Toda cura emocional inicia-se pela compaixão de si mesmo. Sem isso, nada funciona. Somos assolados por conceitos, dogmas, regras que só trazem dor e julgamento. Já viemos "enguiçados" de fábrica e estamos aqui para um "recall constante. Deus, na verdade, já nos perdoou, antes mesmo de nascermos. Quem não perdoou fomos nós mesmos.
Durante a vida caímos na cilada da busca do amor, da aprovação e do sucesso, dependendo do sistema e dos valores de inclusão onde se vive. Esquecemos que somos espíritos momentaneamente encarnados, não o contrário. Somos deuses se manifestando num corpo, por um determinado tempo, para crescer, experenciar, aprender. Culpa, autoflagelo, autocomiseração não servem pra nada, apenas para tirar você do foco. Somos uma coletânea de tentativas, acertos e erros, não pra fora e sim pra dentro. Deve-se sempre se perguntar se aquela escolha foi boa pra você e se não foi, ter a tranquilidade de refazer ou descartar.
Julgar-se como alguém que errou ou que acertou é sentar-se no banco dos réus de um tribunal que está nas mesmas condições que você. Ninguém no planeta Terra tem esse direito. Julgar o outro nos tira a chance suprema de integrar os nossos cantinhos obscuros que só vemos através de provocações externas, pois ninguém tem olhos virados para dentro. Situações, pessoas, estão constantemente nos revelando quem somos e como estamos naquele momento.
Quanto mais acolhemos todas as nossas partes, mais inteiros ficamos e saímos da dualidade. O planeta está condicionado a esse holograma dual que é o bom x mal e tentamos escolher o lado bom para sermos amados, aprovados e termos sucesso. Mais não somos totalmente bons como também não somos totalmente maus. Essa busca do modelo ideal para inclusão social nos afasta de nossa verdadeira missão que é se autoconhecer e melhorar o nosso "jeitão de ser". Não para aprovação externa, mas para uma convivência agradável conosco. Os sistemas políticos, sociais, econômicos e religiosos vigentes não nos ensinam a nos amar, nos aprovar e olhar pra dentro com a certeza que desenvolveremos o nosso talento natural, assim obtendo sucesso no que nos envolvermos.
Por conta dessa incessante busca de amor, aprovação e sucesso, esquecemos de nós e começamos a nos deixar levar pelo o que o outro acha. Esbarramos numa outra contradição, pois sendo os seres humanos únicos, individualmente falando, ninguém tem que achar nada. A única coisa que nos faz iguais é a nossa essência divina e o amor e para amarmos qualquer pessoa, temos que descobrir esse sentimento primeiro dirigido para dentro. Nos acolher, nos amar, ter compaixão pelas nossas dificuldades e limitações e transgressões é iniciar a verdadeira cura para um mundo melhor.
Observe se você está levantando uma bandeira contra alguma coisa no mundo e perceba que primeiro você tem que curar isso dentro de você. Um exercício que eu acho ótimo para acelerar o processo de autoconhecimento e integração é imaginar estar numa ilha onde você não conhece ninguém, portanto, não há papéis a desempenhar. Imagine também que não há regras e nem leis para convívio social. As pessoas que vivem ali estão convivendo com a natureza e sobrevivem com os recursos dela. A partir desse cenário, comece se perguntando o que gosta em você. Suas características mais atraentes externas e internas. Se escrever facilita, faça-o.
Depois passe para o que você não aprecia em você e quer mudar. Quando identificar essa parte, não se julgue. Apenas reconheça que essas características são suas e que você naquele momento as acolhe e integra para uma mudança saudável. Agora o mais difícil: localize dentro de você aquilo que você sabe que pode ser contra o seu crescimento, mas que você ainda não se convenceu que quer mudar. Pode ser desde coisas leves até as mais graves, no seu entender. Acolha do mesmo jeito, dizendo para si mesmo que apesar de você ainda não se desprender daquilo, você se aceita e se acolhe. No final, a sensação será de PAZ.
Se todos fizerem isso ao invés de apontar o dedo acusatório para fora, aí teremos uma real mudança de vida nesse lindo planeta azul.
Lembrem-se: "a Verdade liberta e o Amor transmuta".
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