energia para iniciar uma nova estação. Refleti sobre certas pendências que fui adiando com a velha desculpa do deixar para depois e vi que é melhor não perder o tempo certo da poda para que a nova folhagem nasça com mais vigor. Esse período de transição de estações é muito significativo porque promove mudanças de clima não só nos noticiários do tempo. Quantas vezes nos paralisamos diante dos desafios da transição? É preciso força para fazer a passagem e isso muitas vezes representa encerrar contratos desgastados. Sugiro que você quebre aqueles galhos secos que não mais irão florir.
Este ano voltei a caminhar e elevei minha sintonia comigo mesmo. Os passos sintonizados com mudanças estão em curso. Mudar é difícil, por isso, aprecio tanto a citação do Dalai Lama "Seja a mudança que você quer ver no mundo".
Ouvimos tantas reclamações de pessoas que dizem ser necessário mudar isso ou aquilo e não têm a iniciativa de tecer um diálogo consigo mesmo: Você com você, experimente! Talvez você se desconheça em alguns momentos para voltar a se reconhecer melhor. É como desaprender para reaprender. E abrir seus sentidos para aprender é o caminho para seguir melhorando.
Reinventando a vida - criando o novo verdadeiro por Teresa Cristina Pascotto - crispascotto@hotmail.com
Antes de iniciar esta leitura, sugiro que deseje se conectar com a Luz Divina. Entre em sintonia com a Mente e o Coração de Deus. Não precisa fazer nada de especial para que isso ocorra, não espere ficar em um estado "zen", não espere nada, apenas deseje fazer essa conexão, entregando-se ao seu Eu Real.
A maioria de nós tem experimentado sensações de estagnação e dificuldades nas realizações em nossas vidas e por mais que tenhamos tentado reverter esse quadro, nada conseguimos. Todas as tentativas nesse sentido, apesar de gerarem algum pequeno resultado, inevitavelmente, nos levam para o mesmo ponto: insatisfação e frustração. De nada adianta nossos esforços, pois nunca conseguimos efetuar as mudanças desejadas.
O que ocorre, é que apesar de parecer que estamos fazendo movimentos e tentativas diferentes, as crenças a partir das quais criamos essas ações são sempre as mesmas, baseadas em nossas referências anteriores, pelas experiências que vivemos.
Apesar de sofrermos pelas limitações que isso nos traz, preferimos criar possibilidades sempre com base nessas referências, a termos que tentar criar o novo verdadeiro, sobre o qual não temos referência nenhuma, e corrermos o risco de nos perdermos de nós mesmos.
A atitude adequada para realizarmos ações, que nos tragam as verdadeiras mudanças que desejamos, é baseada no princípio de que "nada sabemos". Todo o nosso conhecimento adquirido, até então, serve apenas como base, como um patamar, para nos levar ao patamar acima. Se tentarmos criar a partir dos conhecimentos que temos, nos manteremos aprisionados às bases limitantes e nada criativas, e sempre estaremos fazendo as mesmas coisas, de forma diferente, e colhendo os mesmos resultados.
Se quisermos mudar de verdade a nossa vida, não haverá outra saída a não ser reinventar a própria vida. Isto significa criar o novo verdadeiro. Mas o novo real não tem nenhuma base ou referência anterior. Ele parte do "nada". A base do que vivemos até agora, apenas nos trouxe até o momento presente, mas agora só nos dará suporte para subirmos a novos patamares. Reforço que é apenas uma base e não uma referência.
Criar verdadeiramente não tem nada a ver com transformar, modificar ou fazer o oposto do que existe. Criar no sentido divino da palavra significa fazer a partir do "zero absoluto da Mente de Deus". A Mente de Deus contém a luz da criação, a partir de onde o verdadeiramente novo é criado.
Sei que para alguns esta linguagem é estranha e que pensarão imediatamente em "como fazer?". Não há uma fórmula de como fazer, pois isto também estaria baseado em nossas antigas formas de fazer, pensar e criar.
O meio para que isso seja possível é buscar entender, inicialmente, apenas como um conceito e desejar que este conceito se integre à sua presença divina, seu Eu Real, dentro de sua mente divina, e que esta se una e se integre à Mente e ao Coração de Deus. Esta atitude de aceitar o novo - sem questionar e sem julgar, mas apenas acolhendo o novo conceito e observando o impacto que ele causa dentro de nós -, poderá nos ajudar a perceber e sentir se isto faz sentido em algum lugar dentro de nós, apesar e a despeito de nossa mente teimosa querer exterminar qualquer possibilidade de encontrarmos meios de mudar nosso padrão. Se fizer o mínimo sentido que seja, poderemos, gradativamente, assimilar e apreender esse conceito, não mais com a mente, mas com o coração. É o nosso coração que precisa compreender, com o apoio da mente entregue, o significado real do conceito de criar o novo a partir do zero absoluto.
Não podemos querer compreender a luz da criação com as limitações de nossa mente, na terceira dimensão. Somente com a consciência expandida e aberta para o novo divino, é que conseguiremos atingir a compreensão que não precisa de conceitos nem de palavras.
A compreensão ocorrerá se tivermos uma atitude humilde diante do novo, sem julgamentos, com o desejo de sentir e, nessa atitude de entrega, sem resistências de nosso eu inferior, poderemos viver a experiência dessa realidade. Não haverá como definir, nem como explicar.
Não é necessário concordar ou entender plenamente o que eu digo, mas é adequado que escutem com seu coração e percebam como se sentem diante disto. Se houver desconforto, sugiro que questionem o motivo dessa resistência. Se houver conforto, significa que algo dentro de vocês concorda com o que eu digo, sem precisarem entender racional e plenamente. Esta é a experiência divina. É sentir estas palavras, sentir o que seu coração lhes diz e se entregar. Desejando se abrir ao novo divino e verdadeiro.
Assim, com esta conexão ao novo que existe na Mente e no Coração de Deus, em concordância e sintonia com nossa presença divina, nosso Eu Real, poderemos desejar criar o novo verdadeiramente novo e divino em nossas vidas. Devemos desejar estarmos alinhados com a Luz divina e, nessa conexão, nos entregarmos para que a Luz faça o trabalho de transformação e abertura ao novo dentro de nós.
Não sou dona da verdade, nada posso garantir. Esta é uma verdade para mim, a qual se manifesta a partir do que tenho vivido dentro desta experiência em minha vida. Quanto mais me permito e me abro para o novo, mais consigo encontrar maneiras de fazer verdadeiramente diferente em minha vida, sem nenhuma referência anterior e nem a partir de racionalizações. Simplesmente me alinho e me conecto da maneira que descrevi e peço a Deus que guie meus passos, minha mente e meu coração no sentido de me ajudar a criar o novo e colher os resultados almejados, os quais me levam sempre a me aproximar cada vez mais, do cumprimento de minha missão de vida. Tenho colhido resultados divinos e iluminados.
A maioria de nós tem experimentado sensações de estagnação e dificuldades nas realizações em nossas vidas e por mais que tenhamos tentado reverter esse quadro, nada conseguimos. Todas as tentativas nesse sentido, apesar de gerarem algum pequeno resultado, inevitavelmente, nos levam para o mesmo ponto: insatisfação e frustração. De nada adianta nossos esforços, pois nunca conseguimos efetuar as mudanças desejadas.
O que ocorre, é que apesar de parecer que estamos fazendo movimentos e tentativas diferentes, as crenças a partir das quais criamos essas ações são sempre as mesmas, baseadas em nossas referências anteriores, pelas experiências que vivemos.
Apesar de sofrermos pelas limitações que isso nos traz, preferimos criar possibilidades sempre com base nessas referências, a termos que tentar criar o novo verdadeiro, sobre o qual não temos referência nenhuma, e corrermos o risco de nos perdermos de nós mesmos.
A atitude adequada para realizarmos ações, que nos tragam as verdadeiras mudanças que desejamos, é baseada no princípio de que "nada sabemos". Todo o nosso conhecimento adquirido, até então, serve apenas como base, como um patamar, para nos levar ao patamar acima. Se tentarmos criar a partir dos conhecimentos que temos, nos manteremos aprisionados às bases limitantes e nada criativas, e sempre estaremos fazendo as mesmas coisas, de forma diferente, e colhendo os mesmos resultados.
Se quisermos mudar de verdade a nossa vida, não haverá outra saída a não ser reinventar a própria vida. Isto significa criar o novo verdadeiro. Mas o novo real não tem nenhuma base ou referência anterior. Ele parte do "nada". A base do que vivemos até agora, apenas nos trouxe até o momento presente, mas agora só nos dará suporte para subirmos a novos patamares. Reforço que é apenas uma base e não uma referência.
Criar verdadeiramente não tem nada a ver com transformar, modificar ou fazer o oposto do que existe. Criar no sentido divino da palavra significa fazer a partir do "zero absoluto da Mente de Deus". A Mente de Deus contém a luz da criação, a partir de onde o verdadeiramente novo é criado.
Sei que para alguns esta linguagem é estranha e que pensarão imediatamente em "como fazer?". Não há uma fórmula de como fazer, pois isto também estaria baseado em nossas antigas formas de fazer, pensar e criar.
O meio para que isso seja possível é buscar entender, inicialmente, apenas como um conceito e desejar que este conceito se integre à sua presença divina, seu Eu Real, dentro de sua mente divina, e que esta se una e se integre à Mente e ao Coração de Deus. Esta atitude de aceitar o novo - sem questionar e sem julgar, mas apenas acolhendo o novo conceito e observando o impacto que ele causa dentro de nós -, poderá nos ajudar a perceber e sentir se isto faz sentido em algum lugar dentro de nós, apesar e a despeito de nossa mente teimosa querer exterminar qualquer possibilidade de encontrarmos meios de mudar nosso padrão. Se fizer o mínimo sentido que seja, poderemos, gradativamente, assimilar e apreender esse conceito, não mais com a mente, mas com o coração. É o nosso coração que precisa compreender, com o apoio da mente entregue, o significado real do conceito de criar o novo a partir do zero absoluto.
Não podemos querer compreender a luz da criação com as limitações de nossa mente, na terceira dimensão. Somente com a consciência expandida e aberta para o novo divino, é que conseguiremos atingir a compreensão que não precisa de conceitos nem de palavras.
A compreensão ocorrerá se tivermos uma atitude humilde diante do novo, sem julgamentos, com o desejo de sentir e, nessa atitude de entrega, sem resistências de nosso eu inferior, poderemos viver a experiência dessa realidade. Não haverá como definir, nem como explicar.
Não é necessário concordar ou entender plenamente o que eu digo, mas é adequado que escutem com seu coração e percebam como se sentem diante disto. Se houver desconforto, sugiro que questionem o motivo dessa resistência. Se houver conforto, significa que algo dentro de vocês concorda com o que eu digo, sem precisarem entender racional e plenamente. Esta é a experiência divina. É sentir estas palavras, sentir o que seu coração lhes diz e se entregar. Desejando se abrir ao novo divino e verdadeiro.
Assim, com esta conexão ao novo que existe na Mente e no Coração de Deus, em concordância e sintonia com nossa presença divina, nosso Eu Real, poderemos desejar criar o novo verdadeiramente novo e divino em nossas vidas. Devemos desejar estarmos alinhados com a Luz divina e, nessa conexão, nos entregarmos para que a Luz faça o trabalho de transformação e abertura ao novo dentro de nós.
Não sou dona da verdade, nada posso garantir. Esta é uma verdade para mim, a qual se manifesta a partir do que tenho vivido dentro desta experiência em minha vida. Quanto mais me permito e me abro para o novo, mais consigo encontrar maneiras de fazer verdadeiramente diferente em minha vida, sem nenhuma referência anterior e nem a partir de racionalizações. Simplesmente me alinho e me conecto da maneira que descrevi e peço a Deus que guie meus passos, minha mente e meu coração no sentido de me ajudar a criar o novo e colher os resultados almejados, os quais me levam sempre a me aproximar cada vez mais, do cumprimento de minha missão de vida. Tenho colhido resultados divinos e iluminados.
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